Dealmaker Q&A

TTR Data Dealmaker Q&A com Andrea Ometto Bittar Tincani, sócia do Finocchio & Ustra

Finocchio & Ustra

Andrea Ometto Bittar Tincani

Andrea Ometto Bittar Tincani é sócia da área societária e de fusões e aquisições do Finocchio & Ustra. Graduou-se em Direito pela Universidade de São Paulo. Cursou especialização em Direito Empresarial pela FGV e MBA pela INSEAD na França e em Singapura. Atua na área de direito societário há mais de dez anos, com sólida experiência na estruturação, negociação e implementação de operações de M&A, joint ventures e reestruturações societárias, assessorando clientes nacionais e internacionais. Trabalhou como advogada no Pinheiro Neto e Mattos Filho, além de ter atuado como consultora financeira na Michel Dyens & CO. Reconhecida na shortlist do Women in Businesse Law Awards 2024, como Dealmaker pela TTR e ranqueada entre as advogadas mais admiradas do país pelo anuário Análise Advocacia Mulher 2024..


TTR Data: A desaceleração da economia, a incerteza geopolítica e os problemas de fluxo de capitais influenciaram significativamente a dinâmica do mercado de M&A desde 2022, não apenas no Brasil, mas na América Latina em geral. Em meio a esse panorama de incertezas nos investimentos, quais as perspectivas que o Finocchio & Ustra faz em 2024 para o mercado transacional no Brasil?

Em 2023 o Brasil registrou o menor investimento estrangeiro direto (IED) desde o início da pandemia de COVID-19 em 2020. Por outro lado, de acordo com o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil foi o segundo país que mais atraiu IED do mundo, ficando atrás somente dos EUA. O Brasil também está entre os países que anunciaram o maior número de novos projetos. 

O Brasil não foi o único afetado por essa redução de IED. A desaceleração nas atividades de M&A tem sido notada desde 2022 e continuaram em 2023 devido ao aumento das taxas de juros, incertezas geopolíticas e um ambiente econômico fraco, com custos crescentes. Com o aumento das taxas de juros nos EUA e na Europa é esperado que os investidores adotem uma abordagem mais conservadora. 

Contudo, a posição do Brasil no ranking de IED demonstra que o país tem tido sucesso em oferecer aos investidores um ambiente mais transparente, eficiente e consistente. Como reflexo disso, o Brasil obteve em março de 2024 o melhor resultado de IED dos últimos 12 anos para o mês, com total de USD 9,6 bilhões recebidos, e o melhor número mensal desde agosto de 2022, de acordo com as estatísticas do setor externo, disponibilizadas pelo Banco Central do Brasil.

Essa tendência de influxo de IED para o Brasil deve continuar ao longo do ano de 2024, à medida que o país continua investindo na redução da burocracia, na reforma de seu sistema tributário atualmente complexo, na melhoria dos aspectos ambientais, sociais e de governança, e com a execução do novo programa de aceleração do crescimento (PAC).

Também vemos forte aceleração de transações no setor de tecnologia e de transações menores focadas na consolidação de mercado.

TTR Data: O Brasil concentrou aproximadamente 60% de todas as transações de M&A anunciadas na América Latina nos últimos anos. Quais são os drivers mais relevantes para continuar a consolidar o mercado brasileiro na América Latina no curto e médio prazo?

Essa liderança se deve a diversos fatores relevantes. Primeiro, o tamanho da economia brasileira e a moeda desvalorizada, em comparação com as principais economias mundiais, atraem investidores em busca de oportunidades de investimento. Além disso, o crescimento contínuo de setores estratégicos, como o de energia renovável, financeiro e tecnologia, e uma maior estabilidade política e jurídica, se comparada com os demais países da América Latina, tornam o mercado brasileiro atrativo aos olhos de investidores estrangeiros. 

