Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Mayo 2023

Fusões e Aquisições movimentam BRL 67,4bi entre janeiro e maio de 2023

  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 147 transações
  • Estados Unidos é o país que mais investiu no Brasil, com 60 aquisições
  • Volume de transações registra diminuição de 38% no período

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 673 transações e movimentou BRL 67,4bi entre janeiro e maio de 2023, de acordo com o relatório mensal do TTR Data.

Esses números representam uma diminuição de 39% no número de transações em relação ao mesmo período de 2022. Do total das transações, 43% possuem os valores revelados e 76% das operações já estão concluídas.

Em maio, 102 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, e um valor total de BRL 12,7bi.


Operações do mercado transacional de maio de 2022 a maio de 2023
Fonte: TTR Data

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 147 transações, representando uma diminuição de 29% em relação ao mesmo período de 2022. Em segundo lugar está o setor de Business & Professional Support Services, com 110 transações.  

Âmbito Cross-Border

Em maio de 2023, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com 12 transações e um total de BRL 1,1bi, seguido pelo Chile com seis operações.

Os Estados Unidos e o Reino Unido, com 60 e 18 transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil.  

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram uma queda de 43% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet diminuiram em 31%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma diminuição de 25% até maio.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 37 transações e um total de BRL 4,0m no período, registrando uma queda de 21% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2022.

No âmbito do  Venture Capital, foram realizadas 203 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 3,9bi, o que resulta uma queda de 50% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 70 transações e um total de BRL 6,7bi até maio, representando uma diminuição de 31% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR Data em maio de 2023, foi a conclusão da aquisição da OL Papéis pela Bahia Specialty Cellulose. O valor da transação é de BRL 500m.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei brasileira dos escritórios Lefosse; e Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados. Do lado financeiro, a transação foi assessorada pelo Banco Bradesco BBI e Fortezza Partners.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até maio de 2023 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações lidera em 2023 o BTG Pactual, com 22 operações. Em valor, lidera o Bank of America, contabilizando um total de BRL 17,8bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2023 lidera o escritório Bronstein Zilberberg Chueiri & Potenza Advogados, com 30 operações. Em valor, lidera o Pinheiro Neto Advogados contabilizando um total de BRL 17,8bi.

Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Abril 2023

Fusões e Aquisições movimentam BRL 51,0bi entre janeiro e abril de 2023

  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 117 transações
  • Estados Unidos é o país que mais investiu no Brasil, com 46 aquisições
  • Volume de transações registra diminuição de 39% no período

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 544 transações e movimentou BRL 51,0bi entre janeiro e abril de 2023, de acordo com o relatório mensal do TTR Data.

Esses números representam uma diminuição de 39% no número de transações em relação ao mesmo período de 2022. Do total das transações, 42% possuem os valores revelados e 74% das operações já estão concluídas.

Em abril, 118 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, e um valor total de BRL 20,9bi.



Operações do mercado transacional de abril de 2022 a abril de 2023

Fonte: TTR Data

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 117 transações, representando uma diminuição de 30% em relação ao mesmo período de 2022. Em segundo lugar está o setor de Business & Professional Support Services, com 88 transações.  

Âmbito Cross-Border

Em abril de 2023, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com 11 transações e um total de BRL 1,1bi, seguido pelo Chile com sete operações.

Os Estados Unidos e a Espanha, com 46 e 10 transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil.  

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram uma queda de 47% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet diminuiram em 36%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma diminuição de 30% até abril.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 32 transações e um total de BRL 728m no período, registrando uma queda de 20% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2022.

No âmbito do Venture Capital, foram realizadas 156 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 3,3bi, o que resulta uma queda de 51% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 59 transações e um total de BRL 4,7bi até abril, representando uma diminuição de 28% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR Data em abril de 2023 foi a conclusão da aquisição do Instituto Hermes Pardini pela Fleury, por um valor total de BRL 2.430,00m. A transação, que teve inicio em junho de 2022, contou com a assessira jurídica dos escritórios BMA – Barbosa Müssnich Aragão; Madrona Fialho Advogados; Ochman Advogados Associados e Tavernard Advogados. O Banco Bradesco BBI  atuou como assessor financeiro.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até abril de 2023 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações lidera em 2023 o BTG Pactual, com 18 operações. Em valor, lidera o Bank of America, contabilizando um total de BRL 17,8bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2023 lidera o escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com 24 operações. Em valor, lidera o Lefosse contabilizando um total de BRL 17,0bi.

