Dealmaker Q&A

TTR Data Dealmaker Q&A com Andrea Ometto Bittar Tincani, sócia do Finocchio & Ustra

Finocchio & Ustra

Andrea Ometto Bittar Tincani

Andrea Ometto Bittar Tincani é sócia da área societária e de fusões e aquisições do Finocchio & Ustra. Graduou-se em Direito pela Universidade de São Paulo. Cursou especialização em Direito Empresarial pela FGV e MBA pela INSEAD na França e em Singapura. Atua na área de direito societário há mais de dez anos, com sólida experiência na estruturação, negociação e implementação de operações de M&A, joint ventures e reestruturações societárias, assessorando clientes nacionais e internacionais. Trabalhou como advogada no Pinheiro Neto e Mattos Filho, além de ter atuado como consultora financeira na Michel Dyens & CO. Reconhecida na shortlist do Women in Businesse Law Awards 2024, como Dealmaker pela TTR e ranqueada entre as advogadas mais admiradas do país pelo anuário Análise Advocacia Mulher 2024..


TTR Data: A desaceleração da economia, a incerteza geopolítica e os problemas de fluxo de capitais influenciaram significativamente a dinâmica do mercado de M&A desde 2022, não apenas no Brasil, mas na América Latina em geral. Em meio a esse panorama de incertezas nos investimentos, quais as perspectivas que o Finocchio & Ustra faz em 2024 para o mercado transacional no Brasil?

Em 2023 o Brasil registrou o menor investimento estrangeiro direto (IED) desde o início da pandemia de COVID-19 em 2020. Por outro lado, de acordo com o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil foi o segundo país que mais atraiu IED do mundo, ficando atrás somente dos EUA. O Brasil também está entre os países que anunciaram o maior número de novos projetos. 

O Brasil não foi o único afetado por essa redução de IED. A desaceleração nas atividades de M&A tem sido notada desde 2022 e continuaram em 2023 devido ao aumento das taxas de juros, incertezas geopolíticas e um ambiente econômico fraco, com custos crescentes. Com o aumento das taxas de juros nos EUA e na Europa é esperado que os investidores adotem uma abordagem mais conservadora. 

Contudo, a posição do Brasil no ranking de IED demonstra que o país tem tido sucesso em oferecer aos investidores um ambiente mais transparente, eficiente e consistente. Como reflexo disso, o Brasil obteve em março de 2024 o melhor resultado de IED dos últimos 12 anos para o mês, com total de USD 9,6 bilhões recebidos, e o melhor número mensal desde agosto de 2022, de acordo com as estatísticas do setor externo, disponibilizadas pelo Banco Central do Brasil.

Essa tendência de influxo de IED para o Brasil deve continuar ao longo do ano de 2024, à medida que o país continua investindo na redução da burocracia, na reforma de seu sistema tributário atualmente complexo, na melhoria dos aspectos ambientais, sociais e de governança, e com a execução do novo programa de aceleração do crescimento (PAC).

Também vemos forte aceleração de transações no setor de tecnologia e de transações menores focadas na consolidação de mercado.

TTR Data: O Brasil concentrou aproximadamente 60% de todas as transações de M&A anunciadas na América Latina nos últimos anos. Quais são os drivers mais relevantes para continuar a consolidar o mercado brasileiro na América Latina no curto e médio prazo?

Essa liderança se deve a diversos fatores relevantes. Primeiro, o tamanho da economia brasileira e a moeda desvalorizada, em comparação com as principais economias mundiais, atraem investidores em busca de oportunidades de investimento. Além disso, o crescimento contínuo de setores estratégicos, como o de energia renovável, financeiro e tecnologia, e uma maior estabilidade política e jurídica, se comparada com os demais países da América Latina, tornam o mercado brasileiro atrativo aos olhos de investidores estrangeiros. 

Mesmo que nós brasileiros tenhamos a impressão de viver uma instabilidade política, quando comparado aos demais países da América Latina, o Brasil atualmente apresenta um cenário geopolítico mais estável e seguro aos investidores.

