Investimentos de venture capital em alta de 77,7% no ano
Venda do Almada Forum escolhida como transação de destaque do mês
O volume de fusões e aquisições no mercado transacional português somou 952 milhões de euros em julho, uma queda acentuada de 45% comparada ao mesmo período de 2017. Esse mapeamento está disponível no Relatório Transacional Mensal do Transactional Track Record (TTR), que registou 15 operações em Portugal no mês.
Desde o início do ano, foram 173 negócios registados no país, redução de 16,8% no total de operação em comparação ao mesmo intervalo de 2017. Desta, 71 transações tiveram suas informações financeiras divulgadas, revelando um valor total aportado superior a 14,9 mil milhões de euros, importância que reflete um crescimento de 77,7% face ao período homólogo do ano anterior, e que foi fortemente influenciada pela oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges sobre a EDP – Energias de Portugal em maio, avaliada em 9,1 mil milhões de euros.
O setor Imobiliário permanece como o mais ativo do mercado português. Em julho, foram sete operações, que, somadas às realizadas nos primeiros seis meses do ano, contabilizam 43 deals, leve queda de 4% sobre os números de 2017.
Destaque, porém, para o crescimento dos setores de Tecnologia, 29%, Financeiro e Seguros, 25%, e Turismo, Hotelaria, Restaurantes, 20%.
Cross-Border
Em número de operações cross-border, o mercado português soma, no ano, 68 operações inbound, em que empresas portuguesas foram adquiridas por companhias estrangeiras. Destas, 19 foram investimentos de empresas com sede em Espanha, somando 1,9 mil milhões de euros aportados pelos vizinhos ibéricos em território português. Nove destas operações tiveram como alvo o mercado imobiliário, que continua como o alvo principal das empresas estrangeiras. O subsector TecnologiaeInternet também esteve na mira do investimento internacional. O número de aquisições estrangeiras no segmento, 16 no ano, assinalou crescimento de 100%.
Em seguida, destacam-se os investimentos de empresas sediadas nos Estados Unidos, que já realizaram 11 operações em território português no ano, crescimentos de 37,5% em comparação ao ano anterior, e que acumularam um total de 834 milhões de euros.
No âmbito outbound, foram 10 aquisições de empresas portuguesas no mercado externo.
Private Equity e Venture Capital
21 operações de Venture Capital em 2018
No cenário de venture capital, 2018 segue em alta. Foram 21 operações registadas pelo TTR desde janeiro, cujos valores somaram 436,3 milhões de euros. No ano, os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos de Tecnologia, 13 operações, e Internet, seis.
Os investimentos de private equity, fecharam os primeiros sete meses de 2018 mantendo a tendência de queda, tanto em número de operações, queda de 39% para 20 transações, quanto em valores, redução de 67% no total aportado, 1,9 mil milhões de euros.
O Ranking TTR de assessores jurídicos de julho de 2018 é liderado pelo PLMJ, com 10,5 mil milhões de euros, seguido de Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, com 10 mil milhões de euros, e com SRS Advogados na terceira colocação, com 9,2 mil milhões de euros.
Na liderança do Ranking de assessores financeiros, Millennium BCP, com 9,5 mil milhões, seguido por Bank of America e Citigroup, empatados com 9,1 mil milhões de euros.
Número de operações de fusões e aquisições em queda de 19,2% no Brasil em julho
Mês fecha com 67 transações
No ano, crescimento de 7,45% no total investido, 106 bilhões de reais
Venture Capital segue em alta no país
O segundo semestre de 2018 inicia com o mercado brasileiro de fusões e aquisições em queda. Segundo o relatório mensal da Transactional Track Record (TTR), plataforma que monitora operações de fusões e aquisições no Brasil e na América Latina, realizado em parceria com LexisNexis e TozziniFreire Advogados, o número de operações registradas no mês de julho, 67, sofreu queda de 19,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 83. Os números desse mês também ficam abaixo do que foi registrado em julho de 2016, quando foram anunciadas 91 transações. Das operações anunciadas no mês, 26 tiveram seus valores revelados, somando 5,5 bilhões de reais, recuo de 57,5% em relação ao mesmo mês no ano anterior.
