Dealmaker Q&A

TTR Dealmaker Q&A com Ricardo Bahiana, sócio fundador da B2R Capital

B2R Capital

Ricardo Bahiana

  • Sócio fundador da B2R Capital
  • Há quase 15 anos desenvolvendo projetos de avaliação e empresas, precificação de ativos e assessoria em fusões e aquisições para diferentes indústrias;
  • Experiência nas áreas de estratégia e finanças de empresas como Vivo, Coca-Cola, Ágora e Big Four nas áreas de auditoria e corporate finance. 
  • Atuação em projetos de fusões e aquisições num valor total de R$ 1,5 bilhão em transações;
  • Professor convidado do MBA em Mercado de Capitais do IBMEC nas disciplinas de Valuation e Mercados Derivativos;
  • Profissional CNPI, certificado pela APIMEC;
  • Formado em Administração como foco em Finanças pela UFRJ e MBA Executivo pelo COPPEAD-UFRJ além de cursos de extensão em Finanças no COPPEAD-UFRJ e na University of San Diego.

.


TTR: Quais são suas principais conclusões para o mercado de M&A até o terceiro trimestre de 2023? Quais são os fatores mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil no resto do ano e até 2024?

O ano de 2023 iniciou de forma mais cautelosa no Brasil e no Mundo. Por aqui, tínhamos uma mudança da equipe econômica e incertezas importantes com temas como arcabouço fiscal e metas de inflação. No mundo, guerra da Ucrânia, uma escalada da inflação, taxas de juros crescentes além do receio de uma recessão global.

Esse contexto interferiu diretamente nas atividades de fusões e aquisições com uma queda em relação ao ano anterior que foi ainda mais ainda mais expressivo no primeiro trimestre. A partir do segundo trimestre começamos a observar uma melhora importante. A perspectiva de queda de taxa de juros e uma melhora no cenário econômico ajudou também no mercado de fusões e aquisições. Se hoje os números estão levemente abaixo do ano passado, no início do ano o gap era muito maior.

Após esse período de juros globais nas mínimas históricas, aumento do apetite a risco e excesso de liquidez que levaram ao recorde da atividade de fusões e aquisições em 2021, observamos uma nova fase, com fundos sendo mais diligentes na seleção de empresas e nos aportes, optando por aquelas que além de crescimento, também entregam margens saudáveis e geração de caixa.

Essa melhora é observável também no mercado de bolsa, com retomada dos processos de follow-on e até mesmo com algumas conversas sobre IPO voltando para o radar.

A nossa visão para o último trimestre de 2023 é que esse filme melhore ainda mais. Observamos os fundos de PE e VC com dry powder em patamares bem elevados e com muitos M&As em curso.

Os FIPs por exemplo, apresentaram captação liquida de R$ 39 bilhões de janeiro a agosto de 2023 e podemos considerar essa captação como um indicador antecedente da atividade de fusões e aquisições com provável impacto positivo no 4º trimestre de 2023 e ao longo de 2024, com a alocação destes recursos.

TTR: Em quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil? Por quê?

Setores como agronegócio, óleo e gás, energia e infraestrutura são vocações naturais para o Brasil e vamos continuar observando projetos importantes nessas áreas. Uma onde de privatizações, concessões e novos programas do governo vocacionados em infra podem ajudar nesse processo.

Outras verticais como tecnologia e serviços financeiros também lideram com frequência os rankings setoriais de fusões e aquisições e devem permanecer assim para os próximos trimestres. Em tecnologia, há muitos projetos transversais, transformando inúmeros setores nas modalidades “as a service” por exemplo. Internet das coisas, cibersegurança, inteligência artificial e machine learning são outras áreas transversais que estão transformando inúmeras outras indústrias e atraindo investidores.

Outro setor que vale a pena destacar é saúde. Apesar de um cenário mais desafiador que as Cias listadas em Bolsa estão enfrentando, há inúmeros segmentos e especializações com muito fôlego pra crescimento e consolidação. Dentre os setores que estamos mais construtivos estão oftalmologia, oncologia, odontologia, nefrologia e fisioterapia. Até mesmo para aqueles que já surfaram grandes movimentos de consolidação como hospitais e análises clínicas e diagnósticos continuam aquecidos, mas desta vez com novos consolidadores assumindo protagonismo.

TTR: Continuando com o segmento de Venture Capital vemos que, após o ‘boom’ de 2021, o surgimento de unicórnios está diminuindo e alguns estão desaparecendo. Como você avalia essa indústria no Brasil em 2023?

O segmento de Venture Capital passou por um período de ajuste importante. Em 2020 e 2021, o segmento foi muito impulsionado por uma transformação tecnológica quase que compulsória. Muitas empresas ou surgiram nesse contexto ou alavancaram os seus negócios durante a pandemia. A forte redução da taxa de juros e o excesso de liquidez pressionaram as teses de “Value” e impulsionaram as teses de “Growth” e a expansão de múltiplos observado em Bolsa serviram de lastro para esse movimento.