Mesmo que nós brasileiros tenhamos a impressão de viver uma instabilidade política, quando comparado aos demais países da América Latina, o Brasil atualmente apresenta um cenário geopolítico mais estável e seguro aos investidores.

Ainda, nos últimos anos, o Brasil se empenhou para melhorar o ambiente de negócios e facilitar os investimentos no país, com foco na desburocratização de processos por meio do uso de tecnologias, para que empresas e indivíduos tenham acesso mais rápido a informações e interações simplificadas e eficientes com os órgãos públicos. 

Por fim, a integração regional e parcerias comerciais, fortalecem a posição do Brasil na América Latina e o manterão como um importante hub de investimentos e M&A na região.

TTR Data: O setor de tecnologia, assim como o setor financeiro, têm sido os dois mais ativos no mercado transacional brasileiro em número de transações em 2024. No entanto, a nível regional, outros setores estão em expansão, como energias renováveis e recursos naturais. Em meio ao atual cenário de investimentos, qual o papel do mercado de energia renovável para impulsionar os investimentos no mercado de M&A no Brasil? Que outros setores parecem altamente financiáveis neste momento?

A riqueza natural do Brasil permite que ele tenha uma matriz energética extremamente diversificada com fontes de energia limpas e renováveis. De acordo com o Balanço Energético Nacional emitido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a energia renovável representou 87,9% do fornecimento de eletricidade no Brasil em 2022, com a energia solar fotovoltaica crescendo 79,8%, a hidrelétrica 17,7% e a eólica 14,3%, enquanto a termelétrica caiu 32,3%.

A crescente demanda global por energia limpa, aliada à agenda ESG e às metas de descarbonização, impulsiona investimentos em projetos de energia renovável no Brasil. A riqueza natural do Brasil, por sua vez, permite que ele tenha uma matriz energética extremamente diversificada com fontes de energia limpas e renováveis. 

Ainda assim, o Brasil possui um grande potencial inexplorado para geração de energia renovável, principalmente solar e eólica, atraindo investimentos para desenvolvimento de novos projetos e aquisições de empresas já em operação. 

Considerando o potencial de energia renovável, o PAC e o potencial de comercialização livre no Brasil até 2028, espera-se um aumento de investimentos nessa área ao longo de 2024, bem como no setor de infraestrutura, como foco em áreas que propiciam opções mais sustentáveis.

Em relação aos demais setores, podemos citar como destaque o agronegócio, em especial as agritechs, focadas no desenvolvimento tecnologias para agricultura de precisão, biotecnologia, IoT e outras áreas; além do setor de saúde, impulsionado pelo envelhecimento da população, pela crescente demanda por serviços de saúde de qualidade e pela busca por inovações tecnológicas na área.

TTR Data: Atualmente, o Finocchio & Ustra é líder no ranking feminino de assessorias jurídicas de M&A. Na sua opinião, e como líder deste ranking, a diversidade de género ao nível da gestão influencia em alguma medida os tipos de aquisições realizadas e os principais indicadores de sucesso das transações de M&A? Que medidas proativas o Finocchio & Ustra toma para oferecer condições iguais para mulheres em questões de liderança empresarial?

Como líder no ranking feminino de assessorias jurídicas de M&A, o Finocchio & Ustra reconhece a importância da diversidade de gênero na gestão. A presença de mulheres em posições de liderança traz perspectivas únicas, promove a inovação e contribui para o fluxo das operações. 

Também há movimentação do mercado para negociações cujo foco é atingir os objetivos dos clientes e não ganhar o máximo possível do outro lado. As negociações são feitas de forma a encontrar o melhor caminho para as partes, buscando conciliação e a explicação da motivação de cada pleito, para que o negócio não seja prejudicado e seja obtida a maior sinergia possível.