No ano, o TTR já registrou 567 anúncios de operações de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras, queda de 6,1% ante o mesmo período de 2017. Destas, 231 tiveram seus valores divulgados, somando 106 bilhões de reais, crescimento de 7,4% sobre os números do ano passado.
O segmento de Tecnologia continua sendo o setor com maior número de fusões e aquisições desde janeiro, com 123 operações, alta de 29% sobre o ano anterior. Na sequência, aparecem os setores Financeiro e Seguros, com 76 operações, e Saúde, Higiene e Estética, 60, alta de 19% e 11%, respectivamente. Já o segmento Distribuição e Varejo, 48 deals, apresenta retração de 31% no ano.
Operações cross-border
No âmbito cross-border inbound, em que empresas estrangeiras investiram em empresas baseadas no Brasil, foram contabilizadas 113 operações de aquisição de empresas brasileiras desde janeiro. Os Estados Unidos seguem como o principal investidor estrangeiro no mercado nacional. Desde o início de 2018, as empresas norte-americanas já realizaram 41 aquisições, acumulando o total de 4,4 bilhões de reais investidos no país. Em termos de valores aportados, o Japão aparece na sequência, totalizando mais de 3,7 bilhões de reais, seguido pela Suíça, com total investido de 3,3 bilhões de reias.
As aquisições estrangeiras nos subsetores de Tecnologia e Internet permanecem como as mais atrativas para os investidores internacionais, com crescimento de 21%, num total de 34 operações.
Já as empresas brasileiras participaram de 22 transações no mercado externo, tendo como alvo prioritário a América Latina, onde foram realizadas 12 dessas aquisições, que juntas somam 1,3 bilhões de reais aportados.
Private Equity e Venture Capital
Em 2018, o investimento estrangeiro em empresas brasileiras segue em destaque também nos cenários de private equity e venture capital. Foram contabilizadas 43 operações envolvendo investimentos de fundos estrangeiros em empresas nacionais, crescimento de 38,71% em comparação ao mesmo período de 2017.
Esses aportes estrangeiros tiveram forte influência no volume financeiro das operações de venture capital registradas pelo TTR desde janeiro. Nessa modalidade de investimentos, foram registradas 118 operações desde o início do ano, 8% acima do reportado no mesmo intervalo do ano anterior. As 74 transações que tiveram seus valores revelados somaram 2,4 bilhões de reais. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos Tecnologia, 66 operações no ano, Financeiro e Seguros, 23, Internet, 17, e Saúde, Higiene e Estética, com 10.
Em julho, entretanto, o total aportado, 493,8 milhões de reais, ficou 19% abaixo daquele resgistrado no ano anterior, enquanto o número de transações fechou o mês com crescimento de 8%, chegando a 14 operações.
Já no panorama dos investimentos de private equity, 2018 continua em baixa. No apanhado do ano, queda de 11% no total de transações registradas, 41, encerrando o período com 6,2 bilhões de reais investidos, 53% de retração na comparação com o ano anterior.
Transação TTR do Mês
A conclusão da entrada do fundo de investimentos Archy, subsidiária do GIC Special Investments (fundo soberano de Cingapura), como acionista minoritário com 25% do capital social na Algar Telecom foi eleita a transação do mês pelo TTR. O valor da operação foi de 1 bilhão de reais.
A Archy subscreveu a um aumento de capital da Algar Telecom no valor de 352 milhões de reais e adquiriu 48.370.901 ações da Algar Ventures por 648 milhões de reais.
