Dealmaker Q&A

TTR Data Dealmaker Q&A com
a Renata Simon sócia do VBSO

VBSO Advogados

Renata Simon

Renata é sócia da área de M&A e Societário do escritório, atuando em parceria com a sócia Amanda Visentini Rodrigues. Renata Simon possui mais de 20 anos de experiência na coordenação de operações de fusões e aquisições e transações cross-borders, Private Equity e mercado de capitais. Também conta com experiência no desenvolvimento e implementação de programas de compliance e de práticas ESG internas e externas nas companhias. 
A atuação de Renata é reconhecida pelas principais publicações e rankings nacionais e internacionais na área jurídica. O IFLR 1000 posiciona a sócia como profissional altamente conceituada na área de fusões e aquisições. Ranqueada no Latin Lawyer 250, também integra a lista das advogadas mais admiradas do país pelo anuário Análise Advocacia e Análise Advocacia Mulher.


TTR Data: A desaceleração da economia, a incerteza geopolítica e os problemas de fluxo de capitais influenciaram significativamente a dinâmica do mercado de M&A desde 2022, não apenas no Brasil, mas na América Latina em geral. Em meio a esse panorama de incertezas nos investimentos, quais as perspectivas que o VBSO faz em 2024 para o mercado transacional no Brasil?

Em 2023, o mercado de fusões e aquisições internacional adotou uma postura conservadora, principalmente em razão das altas taxas de juros e da desaceleração das economias globais.  Isso refletiu na redução significativa do número e volume das operações no Brazil, que foram, respectivamente, 22% e 28% menores do que em 2022 (Fonte TTR).  Apesar de muitos fatores econômicos persistirem em 2024 ou melhorarem timidamente, há uma expectativa que 2024 seja um ano melhor do que 2023 em termos de número e volume de transações de M&A, uma vez que os investidores estão mais preparados para tomar decisões de investimento ou desinvestimento já considerando certas premissas macroeconômicas em suas avaliações. Historicamente, vemos uma retomada rápida tanto na confiança dos gestores quanto do valor das transações logo após as recessões/crises e isso não deve ser diferente. Se não tivermos nenhuma notícia que vá na contramão das projeções econômicas atuais, espera-se que haja um crescimento gradual das operações ao longo de 2024 e um ano de 2025 melhor ainda. 

TTR Data: O Brasil concentrou aproximadamente 60% de todas as transações de M&A anunciadas na América Latina nos últimos anos. Quais são os drivers mais relevantes para continuar a consolidar o mercado brasileiro na América Latina no curto e médio prazo?

São diversos fatores que influenciam a liderança do Brasil nesse ranking e distanciar-se dos países vizinhos, entre eles o tamanho do mercado consumidor e o fato do país ser uma democracia estável, além de ter uma política econômica que mantém a inflação em níveis aceitáveis e capital nacional relevante disposto a manter investimentos no país. Além disso, se comparado com outros países em desenvolvimento no mundo, o Brasil está geograficamente bem-posicionado, longe de conflitos e guerras que poderiam interferir na tomada de decisão de investimento. Atrelado a tudo isso temos um câmbio favorável para investidores estrangeiros. Por isso, o Brasil continua sendo uma ótima opção para investidores internacionais a curto e médio prazo. 

TTR Data: O setor de tecnologia, assim como o setor financeiro, têm sido os dois mais ativos no mercado transacional brasileiro em número de transações. No entanto, a nível regional, outros setores estão em expansão, como energias renováveis ​​e recursos naturais. Em meio ao atual cenário de investimentos, qual o papel do mercado de energia renovável para impulsionar os investimentos no mercado de M&A no Brasil? Que outros setores parecem altamente financiáveis ​​neste momento?

O Brasil está muito bem-posicionado do ponto de vista de transição energética, tendo investido aproximadamente US$35 bilhões em 2023 em projetos de energia renovável. É o sexto país do mundo que mais investiu uma transição energética e líder da América Latina. Nesse sentido, o setor de energias renováveis tende a estar bastante movimentado não apenas através de programas de financiamentos do governo, mas principalmente na forma de investimento por capital privado. Vale ressaltar que essas operações de M&A se configuram muitas vezes na forma de compra de ativos ao invés de equity.  Outro setor importante para a economia e que deve ter um movimento expressivo é o setor de infraestrutura, principalmente transporte e saneamento básico.