Algumas medidas proativas que adotamos para oferecer condições iguais para mulheres em questões de liderança empresarial incluem: implementação de políticas de inclusão e equidade, programas de mentoria, um dia a mais sem trabalho por mês (além das férias), transparência e comunicação, trabalho híbrido (sendo o presencial obrigatório apenas 1 vez por semana), além de avaliação constante e contínua. Acreditamos que a diversidade de gênero fortalece nossa equipe e contribui para o sucesso das transações de M&A, sendo nosso time Societário, inclusive, historicamente e atualmente composto majoritariamente por mulheres.

TTR Data: Acompanhando o segmento de Private Equity e Venture Capital, vemos que o aparecimento de unicórnios vem diminuindo há aproximadamente dois anos e alguns estão desaparecendo. Como evoluirá essa indústria no Brasil em 2024 e quais as perspectivas para os próximos meses?

Sem dúvida, o ano de 2021 marcou o cenário das startups, impulsionando o surgimento de diversos unicórnios brasileiros. Registrou-se um recorde de investimentos, impulsionado pela baixa taxa de juros, transformação digital acelerada em virtude da pandemia e pelo aumento da liquidez no mercado. 

No entanto, a partir de 2023, o mercado de Private Equity e Venture Capital no Brasil começou a apresentar sinais de desaceleração em virtude do aumento da inflação, da alta dos juros e da captação reduzida dos fundos de venture capital, impactada pela da inflação e pela alta dos juros. Em um mercado em que há a possibilidade de ganhar dinheiro de forma segura, com a alta das taxas de juros, é normal que os investidores se tornem mais avessos a riscos.

Quando há alguns anos bastava-se ter perspectiva de crescimento para obtenção de investimento, hoje um novo negócio precisa, além do potencial de crescimento, também mostrar sua estratégia de lucratividade, a coesão do negócio e de seu valuation. O investidor ficou mais conservador após a desilusão com promessas de unicórnios e/ou mesmo a falta de lucratividade de unicórnios estabelecidos.

Sendo assim, a perspectiva é de amadurecimento deste mercado, com os empreendedores sendo obrigados a trabalhar em planos de negócios consistentes, em como gerar retorno ao investidor e também na mitigação de riscos do negócio desde o início. Não há falta de investimento para os empreendedores que se adaptam a essa nova realidade de seriedade e realizam a chamada de investimentos com o pé no chão.

As startups e os investidores de Private Equity e Venture Capital precisaram se adaptar e ajustar suas estratégias, sendo um bom exemplo o crescimento do Corporate Venture Capital (CVC), importante modalidade de investimento, com empresas consolidadas investindo em startups do seu ecossistema para impulsionar a inovação e o acesso a novos mercados.

Hoje as operações deste tipo têm um dos seguintes objetivos: (i) retorno para o investidor, e, nesse caso, são feitas baseadas em planos de negócios sólidos, com produtos minimamente viáveis, testados e com perspectiva próxima de lucratividade; ou (ii) controle ou influência no desenvolvimento de produtos/ serviços que são estratégicos ou necessários para o futuro do negócio dos investidores.

TTR Data: Quais serão os principais desafios do Finocchio & Ustra no Brasil em 2024 no mercado transacional?

O mercado enfrentará desafios significativos, com a adaptação às tecnologias, inteligência artificial e inovações. A crescente digitalização, utilização da inteligência artificial e automação estão transformando a maneira como as empresas e escritórios de advocacia operam, e aqueles que não acompanharem essas mudanças podem ficar para trás. 

O Finocchio & Ustra identificou esse movimento há alguns anos e estabeleceu diversas frentes de trabalho dedicadas a superar o modelo tradicional de advocacia frente à inevitável revolução do mercado, incluindo uma área dedicada exclusivamente à inovação. No Finocchio & Ustra, consideramos que a capacidade de adaptação será crucial para o sucesso no mercado de M&A em 2024.

O mercado tem exigido transformações rápidas e o mundo digital dá recompensas e respostas instantâneas. Isso se reflete na expectativa das pessoas com relação ao crescimento profissional e reconhecimento, sendo que a velocidade esperada não é, na grande maioria das vezes, condizente com a realidade do mercado de trabalho. Desta forma, vemos, de forma geral, uma grande frustração das novas gerações com o mercado de trabalho e com a vida real.