O GIC recebeu assessoria legal na transação do Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, enquanto a Algar Telecom foi assessorada por Jones Day US (Global), Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados. A assessoria financeira foi dos bancos Bradesco BBI e BTG Pactual
Rankings Financeiros e Jurídicos
Os rankings de assessores financeiros por número de operações e valor de transações são liderados pelo Itaú BBA, que participou de 16 transações que somaram 52,1 bilhões de reais. No quesito valor, a Riza Capital aparece na segunda posição, 42,7 bilhões de reais, seguida por Morgan Stanley, com 40,4 bilhões de reais.
O líder entre os assessores jurídicos é o escritório Barbosa, Müssnich, Aragão, com 52,7 bilhões de reais, seguido por Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados, 47,9 bilhões de reais, e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com 46,8 bilhões de reais. O Ranking por número de operações é liderado pele escritório Demarest Advogados, com 29 deals assessorados.
TTR – How would you describe the performance of the Brazilian M&A market so far in 2018?
MK: Although one could say that in a year with World Cup and presidential elections the M&A market could be affected, we saw that, due to the Brazilian economy recovery (even though affected, in a very punctual way, by the truck drivers’ strike in May), the first semester has shown a very active period for M&A transactions. There has been a window for relevant acquisitions (i.e. acquisition of Fibria by Suzano, Somos by Kroton and Eletropaulo by Enel), which also enhanced the transactions involving the middle market companies. The clean energy sector (wind and solar) has also shown relevant moves, not only among Brazilian companies (i.e. Vale and CEMIG) but also foreign, specially Canadians companies. Finally, the technology sector has concentrated most of the investments in the first semester of 2018.
TTR – The Brazilian market has been heavily influenced by issues such as instability and political uncertainties, which has brought on several consequences for companies. Is it possible to recognize changes in the way Brazilian companies are dealing with internal investigations and implementation of compliance and corporate governance programs? How have these changes impacted the Brazilian M&A market?
MK: It is certain that the effects of the Car Wash operation are notorious not only in the market but also at the companies’ culture. There has been a positive evolution in the way of doing business in Brazil as well as in the companies´ internal practices and conducts. As a result of that, we have seen a relevant increase in the assistance to our clients in the implementation of compliance and corporate governance programs, trainings, risk assessments, background checks of suppliers and service providers, as well as the conduct of internal investigations with legal implications in various jurisdictions. On top of that, the Chief Compliance Officer role has been taken to a higher level in terms of relevance. It is a no return way and the M&A market, not only in Brazil but worldwide, shall help disseminating this positive trend. The authorities expect that, especially in the USA (DOJ and SEC), that the acquisitions involving historical risk markets/countries shall help uncover corruption practices and, at the same time, disseminate compliance for a larger number of companies. It is worth noting that specific due diligence on anticorruption, with analysis of the general ledgers, risk assessment and interviews with executives and key employees of the target have become a recurrent demand from our clients, especially those that, for some reason, are subject to the FCPA.
TTR – KLA has advised a series of Venture Capital operations involving fintechs in 2018, such as the investments in Volanty and Taki Payments. What are the main challenges of these operations in terms of legal advice?
MK: I believe the main challenges for the legal counsels are those related to the regulatory and operational aspects of the targets, which were identified during the due diligence. That includes the confirmation that targets are in compliance with all regulatory requirements (in terms of registrations, licenses and permits) and that they conduct their business properly, especially in relation to their employees and the taxes applicable to their operations. Also, it is important to review carefully the target´s IP rights. It is crucial that those IP rights are, in fact, owned by the targets, in order to avoid discussions and issues with former employees and third parties. In relation to the investment agreements, the main challenge is to negotiate the founders’ voting rights vis a vis the governance powers that are usually considered an essential right by the funds.
TTR – As GDPR, the General Data Protection Regulation,went into effect in the European Union, the Brazilian Congress approved the final version of the Brazilian General Data Protection Law (LGPD), which now needs to be sanctioned by the president. What impacts did GDPR have on the M&A market that can also be expected with the new legislation in Brazil? What are the risks that noncompliance with regulation can lead to in an M&A operation?