A captação dos fundos de VC foi recorde o que gerou naturalmente em investimentos recordes também. Quando o cenário econômico voltou a ficar pressionado com a escalada da inflação e a alta contundente das taxas de juros, a captação foi muito prejudicada e os fundos que ainda estavam capitalizados e com o mandato de alocação de recursos precisaram ser mais cautelosos, deixando as promessas de unicórnios e passando a buscar as chamadas empresas camelo, ou seja, aquelas que são mais resilientes e capazes de viver com poucos recursos em ambientes mais escassos.

Essa mudança de consciência foi importante para mudar inclusive as métricas de performance dentro das próprias empresas. Os múltiplos de EBITDA por exemplo ganharam espaço e começamos a observar alguns processos de downsizing (ou resizing) além de uma onda de layoffs mais no início do ano. 

Ao longo de 2023, observamos uma modalidade de VC se consolidando e ajudando no processo de retomada da indústria: os fundos de Corporate Venture Capital. A colaboração entre empresas consolidadas e startups ganhou muita força neste ano com um boom de empresas aderindo esta estratégia.

 O CVC é basicamente um formato na qual empresas montam times dedicados para analisar oportunidades de investimentos em startups que dialogam com o seu ecossistema e que agregam oferecendo soluções inovadoras ou acesso a novos mercados, podendo atrair novos clientes e mudar a perspectiva de própria empresa.

Este time dedicado, muitas vezes formado por gestoras independentes, oferecem experiência e dinamismo no processo de análise e tomada de decisão. Acreditamos nessa modalidade como um novo vetor de crescimento para a indústria de venture capital com o aumento dos valores aportados e a adesão de novas empresas. E tendo uma visão ainda mais otimista, podemos esperar uma rentabilidade média maior que a histórica uma vez que esse ambiente favorece a tração das estratégias e a escalabilidade destas startups.

TTR:  Qual o papel da B2R na situação atual do mercado transacional?

O mercado de M&A possui estratos com características, necessidades e soluções bem distintas. Grandes processos por exemplo demandam em muitos casos a necessidade de funding ou estruturas financeiras mais complexas que só um banco de investimento consegue oferecer. Por esta razão, optamos por atuar como uma boutique, com atuação focada no middle market, oferecendo profissionais experientes em dedicação quase que exclusiva permitindo acesso ilimitado ao time. 

Como também temos uma atuação relevante no desenvolvimento de laudos de fair market value para a indústria de fundos e consolidadores estratégicos, temos uma ampla rede de relacionamentos que nos permite mapear potenciais investidores e direcionar os mandatos para aqueles que entendemos que consigam capturar maior sinergia.    

TTR: Quais serão os principais desafios para a B2R no Brasil nos próximos meses?

O negócio de assessoria em transações e avaliação de empresas é feito fundamentalmente de gente e entendemos que esse é naturalmente nosso maior desafio. Esse tema sempre vai estar presente e olhamos com atenção para nossa capacidade de atrair, desenvolver e reter esses talentos. 

Os processos de avaliação de empresas e assessoria em transações além de multisetorial, também são multidisciplinares. É preciso estudar e aprender sobre diferentes indústrias além de saber navegar em aspectos operacionais, regulatórios, financeiros, contábeis e legais dos negócios avaliados e como eles impactam a percepção de risco e de valor do negócio.

Por um lado, o desenvolvimento e o crescimento da indústria de fundos nos ajudam na vertical de assessoria em fusões e aquisições, aumentando a chance de conectar vendedores com compradores. Por outro lado, nossa vertical de avaliação de empresas que atua na indústria de FIPs para atendimento da ICVM 579 por exemplo, fica ainda mais demandada.

Considerando a exposição regulatória que temos e as frequentes interações com as gestoras, administradoras e as auditorias dos fundos, sempre reavaliamos nossos processos para entregar um fluxo confiável e diligente para a indústria.

Dealmaker Q&A

TTR Dealmaker Q&A con Felipe Junqueira, líder de M&A and Transaction Solutions de AON para LatAm

AON

Felipe Junqueira

Felipe es el líder de M&A and Transaction Solutions de Aon en América Latina.  Licenciado en derecho, contabilidad y administración de empresas y tiene un posgrado en gestión de proyectos por Ibmec Business School. Cuenta con una amplia experiencia y conocimiento en los campos de M&A y Private Equity, abarcando actividades en las áreas financiera y legal con una trayectoria en trabajos de asesoría y consultoría enfocada en fusiones y adquisiciones, finanzas corporativas, y experiencia en due diligence contable, financiero y de riesgos y seguros para transacciones.
Felipe cuenta con experiencia en la industria de petróleo y gas, logística, infraestructura, retail, entre otros sectores. 


TTR: En la primera mitad del año, vimos que se mantuvo cierta cautela entre inversionistas de M&A, Capital Privado y Venture Capital en América Latina: ¿Qué esperar en esta alternativa de inversión al cierre del año y de cara al 2024 en la región?

En el primer semestre de 2023 identificamos una cautela global por factores externos a la región y en algunos momentos puntuales sentimos más intensamente este peso en LatAm por factores más locales y también por  mayor percepción de riesgo en la región.

