Dealmaker Q&A

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TTR Dealmaker Q&A with Mattos Filho Partner Moacir Zilbovicius

Mattos Filho

Moacir Zilbovicius

Moacir’s practice focuses on M&A transactions and general corporate matters, with particular emphasis on publicly-held companies. He represents domestic and foreign business conglomerates from different economic sectors. Moacir previously served as the head of the legal department of the Brazilian Securities Commission (CVM), and worked as a foreign associate at Cleary, Gottlieb, Steen & Hamilton’s New York office. He is also a member of the Advisory Board of Fundação Antonio e Helena Zerrener (co-controlling shareholders of Ambev).


TTR Data: What is your assessment of the M&A market for the year 2024?

I would say that we had an average year. It wasn’t great, but it wasn’t that bad either. This response is closely linked to the political and economic scenario both domestically and internationally. We have a divided country, a lack of government positioning regarding the fulfillment of fiscal targets, high interest rates to control inflation and clear signs of recovery and stabilization in the American economy. Our team is involved in various relevant M&A transactions, but the pace is different since the environment is less favorable.



TTR Data: Are there any areas that stand out?

Definitely. The energy sector is very active. Brazil has one of the cleanest energy matrices in the world, with approximately 80% of its energy coming from renewable sources. There is a lot of foreign interest in this area. Additionally, the infrastructure in this sector is significant, with a government commitment to invest 35 billion dollars in energy generation and transmission by 2026. Besides the energy sector, the tech area continues to attract interest as it is inherent to global technological advancement.

TTR Data: How do you see the participation of Private Equity Funds in 2024?

With great caution. There are local funds that have already raised resources and are moving forward with certain consolidations in some sectors. However, the volume has certainly decreased, and foreign funds are also in a wait-and-see mode. I read an interview a few days ago with a well-known manager of an American private equity fund that has investments in Brazil. He clearly stated that Brazil is off the radar for foreign investors. We resist accepting this statement, but unfortunately, there are countries better positioned; he is not entirely wrong.

TTR Data: What are the challenges for 2025?
Our firm is prepared for longer winters, both in terms of our entire service platform and our M&A team. I don’t believe, unless the government gives clear indication that it will respect fiscal targets (and as a consequence interest rates will decrease) that the year 2025 will change much compared to 2024. We are paying attention and well positioned to opportunities such as and investments made by special situations funds. We are also involved in several restructurings which often culminate in M&A operations. 



Mattos Filho

Moacir Zilbovicius

Possui experiência em operações de fusão e aquisição (M&A) e em assuntos envolvendo direito societário, em especial de companhias abertas. Representa conglomerados domésticos e internacionais em diferentes setores da indústria. Atuou como diretor jurídico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e como advogado internacional do escritório Cleary, Gottlieb, Steen & Hamilton (EUA). É membro do Conselho Consultivo da Fundação Antonio e Helena Zerrener (co-controladora da Ambev).


TTR Data: Qual é a sua avaliação do mercado de M&A para o ano de 2024?

Eu diria que tivemos um ano regular. Não foi ótimo, mas também não foi tão ruim assim. Esta resposta está intimamente ligada ao cenário político econômico do País e às condições externas – temos um País dividido, falta o posicionamento do governo acerca do cumprimento das metas fiscais, os juros permanecem altos para controlar a inflação e a economia americana deu sinais claros de recuperação e estabilização. Nosso time de M&A está envolvido em várias operações relevantes, o que se percebe é que o ritmo não é o mesmo diante desse quadro menos favorável. 

TTR Data: Algumas áreas que podem ser destacadas? 

Com certeza. O setor de energia está muito ativo. O Brasil tem uma das matrizes de energia mais limpas do mundo, com aproximadamente 80% de sua energia advinda de energia renovável. Há muito interesse estrangeiro nessa área. E a infraestrutura nesse setor também – há um compromisso do governo de investimento de 35 bilhões de dólares na geração e transmissão de energia até 2026.  Além do setor de energia, destacamos a área de tech, que continua a atrair interesse, pois é inerente ao avanço tecnológico mundial.  

TTR Data: Como você enxerga a participação dos Fundos de Private Equity em 2024? 

