Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Maio 2022

Em 2022 volume de Fusões e Aquisições acumula crescimento de  de 8% até maio

  • Até maio foram registradas 930 transações
  • Mercado de Fusões e Aquisições movimenta BRL 131,1bi
  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 171 transações
  • Empresas norte-americanas aumentaram em 19% suas aquisições no mercado brasileiro

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 930 transações e movimentou BRL 131,1bi até maio, de acordo com o relatório mensal do Transactional Track Record em colaboração com o Intralinks.

Esses números representam um aumento de 8% no número de transações em relação ao mesmo período de 2021. Do total das transações, 46% possuem os valores revelados e 76% das operações já estão concluídas.

Em maio, 144 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, e um valor total de BRL 22,5bi.

Operações do mercado transacional de maio de 2021 a maio de 2022
Fonte: Transactional Track Record.

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 171 transações, representando uma diminuição de 40% em relação ao mesmo período de 2021. Em segundo lugar está o setor de Industry-Specific Software, com 148 transações. 

Âmbito Cross-Border

Até maio de  2022, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com 15  transações e um total de BRL 3,4bi, seguido pela Colômbia com oito operações.

Os Estados Unidos e o Reino Unido, com 104 e 20 transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil. 

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram um aumento de 19% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet aumentaram em 28%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma diminuição de 16% até maio.

Entrevista com Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados

Elie J. Sherique, sócio especialista em direito societário, Fusões e Aquisições domésticas e cross-border, e Guilherme Bueno Malouf, sócio especialista em Fusões e Aquisições, investimentos de private equity e constituição de fundos de investimento estruturados, conversaram com o TTR para esta edição, e analisaram os fatores mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil, em 2022: “O pós-pandemia, os aspectos macroeconômicos e as eleições presidenciais no fim do ano trazem desafios para as empresas locais bem como impactam nas decisões de investimento. Em razão de tais fatores, a atividade no mercado de fusões e aquisições tem sido bastante intensa neste início de ano e movimentos de consolidação vêm sendo percebidos em diversos setores da economia. A disponibilidade de capital de certas companhias abertas, que nos últimos meses captaram recursos através do mercado de capitais, o valor menos alavancado de avaliação de empresas de certos setores da economia e a necessidade de recursos para realização de investimentos para aquelas empresas que não acessaram o mercado de capitais e/ou receberam investimentos nos últimos anos, são fatores essenciais para impulsionar a consolidação no mercado de M&A. Temos visto que os setores de varejo, saúde, tecnologia e energia tem se destacado neste movimento de consolidação.”

Para entrevista completa, clique aqui

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 39 transações e um total de BRL 10,1bi no período, registrando uma queda de 31% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2021.

No âmbito do  Venture Capital, foram realizadas 299 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 14,2bi, o que resulta um aumento de 17% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 85 transações e um total de BRL 33,6bi até maio, representando um crescimento de 6% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR em maio de 2022, foi a conclusão da fusão da Eve Air Mobility com a Zanite Acquisition. O valor da transação é de USD 512m.

A operação contou com a assessoria jurídica dos escritórios Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados;  White & Case; Lefosse Advogados; Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom; e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados. Do lado financeiro, a transação foi assessorada pelo Banco Bradesco BBI e Banco Itaú BBA.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até maio de 2022 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total.

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações e em valor, lidera o Banco BTG Pactual, com 32 operações e um total de BRL 39,4bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2022 lidera o escritório Bronstein Zilberberg Chueiri & Potenza Advogados, com 50 operações. Em valor, lidera o BMA – Barbosa Müssnich Aragão contabilizando um total de BRL 35,7bi.

Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Abril 2022

Mercado de Fusões e Aquisições brasileiro movimenta BRL 104,9bi no primeiro quadrimestre de 2022

  • No primeiro quadrimestre foram registradas 761 transações
  • Volume de Fusões e Aquisições registra crescimento de 16%
  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 144 transações
  • Empresas norte-americanas aumentaram em 25% suas aquisições no mercado brasileiro

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 761 transações e movimentou BRL 104,9bi no primeiro quadrimestre, de acordo com o relatório mensal do Transactional Track Record em colaboração com o Intralinks.

Esses números representam um aumento de 16% no número de transações em relação ao mesmo período de 2021. Do total das transações, 46% possuem os valores revelados e 76% das operações já estão concluídas.

Em abril, 161 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, e um valor total de BRL 38,4bi.

Operações do mercado transacional de abril de 2021 a abril de 2022
Fonte: Transactional Track Record.

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 144 transações, representando uma diminuição de 33% em relação ao mesmo período de 2021. Em segundo lugar está o setor de Industry-Specific Software, com 124 transações. 

Âmbito Cross-Border

No primeiro quadrimestre de  2022, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com 12  transações e um total de BRL 1,1bi, seguido pela Colômbia com oito operações.

Os Estados Unidos e a Alemanha, com 85 e 16 transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil. 

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram um aumento de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet aumentaram em 38%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma diminuição de 35% até abril.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 27 transações e um total de BRL 4,8bi no período, registrando uma queda de 42% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2021.

