Informe mensual sobre el mercado transaccional mexicano – Noviembre 2023

Actividad en el mercado M&A mexicano registra descenso del 24% hasta noviembre de 2023

  • En noviembre, se han registrado 19 transacciones en el país por USD 266m
  • Transacciones de Venture Capital disminuyen un 42% hasta noviembre de 2023
  • Transacciones de adquisición de activos disminuyen un 2% hasta noviembre de 2023

El mercado de M&A en México ha contabilizado hasta el mes de noviembre un total de 305 deals con un importe agregado de USD 12.219m, según el informe mensual de TTR Data.

Estas cifras suponen una disminución del 24% en el número de transacciones, así como un descenso del 20% en el capital movilizado, con respecto al mismo periodo de 2022.

Por su parte, en el mes de noviembre, se han registrado 19 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de USD 266m. 

En términos sectoriales, el Inmobiliario, así como el de Industria Específica de Software e Internet, Software y Servicios IT, han sido los más activos del año, con 40 transacciones cada uno. 

Ámbito Cross-Border 

En lo que respecta al mercado cross-border, hasta noviembre de 2023, las empresas mexicanas han apostado principalmente por invertir en España y Estados Unidos, con 16 transacciones en cada país. Por importe, destaca España, con USD 625m. 

Por otro lado, Estados Unidos es el país que más ha apostado por realizar adquisiciones en México, con 77 transacciones, por un importe agregado de USD 957m. 

Private Equity, Venture Capital y Asset Acquisitions

Hasta noviembre de 2023, se han contabilizado un total de 33 transacciones de Private Equity por
USD 260m, lo que representa un descenso del 15% en el número de transacciones, así como un descenso del 85% en el capital movilizado, con respecto a noviembre del año anterior. 

Por su parte, se han registrado hasta el mes de noviembre, un totalde 87 deals de Venture Capital por USD 740m, lo que implica un descenso interanual del 42% en el número de transacciones y del 71% en su valor.

En el segmento de Asset Acquisitions, hasta el mes de noviembre, se han registrado 53 transacciones, lo cual representa un descenso del 2% en el número de deals y un aumento del 121% en su valor, con respecto a noviembre de 2022.

Transacción Destacada

Para noviembre de 2023, TTR Data ha seleccionado como transacción destacada la relacionada con
BA Glass I, que ha completado la adquisición del 60% de la mexicana Vidrio Formas

La transacción ha contado con el asesoramiento jurídico de Galicia Abogados y SMPS Legal. 

Ranking de asesores financieros y jurídicos 

El informe publica los rankings de asesoramiento financiero y jurídico de 2023 en M&A, Private Equity, Venture Capital y Mercado de Capitales, donde se informa de la actividad de las firmas destacadas por el número de transacciones y por su importe.

El ranking TTR de asesores financieros, por importe y por número de transacciones, lo lidera Banco Santander, con USD 6.286m y 5 transacciones asesoradas.

En cuanto al ranking de asesores jurídicos, por número de transacciones, lidera en el transcurso de 2023, Creel, García-Cuéllar, Aiza y Enríquez, con 30 deals y, por importe, lidera Baker McKenzie México, con USD 6.006m. 

Relatório mensal sobre o mercado transacional português – Novembro 2023

Fusões e Aquisições movimentam EUR 11,1bi de Janeiro a Novembro de 2023

  • Volume de transações regista aumento de 6% em comparação a 2022
  • Setor de Real Estate foi o mais ativo no período, com 102 transações
  • Houve um crescimento de 9% no volume de transações em Venture Capital
  • Investimentos feitos por Private Equity regista aumento de 10% em volume de operações

Entre janeiro e novembro de 2023, o mercado transacional português viu a concretização de 563 operações, totalizando EUR 11,1bi. Destas, 40% revelaram seus valores, conforme aponta o mais recente relatório do TTR Data.

Estes números representam um crescimento de 6% no número de transações em comparação com o mesmo período de 2022, embora se observe uma diminuição de 11% no capital mobilizado.

Em novembro, foram registadas 41 fusões e aquisições, entre anunciadas e encerradas, e um valor total de EUR 98,77m.


Operações do mercado transacional de novembro de 2022 a novembro de 2023

Fonte: TTR Data

Em termos setoriais, o setor de Real Estate foi o mais ativo até novembro, com 102 transações, seguido pelo setor de Internet, Software & IT Services com 86 operações, o qual registou uma queda de 1% comparado a 2022.