MK: The first major impact was understanding, effectively, how and in to what extent the GDPR affects the Brazilian companies. Basically, any company involved in storing, processing or sharing data of natural persons located in Europe, or that monitors their behavior (regardless of the nationality or residence) is subject to the GDPR. That is, for sure, a huge evolution in terms of protecting personal data and our LGPD is an example of that. It is also quite early to evaluate the impacts of the new regulation on the M&A market, however due diligence of companies subject to the GDPR shall include a detailed review of the target´s program for data collecting and storing, terms of use and private policy, as well as the post-acquisition shall ensure that those programs are effectively in force and are complied with in order to avoid penalties for infringements (under the GDPR, penalties range from 2% to 4% of the worldwide annual revenue or from 10 million to 20 million of Euros).
TTR – What are your expectations for the Brazilian M&A market in 2018? Which scenarios or trends can already be identified, and which sectors do you think have the greatest potential for growth by the end of the year?
MK: Even though there has been a reduction on the number of transactions in comparison with the same period in 2017, as well as a reduction on the private equity transactions, the general expectation is that the M&A in Brazil will increase in 2018.
The technology market should continue to attract most of the investments. We could also suggest that there will be a consolidation of companies subject to the GDPR and the LGPD, as a result of the opportunities that may rise for the larger companies vis a vis the smaller companies, which may not have the financial resources to adjust their operations to the new regulation.
The clean energy market (wind and solar) shall also attract some transactions not only on the short, but mid and long terms, since the Brazilian wind potential is larger than the entire electric potential already installed. According to public information, in 2017 the wind energy production increased 19% in relation to 2016 and, in relation to 2017, it has represented 7.4% of the Brazilian energy market share. Over the next years, such market share shall reach 20%. The movement may also come from Eletrobras’ notice of sale of its interest in wind projects and transmission lines in September, as well as from new PPPs that shall attract private investors.
According to PwC, we can also expect some transaction in the food industry since prices are now attractive due to the Brazilian Real devaluation vis a vis the dollar. Finally, following Notredame Intermédica’s IPO, transactions within the health and life science sectors shall also be relevant.
Segundo Melissa Kanô, o setor brasileiro de tecnologia deve continuar concentrando os investimentos, mas o setor de energia limpa também deve continuar em destaque até o fim do ano, atraindo “muitas operações ainda, tanto a curto como medio e longo prazos, já que, no mercado eólico, o nosso potencial é superior a todo o potencial elétrico já instalado”. Leia a entrevista completa abaixo:
TTR – Fazendo um balanço do primeiro semestre de 2018, como avalia a performance do mercado brasileiro de M&A até o momento?
MK: Apesar de muitos acreditarem que em um ano com Copa do Mundo e eleições presidenciais o mercado de M&A pudesse ser afetado, vimos porém que, com a retomada da estabilidade econômica no Brasil (mesmo que afetada pontualmente pela greve dos caminhoneiros em maio), o primeiro semestre em termos de performance de M&A no mercado brasileiro foi bastante ativo. Tivemos uma janela de oportunidade para grandes aquisições (ex. aquisição da Fibria pela Suzano, da Somos pela Kroton e da Eletropaulo pela Enel) que acabou fomentando o mercado em operações de médio porte também. O mercado de energia limpa (eólica e solar) também mostrou grandes movimentos, não só entre as empresas nacionais (por ex. Vale e CEMIG), mas também estrangeiras, principalmente as canadenses. Por fim, o setor de tecnologia concentrou a maior parte dos investimentos no primeiro semestre de 2018.
TTR – O mercado brasileiro tem sido muito pautado por temas como instabilidade e incertezas políticas, o que trouxe uma série de consequências para as empresas nacionais. É possível reconhecer mudanças na forma como as empresas brasileiras estão lidando com investigações internas e implementação de programas de compliance e de governança corporativa? Como essas mudanças tem impactado o mercado brasileiro de M&A?