Relatório trimestral sobre o mercado transacional brasileiro – 1T 2023

Fusões e Aquisições movimenta BRL 24,4bi no primeiro trimestre de 2023

  • Fundos de Venture Capital investem BRL 2,5bi no período
  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 40 transações
  • Volume de operações registra diminuição de 47% em relação a 2022

 O mercado transacional brasileiro registrou um total de 359 transações e movimentou BRL 24,4bi no primeiro trimestre de 2023, de acordo com o relatório trimestral do TTR Data.

Esses números representam uma diminuição de 47% no número de transações em relação ao mesmo período de 2022. Do total das transações, 40% possuem os valores revelados e 78% das operações já estão concluídas.


Operações do mercado transacional de 1Q2021 até 1Q2023
Fonte: TTR Data

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 80 transações, representando uma diminuição de 34% em relação ao mesmo período de 2022. Em segundo lugar está o setor de Industry-Specific Software e Business & Professional Support Services, com 48 transações cada.  

Âmbito Cross-Border

No primeiro de 2023, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com 10  transações e um total de BRL 1,1bi, seguido pelo Chile com cinco operações.

Os Estados Unidos e o Reino Unido, com 32 e oito transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil.  

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram uma queda de 54% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet diminuiram em 45%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma diminuição de 60% até fevereiro.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 19 transações e um total de BRL 609m no período, registrando uma queda de 38% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2022.

No âmbito do Venture Capital, foram realizadas 101 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 2,5bi, o que resulta uma queda de 57% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 31 transações e um total de BRL 2,3bi no primeiro trimestre, representando uma diminuição de 51% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Transação do trimestre

A transação destacada pelo TTR Data no primeiro trimeste de 2023, foi a venda pelo Banco Santander Brasil de 40% na WebMotors para a CarSales.com. O valor da transação é de BRL 1,2bi. 

A operação contou com a assessoria jurídica em lei brasileira dos escritórios Advocacia José Del Chiaro; Castro Barros Advogados e Pinheiro Neto Advogados.

Entrevista com MCM Corporate – Diligências e Projetos

Marcela Huertas, fundadora da MCM Corporate – Diligências e Projetos, conversou com o TTR para esta edição, e analisou os setores com maiores oportunidades para investidores internacionais no Brasil: “O agro é o carro chefe no Brasil, sempre nos ancora em momentos de crises, mas o agro tem se transformado, não falamos mais apenas em commodities, temos um valor agregado que é a tecnologia, um momento de crise nas big techs também é de grandes oportunidades para as agtechs, com as demissões de profissionais qualificados das big techs, as agtechs estão absorvendo boa parte dessa mão de obra qualificada e aprimorado as tecnologias voltadas para o agro. 

Temos Gestores bastante competentes focados no agro aqui no Brasil, e nós da MCM Corporate temos o privilégio de atender uma das principais Gestoras de agtech LATAM e vemos de perto o quanto o agro não se abala tanto com as crises, o mercado é grande, os investimentos e as operações voltadas para o setor estão cada vez mais tecnologicas e nao vejo euforia nesse setor, estão sempre trabalhando com necessidades reais, numeros reais, clientes reais.”

Para ler a entrevista completa, clique aqui.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica do primeiro trimestre de 2023 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações e em valor lidera em 2023 o BTG Pactual, com seis operações um total de BRL 6,2bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2023 lidera o escritório Bronstein Zilberberg Chueiri & Potenza Advogados, com 16 operações. Em valor, lidera o Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados contabilizando um total de BRL 7,4bi.

Dealmaker Q&A

Content available in English and Portuguese (scroll down)

TTR Dealmaker Q&A with MCM Corporate – Diligence and Projects Founder Marcela Huertas

MCM Corporate – Diligence and Projects

Marcela Huertas

· 8+ years leading Due Diligence Projects for investments in innovation and technology (seed, early, and series A stages) for Venture Capital, Corporate Venture Capital and Venture Debt holdings and Startups.
· Faculty member of the Trevisan Escola de Negócios (Trevisan Business School) M&A and Equity MBA Program.
· 17-year career in Audit and Consulting Companies, including the Big Four, in the merging, acquisition, and taxes fields.
· Member of ABVCAP’s Venture Capital Committee.
· Scrum Alliance Certified Product Owner. Extension Program in Financial and Tax Planning from PUC/SP. Graduate in Tax Law from the Brazilian Institute of Tax Studies – IBET. Bachelor of Law.


