Entrevista con Carlos Fuenzalida, Vice Presidente en Landmark Alantra Group

Entrevista con Carlos Fuenzalida,  Vice Presidente en Landmark Alantra Group y con amplia experiencia en finanzas corporativas, acerca de las operaciones de fusiones y adquisiciones de empresas en América Latina.

 

TTR –  Sr. Fuenzalida, en primer lugar, ¿podría brindarnos a grandes rasgos su punto de vista en cuanto a la marcha del mercado transaccional latinoamericano los tres primeros meses de 2018?

CF – El primer trimestre de 2018, en general, el mercado transaccional latinoamericano ha sido similar o con un poco menos de dinamismo que 2017, en especial si aislamos el efecto de la mega transacción anunciada en Brasil en marzo de 2018, la adquisición de Fibria Celulose por Suzano Papel e Celulose por más de US$15.300 millones. Argentina, Colombia y México son los únicos países con un récord positivo en números de transacciones, sin embargo, el resto de Latinoamérica no debiese quedarse atrás y aumentar su ritmo a medida que avance el año.

TTR – Según los datos registrados por TTR, por el momento Argentina es uno de los países que ha manifestado un mayor incremento en el volumen e importe de operaciones respecto al mismo periodo del año anterior ¿a qué cree que se ha debido este adelantamiento?

CF – Argentina siempre ha sido un país con un gran potencial económico. En el pasado las condiciones políticas y las restricciones al flujo de capitales alejaron a gran parte de los inversionistas internacionales dejando un espacio vacío en el mid-market de fusiones y adquisiciones. Hoy el nuevo escenario político ha reabierto el interés por parte de inversionistas extranjeros, incrementando operaciones en industrias o sectores favorecidos como el litio y energía (particularmente renovables), y abriendo las puertas a industrias que por años estuvieron rezagadas a un segundo plano.

TTR –  Chile en particular, ha manifestado un interesante crecimiento en el sector tecnológico ¿Cree que se trata de algo circunstancial o que refleja una evolución y tendencia de mercado en el país? 

CF – Las transacciones en el sector tecnológico han tenido un importante crecimiento en los últimos años, no solo en Chile sino en todo Latinoamérica. La creciente actividad de private equities, o fondos de inversión, y de inversionistas estratégicos en busca de crecimiento inorgánico ha potenciado esta industria a nivel global, y será una tendencia que se mantendrá en la región.

En Chile en 2017 podemos destacar la venta por parte de Banmédica, Sonda e ILC de I-Med al fondo norteamericano Accel-KKR, y las variadas adquisiciones que realizó la firma de tecnología y telecomunicaciones Grupo GTD.

TTR – De nuevo, según su experiencia en el mercado chileno concretamente, ¿qué sectores opina que van a resultar más activos, y atractivos para los inversores, a lo largo de 2018? ¿Por qué motivos?

CF – Energía, infraestructura, minería, retail y alimentos son los sectores que mayor dinamismo tendrán este año. La perspectiva de un mayor crecimiento país, la reactivación de la economía, la posibilidad de una simplificación de la reforma tributaria y la visión de mercado del nuevo gobierno de Sebastian Piñera, hacen que las condiciones sean propicias para un aumento en el número de fusiones y adquisiciones.

TTR – Por último, su firma cuenta con oficinas (además de en Chile y en Argentina) también en Colombia y Brasil, ¿cuáles de estos cuatro países son los que cree que tienen hoy en día un mayor potencial de crecimiento para este año y por qué?

CF – Brasil continuará teniendo un gran número de grandes transacciones debido al tamaño de su economía, pero continuará bajo sus récords históricos, lo problemas de corrupción sigue muy vigentes.

Colombia mantiene su posicionamiento en la región como un destino favorable para la inversión, si bien perdiendo algo de momentum afectado por un entorno macro desafiante con la implementación de la reforma tributaria y las elecciones presidenciales en mayo de este año.