TTR Data: Atualmente, o VBSO é líder no ranking feminino de assessorias jurídicas de M&A por número de transações. Na sua opinião, e como líder deste ranking, a diversidade de género ao nível da gestão influencia em alguma medida os tipos de aquisições realizadas e os principais indicadores de sucesso das transações de M&A. Que medidas proativas o VBSO toma para oferecer condições iguais para mulheres em questões de liderança empresarial?

R:Muito me orgulha de estarmos nesse ranking junto com tantas mulheres/advogadas incríveis! Trabalho há mais de 20 anos na área e é nítido como as mulheres têm assumido cada vez mais papéis de liderança na área de M&A, não apenas nos escritórios de advocacia, mas também em assessorias financeiras, fundos de Private Equity, empresas e bancos. E esse fenômeno é mérito nosso (mulheres) e das instituições que permitem esse crescimento. E instituições são feitas de pessoas. Portanto, cabe a nós a escolha de trabalhar em uma instituição onde as pessoas acreditem de fato em igualdade de gênero!   

VBSO é uma dessas instituições.   A área de M&A é coordenada por duas mulheres, eu e pela minha sócia Amanda Visentini; e 60% da nossa equipe é formada por mulheres. Temos políticas sobre igualdade de gênero (assédio, remuneração, etc.) e promovemos debates internos e treinamentos exclusivamente para mulheres sobre temas para auxiliá-las nessa trajetória profissional, como empoderamento feminino, comunicação, negociação. Esse ano vamos lançar o curso só para mulheres com foco em liderança. Ano passado nos tornamos  membro do WEP – Women’s Empowerment Principles criado pela ONU e estamos em crescente evolução nesse tema. 

TTR Data: Acompanhando o segmento de Private Equity e Venture Capital, vemos que o aparecimento de unicórnios vem diminuindo há aproximadamente dois anos e alguns estão desaparecendo. Como evoluirá essa indústria no Brasil em 2024 e quais as perspectivas para os próximos meses?

A indústria do Venture Capital no Brasil teve um crescimento exponencial há alguns anos, impulsionado em grande parte pelo excesso de liquidez no mercado. Os investimentos naquele momento foram feitos mirando a “escalabilidade” dos negócios o que criou uma distorção de valuations “distorcidos” se comparados com a geração de caixa das empresas. Com a postura cautelosa adotada nos últimos 2 anos pelos investidores, o que vamos ver no cenário de Venture Capital no país para 2024 serão movimentos de consolidação de mercado (principalmente as empresas de tecnologia) e os corporate ventures. Além, claro, das avaliações estarem muito mais alinhadas com geração de caixa e lucratividade futura dos negócios.

TTR Data: Quais serão os principais desafios do VBSO no Brasil em 2024 no mercado transacional?

Estamos muito atentos a tecnologia e acho que esse será o grande desafio para esse ano. Com o crescimento das inteligências artificiais generativas, a gama de ferramentas disponíveis para o mercado transacional é gigantesca. E só tende a crescer. O Vale do Silício está equiparando essa transformação à invenção da eletricidade, de tão disruptivo que eles estimam que seja. Nós do VBSO já estamos implementando algumas ferramentas no nosso dia a dia que tem facilitado enormemente o trabalho, além de trazer mais eficiência e confiabilidade para as transações. Algumas frentes que estamos trabalhando são: VBSO Conecta, nossa plataforma de gestão das operações de M&A, e ferramentas para elaboração e revisão de documentos. O futuro chegou, e é bem estimulante fazer parte dele! 