Identificamos que hubo un enfriamiento en relación con los deals del primer semestre del año en América Latina, principalmente una reducción en relación con los tickets de las transacciones, fenómeno que hemos visto revertirse paulatinamente desde mediados de año. En Aon, la mejora en el volumen de nuevos proyectos asesorados fue clara. En este sentido, esperamos una mejora considerable del mercado para cerrar el año con un mayor volumen y tamaño de transacciones, que se indica continuará a principios de 2024.

TTR: ¿Qué papel están jugando los fondos regionales para impulsar las inversiones en América Latina?, ¿Qué mercados se ven altamente financiables en estos momentos de volatilidad internacional?

En general, hemos visto fondos regionales actuando de manera cada vez más capaz y buscando alianzas estratégicas para crecer, incluyendo la búsqueda de nuevas soluciones para mejorar y lograr concretar negocios. El sector de infraestructuras/energía sigue siendo muy fuerte, sobre todo los activos de energías renovables. El sector tecnológico también sigue siendo relevante, especialmente en relación con el volumen de transacciones, a pesar del desafío que enfrenta el sector recientemente.

TTR: ¿Qué esperamos en el segmento de M&A en zonas clave de la región como México, Brasil, Colombia, Chile, Argentina y Perú?

En Aon, seguimos fuertemente enfocados en estos países, donde vemos movimientos de mercado interesantes y, con nuestros productos y servicios, un gran potencial para actuar como socios en su desarrollo. En paralelo, observamos cuestiones más locales como factores políticos y económicos que pueden ser más críticos para los países en momentos de toma de decisiones electorales, como es el caso de Argentina. Incluso en estos países hemos tenido una gran receptividad e interés por parte de los players de nuestro mercado transaccional, ya sean asesores, abogados especializados o inversores.

TTR: ¿Cuál es su evaluación para la industria de Private Equity y Venture Capital en América Latina en 2023? ¿Qué países podrían tener un mejor desempeño en este segmento?

Esperamos que Brasil continúe a la cabeza, seguido de México, Chile, Colombia y Perú como los cinco principales mercados. Seguimos siendo muy optimistas sobre estos mercados en los que hemos estado muy activos.

TTR: ¿Qué sectores en el mercado de M&A están requiriendo de mayor asesoría por parte de Aon y por qué? 

En América Latina existe principalmente una tendencia a involucrarnos en deals con tickets más altos o de mayor nivel de complejidad: (1) principalmente desde el punto de vista de riesgos y personas, cuando hablamos de nuestra oferta de due diligence en general ( Riesgos, seguros, personas, propiedad intelectual, cyber, etc.) y (2) desde el punto de vista de negociaciones más complejas (discusiones más profundas sobre precios, responsabilidades, pasivos, etc.), cuando trabajamos con soluciones de seguros transaccionales para ayudar a desbloquear y trasladar algún punto crítico para el mercado asegurador.

En este contexto, el sector de infraestructura/energía, dado el tamaño de los acuerdos y los riesgos intrínsecos de los activos/operación, sigue siendo el principal. Otros tipos de acuerdos en los que también hemos estado muy activos (tanto con nuestros servicios como con productos de seguros) son las transacciones de Spin-off/Carve-out, dados todos los pasos y discusiones necesarios, así como las transacciones corporativas que involucran desinversiones globales y grandes acuerdos transfronterizos, ya sean Inbound u Outbond, podemos agregar aún más dada nuestra estructura global única con profesionales de los más variados orígenes y experiencia trabajando de manera dedicada a transacciones de M&A y PE.

TTR: ¿Qué papel juega los seguros transaccionales en la coyuntura actual del mercado transaccional?

Como lo hemos hecho durante muchos años en otras regiones, incluso como líder global, hemos jugado también un papel importante en el desarrollo de los seguros transaccionales en América Latina. Destacamos aquí los seguros de Representaciones y Garantías (Reps & Warranties) seguidos de los seguros de Litigation y Tax. Estos productos tienen como objetivo ayudar tanto al comprador como al vendedor a tener mejores discusiones sobre el precio del deal, definición de las responsabilidades de las partes (transferir al mercado de seguros, cuando sea posible/aplicable) y estructuración financiera de pagos, sin mencionar los casos en los que estos seguros pueden literalmente cambiar las reglas del juego y desbloquear un acuerdo.

Hemos notado un aumento exponencial en la búsqueda de estos productos, especialmente considerando el complejo e incierto contexto del mercado. Esto es algo bastante común en Norteamérica y Europa y, se ha vuelto cada vez más relevante en LatAm con el aumento del interés de las compañías de seguros a través de las conversaciones y el trabajo que hemos realizado junto con ellas. Este año, por ejemplo, en América Latina ya hemos acumulado un volumen de límites negociados para pólizas de seguros transaccionales por valor de miles de millones de dólares.

