Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Abril 2022

Mercado de Fusões e Aquisições brasileiro movimenta BRL 104,9bi no primeiro quadrimestre de 2022

  • No primeiro quadrimestre foram registradas 761 transações
  • Volume de Fusões e Aquisições registra crescimento de 16%
  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 144 transações
  • Empresas norte-americanas aumentaram em 25% suas aquisições no mercado brasileiro

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 761 transações e movimentou BRL 104,9bi no primeiro quadrimestre, de acordo com o relatório mensal do Transactional Track Record em colaboração com o Intralinks.

Esses números representam um aumento de 16% no número de transações em relação ao mesmo período de 2021. Do total das transações, 46% possuem os valores revelados e 76% das operações já estão concluídas.

Em abril, 161 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, e um valor total de BRL 38,4bi.

Operações do mercado transacional de abril de 2021 a abril de 2022
Fonte: Transactional Track Record.

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 144 transações, representando uma diminuição de 33% em relação ao mesmo período de 2021. Em segundo lugar está o setor de Industry-Specific Software, com 124 transações. 

Âmbito Cross-Border

No primeiro quadrimestre de  2022, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com 12  transações e um total de BRL 1,1bi, seguido pela Colômbia com oito operações.

Os Estados Unidos e a Alemanha, com 85 e 16 transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil. 

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram um aumento de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet aumentaram em 38%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma diminuição de 35% até abril.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 27 transações e um total de BRL 4,8bi no período, registrando uma queda de 42% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2021.

No âmbito do  Venture Capital, foram realizadas 239 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 10,8bi, o que resulta um aumento de 25% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 71 transações e um total de BRL 24,4bi até abril, representando um crescimento de 9% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR em abril de 2022, foi a conclusão da venda da Oxiteno pela Ultrapar Participações para a Indorama Ventures. O valor da transação é de USD 1,3bi.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei brasileira dos escritórios Stocche Forbes Advogados; BMA – Barbosa Müssnich Aragão;  Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados; Do lado financeiro, a transação foi assessorada pelo Bank of America; Torre Deutsche Bank; e PwC.

Entrevista com Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados

Elie J. Sherique, sócio especialista em direito societário, Fusões e Aquisições domésticas e cross-border, e Guilherme Bueno Malouf, sócio especialista em Fusões e Aquisições, investimentos de private equity e constituição de fundos de investimento estruturados, conversaram com o TTR para esta edição, e analisaram quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil: “Entendemos que o mercado de energia vem gerando boas oportunidades de negócio no mercado de M&A pois diversas empresas do setor vêm investindo em matrizes renováveis e desenvolvimento de novas formas de geração de energia (sem contar o movimento de transição energética).

O agronegócio brasileiro merece destaque em razão da alta necessidade mundial por tais commodities no pós-pandemia, bem como pelo valor atual do câmbio que maximiza o retorno das empresas do setor nas exportações. Acreditamos que o setor de tecnologia se manterá como um dos setores mais ativos, atraindo atenção de investidores estratégicos e financeiros. Por fim, apostamos também no setor de saúde, em várias de suas vertentes (clínicas e hospitais, farmacêutico, healthtech). Esse setor se mostrou aquecido em 2021 e segue com tendência de forte movimentação.”

Para entrevista completa, clique aqui

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica do primeiro quadrimestre de 2022 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total.

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações e em valor, lidera o Banco BTG Pactual, com 22 operações e um total de BRL 31,6bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2022 lidera o escritório Bronstein Zilberberg Chueiri & Potenza Advogados, com 45 operações. Em valor, lidera o BMA – Barbosa Müssnich Aragão contabilizando um total de BRL 26,2bi.

Informe mensual sobre el mercado transaccional mexicano – Abril 2022

Mercado transaccional mexicano registra un aumento del 2% hasta abril de 2022

  • En abril se han registrado 24 transacciones en el país por USD 1.657m
  • A lo largo de 2022 se han registrado 117 transacciones por USD 3.985m
  • Adquisiciones extranjeras en Tecnología e Internet aumentan un 42% en 2022
  • Sector Internet, Software y Servicios IT, además de Inmobiliario, los sectores más destacados del año

El mercado de M&A en México ha contabilizado en el mes de abril de 2022 un total de 24 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de USD 1.657m, de acuerdo con el informe mensual de Transactional Track Record.