No âmbito do  Venture Capital, foram realizadas 239 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 10,8bi, o que resulta um aumento de 25% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 71 transações e um total de BRL 24,4bi até abril, representando um crescimento de 9% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR em abril de 2022, foi a conclusão da venda da Oxiteno pela Ultrapar Participações para a Indorama Ventures. O valor da transação é de USD 1,3bi.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei brasileira dos escritórios Stocche Forbes Advogados; BMA – Barbosa Müssnich Aragão;  Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados; Do lado financeiro, a transação foi assessorada pelo Bank of America; Torre Deutsche Bank; e PwC.

Entrevista com Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados

Elie J. Sherique, sócio especialista em direito societário, Fusões e Aquisições domésticas e cross-border, e Guilherme Bueno Malouf, sócio especialista em Fusões e Aquisições, investimentos de private equity e constituição de fundos de investimento estruturados, conversaram com o TTR para esta edição, e analisaram quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil: “Entendemos que o mercado de energia vem gerando boas oportunidades de negócio no mercado de M&A pois diversas empresas do setor vêm investindo em matrizes renováveis e desenvolvimento de novas formas de geração de energia (sem contar o movimento de transição energética).

O agronegócio brasileiro merece destaque em razão da alta necessidade mundial por tais commodities no pós-pandemia, bem como pelo valor atual do câmbio que maximiza o retorno das empresas do setor nas exportações. Acreditamos que o setor de tecnologia se manterá como um dos setores mais ativos, atraindo atenção de investidores estratégicos e financeiros. Por fim, apostamos também no setor de saúde, em várias de suas vertentes (clínicas e hospitais, farmacêutico, healthtech). Esse setor se mostrou aquecido em 2021 e segue com tendência de forte movimentação.”

Para entrevista completa, clique aqui

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica do primeiro quadrimestre de 2022 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total.

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações e em valor, lidera o Banco BTG Pactual, com 22 operações e um total de BRL 31,6bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2022 lidera o escritório Bronstein Zilberberg Chueiri & Potenza Advogados, com 45 operações. Em valor, lidera o BMA – Barbosa Müssnich Aragão contabilizando um total de BRL 26,2bi.

Dealmaker Q&A

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TTR Dealmaker Q&A with Machado Meyer Advogados Partners Elie J. Sherique and Guilherme Bueno Malouf

Machado Meyer Advogados

Elie J. Sherique

Sherique is a specialist in corporate law, national and cross-border mergers and acquisitions, private equity operations, capital markets, and corporate governance, besides joint ventures, corporate reorganizations, international investments, structured operations, business transactions, financial products and operations involving publicly-held companies. He has previous experience in operations concerning several sectors, in particular, automotive, banking, construction, electronics, energy, pharmaceutical, real estate, mining, oil and gas, financial services, general services, technology, telecommunications, and retail. Is part of the Latin American & Iberian Desk of Machado Meyer, assisting some of the main Spanish and Latin American investors in Brazil.

Guilherme Bueno Malouf

Expert in M&A transactions, private equity investments, organization of structured investment funds, especially Equity Investment Funds (FIP), Real Estate Investment Funds (FII), and Credit Rights Investment Funds (FIDC). Malouf has extensive experience in the food and beverage, steel, cement, real estate, energy, services, technology, and retail. In addition to serving as head of our M&A practice, Malouf is also a member of the Asian Desk of our firm.


TTR: ¿What are your main conclusions for the M&A market in 2022?

The 2021 was an exceptional year to M&A transactions carried out in Brazil and we expect the market to remain warm for at least the next few months. We can relate this expectation to some factors, among them: the fact that in 2021 many companies capitalized themselves through IPOs and follow-ons with the objective of financing acquisitions in line with their expansion plans and the “unlocking” of the pipeline of ongoing operations that had been frozen because of the pandemic. We have been very active in operations in the technology, energy, financial services, healthcare and agribusiness sectors. We believe that in 2022 we will still see the effects of such trends, despite the turmoil arising from a very polarized election year and an external scenario with wars and rising interest rates in the US. In particular, we believe that the aforementioned sectors, especially technology and healthcare, will continue to be very strong and attract interest from strategic players and financial sponsors.

TTR: What are the most relevant drivers for consolidating the M&A market in Brazil, in 2022?

The post-pandemic, macroeconomic aspects and the presidential elections at the end of the year bring challenges for local companies as well as impact on investment decisions. Due to these factors, activity in the mergers and acquisitions market has been quite intense at the beginning of the year and consolidation movements have been noticed in several sectors of the economy. The availability of capital from certain publicly-held companies that in recent months have raised funds through the capital market, the less leveraged valuation value of companies in certain sectors of the economy and the need for funds to carry out investments for those companies that have not accessed the market of capital and/or received investments in recent years, are essential factors to drive consolidation in the M&A market. We have seen that the retail, health, technology and energy sectors have stood out in this consolidation movement.

TTR: In which sectors might international investors find the biggest opportunities in Brazil? Why?