Âmbito Cross-Border

No âmbito Cross-Border, quanto à número de transações, a Espanha e França, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 70 e 34 transações, respectivamente. 

As empresas portuguesas escolheram a Espanha e o Brasil como principal destino de investimento, com 36 e 12 transações, respectivamente.

As empresas norte-americanas diminuiram em 21% suas aquisições no mercado português, até novembro de 2023. As aquisições estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet diminuiram em 32% em comparação ao mesmo período de 2022. 

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Até novembro de 2023, foram contabilizadas 64 transações de Private Equity, representando um crescimento de 10% no número de operações em comparação ao mesmo período de 2022.

Em Venture Capital, foram realizadas 128 rodadas de investimentos e um total de EUR 495m, representando um crescimento de 9% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registadas 117 transações com um valor de EUR 1,7bi, representando um aumento de 1% no número de operações.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR Data em novembro de 2023, é a conclusão da aquisição da Efacec Power Solution pela Mutares. O valor da transação não foi divulgado.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa dos escritórios Cuatrecasas Portugal e VdA – Vieira de Almeida . Do lado financeiro, foi assessorado pela Deloitte Portugal e Banco Invest.

Ranking de consultores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até novembro de 2023 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações lidera ao longo de 2023, o escritório Cuatrecasas Portugal,com 37 transações. Em valor, lidera o escritório VdA – Vieira de Almeida contabilizando um total de EUR 3,0bi.

No que se refere ao ranking de assessores financeiros, por número de transações lidera o Oaklins Portugal com seis operações. Em valor, lidera o BTG Pactual contabilizando EUR 852,23m.

Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Novembro 2023

Fusões e Aquisições movimentam BRL 191,8bi de Janeiro a Novembro de 2023

  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 343 transações
  • Estados Unidos é o país que mais investiu no Brasil, com 148 aquisições
  • Volume de transações registra diminuição de 22% no período

O cenário transacional brasileiro foi objeto de análise no relatório mensal do TTR Data, que revelou 1790 transações movimentando um total de BRL 191,8bi de janeiro a novembro de 2023.

Esses números representam uma diminuição de 22% no número de transações em relação ao mesmo período de 2022. Do total das transações, 42% possuem os valores revelados e 82% das operações já estão concluídas.

Em novembro, 128 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, e um valor total de BRL 9,7bi.


Operações do mercado transacional de Novembro de 2022 a Novembro de 2023
Fonte: TTR Data

O setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo com 343 transações, apesar de uma diminuição de 23% em relação a 2022, seguido pelo setor de Business & Professional Support Services, com 294 transações.

Âmbito Cross-Border

Empresas brasileiras voltaram-se principalmente para os Estados Unidos, realizando 31 transações no valor de BRL 5,2 bi até novembro de 2023, seguidas pelo Chile com nove operações. 

Por outro lado, os Estados Unidos e o Reino Unido lideraram os investimentos no Brasil, com 148 e 46 transações, respectivamente. 

Empresas norte-americanas que adquirem negócios brasileiros registraram uma queda de 32%, enquanto as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet diminuíram em 20%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve um crescimento de 5% até novembro.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

No segmento de Private Equity, houve 88 transações totalizando BRL 30,8bi, com uma queda de 11% no número de operações, porém registrou um aumento de 48% no capital mobilizado. 

Em Venture Capital, 512 rodadas de investimento movimentaram BRL 16,4bi, representando uma redução de 40% no número de transações.

O segmento de Asset Acquisitions registrou 247 transações e BRL 28,3bi até novembro, refletindo um crescimento de 24% nas operações em comparação ao mesmo período do ano passado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR Data em novembro de 2023, foi a conclusão da venda pela Jarm Participações de 8,05% na Yamaha Motor da Amazônia para a Yamaha Motor do Brasil. O valor da transação é de BRL 180m.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei brasileira dos escritórios Demarest Advogados e Lefosse.

