Relatório anual sobre o mercado transacional português – 2024


Fusões e Aquisições movimentam EUR 12,6bi em 2024

  • Em 2024, foram registadas 602 transações
  • Volume de transações regista queda de 16% em comparação a 2023
  • Setor de Real Estate foi o mais ativo no período, com 105 transações
  • Houve um crescimento de 55% no capital mobilizado em Venture Capital
  • Aquisições estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet aumentaram em 27%

Em 2024, o mercado transacional português viu a concretização de 602 operações e um valor total de EUR 12,6bi. Destas, 41% revelaram seus valores, conforme aponta o mais recente relatório do TTR Data (ttrdata.com).

Estes números representam uma queda de 16% no número de transações em comparação com o ano anterior, tal como uma diminuição de 17% no capital mobilizado.

No quarto trimestre de 2024, foram registadas 153 fusões e aquisições, entre anunciadas e encerradas, e um valor total de EUR 3,2bi.

Operações do mercado transacional de 4Q2022 a 4Q2024
Fonte: TTR Data.

Em termos setoriais, o setor de Real Estate foi o mais ativo em 2024, com 105 transações, seguido pelo setor de Internet, Software & IT Services com 70 operações, o qual registou uma queda de 18% comparado a 2023.

Âmbito Cross-Border

No âmbito Cross-Border, quanto à número de transações, a Espanha e a França, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 70 e 38 transações, respectivamente. 

As empresas portuguesas escolheram a Espanha e o Reino Unido como principal destino de investimento, com 45 e 14 transações, respectivamente.

As empresas norte-americanas diminuiram em 25% suas aquisições no mercado português, em 2024. As aquisições estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet aumentaram em 27% em comparação ao mesmo período de 2023. 

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Em 2024, foram contabilizadas 70 transações de Private Equity contabilizando EUR 3,5bi, representando um crescimento de 56% no valor em comparação ao mesmo período de 2023.

Em Venture Capital, foram realizadas 122 rodadas de investimentos e um total de EUR 886m, representando um crescimento de 55% no capital investido.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registadas 135 transações com um valor de EUR 3,0bi, representando um aumento de 47% no valor mobilizado.

Transação do ano

A transação destacada pelo TTR Data em 2024, é a conclusão da aquisição de uma participação majoritária na FairJourney Biologics pelo Partners Group. O valor da transação é de aproximadamente EUR 900m.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa dos escritórios Cuatrecasas Portugal e Deloitte Legal Portugal. Do lado financeiro, foi assessorado pelo J.P. Morgan. O PwC Portugal realizou a Due Diligence. 

Ranking de consultores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica em 2024 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações lidera ao longo de 2024, o escritório Cuatrecasas Portugal,com 49 transações. Em valor, lidera o escritório PLMJ contabilizando um total de EUR 2,7bi.

No que se refere ao ranking de assessores financeiros, por número de transações lidera em 2024 o Banco Santander com cinco operações. Em valor lidera o escritório J.P. Morgan,contabilizando um total de EUR 900m.

Informe anual sobre el mercado transaccional español – 2024


El mercado de M&A en España aumenta un 8% en 2024

  • En 2024 se han registrado 3.473 transacciones de M&A por un importe de EUR 95.971m
  • El sector Inmobiliario ha registrado el mayor número de transacciones en 2024, con 646 deals
  • Las inversiones de fondos extranjeros de private equity y venture capital en empresas españolas han aumentado un 39% respecto a 2023

El mercado transaccional español registra en 2024 un total de 3.473 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de EUR 95.791m, según el informe anual de TTR Data (www.ttrdata.com)
en colaboración con A&O Shearman España. Estas cifras suponen un aumento de aproximadamente un 8% en el número de transacciones y de aproximadamente un  11% en su importe, con respecto a 2023.

En términos sectoriales, el Inmobiliario es el más activo del año, con un total de 646 transacciones, y ha registrado un descenso del 2% con respecto a 2023; seguido por el sector de Internet, Software y Servicios IT, con 330 transacciones y un descenso interanual del 4%.