We understand that the energy market has been generating good business opportunities in the M&A market, as several companies in the sector have been investing in renewable matrices and developing new forms of energy generation (not to mention the energy transition movement). Brazilian agribusiness deserves to be highlighted due to the high global need for such commodities in the post-pandemic period, as well as the current exchange rate value that maximizes the return of companies in the sector on exports. We believe that the technology sector will remain one of the most active sectors, attracting the attention of strategic and financial investors. Finally, we also bet on the health sector, in several of its aspects (clinics and hospitals, pharmaceuticals, healthtech). This sector proved to be heated in 2021 and continues with a strong trend.

TTR: Machado Meyer ha sido uno de los asesores líderes en operaciones de energías renovables en Brasil, ¿Cuáles serán las perspectivas de este sector en el mediano y largo plazo?   

We have been working quite often for companies in the renewables sector, both on the buying and selling side. In recent months we have represented local players and foreign investors who have shown a lot of interest in renewable energy matrix projects. As Brazil has a favorable regulatory environment and a very advantageous geographic capacity, we believe that the renewable energy sector will remain very active and heated in the medium and long term.

TTR: How will the conflict between Russia and Ukraine impact the energy sector, and what does this mean for M&A market?

The conflict between Russia and Ukraine has unleashed an unprecedented impact on gas supplies to Europe. The dependence of several European countries on this energy source was evident. This scenario has made the discussions regarding the need to implement the energy transition to cleaner and renewable energy sources to gain strength, which in a way can even help the flow of operations in Brazil. On the other hand, wartime generates greater conservatism on the part of investors, who may choose to “play safe” and postpone expansion plans. The increase in US interest rates may intensify this scenario.

TTR:  How has Machado Meyer handled the crisis in terms of advising clients and what opportunities has the company identified through the current situation in the country?

In recent years Machado Meyer has been consolidating its leadership position in the execution of M&A transactions, both in terms of the number of transactions carried out as well as the volume of transactions handled by the firm’s partners. In recent years, the firm has worked on a large number of multi-billion M&A transactions. In 2021, we were the leading firm in Latin America in terms of the number of operations carried out in M&A, capital markets and debt issuance transactions. We understand that our experience in relevant M&A transactions, combined with our relevant client base and the level of seniority of the partners working in M&A transactions, has made Machado Meyer’s M&A practice have had an exceptional performance in recent times of crisis.

In times of crisis, like the current one, we always try to put ourselves in the position of our customers and help them navigate the (more or less strangled) processes they were going through. Such assistance even includes the adoption of more flexible billing arrangements. In terms of opportunity, we understand that the resilience of agribusiness and the attractive price of our assets (especially after the devaluation of the real) represent important attractions for investors and times explored in the investor market.

TTR: What will Machado Meyer main challenges be in terms of M&A deals in Brazil during 2022?

Surely the biggest challenge we will have in 2022 will be the presidential elections in October. Historically, presidential elections in Brazil end up generating uncertainty and distrust of certain investors regarding the continuity of regulatory, economic and political agendas. In any case, our M&A team is very confident that despite the current political scenario, we have enough subsidies to support our clients in order to carry out M&A transactions with confidence and security even in adverse political and electoral conditions.


Portuguese version


Machado Meyer Advogados

Elie J. Sherique

Especialista em direito societário, fusões e aquisições domésticas e cross-border, operações de private equity, mercado de capitais, governança corporativa, além de joint ventures, reorganizações societárias, investimentos estrangeiros, operações estruturadas, transações comerciais, produtos financeiros e operações envolvendo companhias de capital aberto. Tem experiência em operações envolvendo diversos setores, principalmente automotivo, bancário, construção, eletroeletrônico, energia, farmacêutico, imobiliário, mineração, petróleo e gás, serviços financeiros, serviços em geral, tecnologia, telecomunicações e varejo.

É membro do Latin American & Iberian Desk do Machado Meyer, assistindo a alguns dos principais investidores espanhóis e latino-americanos no Brasil.

Guilherme Bueno Malouf

Especialista em operações de M&A, investimentos de private equity e constituição de fundos de investimento estruturados, principalmente Fundos de Investimento em Participações (FIP), Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Malouf tem ampla experiência nos segmentos de alimentos e bebidas, cimento, serviços de segurança, imobiliário, energia, serviços, tecnologia e varejo. Além de atuar como head da nossa área de M&A, Malouf também é membro do Asian Desk do nosso escritório.


TTR: Quais são suas principais conclusões para o mercado de M&A no 2022?

O ano de 2021 foi um ano excepcional em termos de operações de M&A realizadas no Brasil e temos a expectativa que o mercado se mantenha aquecido pelo menos pelos próximos meses. Podemos relacionar tal expectativa a alguns fatores, dentre eles: o fato de que em 2021 muitas empresas se capitalizaram por meio de IPOs e follow-ons com o objetivo de financiar aquisições em consonância com seus planos de expansão e o “destravamento” do pipeline de operações em curso e que haviam sigo congeladas por conta da pandemia. Temos estado bastante ativos em operações nos setores de tecnologia, energia, serviços financeiros, saúde e agronegócio. Acreditamos que em 2022 ainda observaremos os efeitos de tais tendências, em que pesem as turbulências advindas de um ano eleitoral muito polarizado e um cenário externo com guerras e elevação dos juros nos EUA. Em particular, acreditamos que os setores acima mencionados, especialmente tecnologia e saúde, seguirão muito forte e atraindo interesse de players estratégicos e de financial sponsors.