En Chile la actividad de M&A debiese ser más dinámica respecto a 2017, el escenario de mayor crecimiento y un gobierno más pro mercado debiese impulsar el número de transacciones.

Argentina se ve como el mercado con mayor dinamismo de la región, las confianzas se han recuperado y el flujo de inversión extrajera esta regresado al país. Aun cuando el impacto en M&A puede que se tarde en llegar las condiciones esta dadas para una importante alza en transacciones.

 

 

Relatório Mensal TTR – Brasil 1Q2018

Fusões e Aquisições movimentam R$ 54,2 bilhões no primeiro trimestre de 2018

 

  • Relatório trimestral do TTR aponta alta de 6,86% total investido no período
  • Primeiro trimestre fecha com 210 transações, em queda de 19,85%, comparado ao mesmo intervalo de 2017
  • Venture Capital tem o melhor primeiro trimestre desde 2016

 

 

O volume financeiro de fusões e aquisições no mercado brasileiro somou R$ 54,3 bilhões no primeiro trimestre de 2018, crescimento de 6,86% no valor total aportado em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. Foi o maior valor investido no primeiro trimestre do ano desde 2016. De acordo com os dados publicados no Relatório Trimestral da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, foram registrados 210 novos negócios, uma queda de 19,85% no período. As 12 transações de grande porte – maiores ou igual a R$ 500 milhões – registradas de janeiro a março somaram R$ 49,8 bilhões.

O subsetor mais ativo, mantendo tendência que se repete desde 2014, foi o de Tecnologia, foram 46 transações no período, alta de 31% comparado ao mesmo período do ano anterior. O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 33,33% das aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet.

Já os setores Financeiro e Seguros e Saúde, Higiene e Estética registraram 24 transações no trimestre cada, ambos com quedas de 14% e 17%, respectivamente.

 

Operações cross-border

No âmbito inbound, foram contabilizadas 49 operações de compra de empresas brasileiras no trimestre. Apesar de seguir como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, as 17 operações dos Estados Unidos, que juntas somam R$ 977,8 milhões no ano, não foram suficientes para ultrapassar os valores investidos por empresas chinesas no Brasil, aproximadamente R$ 1,9 bilhão. Destaque também para os investimentos de empresas da Suíça, quatro, que somaram R$ 1,3 bilhão.

O setor de Tecnologia foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras em 2018. O interesse estrangeiro também focou no setor Financeiro e Seguros, incluindo seis deals cujos aportes foram provenientes de empresas dos Estados Unidos.  Dentre eles, R$ 150 milhões recebidos pela Nubank, startup brasileira de cartões de crédito, em uma rodada de investimento Série E liderada pelo DST Global, do Reino Unido, com a participação do Founders Fund, Redpoint Ventures, Ribbit Capital, QED Investors, Dragoneer Investment Group e Thrive Capital, todos fundos de origem norte-americana.

No cenário outbound, as compras brasileiras no exterior tiveram como alvo prioritário no período a América Latina, com aquisições realizadas na Colômbia, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, no México e no Chile.

 

Private Equity e Venture Capital

Nos cenários de private equity e venture capital, destaque para o crescimento de 25% dos investimentos de fundos estrangeiros em empresas nacionais.  Esses aportes tiveram forte influência no volume financeiro das operações de private equity registradas pelo TTR no Brasil no 1T18.

Apesar de queda de 50% no total de transações registradas, nove, o total aportado anotou um aumento de 73%, levando em consideração apenas os valores alcançados por duas transações que tiveram seus valores revelados e levantaram R$ 2,3 bilhões no período. Porém, ambas foram transações de peso no mercado nacional – a aquisição do controle da 99 pela chinesa Didi Chuxing por R$ 1,9 bilhão e a compra do Centro Universitário da Serra Gaúcha pelo Grupo Cruzeiro do Sul, em uma transação que movimentou R$ 340 milhões de reais.