Com muita cautela. Há fundos locais que já captaram recursos e estão dando andamento a determinadas consolidações em alguns setores. Mas o volume certamente diminuiu, e o os fundos estrangeiros também estão em compasso de espera. Li, alguns dias atrás, uma entrevista de um conhecido gestor de um fundo de private equity americano que tem investimentos no Brasil. Ele fala claramente que o Brasil está fora do foco do investidor estrangeiro. Nós resistimos em aceitar essa afirmação, mas infelizmente há Países mais bem posicionados, ele não está totalmente equivocado.  

Quais são os desafios para 2025?

O nosso escritório está preparado para invernos mais longos. Tanto em relação ao atendimento dos clientes nas mais diversas áreas, como em relação ao nosso time de M&A.  A não ser que o governo dê sinais claros de que a meta fiscal será cumprida (e consequentemente os juros poderão cair), não acredito que o ano de 2025 irá mudar muito em relação a 2024. Estamos atentos e bem-posicionados em relação a oportunidades, cabendo citar assessoria em investimentos feitos pelos fundos de special situations e processos de reestruturação, que, por muitas vezes, culminam em operações de M&A. 

Dealmaker Q&A

TTR Dealmaker Q&A com a Laura Affonso, Sócia do Lefosse

Lefosse

Laura Affonso

Laura é sócia da prática de Societário e M&A do Lefosse.
Possui sólida experiência em direito societário com foco em fusões & aquisições, joint ventures, mercado de capitais, investimentos de private equity, venture capital e reorganizações societárias. Antes de integrar a equipe do Lefosse, foi responsável pelas áreas de fusões e aquisições, mercado de capitais e societário da JBS. Foi ainda general counsel da UHG Brasil.
Graduou-se em Direito pela USP (Universidade de São Paulo) e possui LL.M. pela New York University School of Law. Laura trabalhou no escritório Greenberg Traurig LLP em Nova Iorque.


TTR Data: Em meio a um panorama de incertezas nos investimentos, em que fazer avaliações se tornou complexo e em que o financiamento ficou mais caro: qual o equilíbrio que o Lefosse faz nos segmentos de M&A, Private Capital e Venture Capital no Brasil?

Nos últimos meses, o mercado de M&A tem dado sinais de retomada, com transações de valores relevantes em vários setores da economia, tais como infraestrutura, óleo e gás e serviços financeiros. Transações cross border também têm aumentado, com um maior interesse de estrangeiros no país, em decorrência, dentre outros fatores, do início da queda da taxa de juros nos Estados Unidos. 

Os fundos de private equity ainda encontram desafios para fazer desinvestimentos via mercado de capitais, o que aumenta a possibilidade de saídas via transações de M&A. Há também uma expectativa de que os fundos de private equity voltem a atuar, pois estão muito capitalizados, mas isso ainda irá depender da melhora de fatores macroeconômicos no Brasil e nos Estados Unidos. 

Já o mercado de venture capital tem sofrido com a pressão de gestoras por retorno rápido, o que faz com que investimentos em startups mais maduras sejam priorizados. Com isso, startups têm lançado mão de alternativas para se financiar, como fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) e debt financing (financiamento via emissão de dívida).

TTR Data: Quais os principais e mais recentes desafios regulatórios que o escritório tem enfrentado no mercado de M&A no Brasil?

Setores regulados ainda encontram dificuldades decorrentes de gargalos para aprovações regulatórias, o que impacta custo e cronograma de transações. Há dificuldade para a aprovação de transações em agências regulatórias, que sofrem com restrições orçamentárias, greves e pouco pessoal. 

Por outro lado, as recentes reformas na regulamentação cambial já geram alguma simplificação em transações, tais como em relação a registro de capital estrangeiro e câmbio. As novas fases da reforma cambial, em relação a registro de investimento estrangeiro em bolsa, por exemplo, que ainda está em discussão e deve entrar em vigor no próximo ano, devem trazer benefícios adicionais e podem auxiliar a atração de investimentos.

TTR Data: O Brasil concentrou aproximadamente 60% de todas as transações de M&A anunciadas na América Latina nos últimos anos. Quais são os drivers mais relevantes para continuar a consolidar o mercado brasileiro na América Latina no curto e médio prazo?