TTR: Quais são os fatores mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil, em 2022?

O pós-pandemia, os aspectos macroeconômicos e as eleições presidenciais no fim do ano trazem desafios para as empresas locais bem como impactam nas decisões de investimento. Em razão de tais fatores, a atividade no mercado de fusões e aquisições tem sido bastante intensa neste início de ano e movimentos de consolidação vêm sendo percebidos em diversos setores da economia. A disponibilidade de capital de certas companhias abertas, que nos últimos meses captaram recursos através do mercado de capitais, o valor menos alavancado de avaliação de empresas de certos setores da economia e a necessidade de recursos para realização de investimentos para aquelas empresas que não acessaram o mercado de capitais e/ou receberam investimentos nos últimos anos, são fatores essenciais para impulsionar a consolidação no mercado de M&A. Temos visto que os setores de varejo, saúde, tecnologia e energia tem se destacado neste movimento de consolidação.

TTR: Em quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil? Por quê?

Entendemos que o mercado de energia vem gerando boas oportunidades de negócio no mercado de M&A pois diversas empresas do setor vêm investindo em matrizes renováveis e desenvolvimento de novas formas de geração de energia (sem contar o movimento de transição energética). O agronegócio brasileiro merece destaque em razão da alta necessidade mundial por tais commodities no pós-pandemia, bem como pelo valor atual do câmbio que maximiza o retorno das empresas do setor nas exportações. Acreditamos que o setor de tecnologia se manterá como um dos setores mais ativos, atraindo atenção de investidores estratégicos e financeiros. Por fim, apostamos também no setor de saúde, em várias de suas vertentes (clínicas e hospitais, farmacêutico, healthtech). Esse setor se mostrou aquecido em 2021 e segue com tendência de forte movimentação.

TTR: Machado Meyer é um dos principais assessores em operações de energia renovável no Brasil. Quais são as perspectivas desse setor no médio e longo prazo?

Temos atuado com bastante frequência para empresas do setor de renováveis, seja na ponta compradora bem como na ponta vendedora. Nos últimos meses temos representado players locais e investidores estrangeiros que têm mostrado bastante interesse nos projetos de matrizes de energia renovável. Em razão do Brasil possuir um ambiente regulatório favorável e uma capacidade geográfica bastante vantajosa, entendemos que o setor de energia renovável seguirá bastante ativo e aquecido no médio e longo prazo.

TTR: Como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia afetará o setor de energia, e o que isso significa para o mercado de fusões e aquisições?

O conflito entre Rússia e Ucrânia desencadeou um impacto sem precedentes no fornecimento de gás para a Europa. Ficou evidente a dependência de diversos países europeus a esta fonte de energia. Tal cenário fez com que as discussões relativas à necessidade de se implementar a transição energética para formas de energias mais limpas e renováveis ganhassem força, o que de certa forma pode até ajudar o fluxo de operações no Brasil. Por outro lado, tempos de guerra geram maior conservadorismo por parte de investidores, que podem optar por “play safe” e postergar planos de expansão. O aumento de juros norte-americanos pode intensificar esse cenário.

TTR: Como o Machado Meyer lidou com a crise em termos de assessoria aos clientes e quais oportunidades o escritório identificou na situação atual do país?

Nos últimos anos o Machado Meyer vem consolidando sua posição de liderança na execução de operações de M&A seja pela quantidade de operações realizadas bem como pelo volume das operações trabalhadas pelos sócios do escritório. Nos últimos exercícios, o escritório trabalhou em um grande número de operações de M&A multibilionárias. Em 2021, fomos o escritório líder da América Latina em quantidade de operações realizadas em M&A, mercado de capitais e transações de emissão de dívida. Entendemos que nossa experiência em operações relevantes de M&A, aliada à nossa relevante base de clientes e o nível de senioridade dos sócios que atuam em operações de M&A, fez com que a prática de M&A do Machado Meyer tivesse tido um excepcional desempenho nestes últimos tempos de crise.

Em tempos de crise, como o atual, tentamos sempre nos colocar na posição de nossos clientes e ajudá-los e navegar pelos processos (mais ou menos estrangulados) por que passavam. Tal auxílio inclui, inclusive,  a adoção de arranjos de cobrança mais flexíveis. Em termos de oportunidade, entendemos que a resiliência de nosso agronegócio e o preço atrativo de nossos ativos (especialmente após a desvalorização do real) representam atrativos importantes para investidores e tempos ao explorado junto ao mercado investidor.  

TTR: Quais serão os principais desafios do Machado Meyer em termos de transações de M&A no Brasil durante 2022?

Seguramente o maior desafio que teremos em 2022 serão as eleições presidenciais no mês de outubro. Historicamente, eleições presidenciais no Brasil acabam por gerar incertezas e desconfiança de certos investidores quanto à continuidade de pautas regulatórias, econômicas e políticas. De toda forma, nossa equipe de M&A está bastante confiante que apesar do cenário político atual, temos bastante subsídios para apoiar nossos clientes de forma que realizem transações de M&A com confiança e segurança mesmo em condições político-eleitorais adversas.