Dealmaker Q&A

TTR Dealmaker Q&A con Antonio Baena, socio de Cuatrecasas

Cuatrecasas

Antonio Baena

Antonio es el socio responsable de la práctica internacional de Cuatrecasas. Desde el 2013 hasta el 2017, dirigió la oficina de Cuatrecasas en Londres. Desde el 2018 dirige la oficina de Cuatrecasas en Nueva York y actualmente también codirige la oficina de Londres. Antes de incorporarse a Cuatrecasas, trabajó varios años como banquero de inversiones en Londres y Nueva York.
Es experto en asuntos corporativos y de mercado de valores. Asesora a empresas españolas e internacionales —principalmente fondos de capital riesgo y de inversión, y a sociedades cotizadas— en operaciones transfronterizas, particularmente en España y en Latinoamérica. Es un abogado recomendado en Chambers Global, IFLR Legal 500, Legal 500 Latin America, Latin Lawyer y Expert Guides para la práctica de Corporate and M&A.


TTR: ¿Cuáles son sus principales conclusiones para el mercado de M&A en el primer semestre del año? ¿Cuáles son los drivers más relevantes para consolidar el mercado de M&A en América Latina en lo que resta del año?

Un análisis de la región por necesidad debe ser heterogéneo debido a los más de 20 países que engloba. En todo caso, es evidente que en el primer semestre de 2023 el mercado de fusiones y adquisiciones continuó su desaceleración, tanto en volumen como en valor de operaciones. El mercado continúa afectado por la incertidumbre que generan los conflictos geopolíticos y las condiciones macroeconómicas globales, circunstancias que se reflejan, entre otros, en las altas tasas de interés, las dificultades en obtener financiación, la elevada inflación y un menor crecimiento de las economías. Para su recuperación será necesario que crezca la confianza de los actores y se ajusten sus expectativas. Idealmente, deberá ir acompañada de una normalización del precio de las materias primas, de una menor incertidumbre política y de un incremento de la seguridad jurídica como resultado de mayor estabilidad institucional. 

TTR: Aún vemos un entorno de incertidumbre en el ámbito económico mundial. No obstante, se está viendo un mayor apetito de inversores en zonas estratégicas de América Latina. ¿Cuál es la opinión de Cuatrecasas sobre este tema?

América Latina sigue siendo considerado un destino atractivo para la inversión internacional que, adicionalmente, puede verse favorecido por la incertidumbre y perturbaciones en otras regiones. La región ofrece un particular interés para las compañías internacionales que buscan aprovechar sus abundantes recursos, atractivos costes de producción y una creciente plataforma de consumidores. Su potencial de crecimiento, el pool de talento y el volumen demográfico ponen también a Latinoamérica en el punto de mira de los inversores internacionales. Cabe destacar que, además de la inversión inbound hacia la región, observamos en paralelo una consolidación de España como el principal destino de la inversión outbound de las multilatinas en Europa, como puerta de entrada al mercado europeo, que es especialmente relevante en el caso de inversores mexicanos. En general, somos moderadamente optimistas de cara a la reactivación del mercado en 2024.

TTR: ¿En qué sectores los inversionistas internacionales podrán encontrar las mayores oportunidades en el mercado transaccional en el caso de zonas estratégicas como Argentina, Brasil, Chile, Colombia, México y Perú?, ¿Por qué?

Tecnología, energía (en particular, renovables y recursos naturales), infraestructura y servicios financieros continúan siendo los sectores más candentes. Brasil y México continúan percibiéndose como los mercados más atractivos debido entre otros a su respectivo tamaño de mercados, que ofrece grandes oportunidades en el sector de consumo. Cabe destacar asimismo una activación de operaciones inter-regionales, englobando a distintas jurisdicciones. 

A nivel individual, en México, identificamos mucho dinamismo asociado al sector tecnológico, además de una continuidad en el sector financiero y de actividad en el sector inmobiliario. En Colombia continúa el interés en los sectores de energías renovables e infraestructura, además de tecnología. En Perú destacaría la actividad en minería y servicios financieros, que también genera particular interés en Chile, junto con el tecnológico y el inmobiliario. 

TTR: Continuando con el segmento de Venture Capital vemos que, después del ‘boom’ de 2021, el surgimiento de unicornios está disminuyendo y algunos están desapareciendo. ¿Qué evaluación tiene de esta industria en Latam en 2023? 

La incertidumbre y los cambios en las condiciones macroeconómicas globales han provocado correcciones debido a una menor disponibilidad de financiación a bajo costo, particularmente en etapas avanzadas. Como resultado, los fondos has sido más cautelosos y selectivos a la hora de invertir y se han enfocado en oportunidades con targets sofisticados y con ingresos probados. El difícil momento de los mercados de capitales también ha afectado a la industria. Observamos mayor interés en estructuras de deuda, tanto por fundadores e inversionistas como por los financiadores. No obstante, cabe destacar que esta dinámica no es regional sino que afecta al mercado global de inversores tanto en Series A y B como en late-stage.

TTR: ¿Cuáles serán los principales desafíos de Cuatrecasas en los próximos meses en América Latina?