Por su parte, en el primer cuatrimestre del año se han producido un total de 117 transacciones, de las cuales 67 registran un importe conjunto de USD 3.985m, lo que implica un aumento del 2% en el número de operaciones y una disminución del 40% en el importe de estas, con respecto al mismo período de 2021.

En términos sectoriales, el de Internet, Software y Servicios IT, además del sector Inmobiliario, han sido los más activos del año, con 19 y 18 transacciones cada uno, respectivamente, así como el Banca e Inversión, con un total de 12 transacciones.

Ámbito Cross-Border

Por lo que respecta al mercado Cross-Border, a lo largo de 2022 las empresas mexicanas han apostado principalmente por invertir en Estados Unidos y Colombia, con 7 transacciones en cada país. Por importe destaca Omán, con USD 620m.

Por otro lado, Estados Unidos, es el país que más ha apostado por realizar adquisiciones en México, con 37 operaciones, seguido de Chile con 5 transacciones. Por importe, se destaca Estados Unidos, con USD 2.035m.

Venture Capital y Asset Acquisitions

Hasta abril de 2022 se han contabilizado un total de 54 operaciones de Venture Capital por USD 997m, lo cual supone una tendencia estable en el número de operaciones y una disminución del 0,39% en el importe de éstas, con respecto al mismo periodo del año anterior.

Por su parte, en el segmento de Asset Acquisitions, hasta el mes de abril se han registrado 21 operaciones, por un valor de USD 326m, lo cual representa un aumento del 10,53% en el número de operaciones, y una disminución del 93,28% en el importe de estas, con respecto a abril de 2021.

Transacción Destacada

Para abril de 2022, Transactional Track Record ha seleccionado como operación destacada la relacionada con Betterware de México, empresa dedicada a la venta directa de productos para el hogar con sede en Zapopan, Jalisco, la cual ha completado la adquisición de la compañía Jafra USA.

La operación, valorada en USD 225m ha estado asesorada por la parte legal por DLA Piper y por Greenberg Traurig. Por la parte financiera, la transacción ha sido asesorada por Santander Corporate Investment Banking (SCIB).



Ranking de Asesores Legales y Financieros

En el ranking TTR de asesores jurídicos, por número de operaciones y por importe, lidera en el transcurso de 2022 Creel, García-Cuéllar, Aiza y Enríquez, así como Galicia Abogados, con 13 y 5 transacciones, y con USD 1.561,62m y USD 1.329,85m, respectivamente.

En cuanto al ranking de asesores financieros, lidera Bank of America, tanto por importe como por número de operaciones, con 2 transacciones y USD 1.642,24m.

Informe mensual sobre el mercado transaccional español – Abril 2022

Las transacciones de Private Equity en España registran un aumento del 20% hasta abril

  • Hasta abril se han registrado 838 deals de M&A y un capital movilizado de EUR 22.816m
  • El sector Inmobiliario es el más activo del año, con 208 transacciones y un alza del 52%
  • En el año se registran 106 operaciones de Private Equity y 193 de Venture Capital 
  • Auriga Global Investors, en entrevista con TTR, analiza previsiones para el mercado M&A

El mercado transaccional español ha registrado en el primer cuatrimestre del año un total de 838 transacciones con un importe agregado de EUR 22.816m, según el informe mensual de TTR  en colaboración con Intralinks.

Estas cifras suponen una disminución del 7% en el número de transacciones con respecto al mismo periodo de 2021, así como un descenso del 48% en el capital movilizado.

Por su parte, en el mes de abril se han registrado 175 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de aproximadamente EUR 5.582m.

En términos sectoriales, el sector Inmobiliario ha sido el más activo del año, con un total de 208 transacciones y un aumento del 52% con respecto al mismo periodo de 2021, seguido por el de Internet, Software y Servicios de IT, con 91 y un descenso del 17%.

Ámbito Cross-Border 

Por lo que respecta al mercado Cross-Border, hasta abril de 2022 las empresas españolas han elegido como principal destino de inversión a Estados Unidos, con 18 transacciones.

Por otro lado, Estados Unidos y Reino Unido, con 68 y 47 operaciones, respectivamente, son los países que mayor número de inversiones han realizado en España. Por importe destaca Estados Unidos, con EUR 3.775,86 m.

Private Equity, Venture Capital y Asset Acquisitions 

Hasta abril se han contabilizado un total de 106 transacciones de Private Equity por EUR 5.560m, lo cual supone un aumento del 20% en el número de operaciones y un descenso del 8% en el importe de las mismas, respecto al mismo periodo del año anterior.