Um escritório de advocacia é feito de pessoas. Ter pessoas motivadas, livres para ser quem são e com equilíbrio entre vida pessoal e profissional é um dos nossos maiores objetivos. Nós trabalhamos de forma árdua para que nossos profissionais cresçam e se desenvolvam em um ambiente saudável e leve, com muita transparência e alinhamento de expectativas.

Inovação e gestão de pessoas são temas constante em nossas discussões de liderança, pois entendemos que estes serão os maiores desafios dos próximos anos.

Dealmaker Q&A

TTR Data Dealmaker Q&A with AON Brasil Partner Pedro Costa

AON Brasil

Pedro Costa

With his background in Civil Engineering, serves as leader of Aon M&A and Transaction Solutions team in São Paulo. Bringing eight years of experience in the M&A Market, he specializes in risk and insurance due diligence, demonstrating a profound knowledge in M&A risk transferring through Reps & Warranties, Warranties & Indemnities, Tax and Contingent insurances. Pedro’s expertise extends across various industries and sectors, including Infrastructure, Oil & Gas, Technology, Manufacturing, Renewable Energy, among others. Aligned with Aon’s commitment to Better Decisions, his work reflects a deep dedication to excellence and strategic foresight in his field.


En medio de un panorama de incertidumbre inversionista en M&A, Capital Privado y Venture Capital en América Latina: ¿Cuál es el balance que hace Aon para el primer trimestre de 2024?

Debido al tenso escenario relacionado con conflictos internacionales que terminan afectando la toma de decisiones sobre inversiones en países emergentes, como los que conforman nuestra región, nos enfrentamos a un entorno relativamente inestable en comparación con el último trimestre del año pasado. Cuando miramos el primer trimestre de 2023, donde el escenario de nuevos gobiernos en América Latina trajo incertidumbre para los inversores, notamos un cierto respiro y una paulatina reanudación del movimiento de fusiones y adquisiciones. Aunque con una disminución del 15% en el número de transacciones, vemos un aumento del 25% en el valor agregado de las transacciones con valor declarado, lo que nos muestra un potencial renovado para mantener el negocio en 2024. Estas cifras demuestran que se están ejecutando grandes acuerdos, siendo la infraestructura, la minería y las energías renovables el foco de los inversores.

De esta forma la estrategia es siempre ayudar a nuestros clientes a tomar las mejores decisiones, apoyándolos a transformar el riesgo en oportunidad y retorno.

¿Qué papel está jugando el mercado de energías renovables para impulsar las inversiones en el mercado M&A en América Latina? Cómo has actuado y apoyado este movimiento?

A lo largo de su cadena, desde la generación hasta la distribución, este es un sector extremadamente desafiante. Es importante resaltar que cada tipo de energía tiene características únicas desde el punto de vista del riesgo, y debe ser evaluada cuidadosamente dentro de sus particularidades. Hemos apoyado importantes negociaciones durante los últimos 12 meses en el mercado de Energías Renovables en América Latina, especialmente en generación y transmisión, donde hemos observado un mercado cada vez más favorable, dadas las particularidades del negocio, nivel y tipo de riesgos inherentes y número de interesados con apetito, lo que, por otro lado, suele provocar un mayor nivel de competencia y presión sobre la “valoración” de los activos. En este sentido, hemos actuado como un asesor clave que, en la búsqueda de la mitigación de riesgos, ha desarrollado soluciones que apuntan a incrementar la rentabilidad de los inversionistas, a través de nuestra consultoría en due diligence de riesgos y seguros, negociación de seguros transaccionales y también brindando gobernanza a fondos de inversión. Inversión de capital privado en post-cierre. Cabe destacar que el mercado asegurador ha visto muy favorablemente al sector de las renovables, aplicando generalmente tarifas (costes/prima) y condiciones muy competitivas (a menudo comparables a mercados más maduros como el europeo y amricano) para los seguros Reps&Warranties/Warranties&Indemnities que permiten a los clientes a inclinarse y ser más agresivos y asertivos frente a otros competidores en transacciones competitivas.