Sin duda el foco está puesto en seguir consolidando la apuesta que hemos hecho por Latinoamérica, que viene dando resultados muy positivos. Para ello será fundamental que, como hasta ahora, sigamos generando la atracción y confianza tanto de clientes (regionales, norteamericanos, europeos y de otras geografías como Asia y Oriente Medio) como del mejor talento en cada uno de los cuatro países en los que operamos (Chile, Colombia, México y Perú), con el apoyo fundamental de nuestra oficina de Nueva York. Latinoamérica es una región clave en nuestra estrategia internacional, donde aspiramos a convertirnos en una firma de referencia en cada uno de esos mercados.

Dealmaker Q&A

Content available in English and Spanish (scroll down)

TTR Dealmaker Q&A with Watson Farley and Williams Partner María Pilar García Guijarro

Watson Farley and Williams España

María Pilar García Guijarro

María Pilar is a Partner in the Corporate and M&A Group and managing partner of the Watson Farley and Williams Madrid office.
She has more than 25 years of experience in the energy and infrastructure sectors in Europe, LATAM and the Middle East, with a special focus on wind and solar sectors. 
María Pilar advises investment funds, industrial companies and financial institutions on the full spectrum of corporate transactions. She specialises in corporate, commercial advice including structuring, development, acquisition of projects, portfolios and platforms, M&A and private equity deals, project contracts (such as PPA, EPC, O&M) and joint ventures.
She also has extensive experience advising on structured financings, as well as restructurings and refinancings.
María Pilar is recommended as a leading energy lawyer in Spain by prestigious legal directories Legal 500 EMEA, Chambers Europe and Chambers Global. She is band 1 in the energy sector in Chambers & Partners.
María Pilar is the cornerstone of WFW’s success in Spain and its positioning as a leader in the energy, infrastructure, transport and real estate sectors.


TTR: What are your main conclusions for the M&A market in the first half of the year? What are the most relevant drivers to consolidate the M&A market in Spain for the rest of the year? 

Based on what we have seen from WFW in the first half of the year, the main conclusion we can draw is that there is an appetite for investment in the Spanish market, particularly in the energy sector, and by foreign investors. At WFW we have had a very similar volume of transactions to the years prior to the pandemic. We expect the definitive consolidation of this appetite will take place in the second half of the year. There is undoubtedly growing global interest in the energy transition towards a greener and more sustainable economy, and Spain is in a privileged position to attract investors and capitalize on the potential of solar, wind and new technologies (green hydrogen, batteries, electric vehicle chargers, etc.).

That said, we are aware that this overview is not the same when we analyze the Spanish transactional market in other sectors. Transactions have decreased in general, but they are already showing the upturn that we at WFW have noticed, especially in the energy sector. As you mentioned in your half-year report, Spanish companies have chosen Portugal and the United States as their main investment destinations, and Italy is the country that has made the largest investment disbursement in Spain, together with the United States.

TTR: What is the analysis of the impact of the elections in Spain and the prospects for the transactional market? 

In general terms, we all know that one of the best recipes for attracting investment is to offer legal certainty and for this we must have political and parliamentary stability. However, investors are aware that the opportunities offered by the Spanish market in the energy sector are numerous and very attractive, and we understand that the current political situation will not slow down investment in this sector. It should also be remembered that there is a strong push from the European Union to develop and promote the ecological transition, which we believe should be encouraged by whichever party eventually forms the government, and Spain is an attractive destination with enormous potential in renewable energies.

TTR: In which sectors will international investors find the greatest opportunities in the Iberian transactional market? Why? 

In our opinion, renewable hydrogen offers a unique opportunity for Spain as a country and for international investors. Although there is currently no fully defined legal framework for this type of technology, there are already numerous green hydrogen projects that are progressing reasonably well. The collaboration of private agents and public administrations will be key to turn this opportunity into reality, and into large transactions.

According to a ranking study handled by economists at Oxford University (England), Spain is in an “enviable” position for the generation of energy from renewable sources. Likewise, its capacity to produce and improve products linked to renewable energies places it as a country with immense potential to develop and obtain great benefits from a green economy. Spain is one of the top 10 most attractive countries for investment in renewable energies. Thanks to the fact that it already reaches up to 48% of energy production from renewable sources.

TTR: Continuing with the Venture Capital segment we see that, after the ‘boom’ of 2021, the emergence of unicorns is slowing down and some are disappearing. What is your assessment of this industry in Spain in 2023? 

Our feeling is that Venture Capital is growing in Spain, especially in the capital, Madrid. Proof of this is the continued success for some years now of the South Summit. We understand that the new law to promote the startup ecosystem will be an important boost to the entrepreneurial ecosystem in Spain. 

TTR: What will be Watson Farley & Williams’ main challenges in the coming months? 

The same challenges we have been facing for 20 years, to continue being the most trusted advisors for our clients in the strategic sectors of energy, infrastructure, real estate and transport. 

