Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Janeiro 2023

Fusões e Aquisições movimentam BRL 5,3bi no primeiro mês de2023

  • Em janeiro foram registradas 107 transações 
  • Volume de transações apresenta diminuição de 53% em relação a janeiro de 2022
  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 21 transações
  • Estados Unidos é o país que mais investiu no Brasil, com 11 aquisições

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 107 transações e movimentou BRL 5,3bi em janeiro de 2023, de acordo com o relatório mensal do  TTR Data.

Esses números representam uma diminuição de 53% no número de transações em relação ao mesmo período de 2022. Do total das transações, 47% possuem os valores revelados e 75% das operações já estão concluídas.

Operações do mercado transacional de janeiro de 2022 a janeiro de 2023
Fonte: TTR Data.

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 21 transações, representando uma diminuição de 56% em relação ao mesmo período de 2022. Em segundo lugar está o setor de Industry-Specific Software, com 17 transações.  

Âmbito Cross-Border

Em janeiro de 2023, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com cinco transações e um total de BRL 1,0bi, seguido pelo Reino Unido com duas operações.

Os Estados Unidos e o Reino Unido, com 11 e três transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil.  

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram uma queda de 63% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet diminuiram em 63%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma diminuição de 60% em janeiro.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas seis transações e um total de BRL 315m no período, registrando uma queda de 53% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2022.

No âmbito do  Venture Capital, foram realizadas 34 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 770m, o que resulta uma queda de 53% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 10 transações e um total de BRL 1,3bi em janeiro, representando uma diminuição de 37% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR Data em janeiro de 2023, foi a conclusão da incorporação da BR Malls pela Aliansce Sonae. O valor da transação é de aproximadamente BRL 8,28bi.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei brasileira dos BMA – Barbosa Müssnich Aragão;  Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados; Spinelli Advogados;  Tepedino, Migliore e Berezowski Sociedade de AdvogadosVilanova Advocacia. Do lado financeiro, foi assessorado pelo BTG Pactual.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica em janeiro de 2023 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações lidera em 2023 o BTG Pactual, com três operações. Em valor, lidera o Banco Santander e a XP Investimentos, contabilizando um total de BRL 1,1bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2023 lidera o escritório FM/Derraik Advogados, com quatro operações. Em valor, lidera o Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados contabilizando um total de BRL 1,2bi.

Relatório anual sobre o mercado transacional brasileiro – 2022

Mercado de Fusões e Aquisições brasileiro movimenta BRL 291,72bi em 2022

  • Em 2022, foram registradas 2.387 transações
  • Volume de fusões e aquisições apresenta queda de 12% 
  • Quarto trimestre de 2021 é menos ativo desde os últimos oito trimestres
  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 457 transações
  • Houve um aumento de 7% no número de investimentos de de Venture Capital
  • As empresas norte-americanas diminuem 14% suas aquisições no Brasil

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 2387 transações e movimentou BRL 291,72bi em 2022, de acordo com o relatório mensal do TTR Data  em colaboração com o Intralinks.

Esses números representam uma queda de 12% no número de transações em relação ao mesmo período de 2021. Do total das transações, 44% possuem os valores revelados e 89% das operações já estão concluídas.

No quarto trimestre de 2022, 501 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, por um valor total de BRL 55,97bi, sendo o trimestre menos ativo desde os últimos oito trimestres, em relação ao capital mobilizado.

Operações do mercado transacional do 4Q de 2020 a 4Q de 2022 
Fonte: TTR Data.

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 457 transações, representando uma diminuição de 23% em relação ao mesmo período de 2021. Em segundo lugar está o setor de Industry-Specific Software, com 374 transações. 

Âmbito Cross-Border

Em 2022, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com 59 transações e um total de BRL 7,33bi, seguido pelo México com 23 operações e pela Colombia com 18 transações.

Os Estados Unidos e o Reino Unido, com 222 e 41 transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil. 

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram uma queda de 14% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet diminuiram em 21%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma diminuição de 5% em 2022.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 103 transações e um total de BRL 24,87bi até 31 de dezembro, registrando uma diminuição de 28% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2021.