Por su parte, en el segmento de Venture Capital se han llevado a cabo 193 transacciones con un importe agregado de EUR 2.477m, lo que implica un descenso del 9% en el número de operaciones y un aumento del 6% en el importe de las mismas, en términos interanuales.

En el segmento de Asset Acquisitions, hasta abril se han registrado 255 transacciones por un valor de EUR 5.515m, lo cual representa un aumento del 6% en el número de operaciones, y un aumento del 42% en el importe de éstas, en términos interanuales.

Transacción del mes 

En abril de 2022, TTR ha seleccionado como transacción destacada la adquisición de una participación mayoritaria en la española Grupo Uvesco por parte de la firma de private equity francesa PAI Partners.

La operación, que ha registrado un importe de aproximadamente EUR 500m, ha estado asesorada por la parte legal por Gómez-Acebo & Pombo España y por Garrigues España. Por la parte financiera, la transacción ha estado asesorada por AZ Capital y por CREA Inversión mientras que EY España (Ernst & Young) ha asesorado en Due Diligence.

Linklaters Spain, por su parte, ha actuado como asesor legal en la financiación de la adquisición.

Entrevista con Auriga Global Investors

Diego García de la Peña, Consultor de Auriga Global Investors, ha conversado con TTR para esta edición, y ha analizado las perspectivas del mercado transaccional de España en 2022 : “El 2021 fue un año anómalo para nosotros porque se analizaron muchas operaciones, pero no se cerraron y han empezado a cristalizar en 2022. En cambio, desde que ha empezado este año estamos inmersos en el cierre de operaciones y con mucha actividad de transacciones nuevas, por lo que prevemos que sea un año récord en número y en tamaño de los deals. En cuanto a segmentos, estamos viendo una gran actividad en el sector de las energías renovables y en private equity, siendo un año menos activo en Inmobiliario para nosotros”.

Para conocer toda la entrevista, ingrese aquí

Ranking de asesores financieros y jurídicos 

El informe publica los rankings de asesoramiento financiero y jurídico hasta abril de 2022 en M&A, Private Equity, Venture Capital y Mercado de Capitales, donde se informa de la actividad de las firmas destacadas por número de transacciones y por importe de las mismas.

En cuanto al ranking de asesores jurídicos en M&A, por número de transacciones lidera en el transcurso de 2022 Garrigues España, con 38 transacciones y, por importe, lidera la firma Freshfields Bruckhaus Deringer España con EUR 4.167m.

En cuanto al ranking de asesores financieros en M&A, por número de transacciones lidera en el transcurso de 2022 Arcano Partners, con 8 transacciones y, por importe, lidera la firma Bank of America con EUR 1.883,94m.

Dealmaker Q&A

Content available in English and Portuguese (scroll down)

TTR Dealmaker Q&A with Machado Meyer Advogados Partners Elie J. Sherique and Guilherme Bueno Malouf

Machado Meyer Advogados

Elie J. Sherique

Sherique is a specialist in corporate law, national and cross-border mergers and acquisitions, private equity operations, capital markets, and corporate governance, besides joint ventures, corporate reorganizations, international investments, structured operations, business transactions, financial products and operations involving publicly-held companies. He has previous experience in operations concerning several sectors, in particular, automotive, banking, construction, electronics, energy, pharmaceutical, real estate, mining, oil and gas, financial services, general services, technology, telecommunications, and retail. Is part of the Latin American & Iberian Desk of Machado Meyer, assisting some of the main Spanish and Latin American investors in Brazil.

Guilherme Bueno Malouf

Expert in M&A transactions, private equity investments, organization of structured investment funds, especially Equity Investment Funds (FIP), Real Estate Investment Funds (FII), and Credit Rights Investment Funds (FIDC). Malouf has extensive experience in the food and beverage, steel, cement, real estate, energy, services, technology, and retail. In addition to serving as head of our M&A practice, Malouf is also a member of the Asian Desk of our firm.


TTR: ¿What are your main conclusions for the M&A market in 2022?