Ainda, nos últimos anos, o Brasil se empenhou para melhorar o ambiente de negócios e facilitar os investimentos no país, com foco na desburocratização de processos por meio do uso de tecnologias, para que empresas e indivíduos tenham acesso mais rápido a informações e interações simplificadas e eficientes com os órgãos públicos. 

Por fim, a integração regional e parcerias comerciais, fortalecem a posição do Brasil na América Latina e o manterão como um importante hub de investimentos e M&A na região.

TTR Data: O setor de tecnologia, assim como o setor financeiro, têm sido os dois mais ativos no mercado transacional brasileiro em número de transações em 2024. No entanto, a nível regional, outros setores estão em expansão, como energias renováveis e recursos naturais. Em meio ao atual cenário de investimentos, qual o papel do mercado de energia renovável para impulsionar os investimentos no mercado de M&A no Brasil? Que outros setores parecem altamente financiáveis neste momento?

A riqueza natural do Brasil permite que ele tenha uma matriz energética extremamente diversificada com fontes de energia limpas e renováveis. De acordo com o Balanço Energético Nacional emitido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a energia renovável representou 87,9% do fornecimento de eletricidade no Brasil em 2022, com a energia solar fotovoltaica crescendo 79,8%, a hidrelétrica 17,7% e a eólica 14,3%, enquanto a termelétrica caiu 32,3%.

A crescente demanda global por energia limpa, aliada à agenda ESG e às metas de descarbonização, impulsiona investimentos em projetos de energia renovável no Brasil. A riqueza natural do Brasil, por sua vez, permite que ele tenha uma matriz energética extremamente diversificada com fontes de energia limpas e renováveis. 

Ainda assim, o Brasil possui um grande potencial inexplorado para geração de energia renovável, principalmente solar e eólica, atraindo investimentos para desenvolvimento de novos projetos e aquisições de empresas já em operação. 

Considerando o potencial de energia renovável, o PAC e o potencial de comercialização livre no Brasil até 2028, espera-se um aumento de investimentos nessa área ao longo de 2024, bem como no setor de infraestrutura, como foco em áreas que propiciam opções mais sustentáveis.

Em relação aos demais setores, podemos citar como destaque o agronegócio, em especial as agritechs, focadas no desenvolvimento tecnologias para agricultura de precisão, biotecnologia, IoT e outras áreas; além do setor de saúde, impulsionado pelo envelhecimento da população, pela crescente demanda por serviços de saúde de qualidade e pela busca por inovações tecnológicas na área.

TTR Data: Atualmente, o Finocchio & Ustra é líder no ranking feminino de assessorias jurídicas de M&A. Na sua opinião, e como líder deste ranking, a diversidade de género ao nível da gestão influencia em alguma medida os tipos de aquisições realizadas e os principais indicadores de sucesso das transações de M&A? Que medidas proativas o Finocchio & Ustra toma para oferecer condições iguais para mulheres em questões de liderança empresarial?

Como líder no ranking feminino de assessorias jurídicas de M&A, o Finocchio & Ustra reconhece a importância da diversidade de gênero na gestão. A presença de mulheres em posições de liderança traz perspectivas únicas, promove a inovação e contribui para o fluxo das operações. 

Também há movimentação do mercado para negociações cujo foco é atingir os objetivos dos clientes e não ganhar o máximo possível do outro lado. As negociações são feitas de forma a encontrar o melhor caminho para as partes, buscando conciliação e a explicação da motivação de cada pleito, para que o negócio não seja prejudicado e seja obtida a maior sinergia possível.

Algumas medidas proativas que adotamos para oferecer condições iguais para mulheres em questões de liderança empresarial incluem: implementação de políticas de inclusão e equidade, programas de mentoria, um dia a mais sem trabalho por mês (além das férias), transparência e comunicação, trabalho híbrido (sendo o presencial obrigatório apenas 1 vez por semana), além de avaliação constante e contínua. Acreditamos que a diversidade de gênero fortalece nossa equipe e contribui para o sucesso das transações de M&A, sendo nosso time Societário, inclusive, historicamente e atualmente composto majoritariamente por mulheres.