“…vimos um aumento significativo na atuação junto aos clientes para fins de implementação de programas de compliance e de governança corporativa”
MK: Sem dúvida, os efeitos da operação Lava Jato são evidentes não só no mercado como na cultura das empresas. Houve uma evolução positiva na forma de fazer negócios e também nas condutas internas das empresas. Com isso, vimos um aumento significativo na atuação junto aos clientes para fins de implementação de programas de compliance e de governança corporativa, treinamentos, análises de risco, background checks de fornecedores e prestadores de serviço, além de realizações de investigações internas com implicações jurídicas em múltiplas jurisdições. Além disso, verificamos uma valorização praticamente mundial do cargo de Chief Compliance Officer. É um caminho sem volta e o mercado de M&A, não só no Brasil, mas mundialmente, deve ajudar a disseminar essa tendência positiva. Há uma expectativa das autoridades, principalmente nos EUA (DOJ e SEC), de que as aquisições envolvendo mercados/países historicamente de risco ajudem a desmascarar práticas ilícitas e, ao mesmo tempo, disseminar práticas de compliance para um maior número de empresas. Vale ressaltar, ainda, que o due diligence específico de anticorrupção em M&A, com análise de livros contábeis, risk assessment e entrevistas com executivos e funcionários da empresa alvo, tornou-se um serviço muito procurado por nossos clientes, especialmente aqueles que por algum motivo estejam sujeitos ao FCPA.
TTR – O KLA tem participado de uma série de operações de Venture Capital que envolveram aportes em fintechs em 2018, tal como os investimentos na Volanty e na Taki Pagamentos. Quais são os principais desafios das operações desse setor em termos de assessoria jurídica?
MK: Acredito que os principais desafios dos assessores legais estão relacionados aos aspectos regulatórios e operacionais das targets, analisados durante a auditoria legal. Isso envolve confirmar que as investidas estão cumprindo os requisitos regulatórios (em termos de registros e licenças) e que operam de forma correta, principalmente no que se refere aos seus colaboradores/empregados e aos tributos aplicáveis nas suas operações. Uma outra análise que sempre deve ser feita refere-se à propriedade intelectual das investidas; é fundamental confirmar que a propriedade intelectual seja, efetivamente, de propriedade da investida para evitar discussões com antigos colaboradores ou com terceiros. Com relação aos contratos de investimento, o maior desafio é negociar os direitos de voto dos fundadores face aos poderes de governança que normalmente são considerados fundamentais pelos fundos.
TTR – Após a entrada em vigor do Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR), o congresso brasileiro aprovou a versão final da Lei Geral de Proteção de Dados brasileira (LGPD), que agora depende da sanção presidencial para virar lei no país. Que impactos a GDPR causou no mercado de M&A que também podem ser esperados com a nova legislação no Brasil? Quais os riscos que o descumprimento da regulação pode trazer para uma operação de M&A?
MK: O primeiro grande impacto foi entender, efetivamente, como e qual a extensão dos efeitos da GDPR nas empresas brasileiras. Basicamente, qualquer empresa que armazene, processe ou compartilhe dados de pessoas naturais localizadas na Europa, ou que monitore o comportamento dessas pessoas (independentemente de nacionalidade ou residência) está sujeita à GDPR. É com certeza um grande avanço na proteção de informações individuais e a nossa LGPD é um exemplo disso. Ainda é cedo para avaliar os impactos da nova regulamentação no mercado de M&A, de toda forma a due diligence de empresas do mercado deverá englobar uma revisão mais detalhada dos programas de coleta e armazenamento de dados, dos termos de uso e política de privacidade, bem como o pós-aquisição deverá garantir que esses programas sejam efetivamente respeitados e cumpridos, de forma a evitar as penalidades (nos termos da GDPR, as multas são de 2% a 4% do faturamento global ou de 10 milhões a 20 milhões de euros).
