Relatório do primeiro trimestre sobre o mercado transacional brasileiro – 1T

Volume de Fusões e Aquisições registra crescimento de 19% no primeiro trimestre de 2022

  • No primeiro trimestre  foram registradas 569 transações e um total de BRL 63,9bi
  • Empresas norte-americanas aumentaram em 34% suas aquisições no mercado brasileiro
  • Fundos de Venture Capital investem BRL 12,7bi no período
  • Aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet aumentaram em 48%

O mercado transacional brasileiro registrou no primeiro trimestre de 2022, 569 operações com valor total de BRL 63,9bi, de acordo com o mais recente relatório  do Transactional Track Record em colaboração com o Intralinks.

Operações do mercado transacional do 1Q de 2020 até 1Q de 2022
Fonte: Transactional Track Record.

Esses números representam um aumento de 19% no número de transações em relação ao mesmo período de 2021. Do total das transações, 46% possuem os valores revelados e 74% das operações já estão concluídas.

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 102 transações, representando uma diminuição de 37% em relação ao mesmo período de 2021. Em segundo lugar está o setor de Industry-Specific Software, com 91 transações. 

Âmbito Cross-Border

No primeiro trimestre de  2022, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com 10 transações e um total de BRL 1,1bi, seguido pela Colômbia com cinco operações e pelo Uruguai, com quatro transações.

Os Estados Unidos e a Alemanha, com 70 e 14 transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil. 

O volume de  empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registrouum aumento de 34% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet aumentaram em 48%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma dimibuição de 27% no primeiro trimestre.


Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 24 transações e um total de BRL 3,9bi no período, registrando uma queda de 29% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2021.

No âmbito do  Venture Capital, foram realizadas 173 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 8,9bi, o que resulta um aumento de 16% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 50 transações e um total de BRL 12,7bi no primeiro trimestre, representando um crescimento de 28% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.


Transação do trimestre

A transação destacada pelo TTR no primeiro trimestre de 2022, foi a conclusão da venda do projeto de mineração de fosfato Salitre no Brasilda Yara Brasil Fertilizantes para a EuroChem Brasil. O valor da transação é de USD 452,00m.

A operação contou com a assessoria jurídica dos escritórios Veirano Advogados; Norton Rose Fulbright UK; Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados; e Dentons UK. A Intralinks foi resposável pelo Virtual Data Room.


Entrevista com Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados

Eduardo Lanna, sócio na área de Fusões e Aquisições, Societário, Private Equity e Governança Corporativa, conversou com o TTR para esta edição, e analisou quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil: “O setor de tecnologia, com destaque para as fintechs e healthtechs, continuará em alta com boas oportunidades de investimento e consolidação, seja por grandes players do setor, fundos e venture capital. O mercado de energia também se mostra forte e com tendência de alta considerando as oportunidades de investimento, busca por uma matriz renovável, desenvolvimento de tecnologias de geração (eólica, solar, biomassa e hidrogênio verde), transição energética e seu importante papel no compromisso ESG das companhias de uma forma geral.

O setor de saúde também continua com boas oportunidades e com tendência de alta. Acompanhamos grandes transações no setor e é provável que essa consolidação continue.

Por fim, o setor de agronegócios e infraestrutura (privatizações de iluminação pública, saneamento, novas concessões de aeroportos e rodovias) devem continuar atraindo grandes investidores com um mercado movimentado.”

Para entrevista completa, clique aqui


Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica do primeiro trimestre de 2022 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total.

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações e em valor, lidera o Banco BTG Pactual, com 16 operações e um total de BRL 22,1bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2022 lidera o escritório Bronstein Zilberberg Chueiri & Potenza Advogados, com 36 operações. Em valor, lidera o BMA – Barbosa Müssnich Aragão contabilizando um total de BRL 17,0bi.

Dealmaker Q&A

Content available in English and Portuguese (scroll down)

TTR Dealmaker Q&A with Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados Partner Eduardo Lanna

Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados

Eduardo Lanna

Eduardo Lanna is a partner in the areas of Mergers and Acquisitions, Corporate Law and Governance and Private Equity.​
He has extensive experience in advising foreign and national clients in local and cross border merger and acquisitions, assets sale, joint ventures, corporate restructurings, inbound and outbound investments, and other transactions involving a variety of economy sectors.
Eduardo has a recognized experience in the energy sector, whether in private or public / tender offer transactions. He provides legal assistance to public and private companies in relation to corporate and governance matters.