The 2021 was an exceptional year to M&A transactions carried out in Brazil and we expect the market to remain warm for at least the next few months. We can relate this expectation to some factors, among them: the fact that in 2021 many companies capitalized themselves through IPOs and follow-ons with the objective of financing acquisitions in line with their expansion plans and the “unlocking” of the pipeline of ongoing operations that had been frozen because of the pandemic. We have been very active in operations in the technology, energy, financial services, healthcare and agribusiness sectors. We believe that in 2022 we will still see the effects of such trends, despite the turmoil arising from a very polarized election year and an external scenario with wars and rising interest rates in the US. In particular, we believe that the aforementioned sectors, especially technology and healthcare, will continue to be very strong and attract interest from strategic players and financial sponsors.

TTR: What are the most relevant drivers for consolidating the M&A market in Brazil, in 2022?

The post-pandemic, macroeconomic aspects and the presidential elections at the end of the year bring challenges for local companies as well as impact on investment decisions. Due to these factors, activity in the mergers and acquisitions market has been quite intense at the beginning of the year and consolidation movements have been noticed in several sectors of the economy. The availability of capital from certain publicly-held companies that in recent months have raised funds through the capital market, the less leveraged valuation value of companies in certain sectors of the economy and the need for funds to carry out investments for those companies that have not accessed the market of capital and/or received investments in recent years, are essential factors to drive consolidation in the M&A market. We have seen that the retail, health, technology and energy sectors have stood out in this consolidation movement.

TTR: In which sectors might international investors find the biggest opportunities in Brazil? Why?

We understand that the energy market has been generating good business opportunities in the M&A market, as several companies in the sector have been investing in renewable matrices and developing new forms of energy generation (not to mention the energy transition movement). Brazilian agribusiness deserves to be highlighted due to the high global need for such commodities in the post-pandemic period, as well as the current exchange rate value that maximizes the return of companies in the sector on exports. We believe that the technology sector will remain one of the most active sectors, attracting the attention of strategic and financial investors. Finally, we also bet on the health sector, in several of its aspects (clinics and hospitals, pharmaceuticals, healthtech). This sector proved to be heated in 2021 and continues with a strong trend.

TTR: Machado Meyer ha sido uno de los asesores líderes en operaciones de energías renovables en Brasil, ¿Cuáles serán las perspectivas de este sector en el mediano y largo plazo?   

We have been working quite often for companies in the renewables sector, both on the buying and selling side. In recent months we have represented local players and foreign investors who have shown a lot of interest in renewable energy matrix projects. As Brazil has a favorable regulatory environment and a very advantageous geographic capacity, we believe that the renewable energy sector will remain very active and heated in the medium and long term.

TTR: How will the conflict between Russia and Ukraine impact the energy sector, and what does this mean for M&A market?

The conflict between Russia and Ukraine has unleashed an unprecedented impact on gas supplies to Europe. The dependence of several European countries on this energy source was evident. This scenario has made the discussions regarding the need to implement the energy transition to cleaner and renewable energy sources to gain strength, which in a way can even help the flow of operations in Brazil. On the other hand, wartime generates greater conservatism on the part of investors, who may choose to “play safe” and postpone expansion plans. The increase in US interest rates may intensify this scenario.

TTR:  How has Machado Meyer handled the crisis in terms of advising clients and what opportunities has the company identified through the current situation in the country?

In recent years Machado Meyer has been consolidating its leadership position in the execution of M&A transactions, both in terms of the number of transactions carried out as well as the volume of transactions handled by the firm’s partners. In recent years, the firm has worked on a large number of multi-billion M&A transactions. In 2021, we were the leading firm in Latin America in terms of the number of operations carried out in M&A, capital markets and debt issuance transactions. We understand that our experience in relevant M&A transactions, combined with our relevant client base and the level of seniority of the partners working in M&A transactions, has made Machado Meyer’s M&A practice have had an exceptional performance in recent times of crisis.

In times of crisis, like the current one, we always try to put ourselves in the position of our customers and help them navigate the (more or less strangled) processes they were going through. Such assistance even includes the adoption of more flexible billing arrangements. In terms of opportunity, we understand that the resilience of agribusiness and the attractive price of our assets (especially after the devaluation of the real) represent important attractions for investors and times explored in the investor market.

TTR: What will Machado Meyer main challenges be in terms of M&A deals in Brazil during 2022?

Surely the biggest challenge we will have in 2022 will be the presidential elections in October. Historically, presidential elections in Brazil end up generating uncertainty and distrust of certain investors regarding the continuity of regulatory, economic and political agendas. In any case, our M&A team is very confident that despite the current political scenario, we have enough subsidies to support our clients in order to carry out M&A transactions with confidence and security even in adverse political and electoral conditions.