Investimentos em infraestrutura estão em expansão. O Brasil tem investido na melhoria de suas redes de transporte para facilitar o escoamento de produtos agrícolas e industriais. As concessões e parcerias público-privadas (PPPs) são instrumentos chave para isso, apresentando oportunidades para M&A, à medida que empresas buscam consolidar e expandir suas operações logísticas. A modernização dos portos aumenta a capacidade de exportação e é um foco para investimentos, especialmente em regiões como o Sudeste e o Nordeste, que são estratégicas para o comércio exterior. Além disso, a aprovação do novo marco regulatório do saneamento básico em 2020 abriu o setor para mais investimentos privados, aumentando consideravelmente as oportunidades de M&A neste segmento. Empresas estrangeiras estão especialmente interessadas em entrar no mercado brasileiro através de aquisições no setor. 

Já no setor de fintechs e meios de pagamento, ainda há bastante oportunidade de consolidação, seja pelo custo de compliance de se manter uma empresa regulada (que é diluído em um grande player), seja em relação a novos produtos. Isso é resultado do amadurecimento do mercado, depois do boom vivenciado na última década. No olhar do regulador, tais consolidações acabam diminuindo o risco sistêmico, já que empresas que podem ter dificuldade de se sustentarem sozinhas são absorvidas por grupos mais estruturados e estáveis.

TTR Data: O setor de tecnologia, assim como o setor financeiro, têm sido os dois mais ativos no mercado transacional brasileiro em número de transações em 2024. Como uma das empresas líderes no setor na área de M&A, qual o papel do mercado de tecnologia para impulsionar os investimentos no mercado de M&A no Brasil? Que outros setores parecem altamente financiáveis neste momento?

O setor de tecnologia é fundamental para o crescimento de operações de M&A no Brasil. Ele tem sido impulsionado pela rápida digitalização que a pandemia acelerou, aumentando a demanda por soluções tecnológicas, além da crescente adoção de inteligência artificial. O ecossistema de startups, especialmente em fintechs, healthtechs, edtechs e agrotechs, tem atraído investidores internacionais interessados em inovações escaláveis. O país também tem se beneficiado de investimentos diretos de empresas globais de tecnologia, que fortalecem aquisições locais. 

No setor financeiro, fintechs lideram a inovação por conta da modernização regulatória recente. Além disso, o setor de saúde e biotecnologia tem crescido significativamente com a demanda por telemedicina e novos produtos farmacêuticos. No agronegócio, a tecnologia agrícola vem melhorando a eficiência, enquanto o foco em energias renováveis torna o Brasil atrativo para investimentos sustentáveis. Infraestrutura e construção seguem sendo promissoras, com a necessidade de modernização do país, e o e-commerce em expansão também gera oportunidades em logística e consolidações.

TTR Data: Acompanhando o segmento de Private Equity e Venture Capital, como evoluirá essa indústria no Brasil e quais as perspectivas para os próximos meses?

Há sinais de que a fase de maior retração de private equity está finalmente passando e de que um processo progressivo de recuperação está em curso, com uma expectativa de retomada do crescimento, impulsionada pela redução das taxas de juros nos EUA e por teses de investimento mais associadas a movimentos disruptivos e estruturais em larga escala, como a transição da matriz energética, sustentabilidade e inteligência artificial. No Brasil, o mercado de private equity no próximo ano ainda se caracterizará por um ambiente de cautela estratégica, com oportunidades em setores de alta tecnologia e impacto social. O mercado de venture capital global segue desafiador do ponto de vista de volume de investimentos, mas também tem dado sinais de melhora. Para investidores no setor, isso pode representar boas oportunidades de negócios, uma vez que há muitas startups disputando poucos cheques. 

TTR Data: Quais serão os principais desafios do Lefosse no Brasil em 2025 no mercado transacional?

O mercado transacional tem dado sinais de melhora. Nossa expectativa é de que 2025 seja um ano bastante movimentado em M&As tanto de companhias fechadas, com mais investidores estratégicos do que financeiros, quanto companhias abertas. Deals de valores significativos deverão continuar a ocorrer, em especial nas áreas de tecnologia, serviços financeiros e saúde. Setores como infraestrutura, energia e saúde devem continuar atraentes devido à sua resiliência e potencial de crescimento.

Dealmaker Q&A

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TTR Dealmaker Q&A with Auriga Global Investors Head of Financial Services Diego García de la Peña

Auriga Global Investors

Diego García de la Peña

Head of Hedging Consulting for Private Equity, infrastructure, real estate, family offices and corporate funds, as well as Head of Debt Alternative Investments for corporates at Auriga. In both activities, the objective is to provide solutions for the capital structure of companies and help them and their sponsors to develop their business plans.