¿Cuáles sectores en el mercado de M&A están requiriendo de mayor asesoría por parte de Aon este año y cuál es el motivo? 

Si bien históricamente hemos actuado con más fuerza en sectores con un perfil más “asset heavy”, hoy podemos decir que contamos con una cartera de operaciones asesoradas con un perfil muy heterogéneo, con énfasis en Infraestructuras, Real Estate, Food & Beverage y Logística.

En la misma línea, es significativo el incremento de la búsqueda de soluciones ligadas a la transferencia de riesgos por parte de nuestros clientes tras la realización de Due Diligences cada vez más robustas. Este movimiento comenzó después de la crisis de las hipotecas de alto riesgo de 2008, donde el proceso de análisis de activos se volvió cada vez más sólido, incluidos procedimientos que antes rara vez se utilizaban, como los seguros. Con el objetivo de buscar incrementar la rentabilidad a través de la reducción de riesgos, los seguros de Transacciones de M&A se han vuelto más utilizados, además de buscar mejorar las coberturas.

Hoy podemos decir que el seguro ya no es reconocido como un costo y se ha convertido en un aliado muy fuerte en la búsqueda de retornos cada vez más concretos y tangibles. De este breve análisis vemos un doble movimiento hacia un mayor interés y comprensión de la necesidad de nuestros servicios en sectores más “asset light” y el éxito en el desarrollo del mercado de seguros transaccionales en América Latina, con un aumento significativo de la demanda de este tipo de productos para apoyar las negociaciones en los sectores más diversos, incluidos el tecnológico y el financiero que, consistentemente han demostrado ser el sector más activo de la región.

Concretamente en nuestra área de actividad de seguros transaccionales, observamos un movimiento relevante por parte de grandes actores estratégicos cualificados que cada vez buscan más seguridad para realizar ofertas más agresivas de adquisición de nuevos activos. Además, también vemos que los gestores de capital privado utilizan nuestras soluciones de seguros y consultoría para reducir los riesgos de los fondos y las exposiciones a largo plazo, con el objetivo de una desinversión más asertiva.

¿A qué se debe el comportamiento del mercado transaccional mexicano y chileno, los cuales han sido desplazados por economías como la colombiana o peruana en los últimos meses? , ¿Cuál es su evaluación para cada una de las principales economías de Latam?

De hecho, el mercado peruano destacó significativamente, con un aumento del 172% en el número de transacciones. Aunque el número absoluto aún no es muy significativo en comparación con Chile, México y Brasil, estos países tuvieron poco aumento o incluso una caída porcentual en comparación con el año 2022. Para México el escenario es relativamente complejo, al haber sido impactado directamente por regulaciones y restricciones, además de la implementación en el límite para inversiones extranjeras lo que genera un grado relevante de incertidumbre para los inversionistas.

El mercado chileno tiene importantes particularidades relacionadas principalmente con las reservas mundiales de litio, lo que atrae a inversionistas interesados ​​en el sector minero y también en la actual expansión del mercado de vehículos eléctricos. También pesa a su favor el cierre de numerosos negocios a finales de año, lo que podría desplazar la curva de inicio de año hacia un frente negativo.

Perú, a pesar de seguir navegando en el mercado de M&A  de manera incipiente, demuestra resiliencia frente a las incertidumbres locales y los grandes conflictos globales.

¿Cuáles son las perspectivas de Private Equity y Venture Capital en América Latina en este 2024? ¿Qué países podrían tener una mejor dinámica en este segmento?