TTR: What are your main conclusions for the M&A market in 1Q23? What are the most relevant drivers for consolidating the M&A market in Brazil in the rest of the year?

The TTR data shows an expressive decrease in M&A operations compared to the same period in 2022. Venture Capital decreased by 50% in the number of transactions. On the other hand, Corporate Venture Capital, in global terms, had a slight decrease in deals; we can observe the rise of CVC. 

At MCM Corporate, we only work with diligent and realistic Venture Capital Holdings, Corporate Venture Capital, and Startups; our target client is not adventurous. Therefore, I notice that the overexcitement of the adventurer market does not undermine what was already in the pipeline of our more realistic clients that have credibility and, as a consequence, are well capitalized. I say that because we performed a higher number of diligences than we are used to for this period of the year, and that is because our clients have a more cautious profile and also because we operate with Corporate Venture Capital, I don’t think that there’s a lack of capital for good entrepreneurs.

I believe this is a trend for the Brazilian Market: more diligent entrepreneurs, managers, and companies that innovate more and more through M&A operations with startups and constituting their CVCs – a crucial factor for the consolidation of the M&A market in Brazil. Now it is time for the real deal:  the only ones to remain will be the sensible and diligent managers, entrepreneurs, and companies who know how to deal and collaborate seriously with the ecosystem. We are indeed maturing.

TTR: In which sectors might international investors find the biggest opportunities in Brazil? Why?

Agribusiness is the flagship sector in Brazil — it has always anchored us in moments of crisis. However, agribusiness has been undergoing a substantial transformation: we no longer speak only about commodities; we now provide an added value, which is technology. A moment of crisis for the big techs is also a moment of great opportunities for the Agtechs. After the massive layoff of qualified personnel from the big techs, the Agtechs have been absorbing a great deal of this qualified labor, and improving agribusiness-related technology. 

We have very competent managers focused on agribusiness here in Brazil. And at MCM Corporate, we have the privilege of working with one of LATAN’s main Agtech Holdings and seeing first-hand how agribusiness is not easily undermined by crises. It is a large market, the sector’s investment and operations are each day more technological, and I do not see any overexcitement in this sector: it is constantly working with real needs, real numbers, and real clients. Agtech is a success, and investors should look at the works of SP Ventures here in Brazil, which is a reference for investments in agribusiness. We can see this feat in the vertical of seed and early stages investments report of the TTR.

Second, I would highlight the relevance of HealthTechs. In 2022, we performed diligence in the health sector, and in 2023 we also started with HealthTechs. I can see many well-prepared entrepreneurs in this sector coming up with solutions for real health problems in Brazil, and making clever use of data. Vox Capital is yet another Manager that is worth the attention of investors operating here in Brazil as they are carrying out diligent work in the health area

TTR: MCM Corporate has been one of the leading advisors in Seed Early and Series A Venture Capital investments in Brazil. What are the prospects for this segment in the medium and long term?

The prospects for this segment are to continue growing and maturing. These are stages that demand a lot from Venture and Corporate Capital Holdings, but as I have already highlighted, we work with excellent early stage Holdings that, indeed, offer smart money. I always point out the importance of having competent and well-oriented Holdings, once this is a significant differential for the smart money — uninterested holdings have little to offer the entrepreneur. Since I started in this sector in 2015, I have noticed the growth of holdings, and their recurrence in 2nd or 3rd funds, besides the participation of the Venture Debt that does not dilute the share participation and contributes a lot to the next raising and the company’s strategy. It is also an instrument that also works as smart money, and not less importantly, I see the growth of Corporate Venture Capital in which big companies are also investing in these stages, or looking for experienced managers to manage your Corporate Venture Capital. It is a complex stage, but it is paramount for strengthening the ecosystem and improving governance. In the medium and long term, we will have even more experienced holdings and entrepreneurs who understand the role of smart money. I also see that there is a slight confusion among entrepreneurs in terms of differentiating smart money and traditional financial institutions. Those who understand this difference more quickly and prepare themselves, start ahead and have more quality relationships with risk capital holdings. 