Ámbito Cross-Border

En lo que respecta al mercado Cross-Border, en el transcurso del año, las empresas españolas han elegido como principales destinos de sus inversiones a Portugal, Estados Unidos, e Italia, con 70, 60, y 53 transacciones respectivamente. En términos de importe, Estados Unidos es el país en el que España ha realizado un mayor desembolso, con un importe agregado de aproximadamente EUR 4.945m.

Por otro lado, Estados Unidos (241), Francia (200) y Reino Unido (163) son los países que mayor número de inversiones han realizado en España en el transcurso del año. Por importe, destaca Estados Unidos, con un importe agregado de aproximadamente EUR 13.383m.

Private Equity y Venture Capital

En 2024, se han contabilizado un total de 430 transacciones de Private Equity, de las cuales 105 tienen un importe no confidencial agregado de EUR 27.620m. Esto supone un aumento del 4% en el número de transacciones y un alza del 48% en su importe, con respecto al año anterior.

Por su parte, en el mercado de Venture Capital se han llevado a cabo 658 transacciones, de las cuales 508 tienen un importe no confidencial agregado de EUR 3.407m. En este caso, ha existido una disminución con respecto a 2023 del 4% en el número de transacciones y del 2% en el capital movilizado.

Asset Acquisitions

En el mercado de adquisición de activos, se han cerrado en el año 915 transacciones con un importe de EUR 15.772m, lo cual implica un aumento del 2% en el número de transacciones y del 61% en su importe, con respecto a 2023.

Transacción del Año

Para 2024, TTR Data ha seleccionado como transacción destacada la adquisición de Idealista por parte de Cinven

La transacción, valorada en EUR 2.925m, ha contado con el asesoramiento jurídico de A&O Shearman Spain; Clifford Chance; Deloitte Legal; Dentons España; Freshfields España; Garrigues España; Simpson Thacher & Bartlett, y Uría Menéndez España. 

En cuanto a la parte financiera, la transacción ha sido asesorada por Deloitte España; J.P. Morgan y Morgan Stanley. Por su parte, en cuanto a Due Dilligence, el deal ha sido asesorado por KPMG España. 

Ranking de Asesores Jurídicos y Financieros 

El ranking TTR Data de asesores financieros en el mercado de M&A de 2024 por importe lo lidera J.P. Morgan con EUR 17.669m y, por número de transacciones, lo lidera Banco Santander, con 23 deals, respectivamente. 

En cuanto al ranking de asesores jurídicos del mercado de M&A de 2024 por importe, lideran Garrigues España, Uría Menéndez España, y A&O Shearman Spain conEUR 30.857m, EUR 30.698m, y EUR 18.408m, respectivamente.

Por número de transacciones, Garrigues España se sitúa en el primer puesto, con 207 deals asesorados, seguido por Cuatrecasas, con 198 transacciones, y Uría Menéndez, con 139 transacciones.

Perspectivas de 2025 con A&O Shearman España

Ignacio Hornedo, Socio de A&O Shearman España, ha conversado con TTR Data para esta edición anual, en la cual ha promocionado la fusión entre Allen & Overy con Shearman Sterling y ha analizado las perspectivas del mercado transaccional de España en medio de la coyuntura económica actual: “Tenemos muy buenas expectativas para 2025. Hay un volumen importante de participadas a las que distintos fondos deben dar salida. Y la deuda parece tender a estabilizarse, lo cual genera previsibilidad que es un elemento clave. Desde hace tiempo el mercado es muy sensible a los cambios geo-políticos y cualquier movimiento global impacta en la financiación de las operaciones, pero somos optimistas respecto al año que comienza.”.

Para conocer toda la entrevista, ingrese aquí.

Relatório mensal sobre o mercado transacional português – Novembro 2024

Fusões e Aquisições movimentam EUR 9,5bi em 2024

  • Número de transações diminui em 21% em comparação a 2023
  • Setor de Real Estate foi o mais ativo no período, com 88 transações
  • Aquisições estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet aumentam em 11%

Entre janeiro e novembro de 2024, o mercado transacional português viu a concretização de 503 operações, totalizando EUR 9,5bi. Destas, 38% revelaram seus valores, conforme aponta o mais recente relatório do TTR Data.