No âmbito de Venture Capital, foram realizadas 856 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 23,77bi, o que resulta um aumento de 7% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 214 transações e um total de BRL 47,59bi em 2022, representando uma diminuição de 26% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Entrevista com Lefosse Advogados

Carlos Mello, sócio das práticas de Societário, M&A e Mercado de Capitais, conversou com o TTR para esta edição, e analisou o mercado de fusões e aquisições em 2022 e 2023 globalmente: “Acho que 2023 será, ainda, um ano desafiador – globalmente a continuidade do conflito na Ucrânia continuará a impactar os investimentos europeus e a desaceleração do crescimento da China irá tornar seus investimentos mais criteriosos. No Brasil, a instabilidade política que verificamos nesse início de governo poderá tornar o ambiente de negócios mais instável.

Tendo dito isso, acredito que essas mesmas situações deverão gerar oportunidades, no plano mundial, com necessidade de investimentos em ativos geradores de energia, para criar opções ao gás e petróleo russo. Esses investimentos são, de um modo geral, de médio e longo prazo.”

Para entrevista completa, clique aqui

Transação do ano

A transação destacada pelo TTR em 2022, foi a conclusão da venda pela Ultrapar, da Oxiteno para a Indorama. O valor da transação é de USD 1,3bi.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei brasileira dos escritórios Stocche Forbes Advogados; BMA – Barbosa Müssnich Aragão; Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados. Do lado financeiro, foi assessorado pelo PwC Brasil; Deutsche Bank; e Bank of America.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica em 2022 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações lidera ao longo de 2022 o Banco Bradesco BBI, com 80 operações. Em valor, lidera o Banco BTG Pactual, contabilizando um total de BRL 68,02bi.

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2022 lidera o escritório Bronstein Zilberberg Chueiri & Potenza Advogados, com 106 transações. Em valor, lidera o Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados contabilizando um total de BRL 59,37bi.

Dealmaker Q&A

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TTR Dealmaker Q&A with Lefosse Advogados Partner Carlos Mello

Lefosse Advogados

Carlos Mello

Carlos is a partner in Corporate and M&A and Capital Markets at Lefosse.
He has acted as leading counsel in several of the most important transactions in the Brazilian capital markets in recent years. He has developed relationships with issuers, coordinators and regulatory authorities, and expanded his activities into the areas of mergers and acquisitions and private equity.
Carlos holds a Master of Laws (LL.M.) from Columbia University and was approved in the New York State Bar Exam in 2002. He has experience as a foreign associate at Milbank, Tweed, Hadley & McCloy in New York.


TTR: First of all, how was Lefosse’s performance in Brazil in 2022? What data can you provide us?

In 2022, we faced more challenges than in 2021 due to several global circumstances: the pandemic-generated economic crisis, inflation in the United States, the war in Ukraine, as well as Brazil’s general elections.

Due to this scenario, our volume of operations reduced in comparison with the previous year, which was a record year. Even so, the firm performed well: we acted in operations exceeding BRL 100 billion, including M&A, ECM, and Fixed Income, in 2022. We are ECM leaders, which comprises IPO and follow-on operations, with business operations totaling BRL 54.3 billion. We are also the 2nd largest Brazilian private equity firm, recording transactions amounting to BRL 6.5 billion (TTR Data).

TTR: How would you assess the M&A market in 2022 globally? Do you believe 2023 will be a good year in terms of capital raised and transaction volume?

As I see it, 2023 will remain a challenging year. Globally speaking, the ongoing conflict in Ukraine will continue to impact European investments, and China’s growth slowdown will result in more judicious investments. In Brazil, the political instability we noted at the beginning of this government may render the business environment more unstable.

Having said that, I believe that these same situations create room for opportunities at the global level, such as the need for investments in energy generation assets to provide alternatives to Russian oil and gas. Such investments are generally medium- and long-term.

TTR: How do you describe the current situation of M&A market players in Brazil with the political and economical regional situation in 2022?

The 2022 elections made it clear that the country is divided and, unfortunately, facing political instability.

The instability should take a toll on the M&A market, at least in the first quarter of the year. Nevertheless, Brazil is an economy big enough for opportunities to exist, and – even in uncertain times – consolidation of key industries is reasonable for the economy.

TTR: What will be the most relevant drivers for the consolidation of the M&A market as Brazil and the region in 2023?

Traditionally, the most important sectors for M&A in Brazil are (i) infrastructure – aimed at our population’s need for structure and energy; (ii) retail – also aimed at our population –, including not only traditional commerce and e-commerce, but also services to the population, such as education and health care; and (iii) agribusiness.

I do not see these M&A vectors changing in 2023.

TTR: How will the conflict between Russia and Ukraine affect the energy sector and what does this situation mean for the M&A market in Brazil?

In my understanding, the Russia-Ukraine war, which is a tragic episode in world history, raises demands in the Brazilian energy sector, both because of our tradition in the use of renewable and clean sources, and the need for alternative sources to Russian oil and gas.