Dealmaker Q&A

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TTR Dealmaker Q&A with Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados Partner Eduardo Lanna

Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados

Eduardo Lanna

Eduardo Lanna is a partner in the areas of Mergers and Acquisitions, Corporate Law and Governance and Private Equity.​
He has extensive experience in advising foreign and national clients in local and cross border merger and acquisitions, assets sale, joint ventures, corporate restructurings, inbound and outbound investments, and other transactions involving a variety of economy sectors.
Eduardo has a recognized experience in the energy sector, whether in private or public / tender offer transactions. He provides legal assistance to public and private companies in relation to corporate and governance matters.


TTR: ¿What are your main conclusions for the M&A market in 1Q22?

A still very busy market, in which the tech sector stands out (IT services, software and telecom), in addition to health and power. Private equity funds remain highly active (investments and divestments alike), we have also followed and advised on the consolidation of large strategic players, and the venture capital market keeps growing stronger. Deal rankings show an increase in transaction volume, which reflects our perception that the first quarter of 2022 has still followed the heated market of 2021.

Macroeconomic and political factors, in addition to the pandemic outcomes, have showed they could play a more relevant role throughout the year.

TTR: What are the most relevant drivers for consolidating the M&A market in Brazil, in 2022?

In an election year, political factors and uncertainties arising in that process will probably impact to some degree the investment decision-making process and the formation of market behavior (including, on one end of the spectrum, a race to complete deals sooner rather than closer to the election and, on the other end, the strategy to postpone). Privatization deals should be more impacted, or even suspended, given that those are the most exposed and dependent on political factors.

Nevertheless, we think some sectors, such as the renewable energy industry, will remain attractive and keep providing satisfactory returns, irrespective of the election process and outcome.

At the same time, Brazil presents a more mature and resilient market, available capital for investment (following the IPO and follow-on wave in the last years), a favorable currency exchange for foreign investors, and good opportunities still resulting from structural changes triggered by the pandemics – all these factors are likely to remain relevant for the market year-round.

TTR: In which sectors might international investors find the biggest opportunities in Brazil? Why?

The M&A market in 2021 was extremely active and we still expect that business to continue in 2022.

The tech sector, of which we highlight fintechs and healthtechs, will remain heated, with good investment and consolidation opportunities, either by already strong players in the industry, investment funds or venture capital investors. The energy market shows continuing strength and a rising tendency, considering the existing investment opportunities, the search for a renewable matrix, development of generation technology (wind, solar, biomass and green hydrogen), the ongoing energy transition, and its important role for many companies with ESG commitments.

The health sector also shows continuous opportunities and a rising tendency. We have followed and advised on large transactions and expect the consolidation trend to continue.

Lastly, the agribusiness and infrastructure sectors (including public lighting privatization, sanitation, airports and roadways) will probably keep attracting large investors in a heated market, despite the natural turbulence of an election year.

TTR: Cescon Barrieu is one of the leading advisors on renewable energy deals in Brazil. What are the perspective of this sector in the mid- and long-term? 

The renewable sector continues to be a fast growing market and plays an important role in the Brazilian energy matrix. Brazil has an important and privileged geographic advantage for renewable projects – wind, solar, biomass – and is also developing the regulations for offshore wind plants and for green hydrogen. It is a consolidated sector with a strong and consistent regulatory environment which requires major investments and creates opportunities in the mid and long term. We have been acting for local players and international private equity funds, both on the buy- and sell-side, and we believe that this market will continue to grow and develop in the near future and in the long-run.

Our power team, which combines our M&A and regulatory expertise, is working on several important transactions in this sector involving all areas – distribution companies, transmission deals, development and acquisition of generation farms, studies for offshore wind projects, distributed generation small scale project and self-production structures.

TTR: How will the conflict between Russia and Ukraine impact the energy sector, and what does this mean for M&A market?

The conflict creates a major impact for the gas supply in Europe, shedding light on that continent’s dependence on Russian fossil fuels. This has notably rekindled the public debate on the need for a quicker energy transition (which, of course, is greatly associated with the renewable energy industry), not only from a climate and ESG perspective but also from a geopolitical and commercial standpoint.

Specifically for the M&A market, we noted that many investors, banks, local and international firms have ceased or suspended deals and negotiations which involve Russian assets or controlled companies. There may be some movements arising from the sanctions, but it is a very delicate situation right now to predict how this will affect the M&A market.

With regard to the renewables sector, a stronger energy transition in Europe means an overall greater global interest in alternative energy sources, including in respect of Brazil, even if the investment portfolio tends to grow larger and more diverse worldwide.

TTR:  How has Cescon Barrieu handled the crisis in terms of advising clients and what opportunities has the company identified through the current situation in the country?

As mentioned above, last year saw a record in M&A transactions and our team was very busy in almost all areas. IPO and debt transactions created a lot of opportunities and an intense flow of projects, as well as deals in the context of liquidity of certain companies, currency exchange rate (Real depreciation) and the then lower base interest rate (which is now raising again and changing this scenario).

As a full service law firm, we have invested in our team, hired and promoted new partners and developed new areas of practice focusing on our goals of having a diverse team committed to achieving the best results for our clients in all kinds of transactions.