Estes números representam uma queda de 21% no número de transações em comparação com o mesmo período de 2023, bem como uma diminuição de 28% no capital mobilizado.

Em novembro, foram registadas 34 fusões e aquisições, entre anunciadas e encerradas, e um valor total de EUR 250,70m.

Operações do mercado transacional de novembro de 2023 a novembro de 2024
Fonte: TTR Data.

Em termos setoriais, o setor de Real Estate foi o mais ativo em 2024, com 88 transações, seguido pelo setor de Internet, Software & IT Services com 59 operações, o qual registou uma queda de 25% comparado a 2023.

Âmbito Cross-Border

No âmbito Cross-Border, quanto à número de transações, a Espanha e França, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 65 e 35 transações, respectivamente. 

As empresas portuguesas escolheram a Espanha e o Reino Unido como principal destino de investimento, com 38 e 13 transações, respectivamente.

As aquisições estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet aumentaram em 11% em comparação ao mesmo período de 2023. 

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Até novembro de 2024, foram contabilizadas 57 transações de Private Equity e um total de EUR 2,8bi. 

Em Venture Capital, foram realizadas 105 rodadas de investimentos e um total de EUR 715m, representando um crescimento de 36% no capital mobilizado.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registadas 121 transações com um valor de EUR 3,0bi, representando um aumento de 56% no valor total.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR Data em novembro de 2024, foi a aquisição pela CUF da miMed anteriomenete detida pela Sociedade Francisco Manuel dos Santos. O valor da transação é confidencial.

A operação foi assessorada em lei portuguesa pelo Cuatrecasas Portugal e VdA – Vieira de Almeida.

Ranking de consultores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até novembro de 2024 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações e valor em 2024 lidera o escritório PLMJ, com 32 transações econtabilizando um total de EUR 1,9bi.

No que se refere ao ranking de assessores financeiros, por número de transações lidera em 2024 o Banco Santander com cinco operações. Em valor lidera o escritório J.P. Morgan Chase International Holdings,contabilizando um total de EUR 900m.

Informe mensual sobre el mercado transaccional español – Noviembre 2024

El mercado de M&A en España crece un 2% en 2024

  • El capital movilizado en el mercado de M&A aumenta un 20% interanual
  • Hasta noviembre se ha registrado una disminución del 1% en los deals de Private Equity
  • Las transacciones de Venture Capital han registrado un descenso del 13%
  • El sector Inmobiliario es el más activo del mercado transaccional, con 551 deals en 2024

El mercado transaccional español ha registrado hasta el mes de noviembre un total de 2.939 deals con un importe agregado de EUR 89.764 millones, según el informe mensual de TTR Data.

Estas cifras suponen un crecimiento del 2% en el número de transacciones, así como un aumento de aproximadamente el 20% en el capital movilizado, con respecto al mismo periodo de 2023.

En cuanto a noviembre, se han registrado en el mes un total de 220 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de aproximadamente EUR 6.930 millones.

En términos sectoriales, el sector Inmobiliario ha sido el más activo del año, con un total de 551 transacciones, seguido por el sector de Internet, Software y Servicios IT, con 277.

Ámbito Cross-Border 

Por lo que respecta al mercado Cross-Border, hasta noviembre de 2024 las empresas españolas han elegido como principales destinos de inversión a Portugal y Estados Unidos, con 65 y 56 transacciones, respectivamente.

Por otro lado, Estados Unidos y Francia, con 197 y 174 transacciones, respectivamente, son los países que mayor número de inversiones han realizado en España. Por importe destaca Estados Unidos, con EUR 12.366 millones. 

Private Equity, Venture Capital y Asset Acquisitions 

Hasta el mes de noviembre se han contabilizado un total de 377 transacciones de Private Equity por
EUR 25.531 millones, lo cual supone un descenso de aproximadamente el 1% en el número de transacciones, y un crecimiento de aproximadamente el 40% en el importe de las mismas, respecto al mismo periodo del año anterior.