Entrevista com Lefosse

Laura Affonso, sócia da prática de Societário e M&A do Lefosse, conversou com o TTR Data para esta edição, e analisou as expectativas, riscos e oportunidades relacionadas ao mercado brasileiro de M&A em 2024: “A expectativa é de que uma continuidade na queda da taxa de juros, mesmo que de forma modesta, e mais clareza sobre as posições do governo atual, reduzirão a percepção de risco e possibilitarão o retorno de M&As com caráter mais estratégico no próximo ano. Dessa forma, os valores envolvidos serão maiores e teremos a ampliação da participação de investidores estrangeiros.
Devemos continuar vendo operações relevantes de saídas de fundos de private equity, as quais, até a abertura de uma nova janela de ofertas públicas, ainda ocorrerão por meio de transações privadas.
O mercado de M&A é bastante correlacionado a fatores macroeconômicos, então, o desenrolar das guerras em curso e indicadores econômicos negativos nas maiores economias do mundo podem influenciar negativamente, mas, ao mesmo tempo, oportunidades de consolidação ou de expansão em novos setores surgirão no mercado brasileiro. A expectativa é de que 2024 seja significativamente melhor em termos de volume e tipos de transações.”

Para ler a entrevista completa, clique aqui.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até novembro de 2023 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações e em valor lidera em 2023 o BTG Pactual, com 57 operações e contabilizando um total de BRL 34,7bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações e em valor, em 2023 lidera o escritório Mattos Filho, com 72 operações e contabilizando um total de BRL 40,8bi.

Dealmaker Q&A

TTR Dealmaker Q&A con Rafael Durán, Legal Director de Pinsent Masons

Pinsent Masons España

Rafael Durán

Rafael Durán es Legal Director del departamento de Mercantil en Pinsent Masons Madrid. Cuenta con dilatada experiencia en fusiones y adquisiciones, operaciones de private equity y reestructuraciones societarias. Igualmente, Rafael asesora en otros aspectos del ámbito mercantil, incluyendo contratación y derecho societario en general. Su asesoramiento está dirigido a una gran variedad de clientes nacionales e internacionales, incluyendo tanto a empresas del sector privado como del sector público.
Cuenta con experiencia en diversos sectores como Inmobiliario, Energía, Infraestructuras, Industria Avanzada y Tecnología y Servicios Financieros.


TTR: ¿Cuáles son sus principales conclusiones para el mercado de fusiones y adquisiciones en 2023?

Durante el ejercicio 2023 el mercado de fusiones y adquisiciones en España ha experimentado un descenso significativo, especialmente en términos de valor. Aspectos como la guerra en Ucrania, que ha generado incertidumbre y volatilidad en los mercados financieros; la subida de tipos, que ha encarecido el coste del capital; y la inflación, que ha reducido la capacidad de gasto de las empresas, han contribuido a este descenso. Se trata en todo caso de un fenómeno global del que España no ha podido sustraerse.

Además, aunque sigue habiendo buenos activos y oportunidades, aún no se han equilibrado las expectativas de los vendedores con el ajuste en los precios que viene produciéndose en los últimos años. Los procesos están ahí, pero no terminan de concluir satisfactoriamente.

Pese a este descenso en el ejercicio 2023, el mercado de M&A en España sigue siendo atractivo, con una serie de factores que lo favorecen, como la solidez de la economía española, que se mantiene en crecimiento; la diversificación del tejido empresarial español, que ofrece buenas oportunidades en un amplio abanico de sectores; y el atractivo de España como destino de inversión extranjera.

TTR: ¿Cuáles son las expectativas, riesgos y oportunidades relacionadas con el mercado ibérico de fusiones y adquisiciones en 2024?

Las expectativas para el mercado ibérico de M&A en 2024 son positivas. Esperamos un aumento del importe total de transacciones, que ya empezamos a notar en este final de ejercicio 2023. A pesar del encarecimiento de la financiación y de las dificultades de los fondos para levantar capital (probablemente lo sucedido en años anteriores haya sido excepcional), sigue habiendo un buen nivel de liquidez en el mercado y buenos activos y oportunidades en nuestra economía.

En términos generales, esperamos que los fondos continúen con una estrategia centrada en la gestión de su portfolio, tal y como han venido haciendo durante el ejercicio 2023, por lo que seguiremos viendo procesos de build-up y de inversión en compañías participadas.

Es probable que la difícil situación macroeconómica, unida a las dificultades para acceder a financiación a un coste razonable, pueda afectar a compañías que no se hayan preparado para estas circunstancias, lo cual podría dar lugar a operaciones oportunistas o a procesos de consolidación en determinados sectores.