TTR: What will Cescon Barrieu main challenges be in terms of M&A deals in Brazil during 2022?

Our main challenges will be to overcome the uncertainties created by the 2022 election, and explore sectors which are more resilient and which continue to offer opportunities and market movements. We will continue to focus on creative solutions, a strong and reliable team ready to work and represent our clients in transactions/projects in all sectors and contexts.


Portuguese version


Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados

Eduardo Lanna

Eduardo Lanna é sócio na área de Fusões e Aquisições, Societário, Private Equity e Governança Corporativa no Cescon Barrieu.
Possui ampla experiência na assessoria a clientes nacionais e estrangeiros em transações locais e cross border de fusões, aquisições, venda de ativos, joint ventures, reestrurações societárias, investimentos inbound e outbond, além de outras operações envolvendo diversos setores da economia. 
Eduardo possui destacada atuação no setor de energia, seja em transações privadas ou ofertas públicas. Representa companhias abertas e fechadas em questões societárias e de governança corporativa.

Áreas de atuação:
– Societário e Governança Corporativa
– Fusões e Aquisições
– Governança Corporativa
– Private Equity


TTR: Quais são suas principais conclusões para o mercado de M&A no primeiro trimestre de 2022?

Notamos um mercado ainda bem aquecido, com setor de tecnologia (IT services, software e telecom) se destacando, além de saúde e energia. Os fundos de private equity estão bem ativos (tanto investimentos quanto desinvestimentos), também acompanhamos e atuamos na consolidação de grandes players estratégicos, e o mercado de venture capital continua se fortalecendo. Os rankings mostram um aumento de operações e nos parece que o 1Q2022 ainda seguiu o forte movimento do 4Q2021.

As questões macroeconômicas e políticas, além de impactos da pandemia, já indicaram que podem ter efeito mais relevante no curso do ano.

TTR: Quais são os fatores mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil, em 2022?

Por ser um ano eleitoral, os fatores políticos e as incertezas geradas no curso desse processo provavelmente impactarão de alguma forma as decisões de investimento e movimentos no mercado de M&A, seja uma corrida para lançar e concluir os processos antes da eleição ou sua postergação. As operações decorrentes de privatizações devem sofrer maior impacto, ou até mesmo suspensão, já que são mais expostas e dependentes de fatores políticos.

Não obstante, acreditamos que alguns setores, como o de energia renovável, continuarão em alta e apresentando boas oportunidades de retorno, independentemente da eleição presidencial.

Ao mesmo tempo, temos um mercado mais maduro e resiliente, disponibilidade de capital para investimento (decorrente da onda de IPOs e follow-ons nos últimos anos), um câmbio favorável para investidores estrangeiros e boas oportunidades ainda decorrentes dos reflexos estruturais gerados pela pandemia, que continuarão como fatores relevantes para o mercado de M&A esse ano.

TTR: Em quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil? Por quê?

O mercado de M&A em 2021 foi extremamente movimentado e esperamos que o movimento continue em 2022.

O setor de tecnologia, com destaque para as fintechs e healthtechs, continuará em alta com boas oportunidades de investimento e consolidação, seja por grandes players do setor, fundos e venture capital. O mercado de energia também se mostra forte e com tendência de alta considerando as oportunidades de investimento, busca por uma matriz renovável, desenvolvimento de tecnologias de geração (eólica, solar, biomassa e hidrogênio verde), transição energética e seu importante papel no compromisso ESG das companhias de uma forma geral.

O setor de saúde também continua com boas oportunidades e com tendência de alta. Acompanhamos grandes transações no setor e é provável que essa consolidação continue.

Por fim, o setor de agronegócios e infraestrutura (privatizações de iluminação pública, saneamento, novas concessões de aeroportos e rodovias) devem continuar atraindo grandes investidores com um mercado movimentado, apesar de toda a turbulência política do ano eleitoral.

TTR: Cescon Barrieu é um dos principais assessores em operações de energia renovável no Brasil. Quais são as perspectivas desse setor no médio e longo prazo?

O setor de renováveis continua sendo um mercado de crescimento acelerado e desempenha um papel importante na matriz energética Brasileira. O Brasil tem uma importante e privilegiada vantagem geográfica para os projetos de renováveis – eólicas, solares, biomassa – e está desenvolvendo uma regulação específica para plantas eólicas offshore e o hidrogênio verde. É um setor consolidado com forte e consistente ambiente regulatório que necessita de grandes investimentos, criando oportunidades no médio e longo prazo. Temos atuado para grandes players locais e fundos internacionais de private equity, na ponta vendedora e compradora, e acreditamos que esse mercado continuará a crescer e se desenvolvedor no futuro próximo e também em um horizonte de médio e longo prazo.

TTR: Como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia afetará o setor de energia, e o que isso significa para o mercado de fusões e aquisições?

O conflito criou um relevante impacto para o fornecimento de gás na Europa, expondo a dependência desse continente nos combustíveis fósseis de origem russa. Isso reacendeu o debate da necessidade de uma transição energética mais rápida (bastante associada com a indústria de energia renovável), não somente de uma perspectiva climática e de ESG, mas também de um ponto de vista geopolítico e comercial.