Previously, he worked as Structured Solutions Sales for Financial Sponsors at European level, as well as for Spanish corporates at Unicredit Bank, London (2007-2011). Previously, he was Director of Interest Rate Hedging Sales for the Network and Corporates at Cajamadrid and Corporate Treasury Sales at Banesto.


TTR Data: In the midst of an uncertain landscape for investors, where valuations have become complex and financing has become more expensive: What is Auriga’s assessment for the first half of 2024 in the M&A, Private Equity and Venture Capital segments?

The first half of 2024 has confirmed the trend seen during 2023 in the M&A and Private Equity segment of an increased scarcity of deals. The reasons for this are several: on the one hand, the slowdown in divestments in various segments has generated a slowdown in the capital available to invest, on the other hand, the increase in financing costs has made deal structuring more expensive so buyers have been more selective in analyzing and executing deals. Finally, after a period of bonanza of transactions until the middle of 2022, the increase in price for investors has led to a price adjustment in the multiples and in the offers that sellers until now were not willing to accept, a situation that we are seeing being adjusted in the second half of 2024.

TTR Data: In which sectors of the M&A market are you advising more this year and why?

We have seen companies and sponsors focused on optimizing the portfolio, so what we have had is acceleration of build-up plans and more accelerated consolidation of sectors rather than pure new deals. This has meant that there have been many financing add-ons with the obligation of additional hedging and in many cases, operations involving the purchase of competitors, even of the same size as the company that was buying.

In terms of sectors, the health sector continues to be tremendously active, especially in technical products and devices for health and welfare, the chemical sector and in our case also the agri-food sector and food compounds or derivatives.

TTR Data: How has the cost analysis of Sponsors and companies changed to deal with inflation risks arising from commodities, rents, energy and other sectors?

As we have said the increase in financing costs, the slowdown in new business and the dramatic increase in inflation and operating costs has caused teams to focus more on optimizing those costs and trying to contain them.

This has meant that we have also been focused on optimizing inflation costs linked to rents, hedging inflation-linked revenues, hedging raw material costs, as well as freight and transportation costs.

TTR Data: What transactions would you highlight from those you have closed recently?

We are proud to have once again advised Ingesport on the hedging of the new financing obtained this year.

We are also advising a company in the pharmaceutical sector on the analysis and execution of its entire currency hedging strategy.

Finally, we have advised on a large refinancing, in which we managed to align both the banks and the sponsor’s decision-making bodies to partially close a hedge taking advantage of a good market moment.

TTR Data: What are your outlook and challenges for the coming months as advisors specializing in Hedging Consulting and Funding Optimization?

The outlook for the coming months is for an increase in operations, which we are already experiencing considerably in the last month.

As for the challenges, in such a volatile environment in terms of interest rates, currencies and commodities, the challenge is to find the right strategies at the right time to make hedges that really stabilize the financial costs of clients at acceptable levels for their income statements.


Spanish version


Auriga Global Investors

Diego García de la Peña

Responsable de Consultoría de Coberturas a fondos de Private Equity, infraestructuras, inmobiliarios, family offices y empresas, así como responsable de Inversiones Alternativas en Deuda para corporates en Auriga. En ambas actividades, el objetivo es proveer soluciones para la estructura de capital de las empresas y ayudar a las mismas, así como a los sponsors a desarrollar sus planes de negocio.

Anteriormente, trabajó como Structured Solutions Sales para Sponsors Financieros a nivel europeo, así como para corporates españoles en Unicredit Bank, London (2007-2011). Previamente, fue director del departamento de Ventas de coberturas de tipos de interés para la Red y Empresas en Cajamadrid y Corporate Treasury Sales en Banesto.


TTR Data: En medio de un panorama de incertidumbre para los inversores, en el que realizar valoraciones se ha vuelto complejo y en el que la financiación se ha encarecido: ¿Cuál es el balance que hace Auriga para el primer semestre de 2024 en los segmentos de M&A, Capital Privado y Venture Capital?