No panorama dos investimentos de venture capital o mercado brasileiro segue em alta e registrou o melhor primeiro trimestre dos últimos três anos. Das 46 operações registradas no TTR, 10% acima do mesmo período de 2017, 27 revelaram valores que somam R$ 1,2 bilhão, alta de 137% em comparação ao mês homólogo do ano precedente. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos Tecnologia, 21 operações no ano, e Internet, 11.

O setor Financeiro e Seguros destacou-se graças ao apetite dos investidores pelas fintechs, como a Nubank e a RecargaPay, também do setor de meios de pagamentos, e que recebeu um aporte de R$ 71 milhões da International Finance Corporatio (IFC), dos fundos TheVentureCity e Ventech, além de outros cem investidores-anjos.

 

Transação TTR do Trimestre

A transação eleita pelo TTR como a de destaque do mês do trimestre foi a aquisição do controle da 99 pela chinesa Didi Chuxing, empresa de aplicativo de taxi e com serviços de transporte de passageiros, por aproximadamente R$ 1,9 bilhão de reais.

A operação envolveu a aquisição das participações detidas pelos fundos Riverwood Capital, Monashees Capital, Qualcomm Ventures, Tiger Global Management e pelo Softbank, além de uma nova injeção de mais recursos na 99. A Didi já havia adquirido uma participação minoritária na empresa brasileira em 2017, quando participou de uma rodada de investimento de R$ 100 milhões de reais.

Barbosa, Müssnich, Aragão foi o assessor legal da Didi Chuxing na transação, enquanto Ulhôa Canto, Rezende e Guerra – Advogados e Gunderson Dettmer assessoraram os fundos. Por sua vez, a 99 recebeu assessoria financeira da Lazard (Global).

 

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações fecha o primeiro trimestre com a liderança do Banco Itaú BBA, que também lidera por quantidade de transações, seis, e acumulou o valor de R$ 38,7 bilhões, seguido por Riza Capital, R$ 37,3 bilhões, e, na sequência, Morgan Stanley, com R$ 36,7 bilhões.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por TozziniFreire Advogados, R$ 38,5 bilhões, com Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados (R$ 37,3 bilhões) na segunda posição, e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados (R$ 36,7) na terceira colocação. No pódio por número de transações, Demarest Advogados alcançou a liderança do trimestre, com 12 operações. 

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Entrevista com Guilherme Sampaio Monteiro, sócio do Pinheiro Neto Advogados, sobre o mercado de capitais brasileiro em 2018

Guilherme Sampaio Monteiro, sócio do Pinheiro Neto Advogados desde 2011, fala com o TTR sobre o cenário do mercado de capitais brasileiro em 2018.

Depois de três anos de estagnação, em 2017 o mercado de capitais brasileiro deu sinais positivos de retomada. Para 2018, pode-se esperar uma continuidade desse cenário? Como descreveria a performance do primeiro trimestre de 2018?

2018 promete ser um bom ano ao mercado de capitais. Entretanto, a volatilidade trazida pelas eleições e cenário externo complexo irão impactar a performance dos IPOs. Além disso, estamos vendo um menor número de follow ons, que foram parte importante do mercado de ações no ano passado.

Os valores alcançados com os IPO’s em 2017 ficaram aquém das expectativas, visto que apenas a oferta do Burger King saiu no topo da faixa indicativa? Para o ano, quais são as expectativas em termos de valorização de ativos e de novas aberturas de capital? A volatilidade do mercado e a instabilidade política preocupam?

Eu não diria. Se o IPO foi concretizado, significa que Companhia e Controladores, de certa forma, estavam satisfeitos com os valores obtidos. Entretanto, apesar de não ser nossa área de expertise, nos parece que os ranges dos IPOs deste ano já estão considerando o histórico do ano passado. Como disse acima, a instabilidade política preocupa.

O Pinheiro Neto atuou no IPO do PagSeguro, o primeiro a ser completado no mercado brasileiro em 2018, e que foi finalizado acima da faixa indicativa. Como descreveria essa operação em termos de importância para mercado nacional?