Por otro lado, no podemos obviar una serie de riesgos que podrían limitar el crecimiento del mercado de M&A, como la incertidumbre económica global, que podría seguir generando volatilidad en los mercados financieros; o una posible recesión económica, que podría afectar a la capacidad de gasto de las empresas.

TTR: ¿En qué sectores los inversores internacionales pueden encontrar las mayores oportunidades en España para el próximo año? ¿Por qué?

Existen diferentes sectores que ofrecerán a los inversores internacionales interesantes oportunidades de crecimiento, rentabilidad y diversificación.

Las principales oportunidades para el mercado ibérico de M&A en 2024 se encontrarán en sectores como el tecnológico, que sigue siendo uno de los más dinámicos y atractivos para las inversiones; el sector energético, que continúa en plena transformación, con un aumento de las inversiones en energías renovables y eficiencia energética; y el sector de la salud, que está experimentando un crecimiento sostenido, impulsado por el envejecimiento de la población y la aparición de nuevas tecnologías.

Además, el sector industrial español sigue siendo atractivo para los inversores internacionales. España tiene una industria sólida y diversificada, con un gran potencial de crecimiento y buenas oportunidades de inversión.

Por otro lado, habrá que estar atentos a los procesos de desinversión en activos no estratégicos que compañías de infraestructuras y servicios están llevando a cabo y que pueden continuar durante el ejercicio 2024.

TTR: Siguiendo el segmento de Venture Capital, vemos que la aparición de unicornios está disminuyendo y algunos están desapareciendo. ¿Cómo evolucionará esta industria en España en 2023 y cuáles son las perspectivas para 2024?

La aparición de unicornios, no sólo en España sino también a nivel global, ha disminuido en 2023 y, especialmente, en el último trimestre, con la cifra más baja de los últimos 6 años. Viendo datos históricos, se aprecia cómo en 2021 y 2022 se produjo una situación post-COVID algo distorsionada, donde llegaron a surgir hasta 150 unicornios al trimestre. No obstante, si atendemos a las cifras de ejercicios anteriores, como 2019 y 2020, y aunque las cifras actuales sean inferiores, no hay una diferencia tan acentuada. 

Las condiciones del mercado actual han cambiado. La subida de los tipos de interés ha encarecido el coste del capital para las startups, lo que ha dificultado la captación de financiación. Además, la incertidumbre económica global ha generado cautela entre los inversores.

Pese a este descenso, la industria del Venture Capital en España sigue siendo atractiva, con un gran número de startups innovadoras con potencial de crecimiento. Dada la situación macroeconómica, probablemente los inversores pongan el foco en startups con modelos de negocio sólidos y perspectivas de crecimiento real.

Además, la explosión de la inteligencia artificial y el surgimiento de un gran número de empresas en este sector está generando un gran apetito inversor que dará lugar a un buen numero de operaciones en esta industria.

Por todo lo anterior, y considerando que es probable que las condiciones del mercado mejoren, las perspectivas para 2024 en el segmento de Venture Capital son positivas.

TTR: ¿Cuáles serán los principales desafíos para Pinsent Masons en España en los próximos meses?

Los principales desafíos para Pinsent Masons en España en los próximos meses serán (i) continuar creciendo y consolidándose como uno de los principales despachos de abogados de M&A en España, con especial foco en los sectores en los que estamos especializados; (ii) adaptarse a los cambios del mercado, como la digitalización y la irrupción de la inteligencia artificial, así como ámbitos de creciente relevancia en las transacciones (los criterios ESG); y (iii) atraer y retener el mejor talento, lo cual es un desafío cada vez más complicado.

Para afrontar estos desafíos, Pinsent Masons seguirá apostando por la innovación, la especialización sectorial y la captación del mejor talento. El despacho seguirá desarrollando nuevas herramientas y servicios para apoyar a sus clientes en sus operaciones de M&A. Además, seguirá ampliando su equipo con profesionales altamente cualificados y especializados.

Dealmaker Q&A

TTR Dealmaker Q&A com a Laura Affonso, Sócia do Lefosse

Lefosse

Laura Affonso

Laura é sócia da prática de Societário e M&A do Lefosse.
Possui sólida experiência em direito societário com foco em fusões & aquisições, joint ventures, mercado de capitais, investimentos de private equity, venture capital e reorganizações societárias. Antes de integrar a equipe do Lefosse, foi responsável pelas áreas de fusões e aquisições, mercado de capitais e societário da JBS. Foi ainda general counsel da UHG Brasil.
Graduou-se em Direito pela USP (Universidade de São Paulo) e possui LL.M. pela New York University School of Law. Laura trabalhou no escritório Greenberg Traurig LLP em Nova Iorque.