TTR: Continuing with the Venture Capital segment, we see that, after the boom of 2021, the emergence of unicorns is slowing down and some are disappearing. What is your evaluation for this industry in Brazil in 2023? 

I believe that we are now in an actually normal course of operations. What happened in 2021 was unusual and unhealthy – no ecosystem is sustainable with unreal valuations, growth at any costs, hirings without any criteria, etc. In sum, it was all completely disconnected from reality. Now, we will continue growing, but in a much more realistic and responsible way, accessing other options of financial instruments, such as Venture Debt. Here at MCM Corporate, we have already worked with solid operations of 5 unicorn promises, and it is clear for us the kinds of operations and entrepreneurs that have the potential to get there. However, getting there is not for everyone – we need to stop romanticizing entrepreneurship and better use our reason and cash flow to work on solutions to real problems, in real markets, and with real numbers. Not all operations have the conditions and the market to become unicorns, and I don’t see that as a problem. It’s pure vanity of some adventurous entrepreneurs and capitalist holding – I prefer the reality!

TTR: In terms of global prospects, how do you think what happened with Silicon Valley Bank will affect the world of Venture Capital? What are the main lessons for the players in this market? 

That will require what should have always existed: consistency of operations, focus on problem-solving, cash management of the entrepreneurs, and more diligence from the Holdings. On the other hand, it will also require better governance and compliance from the financial institutions – it seems that we are living in an era of blindness in terms of risks. Let’s wait for the report that FED will present on May 1st and understand possible failures in risk management.

TTR: What will be MCM Corporate’s main challenges in Brazil in the upcoming months?

The lack of accounting, financial, and tax knowledge for the new economy is a big problem for our entrepreneur ecosystem; distorted information, while intentional or not, gets in the way of capitalist Holdings when separating good from bad businesses. Therefore, educating the market about these matters, so that we have more transparent and consistent businesses that are ready to get investments, is a big challenge. MCM is here to help educate entrepreneurs and accountants to provide honest and realistic information through our diligence and throughout Corporate Education. I teach MBA in programs of M&A and Equity, and I always tell my students that we need to elevate the level of our technical discussions so that we can create a transparent and trustworthy ecosystem – in a way that the new digital economy continues to solidly and diligently work and grow through M&A, Equity, and Debt.   


Portuguese version


MCM Corporate – Diligence and Projects

Marcela Huertas

· Há 8 liderando projetos de Due Diligence para Investimentos em Inovação e Tecnologia (estágios seed, early e serie A) para gestoras de Venture Capital, Corporate Venture Capital, Venture Debt e Startups.
· Docente no curso MBA em M&A e Equity da Trevisan Escola de Negócios.
· Carreira de 17 anos construída em Empresas de Auditoria e Consultoria, incluindo Big Four nas área de Fusões, Aquisições e Tributos. 
· Membro do Comitê de Venture Capital da ABVCAP.
· Certificada Product Owner pela Scrum Alliance. Extensão em Planejamento Financeiro e Tributário pela PUC/SP. Pós Graduada em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributário – IBET. Graduada em Direito.


TTR: Quais são suas principais conclusões para o mercado de M&A no primeiro trimestre de 2023?, Quais são os fatores mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil no resto do ano?

Os dados do próprio TTR apontam uma queda expressiva das operações de M&A comparados ao mesmo período em 2022. Venture Capital  teve uma queda de mais de 50% no número de transações. Em contrapartida, o Corporate Venture Capital em termos globais teve uma queda pequena de deals,  podemos observar a crescente do CVC . 

Aqui na MCM Corporate só atuamos com perfil de Gestoras de Venture Capital, Corporate Venture Capital e Startups diligentes e realistas, não atendemos aventureiros, então percebo que a euforia do mercado aventureiro não fez abalar o que já estava no pipeline dos nossos Clientes que são mais realistas e tem credibilidade portanto estão capitalizados. Digo isso pois realizamos um volume maior de diligências do que estamos acostumados para esse período, e isso se deve ao fato dos nossos Clientes terem um perfil mais cuidadoso e também atuarmos com o Corporate Venture Capital, não acho que falta capital para bons empreendedores.  