Por su parte, en el mercado de Venture Capital se han llevado a cabo 541 transacciones con un importe agregado de EUR 3.093m, lo que implica un descenso de aproximadamente un 13% en el número de transacciones y un descenso del 6% en el importe de las mismas, en términos interanuales. 

En el segmento de Asset Acquisitions se han registrado 783 transacciones por un importe de
EUR 12.829m, lo cual representa un descenso de aproximadamente un 1% en el número de transacciones, y un aumento de aproximadamente un 63% en el importe de éstas, en términos interanuales.

Transacción del mes 

En noviembre de 2024, TTR Data ha seleccionado como transacción destacada la adquisición de Acciona Saltos de Agua (ASA) por parte de Elawan Energy, por aproximadamente EUR 293m.

La transacción ha estado asesorada por la parte financiera por Crédit Agricole, Deloitte España, Lazard España y PwC España. Por la parte legal, la transacción ha sido asesorada por Cuatrecasas España, Deloitte Legal y White & Case España. Por la parte de Due Dilligence, el deal ha sido asesorado por PwC España. 

Ranking de asesores financieros y jurídicos 

El informe publica los rankings de asesoramiento financiero y jurídico de 2024 en M&A, Private Equity, Venture Capital y Mercado de Capitales, donde se informa de la actividad de las firmas destacadas por número de transacciones y por importe. 

El ranking TTR Data de asesores legales, por número de transacciones, lo lidera en el transcurso de 2024 Cuatrecasas España, con 159 deals, seguido de Garrigues España, con 148. Por importe, lideran en el transcurso del año Uría Menéndez España y Garrigues, con EUR 30.811m y EUR 30.093m, respectivamente. 

En cuanto al ranking de asesores financieros, lideran por número de transacciones Banco Santander y Norgestión, con 18 y 17 deals, respectivamente, mientras que por importe lidera J.P. Morgan, con EUR 17. 611m, seguido de Mediobanca, con EUR 13.848m. 

Entrevista Especial de TTR Data com Squire Patton Boggs

TTR Data ha entrevistado en exclusiva a Teresa Zueco, Socia directora de Squire Patton Boggs, con el objetivo de conocer la evaluación del mercado transaccional en 2024, así como las perspectivas para el corto y mediano plazo en este segmento:Esperamos un buen 2025 tanto en número como en el ticket de las operaciones, especialmente en Europa, Estados Unidos y Oriente Medio, asumiendo que la inflación se mantenga estable, que los tipos de interés sigan bajando y que no empeore la situación geopolítica.

Además, las valoraciones en operaciones estratégicas han mejorado, lo que podría indicar que los precios ya han tocado fondo, y que, aunque todavía existe cierto escepticismo, tanto en los fondos de Private Equity, como las grandes corporaciones, están dispuestas a pagar por compañías y activos sólidos coherentes con su estrategia de crecimiento”. 

Para conocer la entrevista completa, ingrese aquí

Dealmaker Q&A

TTR Dealmaker Q&A con Teresa Zueco, socia directora de Squire Patton Boggs

Squire Patton Boggs España

Teresa Zueco

Con más de 20 años de experiencia, Teresa es una de las dealmakers más activas y reconocidas del mercado español, y una de las pocas mujeres que lideran la oficina española de un despacho internacional. En 2021, tomó las riendas de la oficina española con un ambicioso proyecto de cinco años que concluirá en diciembre de 2026, y cuyos principales objetivos son alcanzar los 80 abogados, y una facturación en torno a los 35 millones de euros dentro de los que es el mid market español. Compagina su labor al frente del despacho con su rol de socia responsable del departamento Mercantil, M&A y Private Equity.


TTR Data: En medio de un panorama de incertidumbre inversionista, en el cual realizar valoraciones se ha vuelto complejo y en el que la financiación se ha encarecido: ¿cuál es el balance que hace la firma hasta el tercer trimestre de 2024 en los segmentos de M&A, Capital Privado y Venture Capital en España.

En Squire Patton Boggs observamos cierta mejoría tanto en volumen como en valor de las transacciones en el segmento del private equity y en el valor de las operaciones de M&A. En general, 2024 está siendo un año ligeramente más activo que 2023, siguiendo la tendencia al alza que comenzó en el último trimestre del año pasado.  