Portuguese version


Machado Meyer Advogados

Elie J. Sherique

Especialista em direito societário, fusões e aquisições domésticas e cross-border, operações de private equity, mercado de capitais, governança corporativa, além de joint ventures, reorganizações societárias, investimentos estrangeiros, operações estruturadas, transações comerciais, produtos financeiros e operações envolvendo companhias de capital aberto. Tem experiência em operações envolvendo diversos setores, principalmente automotivo, bancário, construção, eletroeletrônico, energia, farmacêutico, imobiliário, mineração, petróleo e gás, serviços financeiros, serviços em geral, tecnologia, telecomunicações e varejo.

É membro do Latin American & Iberian Desk do Machado Meyer, assistindo a alguns dos principais investidores espanhóis e latino-americanos no Brasil.

Guilherme Bueno Malouf

Especialista em operações de M&A, investimentos de private equity e constituição de fundos de investimento estruturados, principalmente Fundos de Investimento em Participações (FIP), Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Malouf tem ampla experiência nos segmentos de alimentos e bebidas, cimento, serviços de segurança, imobiliário, energia, serviços, tecnologia e varejo. Além de atuar como head da nossa área de M&A, Malouf também é membro do Asian Desk do nosso escritório.


TTR: Quais são suas principais conclusões para o mercado de M&A no 2022?

O ano de 2021 foi um ano excepcional em termos de operações de M&A realizadas no Brasil e temos a expectativa que o mercado se mantenha aquecido pelo menos pelos próximos meses. Podemos relacionar tal expectativa a alguns fatores, dentre eles: o fato de que em 2021 muitas empresas se capitalizaram por meio de IPOs e follow-ons com o objetivo de financiar aquisições em consonância com seus planos de expansão e o “destravamento” do pipeline de operações em curso e que haviam sigo congeladas por conta da pandemia. Temos estado bastante ativos em operações nos setores de tecnologia, energia, serviços financeiros, saúde e agronegócio. Acreditamos que em 2022 ainda observaremos os efeitos de tais tendências, em que pesem as turbulências advindas de um ano eleitoral muito polarizado e um cenário externo com guerras e elevação dos juros nos EUA. Em particular, acreditamos que os setores acima mencionados, especialmente tecnologia e saúde, seguirão muito forte e atraindo interesse de players estratégicos e de financial sponsors.

TTR: Quais são os fatores mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil, em 2022?

O pós-pandemia, os aspectos macroeconômicos e as eleições presidenciais no fim do ano trazem desafios para as empresas locais bem como impactam nas decisões de investimento. Em razão de tais fatores, a atividade no mercado de fusões e aquisições tem sido bastante intensa neste início de ano e movimentos de consolidação vêm sendo percebidos em diversos setores da economia. A disponibilidade de capital de certas companhias abertas, que nos últimos meses captaram recursos através do mercado de capitais, o valor menos alavancado de avaliação de empresas de certos setores da economia e a necessidade de recursos para realização de investimentos para aquelas empresas que não acessaram o mercado de capitais e/ou receberam investimentos nos últimos anos, são fatores essenciais para impulsionar a consolidação no mercado de M&A. Temos visto que os setores de varejo, saúde, tecnologia e energia tem se destacado neste movimento de consolidação.

TTR: Em quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil? Por quê?

Entendemos que o mercado de energia vem gerando boas oportunidades de negócio no mercado de M&A pois diversas empresas do setor vêm investindo em matrizes renováveis e desenvolvimento de novas formas de geração de energia (sem contar o movimento de transição energética). O agronegócio brasileiro merece destaque em razão da alta necessidade mundial por tais commodities no pós-pandemia, bem como pelo valor atual do câmbio que maximiza o retorno das empresas do setor nas exportações. Acreditamos que o setor de tecnologia se manterá como um dos setores mais ativos, atraindo atenção de investidores estratégicos e financeiros. Por fim, apostamos também no setor de saúde, em várias de suas vertentes (clínicas e hospitais, farmacêutico, healthtech). Esse setor se mostrou aquecido em 2021 e segue com tendência de forte movimentação.

TTR: Machado Meyer é um dos principais assessores em operações de energia renovável no Brasil. Quais são as perspectivas desse setor no médio e longo prazo?