TTR: ¿What are your main conclusions for the M&A market in 1Q22?

A still very busy market, in which the tech sector stands out (IT services, software and telecom), in addition to health and power. Private equity funds remain highly active (investments and divestments alike), we have also followed and advised on the consolidation of large strategic players, and the venture capital market keeps growing stronger. Deal rankings show an increase in transaction volume, which reflects our perception that the first quarter of 2022 has still followed the heated market of 2021.

Macroeconomic and political factors, in addition to the pandemic outcomes, have showed they could play a more relevant role throughout the year.

TTR: What are the most relevant drivers for consolidating the M&A market in Brazil, in 2022?

In an election year, political factors and uncertainties arising in that process will probably impact to some degree the investment decision-making process and the formation of market behavior (including, on one end of the spectrum, a race to complete deals sooner rather than closer to the election and, on the other end, the strategy to postpone). Privatization deals should be more impacted, or even suspended, given that those are the most exposed and dependent on political factors.

Nevertheless, we think some sectors, such as the renewable energy industry, will remain attractive and keep providing satisfactory returns, irrespective of the election process and outcome.

At the same time, Brazil presents a more mature and resilient market, available capital for investment (following the IPO and follow-on wave in the last years), a favorable currency exchange for foreign investors, and good opportunities still resulting from structural changes triggered by the pandemics – all these factors are likely to remain relevant for the market year-round.

TTR: In which sectors might international investors find the biggest opportunities in Brazil? Why?

The M&A market in 2021 was extremely active and we still expect that business to continue in 2022.

The tech sector, of which we highlight fintechs and healthtechs, will remain heated, with good investment and consolidation opportunities, either by already strong players in the industry, investment funds or venture capital investors. The energy market shows continuing strength and a rising tendency, considering the existing investment opportunities, the search for a renewable matrix, development of generation technology (wind, solar, biomass and green hydrogen), the ongoing energy transition, and its important role for many companies with ESG commitments.

The health sector also shows continuous opportunities and a rising tendency. We have followed and advised on large transactions and expect the consolidation trend to continue.

Lastly, the agribusiness and infrastructure sectors (including public lighting privatization, sanitation, airports and roadways) will probably keep attracting large investors in a heated market, despite the natural turbulence of an election year.

TTR: Cescon Barrieu is one of the leading advisors on renewable energy deals in Brazil. What are the perspective of this sector in the mid- and long-term? 

The renewable sector continues to be a fast growing market and plays an important role in the Brazilian energy matrix. Brazil has an important and privileged geographic advantage for renewable projects – wind, solar, biomass – and is also developing the regulations for offshore wind plants and for green hydrogen. It is a consolidated sector with a strong and consistent regulatory environment which requires major investments and creates opportunities in the mid and long term. We have been acting for local players and international private equity funds, both on the buy- and sell-side, and we believe that this market will continue to grow and develop in the near future and in the long-run.

Our power team, which combines our M&A and regulatory expertise, is working on several important transactions in this sector involving all areas – distribution companies, transmission deals, development and acquisition of generation farms, studies for offshore wind projects, distributed generation small scale project and self-production structures.

TTR: How will the conflict between Russia and Ukraine impact the energy sector, and what does this mean for M&A market?

The conflict creates a major impact for the gas supply in Europe, shedding light on that continent’s dependence on Russian fossil fuels. This has notably rekindled the public debate on the need for a quicker energy transition (which, of course, is greatly associated with the renewable energy industry), not only from a climate and ESG perspective but also from a geopolitical and commercial standpoint.

Specifically for the M&A market, we noted that many investors, banks, local and international firms have ceased or suspended deals and negotiations which involve Russian assets or controlled companies. There may be some movements arising from the sanctions, but it is a very delicate situation right now to predict how this will affect the M&A market.

With regard to the renewables sector, a stronger energy transition in Europe means an overall greater global interest in alternative energy sources, including in respect of Brazil, even if the investment portfolio tends to grow larger and more diverse worldwide.

TTR:  How has Cescon Barrieu handled the crisis in terms of advising clients and what opportunities has the company identified through the current situation in the country?