TTR: What will be the main challenges for Lefosse in terms of M&A transactions in the coming months?

 The year 2023 will be marked by challenges but, if you ask me, challenges also create unique opportunities for well-prepared and sophisticated players. I consider that Lefosse’s mission will be to keep a watchful eye on these opportunities – which will undoubtedly arise – and to take the legal lead on M&A in this scenario.


Portuguese version


Lefosse Advogados

Carlos Mello

Carlos é sócio das práticas de Societário e M&A e Mercado de Capitais do Lefosse.
Atuou como leading counsel em várias das mais relevantes operações no mercado de capitais brasileiro nos últimos anos e a partir do relacionamento desenvolvido com emissores, coordenadores e autoridades regulatórias expandiu sua atuação para as áreas de fusões e aquisições e private equity.
É mestre em direito (LL.M.) pela Columbia University e foi aprovado no New York State Bar Exam em 2002. Possui experiência como advogado estrangeiro no escritório Milbank, Tweed, Hadley & McCloy em Nova Iorque.


TTR: Em primeiro lugar, como se saiu o Lefosse em 2022 no Brasil? Quais dados você pode nos fornecer?

O ano de 2022 foi mais desafiador do que 2021 por uma série de circunstâncias mundiais: crise econômica gerada pela pandemia, inflação nos Estados Unidos, guerra na Ucrânia e, aqui no Brasil, eleições.

Por conta desse cenário, tivemos volume de operações transacionais reduzido na comparação com o ano anterior, que foi de recordes. Mesmo assim, o escritório apresentou bons números: atuamos em operações que superam R$ 100 bilhões, considerando M&A, ECM e Fixed Income em 2022. Lideramos o ranking de ECM, que considera operações de IPO e follow-on, com atuação em negócios que somam R$ 54,3 bilhões. Somos o 2º maior escritório brasileiro em investimentos de private equity, com transações que registraram R$ 6,5 bilhões (Dados TTR).

TTR: Que avaliação você faria do mercado de fusões e aquisições em 2022 globalmente? Vocês acham que o 2023 será um bom ano em capital mobilizado e volume de transações?

Acho que 2023 será, ainda, um ano desafiador – globalmente a continuidade do conflito na Ucrânia continuará a impactar os investimentos europeus e a desaceleração do crescimento da China irá tornar seus investimentos mais criteriosos. No Brasil, a instabilidade política que verificamos nesse início de governo poderá tornar o ambiente de negócios mais instável.

Tendo dito isso, acredito que essas mesmas situações deverão gerar oportunidades, no plano mundial, com necessidade de investimentos em ativos geradores de energia, para criar opções ao gás e petróleo russo. Esses investimentos são, de um modo geral, de médio e longo prazo.

TTR: Como você descreve a situação atual dos players do mercado de M&A no Brasil com a situação política e econômica regional em 2022?

A eleição de 2022 deixou claro que o País está dividido, e, infelizmente, com alguma instabilidade política.

Essa instabilidade deverá ter um custo no mercado de M&A, pelo menos no primeiro trimestre do ano. Ainda assim o Brasil é uma economia grande o suficiente para que as oportunidades existam e – mesmo em tempos de incerteza – a consolidação dos setores-chave faz sentido para a economia.

TTR: Quais serão os drivers mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A como o Brasil e região em 2023?

Tradicionalmente, os setores mais importantes para o M&A no Brasil são (i) infraestrutura – atendendo à necessidade de nossa população por estrutura e energia, (ii) varejo – novamente com base na nossa população – incluindo-se aí não apenas comércio tradicional e online, mas também serviços para a população, tais como, por exemplo, educação e saúde; e (iii) negócios relacionados ao setor agro.

Não acredito que esses vetores de M&A irão se alterar em 2023.

TTR: Como o conflito entre Rússia e Ucrânia afetará o setor de energia e o que essa situação significa para o mercado de M&A no Brasil?

Acredito que o conflito Rússia-Ucrânia, que é um episódio tristíssimo da história mundial, traz demandas ao setor de energia no Brasil, tanto por nossa tradição no uso de fontes renováveis e limpas, quanto pela necessidade de fontes alternativas ao gás e petróleo russo.

TTR: Quais serão os principais desafios do Lefosse em termos de transações de M&A nos próximos meses?