Temos atuado com bastante frequência para empresas do setor de renováveis, seja na ponta compradora bem como na ponta vendedora. Nos últimos meses temos representado players locais e investidores estrangeiros que têm mostrado bastante interesse nos projetos de matrizes de energia renovável. Em razão do Brasil possuir um ambiente regulatório favorável e uma capacidade geográfica bastante vantajosa, entendemos que o setor de energia renovável seguirá bastante ativo e aquecido no médio e longo prazo.

TTR: Como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia afetará o setor de energia, e o que isso significa para o mercado de fusões e aquisições?

O conflito entre Rússia e Ucrânia desencadeou um impacto sem precedentes no fornecimento de gás para a Europa. Ficou evidente a dependência de diversos países europeus a esta fonte de energia. Tal cenário fez com que as discussões relativas à necessidade de se implementar a transição energética para formas de energias mais limpas e renováveis ganhassem força, o que de certa forma pode até ajudar o fluxo de operações no Brasil. Por outro lado, tempos de guerra geram maior conservadorismo por parte de investidores, que podem optar por “play safe” e postergar planos de expansão. O aumento de juros norte-americanos pode intensificar esse cenário.

TTR: Como o Machado Meyer lidou com a crise em termos de assessoria aos clientes e quais oportunidades o escritório identificou na situação atual do país?

Nos últimos anos o Machado Meyer vem consolidando sua posição de liderança na execução de operações de M&A seja pela quantidade de operações realizadas bem como pelo volume das operações trabalhadas pelos sócios do escritório. Nos últimos exercícios, o escritório trabalhou em um grande número de operações de M&A multibilionárias. Em 2021, fomos o escritório líder da América Latina em quantidade de operações realizadas em M&A, mercado de capitais e transações de emissão de dívida. Entendemos que nossa experiência em operações relevantes de M&A, aliada à nossa relevante base de clientes e o nível de senioridade dos sócios que atuam em operações de M&A, fez com que a prática de M&A do Machado Meyer tivesse tido um excepcional desempenho nestes últimos tempos de crise.

Em tempos de crise, como o atual, tentamos sempre nos colocar na posição de nossos clientes e ajudá-los e navegar pelos processos (mais ou menos estrangulados) por que passavam. Tal auxílio inclui, inclusive,  a adoção de arranjos de cobrança mais flexíveis. Em termos de oportunidade, entendemos que a resiliência de nosso agronegócio e o preço atrativo de nossos ativos (especialmente após a desvalorização do real) representam atrativos importantes para investidores e tempos ao explorado junto ao mercado investidor.  

TTR: Quais serão os principais desafios do Machado Meyer em termos de transações de M&A no Brasil durante 2022?

Seguramente o maior desafio que teremos em 2022 serão as eleições presidenciais no mês de outubro. Historicamente, eleições presidenciais no Brasil acabam por gerar incertezas e desconfiança de certos investidores quanto à continuidade de pautas regulatórias, econômicas e políticas. De toda forma, nossa equipe de M&A está bastante confiante que apesar do cenário político atual, temos bastante subsídios para apoiar nossos clientes de forma que realizem transações de M&A com confiança e segurança mesmo em condições político-eleitorais adversas.

Dealmaker Q&A

Content available in English and Spanish (scroll down)

TTR Dealmaker Q&A with Auriga Global Investors Head of Financial Services Diego García de la Peña

Auriga Global Investors

Diego García de la Peña

Head of Hedging Consulting for Private Equity, infrastructure, real estate, family offices and corporate funds, as well as Head of Debt Alternative Investments for corporates at Auriga. In both activities, the objective is to provide solutions for the capital structure of companies and help them and their sponsors to develop their business plans.

Previously, he worked as Structured Solutions Sales for Financial Sponsors at European level, as well as for Spanish corporates at Unicredit Bank, London (2007-2011). Previously, he was Director of Interest Rate Hedging Sales for the Network and Corporates at Cajamadrid and Corporate Treasury Sales at Banesto.


TTR: 2022 promises to be a record year for private equity and venture capital investment in Spain, given the strong investment activity in the second half of 2021, which will result in the closing of a large number of deals in the coming months. Have you seen this positive evolution in your business? 

Yes, definitely. 2021 was an anomalous year for us because many deals were analysed but not closed and started to crystallise in 2022. However, since the beginning of this year, we are closing all those deals and with a lot of new transaction activity, so we expect it to be a record year in terms of number and size of deals. In terms of segments, we are seeing a lot of activity in the renewable energy sector and in private equity, with a less movement in real estate. 