As mentioned above, last year saw a record in M&A transactions and our team was very busy in almost all areas. IPO and debt transactions created a lot of opportunities and an intense flow of projects, as well as deals in the context of liquidity of certain companies, currency exchange rate (Real depreciation) and the then lower base interest rate (which is now raising again and changing this scenario).

As a full service law firm, we have invested in our team, hired and promoted new partners and developed new areas of practice focusing on our goals of having a diverse team committed to achieving the best results for our clients in all kinds of transactions.

TTR: What will Cescon Barrieu main challenges be in terms of M&A deals in Brazil during 2022?

Our main challenges will be to overcome the uncertainties created by the 2022 election, and explore sectors which are more resilient and which continue to offer opportunities and market movements. We will continue to focus on creative solutions, a strong and reliable team ready to work and represent our clients in transactions/projects in all sectors and contexts.


Portuguese version


Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados

Eduardo Lanna

Eduardo Lanna é sócio na área de Fusões e Aquisições, Societário, Private Equity e Governança Corporativa no Cescon Barrieu.
Possui ampla experiência na assessoria a clientes nacionais e estrangeiros em transações locais e cross border de fusões, aquisições, venda de ativos, joint ventures, reestrurações societárias, investimentos inbound e outbond, além de outras operações envolvendo diversos setores da economia. 
Eduardo possui destacada atuação no setor de energia, seja em transações privadas ou ofertas públicas. Representa companhias abertas e fechadas em questões societárias e de governança corporativa.

Áreas de atuação:
– Societário e Governança Corporativa
– Fusões e Aquisições
– Governança Corporativa
– Private Equity


TTR: Quais são suas principais conclusões para o mercado de M&A no primeiro trimestre de 2022?

Notamos um mercado ainda bem aquecido, com setor de tecnologia (IT services, software e telecom) se destacando, além de saúde e energia. Os fundos de private equity estão bem ativos (tanto investimentos quanto desinvestimentos), também acompanhamos e atuamos na consolidação de grandes players estratégicos, e o mercado de venture capital continua se fortalecendo. Os rankings mostram um aumento de operações e nos parece que o 1Q2022 ainda seguiu o forte movimento do 4Q2021.

As questões macroeconômicas e políticas, além de impactos da pandemia, já indicaram que podem ter efeito mais relevante no curso do ano.

TTR: Quais são os fatores mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil, em 2022?

Por ser um ano eleitoral, os fatores políticos e as incertezas geradas no curso desse processo provavelmente impactarão de alguma forma as decisões de investimento e movimentos no mercado de M&A, seja uma corrida para lançar e concluir os processos antes da eleição ou sua postergação. As operações decorrentes de privatizações devem sofrer maior impacto, ou até mesmo suspensão, já que são mais expostas e dependentes de fatores políticos.

Não obstante, acreditamos que alguns setores, como o de energia renovável, continuarão em alta e apresentando boas oportunidades de retorno, independentemente da eleição presidencial.

Ao mesmo tempo, temos um mercado mais maduro e resiliente, disponibilidade de capital para investimento (decorrente da onda de IPOs e follow-ons nos últimos anos), um câmbio favorável para investidores estrangeiros e boas oportunidades ainda decorrentes dos reflexos estruturais gerados pela pandemia, que continuarão como fatores relevantes para o mercado de M&A esse ano.

TTR: Em quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil? Por quê?

O mercado de M&A em 2021 foi extremamente movimentado e esperamos que o movimento continue em 2022.

O setor de tecnologia, com destaque para as fintechs e healthtechs, continuará em alta com boas oportunidades de investimento e consolidação, seja por grandes players do setor, fundos e venture capital. O mercado de energia também se mostra forte e com tendência de alta considerando as oportunidades de investimento, busca por uma matriz renovável, desenvolvimento de tecnologias de geração (eólica, solar, biomassa e hidrogênio verde), transição energética e seu importante papel no compromisso ESG das companhias de uma forma geral.

O setor de saúde também continua com boas oportunidades e com tendência de alta. Acompanhamos grandes transações no setor e é provável que essa consolidação continue.

Por fim, o setor de agronegócios e infraestrutura (privatizações de iluminação pública, saneamento, novas concessões de aeroportos e rodovias) devem continuar atraindo grandes investidores com um mercado movimentado, apesar de toda a turbulência política do ano eleitoral.