Talking about growth in turnover or growth in talent, without a clear strategy, only leads to not having a truly established plan. We owe it to our clients. That is the secret of success. And for us the only way to achieve it is by being the best in our areas of specialization, the most committed to our sectors, betting on them in good times but also in times of crisis or instability (when expert advice from teams with a deep knowledge of the market and the sector is even more necessary) and on the other hand, building the loyalty of the firm’s talent through motivation and the promotion of a good working environment and conditions. The level of turnover in our firm is very low, those who come, stay. And they have the opportunity to become EXPERTS. 

The culture, the environment and the WFW framework are all attractive. And the challenge is to maintain this level, which we have never lowered.


Spanish version


Watson Farley and Williams España

María Pilar García Guijarro

María Pilar es Socia de corporate /M&A y Socia directora de la oficina de Madrid de Watson Farley and Williams.
Cuenta con más de 25 años de experiencia en los sectores de energía e infraestructuras en Europa, LATAM y Oriente Medio, con especial foco en los sectores eólico y solar. 
María Pilar es una de las abogadas con mayor prestigio del panorama nacional e internacional, y asesora a fondos de inversión, empresas industriales e instituciones financieras en todo el espectro de operaciones corporativas. Está especializada en asesoramiento mercantil y societario, incluyendo estructuración, desarrollo, adquisición de proyectos, carteras y plataformas, fusiones y adquisiciones y operaciones de capital riesgo, contratos de proyectos (tales como PPA, EPC, O&M) y joint ventures.
También tiene amplia experiencia en el asesoramiento de financiaciones estructuradas, así como en reestructuraciones y refinanciaciones.
María Pilar está recomendada como abogada líder en el sector energético en España por los prestigiosos directorios jurídicos Legal 500 EMEA, Chambers Europe y Chambers Global. Es banda 1 en energía en Chambers & Partners.
María Pilar es el pilar del éxito de la firma WFW en España y de su posicionamiento como líder en los sectores de la energía, infraestructuras, transporte y Real Estate.


TTR: ¿Cuáles son sus principales conclusiones para el mercado de M&A en el primer semestre del año? ¿Cuáles son los drivers más relevantes para consolidar el mercado de M&A en España en lo que resta del año?

Según lo que hemos visto desde WFW en el primer semestre del año, la principal conclusión que podemos extraer es el apetito inversor en el mercado español y en particular en el sector energético, y por parte de inversores extranjeros. En WFW hemos tenido un nivel de transacciones muy similar al de años anteriores a la pandemia. Esperamos que la consolidación definitiva de dicho apetito se de en el segundo semestre del año. Es indudable el creciente interés global en materia de transición energética hacia una economía más verde y sostenible, y España se encuentra en una posición privilegiada para atraer inversores y capitalizar el potencial de la energía solar, eólica y las nuevas tecnologías (hidrógeno verde, baterías, cargadores para vehículos eléctricos, etc).

Dicho lo anterior, somos conscientes de que este panorama no es igual si analizamos de manera macro el mercado transaccional español en otros sectores. Las operaciones han descendido de manera general, pero presentan ya el repunte que desde WFW notamos sobre todo en el sector energético. Como adelantabais en vuestro informe semestral, las empresas españolas han elegido como principales destinos de sus inversiones a Portugal y Estados Unidos. Mientras que Italia es el país que ha realizado mayor desembolso inversor en España, junto con Estados Unidos.

TTR: ¿Cuál es el análisis del impacto de las elecciones en España y las perspectivas para el mercado transaccional?

En términos generales, todos sabemos que una de las mejores recetas para atraer inversión es ofrecer seguridad jurídica y para ello debemos contar con estabilidad política y parlamentaria. Sin embargo, los inversores son conocedores de que las oportunidades que ofrece el mercado español en el sector energético son muchas y muy buenas, y entendemos que la actual situación política no frenará la inversión en este sector. Hay que recordar también que existe un impulso decidido de la Unión Europea por desarrollar y fomentar la transición ecológica, lo que entendemos deberá ser fomentado por cualquier partido que finalmente forme gobierno y España es un destino atractivo y con un enorme potencial en energías renovables.

TTR: ¿En qué sectores los inversionistas internacionales podrán encontrar las mayores oportunidades en el mercado transaccional ibérico? ¿Por qué?

En nuestra opinión, el hidrógeno renovable ofrece una oportunidad única para España como país y para inversores internacionales. Aunque actualmente no existe un marco jurídico completam definido para este tipo de tecnología, ya existen numerosos proyectos de hidrógeno verde que están avanzando razonablemente bien. La colaboración de los agentes privados y las administraciones públicas será clave para convertir esta oportunidad en realidad, y en grandes transacciones.

No lo digo solo yo, de acuerdo con un estudio de clasificación realizado por economistas de la Universidad de Oxford (Inglaterra) España se sitúa en una posición envidiable dentro de la generación de energía a partir de fuentes renovables. Asimismo, su capacidad para producir y mejorar productos ligados a las energías renovables lo coloca como un país con un inmenso potencial para desarrollar y obtener grandes beneficios de una economía verde. España forma parte del top 10 de países atractivos para hacer inversiones en energías renovables. Gracias a que ya alcanza hasta un 48% de producción de energía a partir de fuentes renovables.