TTR: Are Sponsors and Corporates’ cost analysis changing in order to take into account and tackle inflation risks derived from Commodities, rentals, energy and others? 

In fact, what is happening is that it has come to the forefront of concerns. During the long period of low inflation, it was factored into the analysis, but there was no concern that inflation could spike in such a way that it could dramatically change costs. Now, recent inflation developments are impacting the cost line in such a way that clients are looking at ways to limit this impact risk from the outset, either through financial instruments or through specific contractual arrangements. 

TTR: Are you seeing an increase in Renewable Energy Development Projects’ Financing deals? 

Yes, we are seeing a significant increase. In terms of operational assets, there continue to be sale and purchase operations of assets and platforms, which are generally accompanied by the corresponding refinancing. But where we are experiencing a notable increase is in assets under development. 2021 was a year of impasse in these assets due to the delay in administrative procedures and authorisations, so this year there are a large number of projects in RTB status and, therefore, in the construction period, which means that all financing is being articulated. 

TTR: Are you observing an increase in pre-hedging analyses for expected deals resulting from the increase in estimated interest rates? 

Rising interest rates are a greater concern than even rising inflation costs. As the risk is more determinable and easier to hedge than inflation’s, we are seeing a lot of demand for pre-hedging analysis for deals under consideration. We are seeing this in two segments in particular: in Renewables projects under development, between the signing of the Framework Financing Agreements and the actual drawdown of the financing once RTB status has been achieved; and in the Private Equity segment between the signing of the Sale and Purchase Agreement and the expected availability of the financing. 

TTR: Are sponsors and corporates challenged by the Libor-SOFR transition? How are you handling the decisions on new loans granted in USD due to the change of Reference Index? 

Generally, the recommendation is to enter directly with SOFR reference and not to have a period of Libor with transition to SOFR in 2023. The important thing in these cases is to negotiate well with the banks the spreads that they apply when making the loan with SOFR reference and that they are really equivalent to the spread they would apply if they did it with Libor. 

TTR: Some studies highlight that the most attractive sectors for investors in Spain are those related to energy, technology, education and healthcare. Are you seeing deals in these areas? 

Indeed, the energy sector remains one of the most active. In the health sector, there are operations by manufacturers and distributors of capital goods or high-value devices for specialists. And in education we are also seeing a lot of movement. Another tremendously dynamic sector is agriculture and food, where we have been involved in several transactions. 

TTR: What transactions would you highlight from those you have recently closed? 

Taking advantage of the opportunity, a leading private equity firm, after discussing rate hikes, decided to hedge 50% of a syndicated loan it had in place since 2021 with a cap in anticipation of rate hikes. On the other hand, we have advised a company in the oil sector on the closing of a syndicated loan and in order to adapt the hedging to its business and financial strategy it had to close a mixed strategy of short-term cap and a longer-term swap starting forward start. In addition, we supported a renewable energy fund which, taking advantage of having an existing derivative in the financing to be refinanced, kept that existing derivative complemented with a new derivative, in order to optimise its cost and financial structure.


Spanish version


Auriga Global Investors

Diego García de la Peña

Responsable de Consultoría de Coberturas a fondos de Private Equity, infraestructuras, inmobiliarios, family offices y empresas, así como responsable de Inversiones Alternativas en Deuda para corporates en Auriga. En ambas actividades, el objetivo es proveer soluciones para la estructura de capital de las empresas y ayudar a las mismas, así como a los sponsors a desarrollar sus planes de negocio.

Anteriormente, trabajó como Structured Solutions Sales para Sponsors Financieros a nivel europeo, así como para corporates españoles en Unicredit Bank, London (2007-2011). Previamente, fue director del departamento de Ventas de coberturas de tipos de interés para la Red y Empresas en Cajamadrid y Corporate Treasury Sales en Banesto.

TTR: El 2022 promete ser un año de récord de inversión en private equity y venture capital en España, dada la gran actividad inversora del segundo semestre de 2021 que se derivará en el cierre de un elevado número de operaciones en los próximos meses. ¿Habéis apreciado esta evolución positiva en vuestro ámbito de negocio? 

Sí, claramente. El 2021 fue un año anómalo para nosotros porque que se analizaron muchas operaciones, pero no se cerraron y han empezado a cristalizar en 2022. En cambio, desde que ha empezado este año estamos inmersos en el cierre de operaciones y con mucha actividad de transacciones nuevas, por lo que prevemos que sea un año récord en número y en tamaño de los deals. En cuanto a segmentos, estamos viendo una gran actividad en el sector de las energías renovables y en private equity, siendo un año menos activo en Inmobiliario para nosotros. 