Dealmaker Q&A

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TTR Data Dealmaker Q&A with Squire Patton Boggs Spain Partner Rocío García

Squire Patton Boggs Spain

Rocío García

Rocío is a partner of the Corporate, M&A and Private Equity practice of Squire Patton Boggs Spain, and the youngest partner of the Madrid office.
She advises on all aspects of corporate law, with particular emphasis on domestic and cross-border mergers and acquisitions and gather a wide experience through her participation in a broad range of transactions, advising large industrial groups and private equity firms and their portfolio companies in the context of acquisition and sale transactions, LBOs and MBOs. Her expertise also includes advising on complex corporate reorganisations and restructurings, joint ventures and special situations and distressed transactions. She also devotes part of her practice to working on growth and venture capital financing and corporate governance.
She is the lawyer of reference in Spain for clients such as Globant, a renowned international company in the TMT sector, or Groupe Colisée, a leading global group in the sociosanitary sector, for whom Rocío led the expansion of the group in Spain, Portugal and now in Italy.


TTR Data: How has Squire Patton Boggs handled the current situation in terms of advice and what opportunities have you found in Spain in recent months?

The M&A market, both in Spain and internationally, is mathematically aligned with the economic situation at any given time. In the last quarter of 2022 and the first three quarters of 2023, there was a decline in transactions and an increase in the complexity of existing transactions due to the macroeconomic situation in terms of lack of certainty in valuations and returns. Far from witnessing a flood of bankruptcies and distressed transactions, as might have been predicted, the M&A market has been surprisingly resilient and since the last quarter of 2022 the number and volume of transactions has returned to a growth path that will have little to envy to the boom of 2021, albeit with different economic parameters. The rules of the market have changed, and traders have recalculated the risks by incorporating new criteria for selecting and evaluating opportunities. Success in the M&A market ultimately lies in adapting to the economic scenario and in accepting its own cyclicality. M&A in Spain is extremely dynamic, especially mid-market, which has started with a very high number of transactions in 2023 and is less sensitive to the macro environment than high-cap due to the volume of transactions, the lower leverage, and the wider margin for returns and investment periods. 2024, at least until the third quarter, looks set to be dominated by mid-market operations and we will have to wait a little longer to start seeing movement in the high-cap arena.

TTR Data: What are the most relevant drivers to consolidate the M&A market in Spain for 2024? 

M&A is an already consolidated and mature market in Spain, so the main driver now is, as mentioned above, its adaptation to the cyclicality of the economy. This applies both to market operators and to the law firms that support them. 2023 was a good case in point. Traders adopted new investment parameters that incorporate this experience, which has had an impact, fundamentally, on return expectations and more conservative and less inflationary projections than in the previous period. Firms, for our part, have adapted to a more changing trading environment, with more complex pricing and valuation structures and where plain vanilla acquisition and sale structures are no longer the norm, but require greater creativity and sophistication as well as agility in proposing and executing solutions that add value to the transaction and the client.  

TTR Data:  In which sectors might international investors find the biggest opportunities in Spain in the next months? Why? 

Alongside the energy sector, which has continued to grow over the last two years and still has some way to go, the logistics and transport, infrastructure, entertainment, new technologies and social and healthcare sectors are now standing out. For a variety of lifestyle and cultural reasons and, in some cases, with a clear intention to reinvent themselves and adapt to a more sustainable environment. On the other hand, more capital-intensive sectors with a greater dependence on financing, as is clearly the case with real estate and construction, will be on hold for a while longer until, at least, interest rates stabilise and cost margins readjust.

TTR Data: Continuing with the Private Equity and Venture Capital segment, we see that, after the boom of 2021, the emergence of unicorns is slowing down, and some are disappearing. What is your evaluation for this industry in Spain in 2024? What can we foresee for the next months?

It is not so much that the number of unicorns in the startup ecosystem is declining, quite the contrary, Venture Capital investment is going to be a major player in the coming years and “unicorns exist” but it will probably take longer for them to reach the USD 100M mark to qualify as such. What happened in 2021 was precisely the boom of a market peaking with inflated valuations and rounds of investment in a timeframe that has been shown to be poorly matched with sustainable company growth. The element of differential risk taken by Venture Capitalists (versus Private Equity investment) has shifted towards a more conservative but more defensible and resilient trend in the medium term. Venture Capital will continue to differ from Private Equity in terms of investment targets and stage of economic maturity, but has incorporated Private Equity’s own criteria in terms of valuation, returns and projections of the companies invested in. Gone are the days when we attended one or two rounds of investment per year in a start-up. Now it is required that there is not only an idea but also a realistic and sustainable “plan” that allows the company to grow in a more solvent way. It seems that some of the “Venture” is being lost in favour of “Equity”, which will lead us to more spaced rounds but with more investors and higher tickets.