TTR: Continuando con el segmento de Venture Capital vemos que, después del ‘boom’ de 2021, el surgimiento de unicornios está disminuyendo y algunos están desapareciendo. ¿Qué evaluación tiene de esta industria en España en 2023?

Nuestra sensación es que el Venture Capital está creciendo en España, especialmente en la capital, Madrid. Prueba de ello es el éxito continuado desde hace algunos años del South Summit. Entendemos que la nueva Ley de fomento del ecosistema de las empresas emergentes supondrá un importante impulso al ecosistema emprendedor en España.     

TTR: ¿Cuáles serán los principales desafíos de Watson Farley & Williams en los próximos meses? 

Los mismos de los que llevamos haciendo gala durante 20 años, es decir, seguir siendo una referencia de máxima confianza para nuestros clientes en los sectores estratégicos de energía, infraestructura, real estate y transporte. 

Hablar de crecimiento en facturación o de crecimiento en talento, sin una estrategia clara lo único que lleva es a no tener un plan verdaderamente establecido. Nosotros nos debemos a nuestros clientes. Ese es el secreto del éxito. Y para nosotros la única forma de lograrlo es siendo los mejores en nuestras áreas de especialización, los más comprometidos con nuestros sectores, apostando por ellos en los buenos momentos y también en los de crisis o inestabilidad (cuando precisamente es más necesario el asesoramiento experto de equipos con un profundo conocimiento del mercado y del sector) y por otro lado, fidelizando el talento del despacho a través de la motivación y el fomento de un buen ambiente y condiciones de trabajo. El nivel de rotación de nuestra firma es muy bajo, quien viene, se queda. Y se convierte en EXPERTO. 

La cultura, el ambiente y el proyecto de Watson atraen. Y el desafío es mantener ese nivel, que nunca hemos bajado.

Dealmaker Q&A

Content available in English and Portuguese (scroll down)

TTR Dealmaker Q&A with Olimpia Partners Partner Thomas Monteiro

Olimpia Partners

Thomas Monteiro

Thomas is a partner at Olimpia Partners and has over 19 years of experience in mergers and acquisitions (M&A). Thomas began his career in the mergers and acquisitions team of Banco Espírito Santo, and subsequently joined the investment banking division of Banco Merrill Lynch in Brazil.


TTR: What are your main conclusions for the M&A market in 1H23? What are the most relevant drivers for consolidating the M&A market in Brazil in the rest of the year?

During the first half of 2023, the M&A market presented a challenging landscape, marked by a decline in the number of transactions (both in volume and value) compared to the previous year. This outcome can be attributed to a series of factors, including the deterioration of the capital market, both domestically and internationally, largely driven by high-interest rates, uncertainties surrounding the current government’s new political agenda, combined with a local credit crisis triggered by the Lojas Americanas phenomenon.

We anticipate a significant improvement in the M&A market during the second semester of this year. The market is already factoring in a reduction in local interest rates and an improved visibility concerning the new government’s public policies, which is mitigating current volatility, and an overall enhancement in the private credit market. These favorable factors lead us to confidently envision a more promising outlook for the M&A sector in the months ahead.

TTR: Olimpia Partners has been one of the leading M&A advisors in the technology sector in in Brazil. What are the prospects for this segment in the medium and long term?

Olimpia Partners strategically invested in the technology segment and established a dedicated coverage team a few years ago, based on the growth potential of the Brazilian technology market and its ecosystem. We believe that Brazil will increasingly attract the interest of significant strategic players and financial investors, resulting in a substantial increase in M&A transactions. We maintain the conviction that the technology sector continues to present promising opportunities, even in the current context where investors demonstrate increased caution and seek high-quality assets.

TTR: In which other sectors might international investors find opportunities in Brazil? Why?

In our view, the agribusiness and energy sectors have attracted interest from strategic players and financial investors, driving relevant M&A transactions. Brazil is uniquely positioned to benefit from M&A transactions in the agribusiness and energy sectors due to its abundant natural resources, favorable climate, and substantial market size. The country’s vast agricultural production and global export of commodities contribute to its prominence in agribusiness. Additionally, Brazil’s renewable energy potential, encompassing hydropower, wind, solar, and bioenergy, aligns with the growing demand for clean energy solutions.

TTR: Continuing with the Venture Capital segment, we see that, after the boom of 2021, the emergence of unicorns is slowing down, and some are disappearing. What is your evaluation for this industry in Brazil in 2023?

The slowdown in the emergence of unicorns is part of a global trend of declining VC funding. This trend is particularly stronger for later-stage startups as investors are becoming increasingly cautious and marking down valuations of unprofitable investments. However, it is important to keep this trend in perspective. Despite the decrease in the number of unicorns, Brazil continues to hold a strong position in the global startup market holding the 10th position in the ranking of countries with the highest number of unicorns. I believe that Brazil has a strong innovation culture and a robust startup ecosystem which is showing signs of inflection and a possible recovery coming. We anticipate the industry to remain strong and continue to yield high-value startups in the coming years.