TTR – Quais são suas expectativas para o mercado de M&A brasileiro em 2018? Quais cenários ou tendências já podem ser identificados, e quais setores possuem, na sua opinião, maior potencial de crescimento até o fim do ano?
MK: Mesmo com uma redução no número de transações se comparado ao mesmo período em 2017, bem como uma diminuição nas operações de private equity, a expectativa é que, no geral, o mercado de M&A brasileiro cresça em 2018.
O setor de tecnologia deve continuar concentrando os investimentos. Podemos arriscar também uma tendência na consolidação de empresas sujeitas à GDPR e à LGPD, como resultado das oportunidades que se abrirão para as grandes empresas do setor vis a vis as empresas de menor porte, as quais dificilmente terão fôlego e capacidade para se adaptar à nova regulamentação.
“Podemos arriscar também uma tendência na consolidação de empresas sujeitas à GDPR e à LGPD”
O setor de energia limpa (eólica e solar) deve atrair muitas operações ainda, tanto a curto como medio e longo prazos, já que, no mercado eólico, o nosso potencial é superior a todo o potencial elétrico já instalado. Segundo dados, a produção de energia eólica em 2017 cresceu 19% em relação a 2016 e, em 2017, representou 7,4% do mercado de energia no Brasil. A tendência é que, nos próximos anos, essa representatividade atinja 20% do mercado de energia. O impulso pode vir também decorrente do anuncio da Eletrobras de venda de participações em parques eólicos e linhas de transmissão ainda em setembro, bem como de novas PPPs que deverão atrair investidores do setor privado.
Segundo a PwC, podemos apostar também no setor de alimentos, por conta dos preços atrativos em decorrência da desvalorização do real frente ao dólar. Por fim, com a abertura de capital da Notredame Intermédica, a movimentação no setor de saúde e life science também deve ser expressiva.
Informe Trimestral LatAm 2T18
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Capital movilizado en el mercado de M&A en América Latina crece un 21,92% hasta junio de 2018
En el segundo trimestre del año se han registrado 440 transacciones en la región
174 operaciones registradas en el trimestre alcanzan un importe de USD 19,701m
Perú y México, países que registran aumento en capital y en transacciones
El mercado transaccional de América Latina cierra hasta junio de 2018 con un total de 928 operaciones, de las cuales 375 tienen un importe no confidencial que suman aproximadamente USD 52.078m, según el más reciente informe de Transactional Track Record. Estas cifran suponen una disminución del 10,51% en el número de operaciones y un aumento del 21,92% en el importe de las mismas, con respecto a las cifras de 2017.
Por su parte, en el segundo trimestre del año se han producido un total de 440 transacciones, de las cuales 174 registran un importe conjunto de USD 19.701m, lo que implica un descenso del 16,51% en el número de operaciones y una disminución del 2,89% en el importe de las mismas, con respecto al segundo trimestre del año pasado.
PrivateEquity y Venture Capital
En el segundo trimestre de 2018 se han contabilizado un total de 23 operaciones de PrivateEquity, de las cuales 8 transacciones tienen un importe no confidencial agregado de USD 281,61m. Esto supone una disminución del 47% en el número de operaciones y una baja del 90% en el importe de las mismas con respecto al mismo periodo de 2017.
En cuanto al segmento de Venture Capital, en el trimestre se han llevado a cabo 79 transacciones, de las cuales 50 operaciones tienen un importe no confidencial que suman alrededor de USD 375,42m, lo que supone un aumento del 7% en el número de transacciones y un descenso del 45% en el capital movilizado con respecto al segundo trimestre del año pasado.