TTR Data: Acompanhando o segmento de Private Equity e Venture Capital, vemos que o aparecimento de unicórnios vem diminuindo há aproximadamente dois anos e alguns estão desaparecendo. Como evoluirá essa indústria no Brasil em 2024 e quais as perspectivas para os próximos meses?

Sem dúvida, o ano de 2021 marcou o cenário das startups, impulsionando o surgimento de diversos unicórnios brasileiros. Registrou-se um recorde de investimentos, impulsionado pela baixa taxa de juros, transformação digital acelerada em virtude da pandemia e pelo aumento da liquidez no mercado. 

No entanto, a partir de 2023, o mercado de Private Equity e Venture Capital no Brasil começou a apresentar sinais de desaceleração em virtude do aumento da inflação, da alta dos juros e da captação reduzida dos fundos de venture capital, impactada pela da inflação e pela alta dos juros. Em um mercado em que há a possibilidade de ganhar dinheiro de forma segura, com a alta das taxas de juros, é normal que os investidores se tornem mais avessos a riscos.

Quando há alguns anos bastava-se ter perspectiva de crescimento para obtenção de investimento, hoje um novo negócio precisa, além do potencial de crescimento, também mostrar sua estratégia de lucratividade, a coesão do negócio e de seu valuation. O investidor ficou mais conservador após a desilusão com promessas de unicórnios e/ou mesmo a falta de lucratividade de unicórnios estabelecidos.

Sendo assim, a perspectiva é de amadurecimento deste mercado, com os empreendedores sendo obrigados a trabalhar em planos de negócios consistentes, em como gerar retorno ao investidor e também na mitigação de riscos do negócio desde o início. Não há falta de investimento para os empreendedores que se adaptam a essa nova realidade de seriedade e realizam a chamada de investimentos com o pé no chão.

As startups e os investidores de Private Equity e Venture Capital precisaram se adaptar e ajustar suas estratégias, sendo um bom exemplo o crescimento do Corporate Venture Capital (CVC), importante modalidade de investimento, com empresas consolidadas investindo em startups do seu ecossistema para impulsionar a inovação e o acesso a novos mercados.

Hoje as operações deste tipo têm um dos seguintes objetivos: (i) retorno para o investidor, e, nesse caso, são feitas baseadas em planos de negócios sólidos, com produtos minimamente viáveis, testados e com perspectiva próxima de lucratividade; ou (ii) controle ou influência no desenvolvimento de produtos/ serviços que são estratégicos ou necessários para o futuro do negócio dos investidores.

TTR Data: Quais serão os principais desafios do Finocchio & Ustra no Brasil em 2024 no mercado transacional?

O mercado enfrentará desafios significativos, com a adaptação às tecnologias, inteligência artificial e inovações. A crescente digitalização, utilização da inteligência artificial e automação estão transformando a maneira como as empresas e escritórios de advocacia operam, e aqueles que não acompanharem essas mudanças podem ficar para trás. 

O Finocchio & Ustra identificou esse movimento há alguns anos e estabeleceu diversas frentes de trabalho dedicadas a superar o modelo tradicional de advocacia frente à inevitável revolução do mercado, incluindo uma área dedicada exclusivamente à inovação. No Finocchio & Ustra, consideramos que a capacidade de adaptação será crucial para o sucesso no mercado de M&A em 2024.

O mercado tem exigido transformações rápidas e o mundo digital dá recompensas e respostas instantâneas. Isso se reflete na expectativa das pessoas com relação ao crescimento profissional e reconhecimento, sendo que a velocidade esperada não é, na grande maioria das vezes, condizente com a realidade do mercado de trabalho. Desta forma, vemos, de forma geral, uma grande frustração das novas gerações com o mercado de trabalho e com a vida real.