2023 será um ano de desafios, mas na minha opinião desafios geram oportunidades únicas para players bem-preparados e sofisticados. Acredito que a missão do Lefosse será estar atento a essas oportunidades – que, sem dúvida, surgirão – e assumir a liderança jurídica no M&A nesse cenário.

Relatório mensal sobre o mercado transacional brasileiro – Novembro 2022

Mercado de Fusões e Aquisições brasileiro movimenta BRL 258,0bi em 2022

  • Até novembro foram registradas 2006 transações 
  • Volume de transações apresenta diminuição de 17% em relação a 2021
  • Setor de Internet, Software & IT Services é o mais ativo do ano, com 413 transações
  • Estados Unidos é o país que mais investe no Brasil, com 194 aquisições

O mercado transacional brasileiro registrou um total de 2006 transações e movimentou BRL 258,0bi até novembro, de acordo com o relatório mensal do Transactional Track Record em colaboração com a Intralinks e TozziniFreire.

Esses números representam uma diminuição de 17% no número de transações em relação ao mesmo período de 2021. Do total das transações, 46% possuem os valores revelados e 81% das operações já estão concluídas.

Em novembro, 103 fusões e aquisições foram registradas, entre anunciadas e concluídas, e um valor total de BRL 7,0bi.

Operações do mercado transacional de novembro de 2021 a novembro de 2022
Fonte: Transactional Track Record

O setor de Internet, Software & IT Services foi o mais ativo no período, com um total de 413 transações, representando uma diminuição de 27% em relação ao mesmo período de 2021. Em segundo lugar está o setor de Industry-Specific Software, com 293 transações.

Âmbito Cross-Border

Até novembro de 2022, as empresas brasileiras escolheram os Estados Unidos como seu principal destino de investimento, com 49 transações e um total de BRL 7,3bi, seguido pelo México e Colômbia, com 18 e 16 operações, respectivamente.

Os Estados Unidos e o Reino Unido, com 194 e 40 transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil. 

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram uma queda de 16% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet diminuiram em 20%.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity e Venture Capital que investem em empresas brasileiras, houve uma diminuição de 11% até novembro.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em Private Equity, foram contabilizadas 87 transações e um total de BRL 20,5bi no período, registrando uma queda de 35% no número de operações, em comparação com o mesmo período de 2021.

No âmbito do Venture Capital, foram realizadas 690 rodadas de investimento, movimentando um capital de BRL 22,7bi, o que resulta uma queda de 4% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registradas 184 transações e um total de BRL 43,7bi até novembro, representando uma diminuição de 27% no número de operações, em relação ao mesmo período do ano passado.

Entrevista com FM/Derraik Advogados

Fabiana Fagundes e Rodrigo Menezes, ambos sócios fundadores do escritório, conversaram com o TTR para essa edição, e analisaram os agentes mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil no 4Q22: “As empresas de tecnologia adquiriram feature companies relevantes e buscaram opções de verticalização/cross sell e up sell, ao passo que empresas tradicionais intensificaram suas estratégias de transformação digital através de operações de M&A.”

Para entrevista completa, clique aqui

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR em novembro de 2022, foi a conclusão da venda, pela Rumo, de participação de 80% na Elevações Portuárias para Corredor Logística e Infraestrutura Sul, subsidiária da Corredor Logistica e Infraestrutura. O valor da transação é de BRL 1,4bi.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei brasileira dos escritórios Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados; e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados. Do lado financeiro, foi assessorado pelo BTG Pactual e Banco Bradesco BBI.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até novembro de 2022 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores financeiros, por número de transações e em valor, lidera o Banco BTG Pactual, com 74 operações e um total de BRL 63,8bi. 

No que se refere ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações em 2022 lidera o escritório Bronstein Zilberberg Chueiri & Potenza Advogados, com 99 operações. Em valor, lidera o Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados contabilizando um total de BRL 45,8bi.

Dealmaker Q&A

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TTR Dealmaker Q&A with FM/Derraik Advogados Partner Fabiana Fagundes and Rodrigo Menezes

FM/Derraik Advogados

Fabiana Fagundes

Fabiana has a degree in law and business administration and an LL.M. from the Univ. Paris I -Panthéon Sorbonne. She is a founding partner of FM/Derraik and a professor at Link School of Business and Insper in São Paulo.
Fabiana is versed in Venture Capital and Corporate Venture Capital transactions, Private Equity, and M&A. She was responsible for establishing Endeavor® in Brazil where she has also mentored startups and scale ups for over 22 years. Speaker in several courses and lectures on M&A and VC. Member of the board of Anjos do Brasil.