Acredito que essa é uma tendência para o mercado brasileiro, empreendedores, gestores mais diligentes e empresas estão inovando cada vez mais, por meio de operações de M&A com startups e constituindo seus CVC´s, que são fatores muito importantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil, agora chegou a hora da verdade,  só ficarão gestores e empreendedores conscientes e diligentes e Empresas que saibam lidar e colaborar para o ecossistema com seriedade, estamos amadurecendo. 

TTR: Em quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil? Por quê?

O agro é o carro chefe no Brasil, sempre nos ancora em momentos de crises, mas o agro tem se transformado, não falamos mais apenas em commodities, temos um valor agregado que é a tecnologia, um momento de crise nas big techs também é de grandes oportunidades para as agtechs, com as demissões de profissionais qualificados das big techs, as agtechs estão absorvendo boa parte dessa mão de obra qualificada e aprimorado as tecnologias voltadas para o agro. 

Temos Gestores bastante competentes focados no agro aqui no Brasil, e nós da MCM Corporate temos o privilégio de atender uma das principais Gestoras de agtech LATAM e vemos de perto o quanto o agro não se abala tanto com as crises, o mercado é grande, os investimentos e as operações voltadas para o setor estão cada vez mais tecnologicas e nao vejo euforia nesse setor, estão sempre trabalhando com necessidades reais, numeros reais, Clientes reais. As agtechs são um sucesso e os Investidores devem olhar para os trabalhos da SP Ventures que é uma referência de investimentos no agro aqui no Brasil. Podemos observar esse feito no relatório da vertical de investimentos seed e early stage do TTR .

Em segundo lugar destacaria a relevância das healthtechs. No ano de 2022 atendemos diligências no setor de saúde e 2023 também iniciamos com healthtechs. Vejo empreendedores muito bem preparados nesse setor, solucionando problemas reais da saúde no Brasil e fazendo uso muito inteligente de dados, a Vox Capital mais uma Gestora que vale a pena investidores observarem a atuação aqui no Brasil pois estão desempenhando um trabalho diligente na área da saúde.

TTR: MCM Corporate é um dos principais assessores em Investimentos de Venture Capital Seed, Early e Series A no Brasil. Quais são as perspectivas desse segmento no médio e longo prazo?

Continuar crescendo e amadurecendo, são estágios que exigem muito das Gestoras de Venture e Corporate Capital, mas como já destaquei atendemos excelentes Gestores Early stage que de fato oferecem o smart money. Saliento sempre a importância de se ter gestoras competentes e bem orientadas, pois isso é um grande diferencial para o smart money Gestoras desinteressadas pouco ajudam o empreendedor. Desde que comecei em 2015 nesse setor percebo o aumento de Gestores, sua recorrências em 2º ou 3º fundos, além da participação do Venture Debt que não dilui a participação societaria e contribui enormemente até a proxima captação e para estratégia da Empresa , é um instrumento que também cumpre seu papel como smart money e não menos importante vejo o crescimento do Corporate Venture Capital onde grandes Empresas também estão investindo nesses estágios ou buscanco Gestoras experientes para gerenciarem seu Corporate Venture Capital, é um estágio complexo mas extremamente importante para o fortalecimento do ecossistema e aprimoramento da governança, são os primeiros passos para transaparência e relação com investidores. No médio e longo prazo   teremos Gestoras ainda mais experientes e empreendedores entendendo o papel do smart money, ainda percebo uma certa confusão por parte dos Emprendedores em diferenciar smart money de instituições financeiras tradicionais, quem entende rápido essa diferença e se prepara sai na frente e tem relações de qualidade com Gestores de Capital de risco.

TTR: Continuando com o segmento de Venture Capital vemos que, após o ‘boom’ de 2021, o surgimento de unicórnios está diminuindo e alguns estão desaparecendo. Como você avalia essa indústria no Brasil em 2023?