Especialmente para o mercado de M&A, notamos que muitos investidores, bancos, companhias locais e estrangeiras interromperam ou suspenderam transações e negociações que envolvem ativos ou companhias com controle russo. Talvez o mercado acompanhará alguns movimentos decorrentes das sanções, mas é uma situação muito delicada neste momento para prever como isso afetará o mercado de M&A.

Em relação ao setor de renováveis, uma forte transição energética na Europa significa também um maior interesse global em fontes alternativas de energia, incluindo em relação ao Brasil, ainda que o portfolio de investimento tenha uma tendência de crescimento e diversificação mais ampla (global).

TTR: Como o Cescon Barrieu lidou com a crise em termos de assessoria aos clientes e quais oportunidades o escritório identificou na situação atual do país?

Como mencionado acima, o último ano registrou um recorde em transações de M&A e nosso time esteve bastante ocupado em todas as áreas. IPO e transações de captação de dívida criaram muitas oportunidades e um intenso fluxo de projetos, assim como deals no contexto de liquidez de certas companhias, taxa de câmbio favorável (com a depreciação do Real) e, à época, a baixa taxa de juros (que agora está subindo novamente, mudando este cenário).

TTR: Quais serão os principais desafios do Cescon Barrieu em termos de transações de M&A no Brasil durante 2022?

Nossos maiores desafios serão superar as incertezas criadas pelo cenário político-eleitoral de 2022 e explorar setores mais resilientes e que continuem a oferecer oportunidades e movimentos de mercado. Continuaremos com foco em soluções criativas, com um forte, consolidado e confiável time pronto para novos projetos e representar nossos clientes em transações em todos os cenários e diferentes contextos.

Dealmaker Q&A

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TTR Dealmaker Q&A with AON M&A and Private Equity Regional Leader LATAM Felipe Junqueira

AON

Felipe Junqueira

Felipe is our M&A and Transaction Solutions Leader in Latin America. He holds degres in law, accounting and business administration and has a post-graduate degree in project management from Ibmec Business School. He has extensive experience and comprehensive knowledge in the M&A and Private Equity arenas, covering activities in the financial and legal areas with a background in advisory and consultancy work focused on mergers and acquisitions and corporate finance, and experience in accounting, financial, risk and insurance due diligence for transactions.
He has experience in the oil and gas industry, logistics, infrastructure and retail, among other sectors. He is based in São Paulo and speaks Spanish, native Portuguese and is fluent in English.


TTR: How would you describe the current situation of the players in the M&A market in Latin America with the current global political and economic situation in this 1Q22? 

The Quarter showed considerable growth in terms of transaction numbers compared to the same period last year, with a relevant decrease in total value. In general terms, we still experience a considerable level of uncertainty arising from the challenges in the global productive chain, also reflecting the worst moment of the pandemic and the global political uncertainty, which caused a general increase in global prices. A clearer vision in relation to the directions for ending the war is seen as an important factor. Finally, we highlight other local factors, such as political changes in some countries and elections in others, which are always issues closely monitored by investors. 

TTR: What are the most relevant drivers for consolidating the M&A market in Brazil, Mexico, Colombia, Chile, Peru and Argentina this year?

Decrease in political uncertainty and the adoption of clearer rules for the business environment, especially in those more regulated sectors, that despite of its evolution in recent years, continue to be important factors for the consolidation of the Transactional market in the region. At the same time, we understand that the adoption of more cautious practices in the assessment of target companies and better management and transfer of transactional risks can greatly contribute to the decision-making process, whether transferring undisclosed liability risks, contingent liabilities, political, environmental risks, among others. 

TTR: In which sectors might international investors find the biggest opportunities in Latam? Why? 

We understand that the financial sector in general and technology will continue to present great opportunities in the region. The financial sector continues in the process of transformation and the technology sector (which permeates all other industries) tends to be reinforced with the increase in demand for services and products by companies, aiming to generate more and more operational efficiencies and encompass more markets. From a M&A standpoint, we expect a movement of companies seeking efficiencies in different ways with a view to improving access to inputs, in addition to a verticalization movement in some specific sectors. 

We also emphasize that Infrastructure, Engineering and Energy sectors also join this trend, due to the restrained demand and low historical investment in most countries, added to the gradual change in the energy matrix. 

TTR: How will the conflict between Russia and Ukraine impact the energy sector, and what does this mean for M&A market in Latin America? 

We see Europe experiencing a more delicate moment in relation to the availability of energy, in addition to a fluctuation in the value of oil. Due to the globalized economy, Latin America is also impacted by the change in the price of commodities, as well as other regions. The movement to change the energy matrix (if high oil prices persist) versus the still existing importance of oil and relevant opportunities in the Oil and Gas sector existing in the region should be considered by investors. 

TTR: What will Aon main challenges be in terms of M&A deals in the region in the next months? 

We have been undertaking a very strong work of spreading the services and products related to M&A and Transaction Solutions at Aon aiming to increasingly develop the local transaction market in order to make it more attractive, with solutions that already exist and are widely used in more mature markets, always seeking to adapt them to the reality of the region and of each specific country. 