É uma operação muito importante para a economia brasileira, que evidenciou a possibilidade de empresas brasileiras de tecnologia acessarem o mercado americano, que está mais acostumado com esse tipo de companhia, num valuation adequado. Sem dúvida estimula outras companhias a seguirem o mesmo caminho. Por outro lado, o sucesso de uma operação não realizada no Brasil é algo que deve ser bem analisado internamente. Como país, temos que pensar em como internacionalizar nossos mercados e torná-los mais atraente a investidores do mundo todo.

De 2016 para 2017, houve um incremento também nos números de operações de “Follow-on” em termos de aporte. Quais foram os fatores que mais influenciaram essas movimentações e quais as expectativas para o decorrer de 2018?

Acredito que em 2016 e 2017 havia uma grande demanada reprimida de empresas nacionais que buscavam uma oferta de ações. Com a abertura de mercado, as empresas abertas jpa consolidadas e grandeporte foram um destino óbvio para os investidores. Para 2018, nos parece que as opção são um pouco menores, mas ainda esperamos alguns follow ons para o ano.

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Guilherme Sampaio Monteiro, partner at Pinheiro Neto Advogados since 2011, talks to TTR about the Brazilian capital market scenarios for 2018.

After three years of economic stagnation, the Brazilian capital market showed signs of recovery in 2017.  Could this promising scenario be expected for 2018 as well? How would you describe the performance levels in the first quarter of 2018?

PN: 2018 promises to be a good year for the capital markets. However, the uncertainties brought by the coming elections and by such a complex international scenario are likely to have an impact on the performance of IPOs. Besides, there has been a slowdown in follow-ons, which were an important element in the stock market performance last year.

Were the IPO values in 2017 below expectation, as only the Burger King offer was priced at the top end of indicative range? What are the expectations for the year in terms of asset appreciation and new IPOs? Are market volatility and political instability worrisome?

PN: I wouldn’t say so. If an IPO is priced, it means that the company and its controlling shareholders were somehow satisfied with the values. Nevertheless, although this is not our area of expertise, we believe that the IPO ranges this year are already taking last year’s history into account. As I said, political instability is a matter of concern.

Pinheiro Neto has acted in the IPO of PagSeguro, the first to be completed in the Brazilian market in 2018, and eventually priced above indicative range. How would you describe this transaction in terms of its importance for the Brazilian market?

PN: This is an extremely important transaction for the Brazilian economy in that it showed the possibility of Brazilian tech companies accessing the US market, which is much more comfortable with such types of companies, at an adequate valuation. This will undoubtedly encourage other companies to follow suit. On the other hand, the successful outcome for a transaction not carried out in Brazil should deserve careful consideration locally. At country level, we must think of how to make our markets more open and attractive to international investors.

From 2016 to 2017, the number of follow-ons also picked up in terms of contribution. Which were the factors that most influenced those moves, and what could be expected for 2018?

PN: I believe that in 2016 and 2017 there was a pent up demand for follow-on public offers by local companies. As the markets opened up, large-sized and well-settled listed companies were a natural bet for investors. For 2018, it seems that the options will not be so plentiful, but we still expect some follow-on along the year.

 

TTR Monthly Report – LatAm February 2018

LatAm deal volume falls 14% in January to 116 deal

· Aggregate deal value fell 12% to USD 5.7bn

· Deal of the Month: Mosaic acquires 40% of Compañia Minera Miski Mayo for USD 1.4bn

 

The 116 announced and closed deals across Latin America in February together represent a 14% decline in transaction volume and a 12.3% drop in aggregate transaction value over February 2017, according to TTR data.

M&A volume is down 13.8% regionally YTD over the first two months of 2017, meanwhile, with 263 deals registered since the beginning of the year worth USD 11.7bn in aggregate, considering 103 transactions of disclosed consideration across Latin America.