TTR Data: What will FIRM’s main challenges be in Spain during 2024?

The firm’s main challenge in Spain continues to be its consolidation in the M&A mid-market, becoming one of the benchmark firms in this market. This is something we are already achieving. In addition to this, we also firmly intend to position ourselves as one of the leading firms in Litigation and Arbitration – two areas that are essential for the Firm at an international level and which, far from being conflicting, are a clear demonstration that “opposites attract” and come together in a Firm where trust, added and differential value and client service are our main drivers of growth.


Spanish version


Squire Patton Boggs España

Rocío García

Rocío es socia de la práctica de Corporate, M&A y Private Equity de Squire Patton Boggs España, y la socia más joven de la oficina de Madrid.
Asesora en todos los ámbitos del derecho mercantil y societario, con especial énfasis en fusiones y adquisiciones nacionales y transfronterizas, y acumula una amplia experiencia a través de su participación en un elevado número de operaciones, asesorando a grandes grupos industriales y entidades de capital riesgo y a sus empresas participadas en el contexto de operaciones de adquisición y venta, LBOs y MBOs. Su experiencia también incluye el asesoramiento en complejas reorganizaciones y reestructuraciones empresariales, joint ventures y transacciones de special situations y en distressed. También dedica parte de su práctica a trabajar en financiación de venture capital y gobierno corporativo.
Es la abogada de referencia en España para clientes como Globant, reconocida empresa internacional del sector TMT, o Groupe Colisée, grupo líder mundial en el sector sociosanitario, para quien Rocío lideró la expansión del grupo en España, Portugal y ahora en Italia.


TTR Data: ¿Cómo ha manejado la firma la coyuntura actual en términos de asesoramiento en este mercado y qué oportunidades ha encontrado en España en los últimos meses?

El mercado del M&A, tanto en España como a nivel internacional, se alinea de forma matemática con la coyuntura económica de cada momento. En el último trimestre del 2022 y los tres primeros de 2023 se produjo una caída de las operaciones y un incremento de la complejidad de las existentes derivados de la situación económica a nivel macro en términos de falta de certidumbre en las valoraciones y retornos. Lejos de asistir a un aluvión de empresas concursadas y operaciones en distress, como podía vaticinarse, el mercado del M&A se ha mostrado sorprendentemente resiliente y ya desde el último trimestre del 2022 el número y el volumen de operaciones ha vuelto a una senda de crecimiento que nada tendrá que envidiar al boom del 2021 aunque con parámetros económicos distintos. Las reglas del mercado han cambiado y los operadores han recalculado los riesgos incorporando nuevos criterios de selección y valoración de oportunidades. 

El éxito en el mercado del M&A radica al final en la adaptación al escenario económico y en la aceptación de su propia ciclicidad. El M&A en España es extremadamente dinámico, en especial el mid-market que ha arrancado con un número de operaciones muy elevado en 2023 y que es menos sensible al entorno macro que el high-cap por el volumen de las operaciones, el menor apalancamiento y el margen más amplio para los retornos y los períodos de inversión. El 2024, al menos hasta el tercer trimestre, parece que va a estar protagonizado por las operaciones en el mid-market y que habrá que esperar algo más para empezar a sentir movimiento en el ámbito de las high-caps.

TTR Data:¿Cuáles son los drivers más relevantes para consolidar el mercado de M&A en España en 2024?

El M&A es un mercado ya consolidado y maduro en España por lo que el principal driver ahora es, como hemos comentado, su adaptación a la ciclicidad de la economía. Lo anterior vale tanto para los operadores en el mercado y para las Firmas de abogados que los acompañamos. El 2023 fue una buena muestra de ello. Los operadores adoptaron nuevos parámetros de inversión que incorporan esta experiencia y que ha impactado, fundamentalmente, en las expectativas de retornos y en proyecciones más conservadoras y menos inflacionadas que en el período anterior. Las Firmas, por nuestra parte, nos hemos adaptado a un entorno de operaciones más cambiantes, con estructuras de precio y valoración más complejas y donde la norma ya no son las estructuras de adquisición y venta plain vanilla sino que requieren mayor creatividad y sofisticación así como agilidad en la propuesta y ejecución de soluciones que aporten valor a la transacción y al cliente.   