TTR: Cescon Barrieu é um dos principais assessores em operações de energia renovável no Brasil. Quais são as perspectivas desse setor no médio e longo prazo?

O setor de renováveis continua sendo um mercado de crescimento acelerado e desempenha um papel importante na matriz energética Brasileira. O Brasil tem uma importante e privilegiada vantagem geográfica para os projetos de renováveis – eólicas, solares, biomassa – e está desenvolvendo uma regulação específica para plantas eólicas offshore e o hidrogênio verde. É um setor consolidado com forte e consistente ambiente regulatório que necessita de grandes investimentos, criando oportunidades no médio e longo prazo. Temos atuado para grandes players locais e fundos internacionais de private equity, na ponta vendedora e compradora, e acreditamos que esse mercado continuará a crescer e se desenvolvedor no futuro próximo e também em um horizonte de médio e longo prazo.

TTR: Como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia afetará o setor de energia, e o que isso significa para o mercado de fusões e aquisições?

O conflito criou um relevante impacto para o fornecimento de gás na Europa, expondo a dependência desse continente nos combustíveis fósseis de origem russa. Isso reacendeu o debate da necessidade de uma transição energética mais rápida (bastante associada com a indústria de energia renovável), não somente de uma perspectiva climática e de ESG, mas também de um ponto de vista geopolítico e comercial.

Especialmente para o mercado de M&A, notamos que muitos investidores, bancos, companhias locais e estrangeiras interromperam ou suspenderam transações e negociações que envolvem ativos ou companhias com controle russo. Talvez o mercado acompanhará alguns movimentos decorrentes das sanções, mas é uma situação muito delicada neste momento para prever como isso afetará o mercado de M&A.

Em relação ao setor de renováveis, uma forte transição energética na Europa significa também um maior interesse global em fontes alternativas de energia, incluindo em relação ao Brasil, ainda que o portfolio de investimento tenha uma tendência de crescimento e diversificação mais ampla (global).

TTR: Como o Cescon Barrieu lidou com a crise em termos de assessoria aos clientes e quais oportunidades o escritório identificou na situação atual do país?

Como mencionado acima, o último ano registrou um recorde em transações de M&A e nosso time esteve bastante ocupado em todas as áreas. IPO e transações de captação de dívida criaram muitas oportunidades e um intenso fluxo de projetos, assim como deals no contexto de liquidez de certas companhias, taxa de câmbio favorável (com a depreciação do Real) e, à época, a baixa taxa de juros (que agora está subindo novamente, mudando este cenário).

TTR: Quais serão os principais desafios do Cescon Barrieu em termos de transações de M&A no Brasil durante 2022?

Nossos maiores desafios serão superar as incertezas criadas pelo cenário político-eleitoral de 2022 e explorar setores mais resilientes e que continuem a oferecer oportunidades e movimentos de mercado. Continuaremos com foco em soluções criativas, com um forte, consolidado e confiável time pronto para novos projetos e representar nossos clientes em transações em todos os cenários e diferentes contextos.

Dealmaker Q&A

Content available in English and Spanish (scroll down)

TTR Dealmaker Q&A with AON M&A and Private Equity Regional Leader LATAM Felipe Junqueira

AON

Felipe Junqueira

Felipe is our M&A and Transaction Solutions Leader in Latin America. He holds degres in law, accounting and business administration and has a post-graduate degree in project management from Ibmec Business School. He has extensive experience and comprehensive knowledge in the M&A and Private Equity arenas, covering activities in the financial and legal areas with a background in advisory and consultancy work focused on mergers and acquisitions and corporate finance, and experience in accounting, financial, risk and insurance due diligence for transactions.
He has experience in the oil and gas industry, logistics, infrastructure and retail, among other sectors. He is based in São Paulo and speaks Spanish, native Portuguese and is fluent in English.


TTR: How would you describe the current situation of the players in the M&A market in Latin America with the current global political and economic situation in this 1Q22? 

The Quarter showed considerable growth in terms of transaction numbers compared to the same period last year, with a relevant decrease in total value. In general terms, we still experience a considerable level of uncertainty arising from the challenges in the global productive chain, also reflecting the worst moment of the pandemic and the global political uncertainty, which caused a general increase in global prices. A clearer vision in relation to the directions for ending the war is seen as an important factor. Finally, we highlight other local factors, such as political changes in some countries and elections in others, which are always issues closely monitored by investors. 