Los altos tipos de interés siguen siendo un punto muy relevante para el mercado de Private Equity y Venture Capital, especialmente en lo que respecta al acceso a capital para nuevas inversiones considerando que las tasas de rentabilidad esperadas por los inversores tienden a aumentar. Sin embargo, todavía vemos un gran nivel de “dry powder” en América Latina y un crecimiento relevante en el número de jugadores, en cierta medida desvinculado de la tendencia reciente en el mercado global, lo que demuestra la resiliencia de América Latina frente a este tipo de inversiones alternativas. A diferencia de mercados más maduros como Europa y Estados Unidos, entendemos que América Latina tiene un espacio de desarrollo muy grande, con varias oportunidades con potencial de altos retornos. Aquí salen ganando quienes conocen y siguen de cerca las particularidades de la región, con énfasis en los vaivenes políticos y económicos y utilizan las mejores alternativas para la toma de decisiones y la transferencia de riesgos. Y es exactamente esta cuestión de la transferencia de riesgos en la que nos hemos esforzado por apoyar a nuestros clientes.

¿Cuáles serán las perspectivas y desafíos de Aon para los siguientes meses? 

Seguimos muy positivos con relación al mercado transaccional en América Latina. Como se mencionó anteriormente, nuestro mercado todavía tiene un potencial de crecimiento muy alto. El mayor obstáculo es sin duda el mayor nivel de incertidumbre, pero que premia al inversor más atrevido. En cualquier caso, animamos a los inversores de la región a estudiar y probar alternativas emergentes para transferir riesgos. Como pionero y actor más grande de la industria, en los últimos años Aon se ha dedicado fuertemente a traer soluciones ya establecidas en mercados más maduros a América Latina. Con esto logramos conciliar la experiencia y soluciones que nuestros clientes ya tienen en otras geografías con nuestro mercado emergente que, si bien tiene grandes oportunidades, todavía tiene un mayor nivel de riesgo. ¡Este es el mejor de todos los mundos! A través de nuestros colegas presentes en los principales países de la región junto con especialistas del mercado latinoamericano repartidos en los principales mercados globales (Estados Unidos, Reino Unido y Europa), somos capaces de entregar un excelente nivel de solución. Invitamos a los inversores a probar estas soluciones, buscando que comprendamos a profundidad la oportunidad de apalancamiento que el mercado asegurador puede brindar para cada operación específica, ya sea a través de cotizaciones de seguros para pasivos ocultos (a través de seguros Reps&Warranties/Warranties&Indemnities) o para pasivos contingentes (seguros de litigios). , impuestos, etc.).

Informe mensual sobre el mercado transaccional mexicano – Febrero 2024

Mercado M&A mexicano registra aumento del 45% en capital movilizado en febrero de 2024

  • En febrero, se han registrado 27 transacciones en el país por USD 319m
  • Transacciones deVenture Capital disminuyen un 8% en febrero de 2024

El mercado de M&A en México ha contabilizado hasta febrero de 2024 un total de 41 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de USD 477m, de acuerdo con el informe mensual de TTR Data.

Estos valores implican un descenso del 11% en el número de transacciones y un aumento del 45% su importe, con respecto al mismo período de 2023. 

En cuanto al mes de febrero, se han registrado 27 transacciones entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de USD 319m.

En términos sectoriales, el de Industria Específica de Software, además del Inmobiliario, han sido los más activos del año, con 10 y 7 transacciones, respectivamente.

Ámbito Cross-Border 

En lo que respecta al mercado cross-border, hasta el segundo mes de 2024, las empresas mexicanas han apostado principalmente por invertir en Estados Unidos y Colombia, con 6 y 3 transacciones respectivamente. Por importe, destaca Colombia, con USD 57m. 

Por otro lado, Estados Unidos y España son los países que han apostado por realizar adquisiciones en México, con 5 y 3 deals, respectivamente. 