Ranking de Operaciones por Países
Hasta junio de 2018, por número de operaciones, Brasil lidera el ranking de países más activos de la región con 471 operaciones (disminución del 9%), y un ascenso del 10% en el capital movilizado en términos interanuales (USD 29.641m). Le sigue en el listado México, con 163 operaciones (un aumento del 18%), y con un crecimiento del 534% de su importe con respecto al mismo periodo del año pasado (USD 7.025m).
Por su parte, Argentina sube en el ranking, con 110 operaciones (un descenso del 3%), y con una baja del 19% en el capital movilizado (USD 2.551m). Chile, por su parte, registra 96 operaciones (baja del 23%), con un ascenso del 120% en capital movilizado (USD 6.937m).
Entre tanto, Colombia ha bajado un puesto en el ranking con un registro de 72 operaciones, lo cual representa un 8% menos, así como un descenso del 40% en su importe con respecto al mismo periodo del año pasado (USD 1.407m). Perú, con uno de los mejores resultados de la región con México, ha registrado 75 operaciones (tendencia estable), con un aumento del 215% en su capital movilizado con respecto al mismo periodo del año anterior (USD 5.533m).
Ámbito Cross-Border
En el ámbito Cross-Border se destaca el apetito inversor de las compañías latinoamericanas en el exterior en el primer trimestre de 2018, especialmente en Norteamérica y Europa, donde se han llevado a cabo 7 operaciones en cada región.
Por su parte, las compañías que más transacciones estratégicas han realizado en América Latina proceden de Norteamérica, con 50 operaciones, Europa (42), y Asia (16).
Transacción Destacada
En el segundo trimestre de 2018, TTR ha seleccionado como transacción destacada la realizada por BCI, la cual ha concluido la adquisición de TotalBank a Banco Popular. La transacción, valorada en USD 528,90m, ha estado asesorada por la parte legal por Carey, Avila Rodriguez Hernandez Mena & Ferri, Garrigues España, BCI (Banco de Crédito e Inversiones), BCI, Cravath, Swaine & Moore, Banco Santander, Stearns Weaver Miller Weissler Alhadeff & Sitterson, City National Bank of Florida, y Sandler O’Neill & Partners.
Ranking de Asesores Financieros y Jurídicos
El informe publica los rankings de asesoramiento financiero y jurídico del segundo trimestre de 2018 de operaciones de M&A, Private Equity, Venture Capital y Mercado de Capitales, donde se informa de la actividad de las firmas destacadas por número de transacciones y por importe de las mismas.
Relatório Trimestral – Portugal 2T18
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Fusões e aquisições fecham o semestre em alta em Portugal
Foram registadas 150 transações em Portugal desde o início do ano
Operações de private equity somam 944 milhões de euros no segundo trimestre
Venture Capital tem o melhor primeiro semestre dos últimos três anos
O mercado de fusões e aquisições de Portugal movimentou 13,9 mil milhões de euros de janeiro a junho, quase duplicando os resultados obtidos no mesmo período do ano anterior. O resultado positivo pode ser atribuído praticamente em sua totalidade à oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges sobre a EDP – Energias de Portugal, avaliada em 9,1 mil milhões de euros.
Segundo o Relatório Trimestral de M&A da Transactional Track Record (TTR), apesar dos resultados positivos dos valores financeiros, em números de transações o mercado português fechou o semestre em baixa. Desde o início de 2018 foram registadas 150 operações, queda de 12,79% comparado ao mesmo período do ano anterior.
No segundo trimestre do ano, 72 deals foram mapeados pelo TTR, menos 13,25% em comparação com os 83 negócios realizados no mesmo intervalo de 2017. Destes, 28 tiveram seus valores revelados, contabilizando um total de 10,8 mil milhões investidos.
Dois subsetores têm liderado os movimentos transacionais no país no ano. O segmento Imobiliário mantém a tendência iniciada em 2015 e aparece como o mais ativo do período. Foram 33 operações registadas pelo TTR envolvendo empresas do setor desde o início de 2018, total que fica abaixo das movimentações do ano precedente em 18%. Em alta, entretanto, aparece o segmento de Tecnologia, que obteve um crescimento de 47%, chegando a 25 operações nos seis primeiros meses do ano.