 

Top Six M&A Markets in Latin America

Brazil accounted for 119 of the 263 deals recorded across the region in the first two months of the year, a 20% decline relative to the transaction volume in the region’s largest market between January and February 2017. Aggregate deal value fell 69% to USD 3.9bn, meanwhile, taking into account 39 deals of disclosed consideration.

Mexico’s 53 deals YTD represent a 39% jump in volume over the same two months last year, while aggregate deal value increased 35% to USD 1.35bn, taking into account 21 deals of disclosed consideration.

Argentina ranks third in Latin America by transaction volume at the close of February with 42 announced and closed deals YTD, a 75% increase in volume over the same two months last year. The 18 transactions of disclosed consideration registered in Argentina YTD are together worth just over USD 1bn, a 155% jump in aggregate value over the January-to-February period in 2017.

Colombia ranks fourth by volume at the close of February with 25 transactions, deal flow increasing 19% over the first two months of 2017. The seven transactions of disclosed consideration registered in Colombia YTD are together worth USD 258m, representing a 77% jump in aggregate value over the same two-month period of 2017.

Peru ranks fourth regionally at the close of February, tied with Chile by volume, but surpassing its southern neighbor by aggregate value. The 20 deals registered in Peru YTD represent a 23% decline in volume. Aggregate value surged 1,399% meanwhile, to USD 3.4bn, buoyed by Mosaic’s early February acquisition of Compañia Minera Miski Mayo, among 12 transactions of disclosed consideration.

Chile fell to the bottom of the top six regional ranking by the end of February, its 20 deals representing a 55% drop in volume, notwithstanding a 40% increase in aggregate value to USD 209m relative to the first two months of 2017, considering nine transactions of disclosed consideration.

Cross-Border Deals

Bidders based in Latin America made seven extra-regional acquisitions in February, five targeting companies in North America and two with targets in the EU.

North American buyers led the bidding for Latin American targets with 16 inbound deals regionally in February, followed by bidders from the EU with 13, from Asia with two and one acquisition by an Australian firm.

Deal of the Quarter

TTR selected The Mosaic Company’s USD 1.4bn acquisition of a 40% stake in Compañia Minera Miski Mayo as Deal of the Month in February. The Peru-based target mines potassium, phosphate, kaolin and potash in the region of Piura. Estudio Muñiz represented the target in the deal, which represents 41% of Peru’s aggregate transaction value YTD.

Relatório Mensal Brasil – Fevereiro 2018

Queda de 23,9% nas operações de Fusões e Aquisições em fevereiro

  • Mês fecha com 54 transações
  • Fevereiro tem o pior resultado dos últimos dois anos
  • Investimentos de Venture Capital em alta de 23% no ano

 

O mês de fevereiro registrou 54 transações de fusões e aquisições de empresas no mercado brasileiro, o que equivale a uma queda de 23,9% em relação ao mesmo mês no ano anterior, quando foram anunciadas 71 operações. De acordo com os dados publicados no Relatório Mensal da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, em volume financeiro, essas transações movimentaram, entre as 16 que tiveram seus valores revelados, R$ 4,6 bilhões, baixa de 75,9% em relação ao montante de R$ 19,1 milhões somados em fevereiro de 2016.

No primeiro bimestre do ano, foram realizados 119 anúncios de operações de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras. Número inferior ao registrado em 2017 e 2016, 149 e 139, respectivamente. Das operações de 2018, 39 tiveram seus valores revelados, somando R$ 12,5 bilhões, total 38,9% inferior ao mesmo período do ano anterior.

O segmento Tecnologia foi o que mais atraiu investimentos no mês, foram 14 transações, repetindo resultado de janeiro. No bimestre, um salto de 56% nos movimentos em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 28,5% das aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet.

No apanhado do ano, Financeiro e Seguros aparece na segunda colocação, com 13 operações, declínio de 7%, seguido por Saúde, Higiene e Estética e Distribuição e Retail, 11 operações cada e queda de 45% e 48%, respectivamente.