Our solutions in risks, insurance, benefits, people, Intellectual property have proved to be key tools for making more conscious and assertive decisions in the search for the best business conditions. Our main objective is to deliver to our clients in the region the most complete insights and solutions, to make the best decisions when it comes to investing, buying or selling. 


Spanish version


AON

Felipe Junqueira

Felipe es el líder de M&A and Transaction Solutions de Aon en América Latina.  Licenciado en derecho, contabilidad y administración de empresas y tiene un posgrado en gestión de proyectos por Ibmec Business School. Cuenta con una amplia experiencia y conocimiento en los campos de M&A y Private Equity, abarcando actividades en las áreas financiera y legal con una trayectoria en trabajos de asesoría y consultoría enfocada en fusiones y adquisiciones, finanzas corporativas, y experiencia en due diligence contable, financiero y de riesgos y seguros para transacciones.
Felipe cuenta con experiencia en la industria de petróleo y gas, logística, infraestructura, retail, entre otros sectores. 


TTR: ¿Cómo describe la situación actual de los players del mercado M&A en América Latina con la actual coyuntura política y económica global en este primer trimestre del año? 

El trimestre mostró un crecimiento relevante en términos del número de transacciones en comparación con el mismo período del año anterior, con una disminución importante en el valor total. En términos generales, aún experimentamos un nivel considerable de incertidumbre derivada de algunos factores, especialmente relacionados a los desafíos generales en la cadena productiva global, reflejando también el peor momento de la pandemia, así como la incertidumbre política, que provocó un aumento generalizado de precios a nivel global. Finalmente, destacamos otros factores locales, como los cambios políticos en algunos países y las elecciones en otros, que siempre son temas seguidos de cerca por los inversionistas. 

TTR: ¿Cuáles serán los drivers más relevantes para la consolidación del mercado M&A para países clave de la región como Brasil, México, Colombia, Chile, Perú y Argentina en 2022? 

La disminución de la incertidumbre política y la adopción de reglas más claras para hacer negocios, en especial en los sectores más regulados, la cual a pesar de haber evolucionado bastante en los últimos años, continúa siendo un factor importante para la consolidación del mercado transaccional en la región. Al mismo tiempo, entendemos que la adopción de prácticas más cautelosas en la evaluación de las empresas objetivo y una mejor gestión y transferencia de los riesgos transaccionales pueden contribuir en gran medida a la consolidación del mercado de M&A, ya sea transfiriendo riesgos de pasivos ocultos, pasivos contingentes, riesgos políticos, ambientales, entre otros. 

TTR: ¿Cuáles serían los sectores que podrían ofrecer las mayores oportunidades en Latinoamérica a los inversores internacionales en 2022 y por qué? 

Entendemos que el sector financiero en general y el tecnológico seguirán presentando grandes oportunidades en la región. El sector financiero por su lado, continúa en proceso de transformación y el sector tecnológico, que permea todas las demás industrias, tiende a reforzarse con el aumento de la demanda de servicios y productos por parte de las empresas, con el objetivo de generar cada vez más eficiencias operativas y abarcar más mercados. Desde el punto de vista de M&A, esperamos un movimiento en empresas que buscan eficiencias de diferentes formas con miras a mejorar el acceso a insumos, además de un movimiento de verticalización en algunos sectores específicos. 

Destacamos también que los sectores de Infraestructura, Ingeniería y Energía también se suman a esta tendencia, debido a la demanda contenida y la baja inversión histórica en la mayoría de los países, sumado al cambio paulatino de la matriz energética. 

TTR: ¿Cómo afectará el conflicto entre Rusia y Ucrania al sector energético y qué significa esta coyuntura para el mercado de fusiones y adquisiciones en América Latina? 

Vemos a Europa viviendo un momento crítico con relación a la disponibilidad de energía, además de una fluctuación en el valor del petróleo. Debido a la economía globalizada, América Latina también se ve afectada por el cambio en el precio de los commodities, al igual que otras regiones del mundo. Así, los inversionistas deberán considerar una posible modificación en la composición de la matriz energética, si persisten los altos precios del petróleo, de frente a la relevancia que aún tiene el petróleo y las oportunidades relevantes en el sector de petróleo y gas existentes en la región. 

TTR: ¿Cuáles serán los principales retos para Aon en términos de transacciones de M&A en la región para los próximos meses? 

Venimos realizando un trabajo muy fuerte en la difusión de los servicios y productos relacionados con M&A y Transaction Solutions en Aon con el objetivo de desarrollar cada vez más el mercado transaccional local y hacerlo más atractivo, a través de soluciones que ya existen y son ampliamente utilizadas en mercados más maduros, buscando siempre adaptarlos a la realidad de la región y de cada país en particular. 

Nuestras soluciones en riesgos, seguros, beneficios, personas, Propiedad Intelectual y Cyber han demostrado ser herramientas clave para tomar decisiones más conscientes y asertivas en la búsqueda de las mejores condiciones de negocio. Nuestro principal objetivo es llevar a nuestros clientes de la región la información y soluciones más completas, para la toma de las mejores decisiones a la hora de invertir, comprar o vender.