Com 17 e 11 transações respetivamente, destaque também para o crescimento dos setores Financeiro e Seguros, 47%, e Turismo, Hotel e Restaurantes, 38%, mostrando uma maior diversificação dos investimentos portugueses.
CROSS-BORDER
O segmento Tecnologia, juntamente com Internet, esteve entre as grandes apostas dos investidores estrangeiros no mercado português. O número de aquisições estrangeiras nos dois subsetores assinalou crescimento de mais de 87% no semestre, totalizando 15 operações.
Em número de operações cross-border, desde janeiro, o mercado português somou 62 operações de aquisições de empresas nacionais por companhias estrangeiras. A Espanha se mantém como o país que mais realiza operações no território nacional, 16 aquisições, com investimentos que ultrapassaram a marca de 1,5 mil milhões de euros.
Em seguida, destacam-se os investimentos de empresas oriundas dos Estados Unidos, que já realizaram onze negócios no ano, com investimentos que agregaram 834 milhões de euros, e da França que, com dez operações, marcou 345 milhões de euros.
No cenário outbound, as compras portuguesas no exterior tiveram como alvo quatro transações em Espanha, num total de 8,6 milhões investidos, além de investimentos realziados na Polónia, Suécia, Israel e Peru.
PRIVATE EQUITY E VENTURE CAPITAL
Os anúncios de investimentos realizados por fundos de venture capital contabilizaram no acumulado do ano 20 operações, um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2017. Destas, 16 revelaram valores que somaram 429 milhões de euros.
Investimentos realizados por fundos de venture capital contabilizaram no acumulado do ano 20 operações, aumento de 25%
Já no cenário de private equity os números melhoraram nos últimos três meses, com incremento de 270% no total investido em comparação ao mesmo período do ano anterior, chegando a um aporte de 944 milhões de euros, apesar da queda de 50% no número de transações registadas, oito. Porém o crescimento do segundo trimestre não foi suficiente para evitar que o semestre terminasse no negativo. De janeiro a junho, queda de 46% no número de transações, quinze, das quais seis tiveram suas informações financeiras divulgadas, com investimentos em torno de 1,4 mil milhões de euros, menos 67% do que o total revelado no primeiro semestre de 2017.
Juntos os fundos estrangeiros de private equity e venture capital aumentaram suas apostas nas empresas portuguesas e as 17 operações mapeadas pelo TTR demonstram um crescimento de 70% nos investimentos.
TRANSAÇÃO DO TRIMESTRE
A transação do trimestre eleita pela Transactional Track Record como destaque do período foi a ronda de investimentos de 309 milhões de euros da OutSystems, empresa de desenvolvimento de aplicações de software. A ronda contou com aportes dos fundos da KKR e da Goldman Sachs, que receberam assessoria jurídica do PLMJ na transação.
A empresa pretende utilizar o capital levantado para expansão e desenvolvimentos da área de automação de software da companhia.
RANKINGS – ASSESSORIA FINANCEIRA E JURÍDICA
O Ranking TTR de assessores jurídicos por valor é liderado pelo PLMJ, que contabiliza 10,5 mil milhões de euros no primeiro semestre e também lidera por número de operações, 14, seguido por Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, com 9,9 mil milhões de euros. Serra Lopes, Cortes Martins Advogados, com 9,1 mil milhões de euros, aparece na terceira colocação, enquanto Linlaters Portugal, com o mesmo valor mas com menor número de operações, ficou em quarto.
O Ranking de assessores financeiros por valores das transações é liderado pelo Millennium BCP, que acumulou 9,5 mil milhões nos seis primeiros meses de 2018, seguido por Bank of America, 9,1 mil milhões, com Lazard na terceira colocação, com 495 milhões.