Um escritório de advocacia é feito de pessoas. Ter pessoas motivadas, livres para ser quem são e com equilíbrio entre vida pessoal e profissional é um dos nossos maiores objetivos. Nós trabalhamos de forma árdua para que nossos profissionais cresçam e se desenvolvam em um ambiente saudável e leve, com muita transparência e alinhamento de expectativas.

Inovação e gestão de pessoas são temas constante em nossas discussões de liderança, pois entendemos que estes serão os maiores desafios dos próximos anos.

Dealmaker Q&A

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TTR Data Dealmaker Q&A with 414 Capital RIóN M&A Partner Alexander von Griesheim

414 Capital RióN M&A

Alexander von Griesheim

Alexander von Griesheim joined 414 Capital in 2024 through the acquisition of RIóN, where he began in 2005. With a successful track record, he has advised and closed over 60 transactions, encompassing sell-side and buy-side mandates, valuations, and public offerings across various sectors including education, pharmaceuticals, automotive, finance, business services, manufacturing, oil & gas, consumer products, and food and beverage. His clientele spans families, private equity funds, and corporate entities. Prior to joining RIóN, Alex initiated his M&A career at Aguilar Portilla y Asociados in 1998, advising clients in industries such as bottling, agribusiness, publishing, outdoor advertising, and healthcare. Alex has been actively engaged in numerous international arbitration proceedings for several years, representing the interests of both Mexico and the Dominican Republic. He holds an International MBA from Instituto de Empresa (IE) Business School in Madrid and a BA in Business Administration with special honors from Universidad Iberoamericana (UIA).


TTR Data: How has Rion handled the current situation in terms of advice and what opportunities have you found in Mexico in recent months?

The M&A market in Mexico, and in general in the world, has been affected mainly by three factors: Post-pandemic, many Mexican companies show atypical results, either up or down, derived from the pandemic impact,  high interest rates and the strong peso. Certain sectors and industries were not able to pass on price increases to end customers, negatively affecting their usual margins, and therefore reducing the value of the companies. Not in all cases the effects have been reversed, which has made it difficult to close transactions. Although there is liquidity in the market, there has been resistance from company owners who have not assimilated the change in the sector and do not accept lower valuations. On the other hand, in cases where the impacts on margins were very positive, buyers do not accept that this trend will last, so they are not willing to pay for higher valuations, also complicating the closings, challenging advisors to become creative and find formulas and build bridges.

What are the perspectives for the M&A market in Mexico in 2024? What other countries could have a positive dynamic in this segment?

During election years, normally during the first quarter there is a lot of M&A activity, due to the interest of closing transactions and not suffering from possible uncertainty. During the second and third quarters the volume decreases, since being very close to the event – and especially when there may be significant changes in government – both sellers and buyers prefer to wait for the results of the elections to decide whether to move forward, correct or adjust some parameters, or not continue with the possible transaction.

In 2024, the M&A market expectations are good, since there seems to be a consensus that interest rates should begin to decrease towards the end of the year. This phenomenon probably generates good expectations, the possibility of leveraging M&A transactions a bit more, and for buyers to be somewhat more flexible in increasing valuations, achieving a higher number of closings. This effect would surely be triggered in the last quarter of the year, so during the third quarter the volume of closed deals would not be that significant.

TTR Data:  In which sectors might international investors find the biggest opportunities in Mexico in the next months?, Why? 

Without a doubt one of the most interesting sectors in Mexico today is the industrial sector, derived from the nearshoring effect. The relocation of global companies to have a presence close to clients, or regionally, generates a great appetite to seek investments in Mexico. Transactions in the logistics, services and health sector are also of interest and show relevant activity.

TTR Data: Continuing with the Private Equity and Venture Capital segment, we see that, after the boom of 2021, the emergence of unicorns is slowing down and some are disappearing. What is your evaluation for this industry in Spain in 2024? What can we foresee for the next months?