TTR: What are the most relevant drivers for consolidating the M&A market in Brazil, Mexico, Colombia, Chile, Peru and Argentina this year?

Decrease in political uncertainty and the adoption of clearer rules for the business environment, especially in those more regulated sectors, that despite of its evolution in recent years, continue to be important factors for the consolidation of the Transactional market in the region. At the same time, we understand that the adoption of more cautious practices in the assessment of target companies and better management and transfer of transactional risks can greatly contribute to the decision-making process, whether transferring undisclosed liability risks, contingent liabilities, political, environmental risks, among others. 

TTR: In which sectors might international investors find the biggest opportunities in Latam? Why? 

We understand that the financial sector in general and technology will continue to present great opportunities in the region. The financial sector continues in the process of transformation and the technology sector (which permeates all other industries) tends to be reinforced with the increase in demand for services and products by companies, aiming to generate more and more operational efficiencies and encompass more markets. From a M&A standpoint, we expect a movement of companies seeking efficiencies in different ways with a view to improving access to inputs, in addition to a verticalization movement in some specific sectors. 

We also emphasize that Infrastructure, Engineering and Energy sectors also join this trend, due to the restrained demand and low historical investment in most countries, added to the gradual change in the energy matrix. 

TTR: How will the conflict between Russia and Ukraine impact the energy sector, and what does this mean for M&A market in Latin America? 

We see Europe experiencing a more delicate moment in relation to the availability of energy, in addition to a fluctuation in the value of oil. Due to the globalized economy, Latin America is also impacted by the change in the price of commodities, as well as other regions. The movement to change the energy matrix (if high oil prices persist) versus the still existing importance of oil and relevant opportunities in the Oil and Gas sector existing in the region should be considered by investors. 

TTR: What will Aon main challenges be in terms of M&A deals in the region in the next months? 

We have been undertaking a very strong work of spreading the services and products related to M&A and Transaction Solutions at Aon aiming to increasingly develop the local transaction market in order to make it more attractive, with solutions that already exist and are widely used in more mature markets, always seeking to adapt them to the reality of the region and of each specific country. 

Our solutions in risks, insurance, benefits, people, Intellectual property have proved to be key tools for making more conscious and assertive decisions in the search for the best business conditions. Our main objective is to deliver to our clients in the region the most complete insights and solutions, to make the best decisions when it comes to investing, buying or selling. 


Spanish version


AON

Felipe Junqueira

Felipe es el líder de M&A and Transaction Solutions de Aon en América Latina.  Licenciado en derecho, contabilidad y administración de empresas y tiene un posgrado en gestión de proyectos por Ibmec Business School. Cuenta con una amplia experiencia y conocimiento en los campos de M&A y Private Equity, abarcando actividades en las áreas financiera y legal con una trayectoria en trabajos de asesoría y consultoría enfocada en fusiones y adquisiciones, finanzas corporativas, y experiencia en due diligence contable, financiero y de riesgos y seguros para transacciones.
Felipe cuenta con experiencia en la industria de petróleo y gas, logística, infraestructura, retail, entre otros sectores. 


TTR: ¿Cómo describe la situación actual de los players del mercado M&A en América Latina con la actual coyuntura política y económica global en este primer trimestre del año? 

El trimestre mostró un crecimiento relevante en términos del número de transacciones en comparación con el mismo período del año anterior, con una disminución importante en el valor total. En términos generales, aún experimentamos un nivel considerable de incertidumbre derivada de algunos factores, especialmente relacionados a los desafíos generales en la cadena productiva global, reflejando también el peor momento de la pandemia, así como la incertidumbre política, que provocó un aumento generalizado de precios a nivel global. Finalmente, destacamos otros factores locales, como los cambios políticos en algunos países y las elecciones en otros, que siempre son temas seguidos de cerca por los inversionistas. 

TTR: ¿Cuáles serán los drivers más relevantes para la consolidación del mercado M&A para países clave de la región como Brasil, México, Colombia, Chile, Perú y Argentina en 2022? 