 El primer semestre del 2024 ha confirmado la tendencia que se vio durante 2023 en el segmento de M&A y Capital Privado, de una mayor escasez de operaciones. Las razones para esto son varias: por un lado, la ralentización de las desinversiones en diversos segmentos ha generado una ralentización del capital disponible para invertir, por otro, el incremento de los costes de financiación ha hecho que la estructuración de las operaciones se encarezca por lo que los compradores han sido más selectivos en el análisis y ejecución de las operaciones. Por último, tras un período de bonanza de operaciones hasta mitad del 2022, el encarecimiento de las mismas para los inversores ha comportado un ajuste de precios en los múltiplos y en las ofertas que los vendedores hasta ahora no estaban dispuestos a aceptar, situación que estamos viendo que se está ajustando en esta segunda mitad de 2024.

TTR Data: ¿En qué sectores del mercado de M&A estáis asesorando más este año y cuál es el motivo?

Hemos visto a las compañías y a los sponsors centrados en optimizar el portfolio, con lo cual lo que hemos tenido es aceleración de planes de build-up y consolidación más acelerada de sectores en más cantidad que operaciones nuevas puras. Esto ha hecho que haya habido muchos add-ons de financiaciones con la obligación de coberturas adicionales y en muchos casos operaciones de compras de competidores incluso del mismo tamaño que la empresa que compraba.

En cuanto a sectores siguen estando tremendamente activos el sector sanitario, sobre todo de productos y aparatos técnicos para la sanidad y el bienestar, sector químico y en nuestro caso también agroalimentario y compuestos o derivados alimenticios.

TTR Data: ¿Cómo ha cambiado el análisis de costes de los Sponsors y las empresas para hacer frente a los riesgos de inflación derivados de las materias primas, los alquileres, la energía y otros sectores?

Como hemos dicho el aumento de los costes de financiación, la ralentización de operaciones nuevas y el incremento espectacular de la inflación y de los costes operativos ha hecho que los equipos se centren más en la optimización de dichos costes y en un intento de acotar los mismos.

Esto ha hecho que hayamos estado enfocados también en optimización de costes de inflación ligados a alquileres, aseguramiento de ingresos ligados a inflación, coberturas de costes de materias primas, así como de costes de flete y transportes.

TTR Data: ¿Qué transacciones destacarías de las que habéis cerrado recientemente?

Para nosotros ha sido un orgullo haber vuelto a asesorar a Ingesport en las coberturas de la nueva financiación obtenida este año.

Asimismo, estamos asesorando a una compañía del sector farmacéutico en el análisis y la ejecución de toda su estrategia de cobertura de divisa.

Por último, en una refinanciación grande conseguimos alinear tanto a los bancos como a los órganos de decisión del sponsor para cerrar parcialmente una cobertura aprovechando un buen momento de mercado.

TTR Data: ¿Qué perspectivas y desafíos tenéis de cara a los próximos meses como asesores especializados en Consultoría de Coberturas y Optimización de Financiación?

La perspectiva para los próximos meses es de un incremento de operaciones que ya estamos experimentando de manera considerable en el último mes.

En cuanto a los desafíos, en un entorno tan volátil tanto de tipos de interés, como de divisa, como de materias primas, el reto consiste en encontrar las estrategias adecuadas en los momentos adecuados para hacer coberturas que realmente estabilicen los costes financieros de los clientes en niveles aceptables para sus cuentas de resultados.

Dealmaker Q&A

TTR Data Dealmaker Q&A con Felipe Lopes de Faria Cervone, socio de Finocchio & Ustra

Finocchio & Ustra

Felipe Lopes de Faria Cervone

É sócio da área societária e de fusões e aquisições do Finocchio & Ustra. Formado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo, ele também possui especializações em Direito Internacional e Direito Contratual, cursadas em Haia, na Holanda. Com mais de vinte anos de experiência, atua na estruturação e negociação de operações societárias e financeira, acumulando uma sólida trajetória em M&A, joint ventures, planejamento sucessório, governança, reestruturações societárias e operações estruturadas no mercado financeiro e de capitais, assessorando clientes nacionais e internacionais. Atuou em grandes bancas de São Paulo, como o Lefosse Advogados, em Cooperação com Linklaters, e integrou a equipe de projetos estruturados do escritório Linklaters LLP.


Como você avalia o desempenho do mercado de fusões e aquisições em 2024?

Em 2024 o mercado de M&A passou por um processo de recuperação e crescimento, com o aumento no número de operações em diversos setores, demonstrando uma retomada gradual, impulsionada principalmente pelos setores de tecnologia, saúde, infraestrutura e energias renováveis. A busca por crescimento, sinergia e inovação são os principais motivadores dessas operações.