TTR Data: ¿Cuáles serían los sectores que podrían ofrecer las mayores oportunidades en España a los inversores internacionales en los próximos meses y por qué?

Junto al sector de la energía que ha mantenido su estela de crecimiento en los últimos dos años y al que aún le queda recorrido, destacan ahora los sectores de logística y transportes, infraestructuras, entretenimiento, nuevas tecnologías y sociosanitario. Por razones diversas, de estilo de vida y culturales y, en algunos casos, con una clara intención de reinventarse y adaptarse a un entorno más sostenible. En cambio, sectores más intensivos en capital y con mayor dependencia de la financiación, como es el caso claro del Real Estate y la construcción, se encontrarán un tiempo más en la reserva hasta que, al menos, se alcance la estabilización de los tipos de interés y se reajusten los márgenes de costes.

TTR Data: Continuando con el segmento de Private Equity y Venture Capital vemos que, después del ‘boom’ de 2021, el surgimiento de unicornios está disminuyendo y algunos están desapareciendo. ¿Cuál es la evaluación de estas industrias en 2024 y qué podemos esperar para los próximos meses? 

No es tanto que esté disminuyendo el número de unicornios en el ecosistema de las Startups, muy al contrario, la inversión en Venture Capital va a ser una gran protagonista de los próximos años y “los unicornios existen” pero probablemente tarden más tiempo en alcanzar la cifra de los 100M USD para ser calificados como tal. Lo que sucedió en 2021 fue precisamente el boom de un mercado que alcanzaba la cúspide con valoraciones inflacionadas y rondas de inversión en un espacio temporal que se ha mostrado se compadecía mal con un crecimiento sostenible de la empresa. El elemento del riesgo diferencial asumido por los Venture Capitalist (frente a la inversión del Private Equity) ha virado hacia una tendencia más conservadora pero más defendible y resiliente en el medio plazo. El Venture Capital seguirá diferenciándose del Private Equity en cuanto a los targets de inversión y su estado de madurez económico, pero ha incorporado criterios propios del Private Equity en cuanto a los elementos de valoración, retorno y proyecciones de las empresas invertidas. Ya han quedado atrás los tiempos en los que asistíamos a una o dos rondas de inversión por año en una Startup. Ahora se exige que no solo haya una idea sino también un “plan” realista y sostenible que permita a la empresa un crecimiento más solvente. Pareciera que se pierde algo de “Venture” en pos del “Equity” lo que nos llevará a rondas más espaciadas, pero con concurrencia de más inversores y tickets más altos.

TTR Data: ¿Cuáles serán los principales retos de la firma en España durante 2024?

El principal reto de la firma en España sigue siendo su consolidación en el mercado del M&A mid-market, y convertirnos en una de las Firmas de referencia en este mercado. Algo que ya estamos logrando. A esto, se une también la firme intención de posicionarnos como una de las principales Firmas en materia de Litigación y Arbitraje – dos áreas que son fundamentales para la Firma a nivel internacional y que, lejos de lo contradictorio de su maridaje, son una muestra clara de que los “polos opuestos se atraen” y se unen en una Firma donde la confianza, el valor añadido y diferencial y el servicio al cliente constituyen nuestros principales motores de crecimiento.

TTR Dealmaker Q&A – Sergio Michelsen (Brigard & Urrutia)

TTR Dealmaker Q&A

September, 2015

Almacenes Éxito acquires 50% stake in Ségisor and 100% of Libertad

USD 1.86bn

Sergio Michelsen
Brigard & Urrutia

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Sergio Michelsen, a partner at Brigard & Urrutia in Bogotá, led the Colombian legal team that advised Casino Groupe on its sale of a 50% stake in France-based Ségisor, thecontrolling entity of GPA in Brazil, and a 100% stake in Argentina-based Libertad to Colombia’s largest retailer, Almacenes Éxito, for USD 1.86bn

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Q: What was each party seeking to accomplish in this transaction?