In recent years, both Private Equity and Venture Capital funds have been more cautious with their investments. This is derived on the one hand from the demand for additional capital in portfolio companies due to post-pandemic effects such as variations in margins and inflation, as well as greater discipline in terms of leverage, derived from the high cost of debt. This has made company valuations become more realistic, and even VC funds are seeking to invest in companies with positive or slightly negative EBITDAs.

TTR Data: What will Rion’s main challenges be in Mexico during 2024?

The electoral issue in Mexico and a few months later in the United States, generates uncertainty about what the new governments that take control will do. Anticipating some changes in foreign relations policy, trade, etc., investors can delay purchase/investment decisions, or even stop them until they know the electoral results, the plans of each elected government and their effects on the countries’ economies.  


Spanish version


414 Capital RIóN M&A

Alexander von Griesheim

Alexander von Griesheim se incorporó a 414 Capital a través de la adquisición de RIóN, firma a la cual unió en 2005. Alex ha asesorado y cerrado con éxito más de 60 transacciones, trabajando en mandatos de compra y venta, así como valuaciones, en sectores como el farmacéutico, inmobiliario, financiero y seguros, servicios, manufactura, petróleo y gas, productos de consumo, alimentos y bebidas, entre otros. Sus clientes van desde familias, fondos de capital privado hasta corporativos. Antes de incorporarse a RIóN, Alexander inicio su carrera en fusiones y adquisiciones en Aguilar Portilla y Asociados en 1998, cerrando transacciones dentro del sector embotellador, agroindustrial, editorial, educación, publicidad exterior y salud. Desde hace varios años, Alex ha participado en la elaboración de dictámenes en diversos procedimientos de Arbitraje Internacional, en representación de los Estados Unidos Mexicanos y la República Dominicana. Obtuvo su MBA por el Instituto de Empresa (IE) Business School en Madrid, y su título de Administración de Empresas, con mención especial, por la Universidad Iberoamericana (UIA).


TTR Data: ¿Cómo ha manejado Rion la coyuntura actual en términos de asesoramiento en este mercado y qué oportunidades ha encontrado en México en los últimos meses?

El mercado de M&A en México, y en general en el mundo, se ha visto afectado principalmente por tres factores: Post-pandemia muchas de las empresas mexicanas muestran resultados atípicos, ya sea al alza o a la baja, derivado de la coyuntura de la pandemia, las elevadas tasa de interés y el peso fuerte. Ciertos sectores e industrias no lograron trasladar incrementos de precios a clientes finales, afectando negativamente sus márgenes habituales, y por ende reduciendo el valor de las compañías. No en todos los casos los efectos se han revertido, lo que ha dificultado cerrar transacciones.  Sin bien hay liquidez en el mercado, ha habido resistencia de propietarios de las compañías que no han asimilado el cambio en el sector y no aceptan valuaciones mas bajas. Por el otro lado, en los casos que los impactos en márgenes fueron muy positivos, los compradores no aceptan que ésta tendencia perdure, por lo que no aceptan pagar valuaciones más elevadas, también complicando el cierre de las operaciones, provocando a los asesores a buscar fórmulas creativas para crear puentes y lograr cerrar transacciones..

TTR Data: ¿Cuáles son las perspectivas del mercado de M&A en México en este 2024? ¿Qué otros países podrían tener una dinámica positiva en este segmento?

Durante años de elección, normalmente durante el primer trimestre hay mucha actividad de M&A, por el interés de cerrar transacciones y no sufrir posible incertidumbre. Durante el segundo y tercer trimestres baja el volumen, ya que al estar muy cerca del evento – y sobre todo cuando puede haber cambios de gobierno significativos – tanto vendedores como compradores prefieren esperar al resultado de las elecciones para decidir si seguir adelante, corregir o ajustar algunos parámetros, o no continuar con la posible transacción.  