Acredito que agora sim estamos no curso normal das operações, o que aconteceu em 2021 é algo fora da curva que não era saudável, nenhum ecossistema se  sustenta com valuations fora da realidade, crescimento a qualquer custo, constratações sem critérios tudo muito fora da realidade. Agora vamos continuar crescendo mas de forma mais consciente e realista e acessando outros tipos de instrumentos financeiros, como o Venture Debt, por exemplo. Aqui na MCM Corporate já atendemos operações sólidas de 5 promessas de unicórnios e podemos perceber operações e empreendedores que tem potencial para chegar lá, mas não é para todos essa chegada, precisamos parar de romantizar o empreendedorismo e utillizar mais a razão e o fluxo de caixa para trabalhar soluções de problemas reais em mercados reais com numeros também reais, nem todas as operações tem condições e mercado para virar unicórnio e não vejo problema nenhum nisso, é pura vaidade de alguns Empreendedores e Gestores Capitalistas aventureiros, prefiro a realidade!

TTR: Em termos de perspectivas globais, como você acha que o ocorrido com o Silicon Valley Bank afetará o mundo do Venture Capital? Quais são as principais lições para os players desse mercado?

Exigirá o que sempre deveria ter existido, consistência das operações, foco na solução de problemas, geração de caixa e não por parte dos Empreendedores e maior diligência por parte das Gestoras e por outro lado, maior governança e compliance por parte das Instituições Financeiras, parece que estamos vivendo uma era de uma cegueira em termos de riscos. Vamos aguardar o relatório que o FED apresentará em 1º de maio e entendermos eventuais falhas na gestão de riscos.

TTR: Quais serão os principais desafios para a MCM Corporate no Brasil nos próximos meses?

A falta de conhecimento sobre contabilidade, finanças e tributos para a nova economia é um grande problema para o nosso ecossistema empreendedor, informações distorcidas intencionalmente ou não atrapalham Gestores Capitalistas de separarem os bons dos maus negócios, então  educar o mercado sobre esses temas para termos negócios mais transparentes e consistentes para receberem investimentos é um grande desafio e a MCM está aqui para ajudar a educar empreendedores, contadores para demonstrarem informações verdadeiras e realistas por meio das nossas diligências e por meio da Educação Corporativa, ministro aulas em MBA nos cursos de M&A e Equity e sempre oriento meus alunos que precisamos elevar o nível das discussões técnicas para que possamos criar um ecossistema transparente e confiável para que a Nova Economia Digital continue cumprindo seu papel e crescendo por meio de M&A, Equity e Debt de forma sólida e diligente.   

Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Fevereiro 2023

Fusões e Aquisições movimentam BRL 11,7bi no primeiro bimestre de  2023

  • Em fevereiro foram registradas 88 transações 
  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 40 transações
  • Estados Unidos é o país que mais investiu no Brasil, com 22 aquisições

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 205 transações e movimentou BRL 11,7bi no primeiro bimestre de  de 2023, de acordo com o relatório mensal do TTR Data.

Esses números representam uma diminuição de 52% no número de transações em relação ao mesmo período de 2022. Do total das transações, 42% possuem os valores revelados e 78% das operações já estão concluídas.

Em fevereiro, 88 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, e um valor total de BRL 6,2bi.

Operações do mercado transacional de fevereiro de 2022 a fevereiro de 2023
Fonte: TTR Data

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 40 transações, representando uma diminuição de 52% em relação ao mesmo período de 2022. Em segundo lugar está o setor de Industry-Specific Software, com 30 transações.  

Âmbito Cross-Border

Em fevereiro de 2023, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com nove transações e um total de BRL 1,1bi, seguido pelo Reino Unido com três operações.

Os Estados Unidos e a Espanha, com 22 e cinco transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil.  

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram uma queda de 54% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet diminuiram em 53%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma diminuição de 55% até fevereiro.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 10 transações e um total de BRL 824m no período, registrando uma queda de 56% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2022.

No âmbito do  Venture Capital, foram realizadas 58 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 1,5bi, o que resulta uma queda de 60% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 19 transações e um total de BRL 2,0bi até fevereiro, representando uma diminuição de 48% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR Data em fevereiro de 2023, foi a conclusão da aquisição da NEOGás Brasil pela Ultragaz. O valor da transação é de BRL 165,00m.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei brasileira dos escritórios Ciccone Advogados; Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados; e TozziniFreire Advogados.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até fevereiro de 2023 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações lidera em 2023 o BTG Pactual, com três operações. Em valor, lidera o Bank of America, Citigroup e UBS BB contabilizando um total de BRL 3,6bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2023 lidera o escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com seis operações. Em valor, lidera o Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados contabilizando um total de BRL 4,5bi.