A: In the case of Éxito, it had committed to regional expansion and thus this acquisition enables it to become a true “multilatina” and comply with such commitment. In the case of Casino, it can unify the management under Éxito and ensure that the companies in the four countries of South America where it has a presence, Brazil, Colombia, Argentina and Uruguay, extract all the synergies as well.

Q: How did Brigard & Urrutia land this mandate?

A: We have been advising Casino with all its Colombian and other Latin American business for almost 20 years. We initially advised Casino when it acquired a 25% stake in Éxito and a year after when it acquired a controlling interest in Cativen in Venezuela. Subsequently, several years after, the Venezuelan government nationalized Cativen and we advised Casino on the implications that such event would have on its Colombian operations. In the meantime, we advised Casino on its consolidation of control in Éxito. We have also advised Éxito, particularly in connection with the acquisition of the second-largest retail company in Colombia, Carulla, and last year in the acquisition of another large retailer, Super Inter. More recently we advised Casino on the sale of its participation in the leading retail company in Uruguay, which was also sold to Éxito.

Q: What did this transaction entail in terms of resource allocation?

A: We had the M&A practice group primarily involved with the support of our corporate, capital markets and tax practice groups. We also coordinated closely with French, Brazilian and Argentine counsel.

Q: What made this deal unique from other transactions Brigard has advised on?

A: Since this was a related party transaction, we were very keen on making sure that the transaction fully complied with Colombian law and good corporate governance practices. To such effect, counsel to Casino and Éxito negotiated on an arm’s length basis, further ensuring that the transaction would be beneficial to all parties involved. As an example, the transaction was approved by Éxito’s non-conflicted board members and by its shareholders assembly. The parties engaged independent advisors, provided all the shareholders with the relevant information and Éxito further obtained a fairness opinion from Merrill Lynch. In this respect I would say that this was not the typical deal where you look after the specific interest of your client, but rather we had to consider the interest of all parties involved.

Q: In what ways does this transaction advance Éxito’s regionalization program?

A: Éxito now has a stake in Brazil’s largest retailer, Pão de Açúcar, as well as in interesting retailers in Uruguay and Argentina. In terms of sales, Éxito will be the largest company in Colombia in terms of sales and can now be called a true “multilatina” with its stake in in Brazil’s largest retailer, the largest in Uruguay, and in Libertad in Argentina.

Q: How will the transaction impact Éxito’s profile as a potential target for the likes of Wal-Mart?

A: I do not believe that Exito is within Wal-mart’s plans or that its shareholders want to sell the company. However, Éxito has expanded its footprint in a very significant way and this should make it very appealing to any global retailer. By being the leading retailer in Brazil, Colombia and Uruguay with a significant presence in Argentina, Éxito becomes the leading retailer in South America.

Q: What other transactions do you expect to stem from this deal?

A: Now that Éxito is a leading retailer in the region, whenever an opportunity arises it will be called to the table. In Central America, the retail market can be expected to consolidate, while in Chile and Peru consolidation will also happen, though it could take longer given the fact that the Chilean retailers are already entrenched. Éxito will be in a position to seek those opportunities when they arise. I would say consolidation is certainly going to occur in Central America where Wal-Mart has quite an advantage. The smaller forces are coming together and the logical next step would be selling to a larger regional player, and at that point Éxito would be very well positioned to do an acquisition. In Chile it’s different, it’ll take much longer. In Peru that’s going to take longer as well, but eventually those two markets should be consolidated.

Q: To what extent has Éxito demonstrated an appetite for the wholesale club format?

A: I haven’t heard that much discussion in this context; I’ve seen more of an interest in e-retail. In that respect, Pão de Açúcar is the leader in Brazil and Casino also has its own platform with C-Discount. The synergies among the members of the group will ensure that e-retail will be quickly deployed in the countries where they have a presence. A couple of years ago I read an interview with the CEO of Wal-Mart when he was asked, “Who is your biggest competitor?” He immediately said Amazon. While Amazon has just a fraction of the sales of the big global retailers, it is clearly a leader in the e-retail business and thus a company to watch. Therefore, leapfrogging from the traditional retail to e-retail seems a very logical path and in this respect the transaction will add substantial value by taking advantage of a very good e-commerce platform in Brazil that can be applied to other regional markets.

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