TTR: Quais são suas principais conclusões para o mercado de fusões e aquisições em 2023?

2023 foi um ano desafiador para o mercado como um todo por conta de fatores macroeconômicos mundiais, como alta de inflação e de taxas de juros de forma geral, mas também fatores locais, como a crise de crédito, que impactou mais fortemente o setor de consumo, e incertezas políticas.

Esse contexto atrapalhou tanto decisões estratégicas como movimentos de defesa, reduzindo transações de fusões e aquisições, em especial no primeiro semestre. Nesse momento, as transações tiveram de forma geral estruturas mais criativas, com reestruturações e busca por desalavancagem.

Já no segundo semestre, com a perspectiva de aprovação da reforma fiscal e início de redução de taxas de juros, o cenário ficou mais otimista.

TTR: Quais as expectativas, riscos e oportunidades relacionadas ao mercado brasileiro de M&A em 2024?

A expectativa é de que uma continuidade na queda da taxa de juros, mesmo que de forma modesta, e mais clareza sobre as posições do governo atual, reduzirão a percepção de risco e possibilitarão o retorno de M&As com caráter mais estratégico no próximo ano. Dessa forma, os valores envolvidos serão maiores e teremos a ampliação da participação de investidores estrangeiros.

Devemos continuar vendo operações relevantes de saídas de fundos de private equity, as quais, até a abertura de uma nova janela de ofertas públicas, ainda ocorrerão por meio de transações privadas.

O mercado de M&A é bastante correlacionado a fatores macroeconômicos, então, o desenrolar das guerras em curso e indicadores econômicos negativos nas maiores economias do mundo podem influenciar negativamente, mas, ao mesmo tempo, oportunidades de consolidação ou de expansão em novos setores surgirão no mercado brasileiro. A expectativa é de que 2024 seja significativamente melhor em termos de volume e tipos de transações.

TTR: Em quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil para o próximo ano? Por quê?

Os setores com maiores oportunidades para investidores internacionais no Brasil em 2024 devem incluir tecnologia, mineração e infraestrutura.

Além disso, teses relacionadas a transição energética, energia renovável e saneamento devem seguir bastante aquecidas, pois tais setores hoje contam com relativa estabilidade regulatória e boas oportunidades de investimento.

Alguns setores mais resilientes, como área de saúde, educação e alimentos e bebidas devem se beneficiar da redução da inflação e das taxas de juros, com mais disponibilidade de poupança para as famílias.

Um contexto menos incerto localmente também deverá permitir a abertura de uma nova janela de mercado de capitais e, com isso, a capitalização de empresas listadas em bolsa. Com isso, poderemos ter, ainda, um aumento em aquisições estratégicas por tais players.

TTR: Acompanhando o segmento de Venture Capital, vemos que o surgimento de unicórnios está diminuindo e alguns estão desaparecendo. Como evolui essa indústria no Brasil em 2023 e quais as perspectivas para 2024?

Em 2023, a indústria de Venture Capital no Brasil teve uma redução significativa de investimento. O custo do capital ficou maior, e os investidores ficaram mais seletivos em suas alocações, buscando teses de investimento mais robustas.

Por conta do desaquecimento do mercado, as transações tiveram que ser estruturadas de maneira diferente, com maior componente de dívida, por exemplo.

No entanto, após a correção de preços dos últimos anos, especialmente em relação ao setor de startups de tecnologia, há expectativa de crescimento significativo de transações para o próximo ano, porque o país segue tendo grande potencial de crescimento do mercado consumidor e do ecossistema empreendedor como um todo.

TTR: Quais serão os principais desafios para o Lefosse no Brasil nos próximos meses?

Nosso escritório tem sido bastante bem-sucedido, com um planejamento estratégico ao longo dos últimos anos para atender às demandas do mercado, seja em momentos de economia pungente ou em momentos mais desafiadores.

Vamos continuar fomentando a nossa cultura, no sentido de sermos parceiros estratégicos de nossos clientes, por meio de relacionamentos próximos e duradouros.

Com isso, queremos consolidar nosso lugar de liderança no mercado jurídico brasileiro.