Segundo a KPMG, o Brasil registrou, no segundo trimestre de 2024, uma alta de 17% no número de transações em comparação com o mesmo período de 2023 e tudo indica a continuidade e a consolidação desse crescimento no segundo semestre de 2024, com diversos setores impulsionando o mercado.

Quais as expectativas para o mercado brasileiro de M&A em 2025?

As expectativas são otimistas, com um cenário de crescimento contínuo, especialmente em transações estratégicas, mesmo que o número total de operações não aumente significativamente. O desempenho positivo de 2024 estabelece um bom precedente, e a inteligência artificial se consolida como uma ferramenta essencial para apoiar decisões estratégicas, permitindo uma análise mais aprofundada de dados e identificação de oportunidades. Ademais, a expectativa é de que o volume de transações aumente à medida que os efeitos do início de um ciclo de redução das taxas de juros nos Estados Unidos se façam sentir no Brasil.

O setor financeiro, em particular, está passando por um momento de transformação, onde os M&A promovidos por instituições financeiras ganharão destaque. Este processo não apenas permitirá a superação de desafios enfrentados nos últimos anos, mas também abrirá portas para inovações e novos modelos de negócios. A integração com startups, por exemplo, é vista como uma estratégia vital para que bancos e grandes empresas diversifiquem suas fontes de receita e fortaleçam seus ecossistemas.

Em quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil para o próximo ano? 

Os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil no próximo ano em setores promissores como tecnologia, energias renováveis, infraestrutura, agronegócio e saúde. 

O setor de tecnologia destaca-se pela digitalização acelerada da economia, o crescimento robusto do e-commerce e a demanda crescente por soluções inovadoras. Isso torna o Brasil um ambiente fértil para startups e empresas de tecnologia que buscam expandir suas operações.

No agronegócio, o Brasil continua a ser uma potência mundial, impulsionado pela alta demanda global por alimentos e pela busca por tecnologias agrícolas mais eficientes. Investir nesse setor oferece não apenas oportunidades financeiras, mas também a chance de se envolver em práticas sustentáveis.

A infraestrutura é outro setor de grande potencial, com diversos projetos em andamento que demandam expertise em construção e engenharia. Os investimentos nesse campo são cruciais para o desenvolvimento econômico e podem resultar em retornos significativos.

O setor de saúde também merece atenção, especialmente devido ao envelhecimento da população e à crescente demanda por serviços de qualidade. Com uma necessidade crescente por inovações e melhorias, o setor de saúde apresenta um grande potencial de crescimento.

Entretanto, é fundamental que os investidores se adaptem às particularidades do mercado brasileiro e construam parcerias sólidas com empresas locais. Essa abordagem colaborativa pode maximizar o sucesso dos investimentos e facilitar a navegação em um ambiente econômico dinâmico.

Quais serão os principais desafios para o Finocchio & Ustra no Brasil nos próximos meses?

Os principais desafios do Finocchio & Ustra nos próximos meses estão relacionados à rápida evolução do mercado jurídico. A necessidade de integrar novas tecnologias, como inteligência artificial e automação de processos, exige um investimento contínuo em capacitação e atualização da equipe. Além disso, a crescente concorrência no setor impulsiona a busca por soluções inovadoras para atender às demandas dos clientes, especialmente no segmento de M&As. 

Para se manter à frente, o escritório acompanha de perto as tendências do mercado, adaptando suas estratégias e fortalecendo ainda mais seus relacionamentos com os clientes, consolidando assim sua posição de liderança.

Dealmaker Q&A

TTR Data Dealmaker Q&A con Pedro Gonçalves da Costa, socio de AON Brasil

Aon Brasil

Pedro Gonçalves da Costa

Con formación en Ingeniería Civil, Pedro  desempeña
el cargo de M&A and Transaction Solutions Leader de Aon en Brasil. Con nueve años de experiencia en el mercado de Fusiones y Adquisiciones, está especializado en la debida diligencia de riesgos y seguros, con profundo conocimiento en la transferencia de riesgos de M&A a través de soluciones de Reps y Warranties, Warranties & Indemnities, Tax y Contigent.
Su experiencia se extiende a través de diversas industrias y sectores, incluyendo Infraestructura, Petróleo y Gas, Tecnología, Manufactura, Energía Renovable, entre otros.