Venture Capital y Asset Acquisitions

En febrero de 2024, se han contabilizado un total de 12 transacciones de Venture Capital por
USD 118m, lo que implica un descenso del 8% en el número de transacciones y un aumento del 70% en su importe, en términos interanuales.

En el segmento de Asset Acquisitions, en el mes de febrero se han registrado 11 transacciones por USD 195m, lo cual representa un aumento del 57% en el número de transacciones y del 518% en su importe, con respecto a febrero de 2023.

Transacción Destacada

Para febrero de 2024, TTR Data ha seleccionado como transacción destacada la relacionada con
Mexico Infrastructure Partners, entidad dedicada a invertir en infraestructura y energía con sede en Ciudad de México, la cual ha cerrado la adquisición de 8,5 GW de plantas de ciclo combinados de gas a Iberdrola México, filial de Iberdrola por USD 6.200m.

La transacción ha contado con el asesoramiento jurídico de Baker McKenzie; Creel, García-Cuéllar, Aiza y Enríquez; y Ritch Mueller. Por la parte del financiamiento, la transacción ha sido asesorada por Galicia Abogados; Milbank; White & Case; Ritch Mueller; Cleary Gottlieb Steen & Hamilton; y Holland & Knight.

Por la parte financiera, la transacción ha sido asesorada por J.P. Morgan; BBVA; Citigroup; Santander Corporate & Investment Banking (SCIB); y Barclays Bank. 

Relatório anual sobre o mercado transacional português – 2023

Fusões e Aquisições movimentam EUR 13,9bi em 2023

  • Em 2023, foram registadas 695 transações
  • Volume de transações regista aumento de 16% em comparação a 2022
  • Setor de Real Estate foi o mais ativo no período, com 144 transações
  • Houve um crescimento de 19% no volume de transações em Venture Capital
  • Investimentos feitos por Private Equity regista aumento de 27% em volume de operações

Em 2023, o mercado transacional português viu a concretização de 695 operações e um valor total de EUR 13,9bi. Destas, 45% revelaram seus valores, conforme aponta o mais recente relatório do TTR Data.

Estes números representam um crescimento de 16% no número de transações em comparação com o ano anterior, tal como um aumento de 6% no capital mobilizado.

No quarto trimetres de 2023, foram registadas 192 fusões e aquisições, entre anunciadas e encerradas, e um valor total de EUR 3,4bi.



Operações do mercado transacional de 4Q2021 a 4Q2023

Fonte: TTR Data

Em termos setoriais, o setor de Real Estate foi o mais ativo em 2023, com 144 transações, seguido pelo setor de Internet, Software & IT Services com 98 operações, o qual registou um crescimento de 8% comparado a 2022.

Âmbito Cross-Border

No âmbito Cross-Border, quanto à número de transações, a Espanha e o Reino Unido, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 83 e 42 transações, respectivamente. 

As empresas portuguesas escolheram a Espanha e o Brasil como principal destino de investimento, com 42 e 13 transações, respectivamente.

As empresas norte-americanas diminuiram em 5% suas aquisições no mercado português, em 2023. As aquisições estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet diminuiram em 27% em comparação ao mesmo período de 2022. 

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em 2023, foram contabilizadas 84 transações de Private Equity contabilizando EUR 1,4bi, representando um crescimento de 27% no número de operações em comparação ao mesmo período de 2022.

Em Venture Capital, foram realizadas 150 rodadas de investimentos e um total de EUR 560m, representando um crescimento de 19% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registadas 147 transações com um valor de EUR 1,9bi, representando um aumento de 7% no número de operações.

Transação do ano

A transação destacada pelo TTR Data em 2023, é a conclusão da aquisição da Eólica da Linha, Eólica do Sincelo e Corner dnd Border pela Finerge Alfama, subsidiária da Finerge. O valor da transação é de aproximadamente EUR 551m.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa dos escritórios Cuatrecasas Portugal e VdA – Vieira de Almeida. Do lado financeiro, foi assessorado pela CaixaBank Corporate Finance; KPMG; e Santander Corporate & Investment Banking Portugal. O VdA – Vieira de Almeida e Deloitte realizaram a Due Diligence. A assessoria técnica e de seguros, foi feita pela G-Advisory e Willis Towers Watson Services, respectivamente.