En 2024 las expectativas del mercado en general son buenas, ya que parece haber consenso en el hecho que las tasas de interés deben empezar a bajar hacia finales el año. Este fenómeno probablemente genere buenas expectativas, posibilidad de apalancar un poco mas las transacciones de M&A, y por parte de los compradores ser algo mas flexibles en elevar valuaciones, logrando mayores cierres. Este efecto seguramente se detonaría en el último trimestre del año, por lo que durante el tercer trimestre el volumen de cierres no sería tan alto.

TTR Data: ¿Cuáles serían los sectores que podrían ofrecer las mayores oportunidades en México a los inversores internacionales en los próximos meses y por qué?

Sin duda uno de los sectores más interesantes en México hoy en día es el industrial, derivado del efecto del nearshoring. La reubicación de empresas globales a tener presencia cerca de los clientes, o de manera regional, genera un gran apetito para buscar inversiones en México.  Transacciones en el sector de logística, servicios y sector salud, también muestran mucho apetito y actividad.

TTR Data: Continuando con el segmento de Private Equity y Venture Capital vemos que, después del ‘boom’ de 2021, el surgimiento de unicornios está disminuyendo y algunos están desapareciendo. ¿Cuál es la evaluación de estas industrias en 2024 y qué podemos esperar para los próximos meses? 

En los años recientes, tanto los fondos de Private Equity, como los de Venture Capital, han sido mas cautos con sus inversiones. Esto derivado por un lado por la demanda de capital adicional en compañías de portafolios por efectos post pandemia como variación de márgenes e inflación, así como una mayor disciplina en términos de apalancamiento, derivado del elevado costo de la deuda. Esto ha hecho que las valuaciones de las compañías se vuelvan más realistas, y que incluso los fondos de VC busquen invertir en empresas con EBITDAs positivos o ligeramente negativos.   

TTR Data: ¿Cuáles serán los principales retos de Rion en México durante 2024?

El tema electoral en México y unos meses más adelante en Estados Unidos, genera incertidumbre de qué harán los nuevos gobiernos que tomen control. Anticipando algunos cambios en política de relaciones exteriores, comercio, etc., los inversionistas pueden retardar las decisiones de compra/inversión, o incluso detenerlas hasta no conocer los resultados electorales, los planes de cada gobierno electo y sus efectos en las economías de los países.

Informe mensual sobre el mercado transaccional mexicano – Abril 2024

Mercado M&A mexicano registra disminución del 84% en capital movilizado en el primer cuatrimestre de 2024

  • En abril, se han registrado 23 transacciones en el país por USD 82m
  • Hasta abril, se han registrado 94 fusiones y adquisiciones por un importe de USD 1.307m
  • Transacciones de Venture Capital disminuyen un 7% hasta mayo de 2024

 

El mercado de M&A en México ha contabilizado hasta abril de 2024 un total de 94 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de USD 1.307m, de acuerdo con el informe mensual de TTR Data.

Estos valores implican un descenso del 20% en el número de transacciones y del 84% su importe, con respecto al mismo período de 2023. 

En cuanto al mes de abril, se han registrado 23 transacciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de USD 82m.

En términos sectoriales, el de Industria Específica de Software, además del Inmobiliario, han sido los más activos del año, con 22 y 14 transacciones, respectivamente.

Ámbito Cross-Border 

En lo que respecta al mercado cross-border, hasta el cuarto mes de 2024, las empresas mexicanas han apostado principalmente por invertir en España y Estados Unidos, con 7 transacciones en cada país. Por importe, destaca España, con USD 265m. 

Por otro lado, Estados Unidos y España son los países que han apostado por realizar adquisiciones en México, con 15 y 4 deals, respectivamente. 

Private Equity, Venture Capital y Asset Acquisitions

Hasta abril de 2024, se han contabilizado un total de 10 transacciones de Private Equity por
USD 264m, lo que implica un descenso del 37% en el número de transacciones y un aumento del 490% en su importe, en términos interanuales.