 

Operações cross-border

No âmbito inbound, foram contabilizadas 27 operações de compra de empresas brasileiras no bimestre. Apesar de seguir como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, as 11 operações dos Estados Unidos, que juntas somam R$ 114 milhões no ano, não foram suficientes para ultrapassar os valores investidos por empresas chinesas e alemãs. O único investimento chinês registrado no ano, 99 taxis pela chinesa Didi Chuxing, chegou a aproximadamente R$ 1,9 bilhões, enquanto as três operações envolvendo investimentos de empresas de origem alemã totalizaram R$ 208 milhões.

O setor de Internet foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras em 2018. Destaque também para os setores de Transportes, Aviação e Logística, Tecnologia e Financeiro e Seguros.

As compras brasileiras no exterior tiveram como alvo prioritário no ano a América Latina, com aquisições realizadas na Colômbia, no Uruguai, e, em fevereiro, no Paraguai, compra do controle da Estrella Del Paraguay pela fabricante de brinquedos Estrela, e no Chile, na aquisição da rede O2 Fit pela brasileira Smart Fit.  O investimento de U$ 2,5 milhões da Klabin na start-up israelense Melodea Bio Base Solutions foi o primeiro de uma empresa brasileira fora da América Latina no ano.

 

Private Equity e Venture Capital

Nos cenários de private equity e venture capital, o mercado continua com um panorama positivo, reflexo também da retomada dos investimentos dos fundos estrangeiros em empresas brasileiras, com alta de 66,67% nos aportes.

Entretanto, fevereiro não trouxe resultados favoráveis no segmento de private equity. O volume financeiro das operações da modalidade sofreu queda de 40% no número de deals – apenas três registrados. Porém, em volume financeiro, o ano já registrou alta de 83% no total aportado em comparação a 2017, alcançando R$ 2,2 bilhões em investimentos.

Nos investimentos de venture capital, o panorama é outro. Das 27 transações assinaladas no TTR desde o inicio do ano, 23% acima do que foi anunciado no mesmo período do ano anterior, 13 revelaram valores que somam R$ 576,31 milhões, alta de 18% em comparação ao período homólogo de 2017. Porém, em fevereiro, 13 operações movimentaram R$ 96,5 milhões, 20% de retração.  O setor de maior crescimento no acumulado dos dois primeiros meses do ano foi Tecnologia – 22% – e também o que apresentou mais transações, 11.

 

Transação TTR do Mês

A conclusão da aquisição de 90% da TCP, empresa que opera o Terminal de Contêineres de Paranaguá, no Paraná, pelo grupo chinês China Merchants Port, por meio da sua subsidiária Kong Rise Development, por R$ 2,9 bilhões.

O terminal tem capacidade de movimentação anual para 1,5 milhão de TEUs, com previsão de aumento para quase 2,5 milhões de Teus até 2019. O CADE já aprovou a transação.

O TCP foi assessorado na transação pelo Banco BTG Pactual e pelo Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados, que também prestou assessoria para uma das partes vendedoras, a Advent International. A APM Terminals, que também vendeu sua participação, recebeu assessoria jurídica do escritório Lobo de Rizzo Advogados.

Por sua vez, a Kong Rise Development teve como assessores o Pinheiro Neto Advogados, e os escritórios chinês e norte-americano da Linklaters.

Leia mais sobre a Transação do Mês

 

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações e número de transações é liderado em fevereiro pelo Banco Itaú BBA, com acumulado de R$ 2 bilhões nos primeiros dois meses do ano. Seguido por Lazard, com R$ 1,9 bilhão, e Vinci Partners, com R$ 1,5 bilhão.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por e Barbosa, Müssnich, Aragão, com R$ 1,9 bilhão, seguido por Ulhôa Canto, Rezende e Guerra – Advogados, que alcançou o mesmo valor, mas perde no número de operações. TozziniFreire Advogados, R$ 1,5 bilhão, fica com a terceira posição. Por número de transações o ranking é liderado por Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados (5), com Demarest Advogados na segunda colocação, e Felsberg Advogados na sequência.

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