Ranking de consultores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica em 2023 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações lidera ao longo de 2023, o escritório Cuatrecasas Portugal,com 43 transações. Em valor, lidera o escritório VdA – Vieira de Almeida contabilizando um total de EUR 3,2bi.

No que se refere ao ranking de assessores financeiros, por número de transações lidera o Oaklins Portugal com oito operações. Em valor, lidera o BTG Pactual contabilizando EUR 852,23m.

Informe mensual sobre el mercado transaccional mexicano – Noviembre 2023

Actividad en el mercado M&A mexicano registra descenso del 24% hasta noviembre de 2023

  • En noviembre, se han registrado 19 transacciones en el país por USD 266m
  • Transacciones de Venture Capital disminuyen un 42% hasta noviembre de 2023
  • Transacciones de adquisición de activos disminuyen un 2% hasta noviembre de 2023

El mercado de M&A en México ha contabilizado hasta el mes de noviembre un total de 305 deals con un importe agregado de USD 12.219m, según el informe mensual de TTR Data.

Estas cifras suponen una disminución del 24% en el número de transacciones, así como un descenso del 20% en el capital movilizado, con respecto al mismo periodo de 2022.

Por su parte, en el mes de noviembre, se han registrado 19 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de USD 266m. 

En términos sectoriales, el Inmobiliario, así como el de Industria Específica de Software e Internet, Software y Servicios IT, han sido los más activos del año, con 40 transacciones cada uno. 

Ámbito Cross-Border 

En lo que respecta al mercado cross-border, hasta noviembre de 2023, las empresas mexicanas han apostado principalmente por invertir en España y Estados Unidos, con 16 transacciones en cada país. Por importe, destaca España, con USD 625m. 

Por otro lado, Estados Unidos es el país que más ha apostado por realizar adquisiciones en México, con 77 transacciones, por un importe agregado de USD 957m. 

Private Equity, Venture Capital y Asset Acquisitions

Hasta noviembre de 2023, se han contabilizado un total de 33 transacciones de Private Equity por
USD 260m, lo que representa un descenso del 15% en el número de transacciones, así como un descenso del 85% en el capital movilizado, con respecto a noviembre del año anterior. 

Por su parte, se han registrado hasta el mes de noviembre, un totalde 87 deals de Venture Capital por USD 740m, lo que implica un descenso interanual del 42% en el número de transacciones y del 71% en su valor.

En el segmento de Asset Acquisitions, hasta el mes de noviembre, se han registrado 53 transacciones, lo cual representa un descenso del 2% en el número de deals y un aumento del 121% en su valor, con respecto a noviembre de 2022.

Transacción Destacada

Para noviembre de 2023, TTR Data ha seleccionado como transacción destacada la relacionada con
BA Glass I, que ha completado la adquisición del 60% de la mexicana Vidrio Formas

La transacción ha contado con el asesoramiento jurídico de Galicia Abogados y SMPS Legal. 

Ranking de asesores financieros y jurídicos 

El informe publica los rankings de asesoramiento financiero y jurídico de 2023 en M&A, Private Equity, Venture Capital y Mercado de Capitales, donde se informa de la actividad de las firmas destacadas por el número de transacciones y por su importe.

El ranking TTR de asesores financieros, por importe y por número de transacciones, lo lidera Banco Santander, con USD 6.286m y 5 transacciones asesoradas.

En cuanto al ranking de asesores jurídicos, por número de transacciones, lidera en el transcurso de 2023, Creel, García-Cuéllar, Aiza y Enríquez, con 30 deals y, por importe, lidera Baker McKenzie México, con USD 6.006m.