Rodrigo Menezes

Rodrigo is a lawyer, a master in corporate law from IE Business School – Madrid, and founder of FM/Derraik. Professor of venture capital and entrepreneurship at Insper, FGV – Fundação Getúlio Vargas and Link School of business. He was a pioneer in structuring and negotiating Venture Capital operations in Brazil, having actively participated in the creation of the regulatory environment. He was Chairman of the Venture Capital Committee of ABVCAP – Brazilian Venture Capital Association and Chairman of the Board of Anjos do Brasil.CVC.


TTR: What are your main conclusions for the M&A market in 2022?

M&A activity remained playing a leading role in the Brazilian and Global economy, for both New and Traditional Economy.

TTR: What are the most relevant drivers for consolidating the M&A market in Brazil, in 4Q22?

Tech companies have acquired relevant feature companies and seeked verticalization/cross sell and up sell options, while Bricks and Mortar have intensified their digital transformation strategies through M&A activities.

TTR: In which sectors might international investors find the biggest opportunities in Brazil? Why?

Technology, Energy, Open Finance, ESG and Health where there is a huge addressable market and room for verticalization and consolidation.

TTR: FM/Derraik Advogados has been one of the leading advisors in tech operations in Brazil. What will be the prospects for this sector in the medium and long term?

Acqui-hires of early stage startups in all tech sectors verticals seem to play an important role,consolidation of IT integrators and traditional SaaS. Merger of Equals can also be a bet since the projected interest rates are not expected to go down which may impair growth stage companies ability to grow organically.

TTR: What will FM/Derraik Advogados main challenges be in terms of M&A deals in Brazil for the next months?

Guide corporations in acqui-hires and corporate venture investments, since these are non-traditional types of M&A in relation to which clients and peers are not quite used.


Portuguese version


FM/Derraik Advogados

Fabiana Fagundes

Fabiana é formada em direito e administração de empresas e tem LL.M. pela Univ. Paris I -Panthéon Sorbonne. É sócia fundadora do FM/Derraik, professora da Link School of Business e do Insper em SP. 
Fabiana é versada em transações de Venture Capital e Corporate Venture Capital, Private Equity, M&A, Fabiana foi responsável pela constituição da Endeavor®️ no Brasil onde também mentora startups e scale ups há mais de 22 anos. Speaker em diversos cursos livres e palestras sobre M&A e VC. Membro do conselho da Anjos do Brasil.

Rodrigo Menezes

Rodrigo é advogado, mestre em direito societário pelo IE Business School – Madrid e fundador do escritório FM/Derraik. Professor de venture capital e empreendedorismo no Insper, na FGV – Fundação Getúlio Vargas e na Link School of business. Foi pioneiro na estruturação e negociação de operações de Venture Capital no Brasil, tendo participado ativamente da criação do ambiente regulatório. Foi Chairman do Comitê de Venture Capital da ABVCAP – Associação Brasileira de Venture Capital e do Conselho da Anjos do Brasil.CVC.


TTR: Quais são as principais conclusões para o mercado de M&A em 2022?

A área de M&A continuou a desempenhar um papel de liderança na economia Brasileira e Global, tanto para a Nova Economia como para a Economia Tradicional.

TTR: Quais são os agentes mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil no 4Q22?

As empresas de tecnologia adquiriram feature companies relevantes e buscaram opções de verticalização/cross sell e up sell, ao passo que empresas tradicionais intensificaram suas estratégias de transformação digital através de operações de M&A.

TTR: Em que setores os investidores estrangeiros poderão encontrar as melhores oportunidades no Brasil? Por quê?

Tecnologia, Energia, Open Finance, ESG e Saúde onde há um enorme mercado potencial e espaço para verticalização e consolidação.

TTR: FM/Derraik tem sido um dos principais consultores em operações tecnológicas no Brasil. Quais são as perspectivas para este setor a médio e longo prazo?

A aquisição de empresas em fase inicial em todos os setores tecnológicos verticais parece desempenhar um papel importante, a consolidação de integradores de TI e SaaS tradicionais. A fusão de Iguals também é uma possibilidade, já que não se espera que taxas de juro projetadas desçam, podendo prejudicar a capacidade de crescimento orgânico das empresas na fase de crescimento.

TTR: Quais serão os principais desafios do FM/Derraik em questões de operações de M&A no Brasil para os próximos meses?

Orientar as empresas em aquisições e investimentos de empreendimentos empresariais, pois são tipos não tradicionais de M&A, onde clientes e colegas de profissão não estão totalmente habituados.