TTR: ¿Está cambiando el análisis de costes de los Sponsors y las empresas para hacer frente a los riesgos de inflación derivados de las materias primas, los alquileres, la energía y otros sectores? 

En realidad, lo que está pasando es que ha entrado en la primera línea de las preocupaciones. Durante el largo período de inflación baja se tenía en cuenta en el análisis, pero no preocupaba que la inflación se pudiese disparar de tal forma que pudiese cambiar dramáticamente los costes. En estos momentos, la evolución reciente de la inflación impacta de tal manera en la línea de costes, que los clientes analizan desde el primer momento vías de acotar este riesgo de impacto, bien sea mediante instrumentos financieros o mediante articulaciones contractuales específicas. 

TTR: ¿Estáis apreciando un incremento de las operaciones de financiación de proyectos para el desarrollo de energías renovables? 

Sí, estamos viendo un incremento relevante. En cuanto a activos en operación, sigue habiendo operaciones de compraventa de activos y de plataformas, que llevan aparejadas generalmente su correspondiente refinanciación. Pero donde estamos experimentando un incremento notable es en activos en desarrollo. El 2021 fue un año de impasse en estos activos debido a la demora en las tramitaciones y autorizaciones administrativas, por lo que en este año hay un gran número de proyectos en status RTB y, por tanto, en período de construcción, lo que hace que se estén articulando todas las financiaciones. 

TTR: ¿Estáis observando un aumento de los análisis de precobertura para las operaciones previstas derivadas del aumento de los tipos de interés estimados? 

El aumento de los tipos de interés representa, si cabe, una preocupación superior incluso a la del incremento de los costes derivados de la inflación. Al ser un riesgo más determinable y más fácilmente acotable, está haciendo que tengamos mucha demanda de análisis de precobertura para operaciones en estudio. Lo estamos viendo sobre todo en dos segmentos. En el de los proyectos de Renovables en desarrollo, entre la firma de los Acuerdos Marco de Financiación y la disposición efectiva de la misma una vez llegado al status RTB. Y, por otro lado, en las transacciones de Private Equity entre que se firma la compraventa y se espera para poder disponer de la financiación. 

TTR: ¿Cómo se enfrentan los Sponsors y las empresas a la transición Libor-SOFR? ¿Cómo estáis gestionando las decisiones sobre nuevos préstamos concedidos en USD debido al cambio del Índice de Referencia? 

Generalmente, la recomendación está siendo entrar ya directamente con referencia SOFR y no tener un período de Libor con transición a SOFR en 2023. Lo importante en estos casos, es negociar bien con los bancos los spreads que aplican al hacer el préstamo con referencia SOFR y que realmente sean equivalentes al spread que aplicarían si lo hiciesen a Libor. 

TTR: Algunos estudios destacan que los sectores más atractivos para los inversores en España son los relacionados con la energía, tecnología, educación y el sanitario. ¿Estáis apreciando deals en estos sectores? 

Efectivamente, el sector de la energía sigue siendo uno de los más activos. En el sector sanitario hay operaciones de fabricantes y distribuidores de bienes de equipo o aparatos de alto valor para especialistas. Y en el ámbito de la educación también estamos apreciando mucho movimiento. Otro sector tremendamente dinámico es el ligado a la agricultura y alimentación, en el que hemos estado involucrados en varias operaciones. 

TTR: ¿Qué transacciones destacarías de las que habéis cerrado recientemente? 

Por aprovechamiento de oportunidad, trabajamos para un private equity de primer orden, tras discutir las subidas de tipos, decidió cubrir un 50% de un préstamo sindicado que tenía vigente desde 2021 con un cap en previsión de subidas de tipos. Por otro lado, hemos asesorado a una compañía del sector de petróleo en el cierre de un préstamo sindicado y con el fin de adecuar la cobertura a su estrategia empresarial y financiera tuvo que cerrar una estrategia mixta de cap a corto plazo y un swap a más largo plazo empezando forward start. Además, hemos apoyado a un fondo de energías renovables que, aprovechando que tenía un derivado existente en la financiación a refinanciar, mantuvo ese derivado existente complementado con un derivado nuevo, con el fin de optimizar su coste y estructura financiera.