TTR: What will be Olimpia Partners’ main challenges in Brazil in the upcoming months?

Despite a challenging M&A market in the 1st semester, Olimpia Partners successfully completed significant transactions in Brazil, such as the acquisition of Corsan by Aegea, the entry of 23S Capital into Ademicon, and the acquisition of Yes by Olmix Group, among others. Our short-term challenge remains executing ongoing projects with excellence, attracting interest from both local and international strategic and financial investors, regardless of market conditions fluctuations.


Portuguese version


Olimpia Partners

Thomas Monteiro

Thomas é sócio da Olimpia Partners e acumula mais de 19 anos de experiência em fusões e aquisições (M&A). Sua trajetória teve início na equipe de fusões e aquisições do Banco Espírito Santo e, posteriormente, trabalhou na área de banco de investimento do Banco Merrill Lynch no Brasil.


TTR: Quais são suas principais conclusões para o mercado de M&A no primeiro semestre de 2023? Quais são os fatores mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil no resto do ano?

O mercado de fusões e aquisições no primeiro semestre de 2023 apresentou um cenário desafiador, caracterizado por um número reduzido de operações e um volume financeiro menor em relação às atividades de M&A. Tal resultado pode ser atribuído a uma série de fatores, como a deterioração do mercado de capitais, tanto no Brasil quanto no exterior, resultante do elevado patamar de juros, incertezas em relação à nova agenda política do governo atual e, por último, uma crise de crédito no Brasil, devido ao fenômeno Americanas

Nossa expectativa é que o mercado experimente uma significativa melhora durante o segundo semestre. Atualmente, já se observa uma precificação da queda nos juros e uma maior visibilidade em relação às políticas públicas do novo governo, o que tem gerado menor volatilidade, e uma melhora no mercado de crédito privado. Essas perspectivas positivas nos levam a acreditar em um cenário mais promissor para o setor de fusões e aquisições nos próximos meses

TTR: Olimpia Partners é um dos principais assessores em fusões e aquisições no setor de tecnologia no Brasil. Quais são as perspectivas desse segmento no médio e longo prazo?

A Olimpia Partners investiu estrategicamente no segmento de tecnologia e estabeleceu uma área de atuação dedicada a esse setor há alguns anos, embasada no potencial de crescimento do mercado brasileiro de tecnologia e em seu ecossistema. Acreditamos que o Brasil, cada vez mais, despertará o interesse de importantes players estratégicos e investidores financeiros, resultando em um aumento significativo das transações de M&A. Mantemos a convicção de que o setor de tecnologia continua a apresentar oportunidades promissoras, mesmo em um contexto atual em que os investidores demonstram maior cautela e buscam ativos de elevada qualidade.

TTR: Em quais ouros setores os investidores internacionais podem encontrar maiores oportunidades no Brasil? Por quê?

Em nossa visão, os setores de agronegócio e energia têm despertado interesse de players estratégicos e investidores financeiros, impulsionando transações relevantes de M&A. O Brasil está posicionado de forma única para se beneficiar das transações de M&A nos setores de agronegócio e energia devido aos seus abundantes recursos naturais, clima favorável e tamanho substancial de mercado. A vasta produção agrícola do país e sua exportação global de commodities contribuem para sua proeminência no agronegócio. Além disso, o potencial de energia renovável do Brasil, que abrange hidrelétricas, energia eólica, solar e bioenergia, está alinhado com a crescente demanda por soluções de energia limpa.

TTR: Continuando com o segmento de Venture Capital vemos que, após o ‘boom’ de 2021, o surgimento de unicórnios está diminuindo e alguns estão desaparecendo. Como você avalia essa indústria no Brasil em 2023?

A desaceleração no surgimento de novos unicórnios é parte de uma tendência global de queda no funding de capital de risco (VC). Essa tendência é particularmente mais forte para startups em estágios mais avançados, à medida que os investidores se tornam cada vez mais cautelosos e reduzem a marcação a mercado de investimentos não lucrativos. No entanto, ter em perspectiva a tendência de longo prazo. Apesar da recente diminuição no número de unicórnios, o Brasil continua a ocupar uma posição forte no mercado global de startups, mantendo a 10ª posição no ranking dos países com o maior número de unicórnios. Acredito que o Brasil possui uma forte cultura de inovação e um robusto ecossistema de startups, que está mostrando sinais de inflexão e uma possível recuperação no médio prazo. Acreditamos que a indústria permanecerá forte e continuará a produzir startups de alto valor nos próximos anos.

TTR: Quais serão os principais desafios para a Olimpia Partners no Brasil nos próximos meses?

Apesar de um mercado de M&A desafiador no 1º semestre, a Olimpia Partners concluiu transações relevantes no Brasil, como a aquisição da Corsan pela Aegea, entrada da 23S Capital na Ademicon, aquisição da Yes pela Olmix Group, entre outras. O nosso desafio para o curto prazo permanece a execução dos projetos em andamento com excelência, atraindo o interesse de investidores estratégicos e financeiros, tanto locais como internacionais, independentemente das oscilações das condições de mercado.