TTR Data: En medio de un panorama de incertidumbre inversionista, en el cual realizar valoraciones se ha vuelto complejo y en el que la financiación se ha encarecido: ¿cuál es el balance que hace Aon hasta el tercer trimestre de 2024 en los segmentos de M&A, Capital Privado y Venture Capital en América Latina?

Sin duda 2024 sigue presentando desafíos globales macroeconómicos y geopolíticos que mantienen un ambiente de incertidumbre y volatilidad. En períodos como este, inversionistas experimentados, basados en fundamentos a largo plazo, buscan analizar de forma cada vez más profunda sus acuerdos. Es importante resaltar que los datos económicos globales ayudan a la reactivación de fusiones y adquisiciones en países emergentes, acercando al inversionista y trayendo más liquidez al mercado.

TTR Data: Aon ha logrado un gran trabajo en análisis de riesgos que permiten optimizar las coberturas aseguradoras en las inversiones financieras del mercado transaccional. ¿Cuáles han sido esos riesgos más latentes para el mercado de M&A, Capital Privado y Venture Capital en el transcurso de 2024 y cuáles son las oportunidades para el corto plazo?

Trabajamos constantemente en nuevas formas de transferencia de riesgos en operaciones de M&A a fin de reducir incertidumbres y aumentar la liquidez de las negociaciones. Aprovechar el retorno potencial de las transacciones es nuestro principal objetivo.

Sin duda, abordar desafíos regionales específicos como el tributario, laboral y regulatorio da impulso a operaciones complejas de M&A en América Latina. El riesgo tributario aún persiste como uno de los más desafiantes, pero el desarrollo de Due Diligences más rigurosas trae cada vez más tranquilidad para las transacciones. Importante resaltar que, en Brasil, y siguiendo modelos ya implementados en otros países de América Latina, la reforma tributaria también traerá buenos frutos a lo largo de los próximos años. Sin embargo, habrá bastante cautela de los inversionistas en este tema, ya que el plazo de transición de la reforma es bastante largo, con expectativa de implementación solo en 2032.

TTR Data: ¿Cuáles sectores en el mercado están requiriendo de mayor asesoría por parte de Aon en 2024 y cuál es el motivo?

Históricamente, operaciones de infraestructura como carreteras, puertos, saneamiento y energía renovable siempre aparecerán  como principales, ya que requieren una evaluación bastante rigurosa en términos de transferencia de riesgos. Recientemente, operaciones de tecnología y comercio minorista también han comenzado a buscar nuestros servicios, dada una clara transformación en la cultura de seguros en América Latina, que dejó de ver al seguro como un costo y pasó a verlo como un aliado en operaciones bien estructuradas, potenciando el retorno de las transacciones de M&A. En general, todos los sectores vienen buscando nuestras soluciones de evaluación de cambios climáticos y riesgos cibernéticos para operaciones de M&A, lo que demuestra el interés cada vez mayor del inversionista en entender no solamente el modelo financiero para la definición de precio, sino la inclusión de transferencia de riesgo como parte intrínseca del éxito del negocio a largo plazo.

TTR Data: ¿Cuáles serían los países que podrían ofrecer las mayores oportunidades en América Latina a los inversionistas internacionales en los próximos meses y por qué?

Brasil lidera las operaciones de M&A en América Latina, dada su extensión continental y su matriz de negocios extremadamente diversa, como agroindustria, infraestructura, energía y tecnología. Sin embargo, Chile y México vienen colaborando de forma extremadamente positiva para el crecimiento en el número de acuerdos en la región, principalmente a través de transacciones con fondos soberanos, Private Equities y fondos de pensiones. Argentina también busca su recuperación económica, lo que puede acercar a inversionistas internacionales.

TTR Data: ¿Cuáles serán las metas y desafíos de Aon para los próximos en materia de gestión de riesgo en América Latina?

Entender de forma cada vez más profunda cómo los riesgos pueden desempeñar un papel positivo en las operaciones de nuestros clientes es sin duda nuestro mayor desafío. Estamos en el negocio de las mejores decisiones y buscamos de forma continua proporcionar la claridad y confianza a nuestros clientes con soluciones de transferencia de riesgos personalizadas, innovadoras y sostenibles para sus negocios.