Por su parte, en el primer cuatrimestre de 2024, se han contabilizado un total de 25 transacciones de Venture Capital por USD 173m, lo que implica un descenso del 7% en el número de transacciones y del 22% en su importe, con respecto al mismo periodo del año anterior.

En el segmento de Asset Acquisitions, hasta el mes de abril, se han registrado 23 transacciones por USD 488m, lo cual representa un aumento del 15% en el número de transacciones y un descenso del 488% en su importe, con respecto a abril de 2023.

Transacción Destacada

Para abril de 2024, TTR Data ha seleccionado como transacción destacada la relacionada con
la venta del Hotel Gamma Guadalajara por parte de FibraHotel por un valor de USD 7,88m. 

La transacción ha contado con el asesoramiento jurídico de Nader, Hayaux & Goebel Abogados.

Informe mensual sobre el mercado transaccional latinoamericano – Abril 2024

Mercado M&A de América Latina registra un descenso del 20% hasta abril de 2024

  • Hasta abril, se han registrado 809 transacciones y un importe de USD 18.590m
  • En el transcurso del año se han registrado 54 deals de Private Equity y 211 de Venture Capital
  • Transacciones de Venture Capital disminuyen un 21% en el transcurso de 2024
  • Colombia, único país que registra resultado positivo en el mercado M&A de LatAm

 El mercado transaccional de América Latina ha registrado hasta abril un total de 809 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de USD 18.590m, según el más reciente informe de TTR Data y Datasite

Estas cifras implican un descenso del 20% en el número de transacciones y del 33% en su importe, con respecto a abril de 2023.   

En cuanto a abril, se ha registrado en el mes un total de 178 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de USD 6.143m

Ranking de Transacciones por Países

Según datos registrados hasta el mes de abril, por número de transacciones, Brasil lidera el ranking de países más activos de la región con 496 transacciones (con un descenso del 23%) y con un aumento del 3% en el capital movilizado (USD 12.861m). Le sigue en el listado México con 94 transacciones (un descenso del 20%) y un decrecimiento del 84% de su importe (USD 1.307m), con respecto a abril de 2023.

Por su parte, Chile desciende en el ranking, con 91 transacciones (una disminución del 25%) y con un descenso del 73% en el capital movilizado (USD 1.763m). Colombia, por su parte, desciende una posición en el ranking, pero es el único país con resultados positivos en el mercado transaccional, con 78 deals (un aumento del 1%) y un alza del 251% en el capital movilizado (USD 2.045m), en términos interanuales.

Entretanto, Argentina sube un lugar en el ranking y presenta 47 transacciones (no obstante, disminuye un 27%) y registra un aumento del 220% en su capital movilizado (USD 1.813m). En último lugar, Perú disminuye su actividad y registra 39 transacciones (un descenso del 22%), con un descenso del 75% en su importe (USD 984m). 

Ámbito Cross-Border

En el ámbito cross-border, se destaca en abril el apetito inversor de las compañías latinoamericanas en el exterior, especialmente en Europa y Norteamérica, donde se han llevado a cabo 20 y 18 transacciones, respectivamente. Por su parte, las compañías que más han realizado transacciones estratégicas en América Latina proceden de Norteamérica y Europa, con 129 y 84 deals, respectivamente.

Private Equity, Venture Capital y Asset Acquisitions

En abril de 2024, se han contabilizado un total de 54 transacciones de Private Equity por
USD 1.588m, lo cual supone una tendencia a la baja en el número de transacciones (-13%) y un aumento del 38% en su capital movilizado, con respecto al mismo periodo del año anterior. 

Por su parte, el segmento de Venture Capital ha contabilizado en los cuatro primeros meses del año un total de 211 transacciones con un importe agregado de USD 929m, lo que implica una variación negativa del 21% en el número de transacciones y un descenso del 21% en su importe, en términos interanuales.

En el segmento de Asset Acquisitions, hasta abril se han registrado 157 transacciones, por un valor de USD 3.757m, lo cual representa un aumento del 33% en el número de transacciones y un alza del 64% en su importe, con respecto al mismo periodo de 2023.