La disminución de la incertidumbre política y la adopción de reglas más claras para hacer negocios, en especial en los sectores más regulados, la cual a pesar de haber evolucionado bastante en los últimos años, continúa siendo un factor importante para la consolidación del mercado transaccional en la región. Al mismo tiempo, entendemos que la adopción de prácticas más cautelosas en la evaluación de las empresas objetivo y una mejor gestión y transferencia de los riesgos transaccionales pueden contribuir en gran medida a la consolidación del mercado de M&A, ya sea transfiriendo riesgos de pasivos ocultos, pasivos contingentes, riesgos políticos, ambientales, entre otros. 

TTR: ¿Cuáles serían los sectores que podrían ofrecer las mayores oportunidades en Latinoamérica a los inversores internacionales en 2022 y por qué? 

Entendemos que el sector financiero en general y el tecnológico seguirán presentando grandes oportunidades en la región. El sector financiero por su lado, continúa en proceso de transformación y el sector tecnológico, que permea todas las demás industrias, tiende a reforzarse con el aumento de la demanda de servicios y productos por parte de las empresas, con el objetivo de generar cada vez más eficiencias operativas y abarcar más mercados. Desde el punto de vista de M&A, esperamos un movimiento en empresas que buscan eficiencias de diferentes formas con miras a mejorar el acceso a insumos, además de un movimiento de verticalización en algunos sectores específicos. 

Destacamos también que los sectores de Infraestructura, Ingeniería y Energía también se suman a esta tendencia, debido a la demanda contenida y la baja inversión histórica en la mayoría de los países, sumado al cambio paulatino de la matriz energética. 

TTR: ¿Cómo afectará el conflicto entre Rusia y Ucrania al sector energético y qué significa esta coyuntura para el mercado de fusiones y adquisiciones en América Latina? 

Vemos a Europa viviendo un momento crítico con relación a la disponibilidad de energía, además de una fluctuación en el valor del petróleo. Debido a la economía globalizada, América Latina también se ve afectada por el cambio en el precio de los commodities, al igual que otras regiones del mundo. Así, los inversionistas deberán considerar una posible modificación en la composición de la matriz energética, si persisten los altos precios del petróleo, de frente a la relevancia que aún tiene el petróleo y las oportunidades relevantes en el sector de petróleo y gas existentes en la región. 

TTR: ¿Cuáles serán los principales retos para Aon en términos de transacciones de M&A en la región para los próximos meses? 

Venimos realizando un trabajo muy fuerte en la difusión de los servicios y productos relacionados con M&A y Transaction Solutions en Aon con el objetivo de desarrollar cada vez más el mercado transaccional local y hacerlo más atractivo, a través de soluciones que ya existen y son ampliamente utilizadas en mercados más maduros, buscando siempre adaptarlos a la realidad de la región y de cada país en particular. 

Nuestras soluciones en riesgos, seguros, beneficios, personas, Propiedad Intelectual y Cyber han demostrado ser herramientas clave para tomar decisiones más conscientes y asertivas en la búsqueda de las mejores condiciones de negocio. Nuestro principal objetivo es llevar a nuestros clientes de la región la información y soluciones más completas, para la toma de las mejores decisiones a la hora de invertir, comprar o vender.

Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Fevereiro 2022

Volume de Fusões e Aquisições registra crescimento de 26% no primeiro bimestre de 2022

  • No primeiro bimestre  foram registradas 354 transações e um total de BRL 52,5bi
  • Empresas norte-americanas aumentaram em 18% suas aquisições no mercado brasileiro
  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com  72 transações
  • Fundos de Venture Capital investem BRL 5,8bi no período

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 354 transações e movimentou BRL 52,5bi no primeiro bimestre, de acordo com o relatório mensal do Transactional Track Record em colaboração com o Intralinks.

Esses números representam um aumento de 26% no número de transações em relação ao mesmo período de 2021. Do total das transações, 46% possuem os valores revelados e 73% das operações já estão concluídas.

Em fevereiro, 152 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, e um valor total de BRL 29,3bi.

Operações do mercado transacional de fevereiro de 2021 a fevereiro de 2022
Fonte: Transactional Track Record.

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 72 transações, representando uma diminuição de 19% em relação ao mesmo período de 2021. Em segundo lugar está o setor de Business & Professional Support Services, com 61 transações. 