Transacción Destacada

Para abril de 2024, TTR Data ha seleccionado como transacción destacada la relacionada con
Graystone Holdings, filial de IHC – International Holding Company, Grupo Argos y Grupo SURA, que han completado la OPA lanzada por hasta un 23,1% de Grupo Nutresa, con la que han adquirido un 22,6% por USD 1.241m. La OPA fue una de las últimas instancias en el Acuerdo Marco entre Grupo Financiero Gilinksi, Grupo Argos y Grupo SURA, por el cual Gilinski ha tomado el control del 99,38% de Grupo Nutresa, a cambio de su participación en Grupo Argos y Grupo SURA.

La OPA ha contado con el asesoramiento financiero de Bank of America, J.P. Morgan y Rothschild. Por la parte jurídica, han asesorado Brigard Urrutia, Sullivan & Cromwell US, Grupo SURA, Londoño & Arango Abogados, Philippi Prietocarrizosa Ferrero DU & Uría Colombia, Grupo Argos, Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom US, Simpson Thacher & Bartlett US, Posse Herrera Ruiz, Mendoza Abogados e IHC – International Holding Company.

Adicionalmente, también han participado como asesores jurídicos en el Acuerdo Marco DLA Piper Martínez Beltrán, Gómez-Pinzón, Proskauer Rose y UH Abogados; además de Landmark Alantra como asesor financiero.

Relatório mensal sobre o mercado transacional portugues – Abril 2024

Fusões e Aquisições movimentam EUR 5,5bi em 2024

  • Transações caem 15% de janeiro a abril de 2024 em relação a 2023
  • Capital mobilizado regista aumento de 59% no período
  • Setor de Real Estate foi o mais ativo no período, com 29 transações

Entre janeiro e abril de 2024, o mercado transacional português viu a concretização de 174 operações, totalizando EUR 5,5bi. Destas, 37% revelaram seus valores, conforme aponta o mais recente relatório do TTR Data.

Estes números representam uma queda de 15% no número de transações em comparação com o mesmo período de 2023, no entanto, houve um aumento de 59% no capital mobilizado.

Em abril, foram registadas 31 fusões e aquisições, entre anunciadas e encerradas, e um valor total de EUR 2,5bi.

Operações do mercado transacional de abril de 2023 a abril de 2024
Fonte: TTR Data

O setor de Real Estate foi o mais ativo em 2024 Year to Date, com 29 transações, seguido pelo setor Internet, Software & IT Services com 19 operações, o qual registou uma queda de 30% comparado a 2023.

Âmbito Cross-Border

No âmbito Cross-Border, quanto à número de transações, a Espanha e França, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 25 e 12 transações, respectivamente. 

As empresas portuguesas escolheram a Espanha e o Reino Unido como principal destino de investimento, com 13 e seis transações, respectivamente.

As aquisições estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet aumentaram em 69% em comparação ao mesmo período de 2023. 

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Até abril de 2024, foram contabilizadas 18 transações de Private Equity e um total de EUR 2,7 bi. 

Em Venture Capital, foram realizadas 39 rodadas de investimentos e um total de EUR 153m, representando uma queda de 26% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registadas 48 transações com um valor de EUR 1,1bi, representando um aumento de 177% no capital mobilizado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR Data em abril de 2024, é a conclusão da aquisição da Vision-Box pela Amadeus. O valor da transação é de aproximadamente EUR 320m. 

A operação contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa dos escritórios Linklaters Portugal; e DLA Piper ABBC. Do lado financeiro, foi assessorada pelo Houlihan Lokey e Deloitte España.

Ranking de consultores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até abril de 2024 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações e em valor lidera ao longo de 2024, o escritório PLMJ,com oito transações e contabilizando um total de EUR 2,2bi.

No que se refere ao ranking de assessores financeiros, por número de transações lidera em 2024 o Banco Santander com três operações. Em valor, o Deutsche Bank contabilizando EUR 2,2bi.