Âmbito Cross-Border

No primeiro bimestre de  2022, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com seis transações e um total de BRL 238,12m, seguido pela Colômbia e Argentina, com duas operações cada.

Os Estados Unidos e o Reino Unido, com 44 e oito transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil. 

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram um aumento de 18% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet aumentaram em 65%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma dimibuição de 33% até fevereiro.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 16 transações e um total de BRL 3,0bi no período, registrando uma queda de 38% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2021.

No âmbito do  Venture Capital, foram realizadas 105 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 5,8bi, o que resulta um aumento de 17% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 27 transações e um total de BRL 11,9bi até fevereiro, representando um crescimento de 42% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR em fevereiro de 2022, foi a conclusão da fusão entre o Grupo Hapvida e a Notre Dame Intermédica. O valor da operação é de aproximadamente BRL 50,5bi.

A operação contou com a assessoria jurídica dos escritórios Pinheiro Neto Advogados; Madrona Advogados; Souza, Mello e Torres; Lefosse Advogados; e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados. Do lado financeiro, a transação foi assessorada pelo Banco BTG Pactual; Banco Itaú BBA; Banco J.P. Morgan Brasil; Citi Brasil; KPMG Brasil, a qual realizou uma auditoria; Apsis Consultoria e Avaliações, realizou um relatório de avaliação; e a XP Investimentos, responsável pelo fairness opinion.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica dos dois primeiros meses de 2022 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é reportada pelo número de transações e pelo valor total.

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações, lidera o Banco Itaú BBA, com sete operações. Em valor, lidera o Olimpia Partners e Vinci Partners, contabilizando um total de BRL 15,5bi, cada.     

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2022 lidera o escritório Bronstein Zilberberg Chueiri & Potenza Advogados, com 27 operações. Em valor, lidera o Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados contabilizando um total de BRL 9,9bi.

Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Janeiro 2022

Volume de Fusões e Aquisições registra crescimento de 61% no primeiro mês de 2022

  • Em janeiro de 2022, foram registradas 176 transações eum total de BRL 22,4bi
  • A empresas norte-americanas realizam 27 aquisições em janeiro, aumento de 107%
  • Fundos de Venture Capital investem BRL 4,1bi em janeiro de 2022

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 176 transações e movimentou BRL 22,4bi em janeiro, de acordo com o relatório mensal do Transactional Track Record em colaboração com o Intralinks e o TozziniFreire Advogados.

Operações do mercado transacional de janeiro de 2021 a janeiro de 2022
Fonte: Transactional Track Record.

Esses números representam um aumento de 61% no número de transações em relação ao mesmo período de 2021. Do total das transações, 42% possuem os valores revelados e 73% das operações já estão concluídas.

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo em janeiro, com um total de 38 transação, representando um aumento de 3% em relação ao mesmo período de 2021. Em segundo lugar está o setor de Business & Professional Support Services, com 37 transações. 

Âmbito Cross-Border

Em janeiro de 2022, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com três transações e um total de BRL 22,83m, seguido por Israel e Reino Unido, registrando uma operação cada.

Os Estados Unidos e a Argentina, com 27 e seis transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil. 

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram um aumento de 107% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet aumentaram em 100%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve um aumento de 50% em janeiro de 2022.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas nove transações e um total de BRL 1,4bi em janeiro, registrando uma diminuição de 43% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2021.

No âmbito do  Venture Capital, foram realizadas 48 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 4,1bi, o que resulta um aumento de 41% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 12 transações e um total de BRL 8,1bi em janeiro, representando um crescimento de 20% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR em janeiro de 2022 foi a conclusão da aquisição da CCG Participações (Centro Clínico Gaúcho) pela Notre Dame Intermédica, através de sua subsidiária BCBF Participações. O valor da transação é de BRL 1,0bi.

A operação contou com a assessoria jurídica dos escritórios Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados; e Barbosa, Raimundo, Gontijo, Câmara & Zanotta. Do lado financeiro, a transação foi assessorada pelo Banco BTG Pactual; e Setter.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica em janeiro de 2022 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais,  por número de transações e pelo valor total.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2022 lidera o escritório Bronstein Zilberberg Chueiri & Potenza Advogados, com 16 transações. Em valor, lidera o Spinelli Advogados contabilizando um total de BRL 3,0bi.