Esperamos un buen 2025 tanto en número como en el ticket  de las operaciones, especialmente en Europa, Estados Unidos y Oriente Medio, asumiendo que la inflación se mantenga estable, que los tipos de interés sigan bajando y que no empeore la situación geopolítica. 

Además, las valoraciones en operaciones estratégicas han mejorado, lo que podría indicar que los precios ya han tocado fondo, y que, aunque todavía existe cierto escepticismo, tanto los fondos de private equity (a pesar de los retos de fundraising, agravados por los tipos de interés), como las grandes corporaciones, están dispuestas a pagar por compañías y activos sólidos coherentes con su estrategia de crecimiento.  

Del lado vendedor, todavía hay cierta resistencia, lo que se ha traducido en salidas más lentas en el sector del private equity y en un mayor número de IPOs en Europa y Estados Unidos.

TTR Data: ¿Cuáles son los principales y más recientes retos regulatorios que ha enfrentado la firma en el mercado M&A en España?

En mi opinión, vivimos un momento de sobrerregulación y, al mismo tiempo, de dispersión normativa, que, dependiendo del sector, tiene distintas consecuencias sobre las operaciones de M&A.

La normativa sobre control de inversiones extranjeras (FDI) con el Real Decreto de 2023, se suma a la lista condiciones regulatorias (competencia, autorizaciones particulares dependiendo del sector: educación, energía, servicios financieros…) que hay que tener en cuenta en cualquier transacción. Precisamente, en los sectores regulados, habría que implementar mecanismos que agilicen los procedimientos de concesión de permisos, licencias y autorizaciones, y establecer fórmulas que garanticen una eficiente interoperabilidad entre los diferentes organismos y Administraciones involucrados, de manera que las transacciones puedan cerrarse más rápido. Esto permitiría sacar a España de la lista de jurisdicciones que actualmente cuentan con abundantes barreras regulatorias que España salga de la lista de jurisdicciones con abundantes barreras regulatorias (aunque muchas de ellas sean comunitarias) y lentitud administrativa.

En sectores como el de la energía, por ejemplo, nos encontramos además con una dispersión normativa en cuanto a los criterios medioambientales debido a las competencias autonómicas, algo que genera incertidumbre. Para un mismo proyecto, la tramitación medioambiental que se exige en una Comunidad Autónoma puede ser sustancialmente diferente a la que se exige en otra. Esta disparidad de criterios y la abundancia de trámites administrativos, en definitiva, añaden incertidumbre al desarrollo de proyectos, y son cuestiones que tienen en cuenta muchos de nuestros clientes, inversores extranjeros profesionales, a la hora de valorar una transacción en España frente a otros países como Francia o Italia  y, en muchos casos, se convierten en factores determinantes en la toma de decisiones, frenando oportunidades.

TTR Data: Como una de las firmas líderes en el sector tecnológico en el mercado M&A, ¿cómo ha cambiado el enfoque hacia la due diligence en el sector tecnológico, dado el creciente énfasis en la propiedad intelectual y la ciberseguridad?

Prestamos atención a contingencias que antes pasaban más desapercibidas. En materia de IP, por ejemplo, es habitual verificar si las empresas que desarrollan software han analizado el impacto del uso de código en régimen de open source (la compatibilidad de las licencias a las que quedan sujetas las distintas librerías y el condicionado de esas licencias, que, cuando son antiguas, pueden llegar a condicionar o incluso impedir la distribución con ánimo de lucro del software al que se incorporan).

Las contingencias de protección de datos también tienen más peso, como consecuencia del régimen sancionador incluido en la normativa de privacidad. Este  peso es aún mayor si consideramos que la Agencia Española de Protección de Datos es la más activa de Europa. Y esto acaba de empezar: en cuanto el Reglamento de Inteligencia Artificial resulte de aplicación, tendremos que verificar también su cumplimiento en el marco de la due diligence. Lo mismo sucede con el Digital Services Act, la normativa que transponga la Directiva NIS2 o, en el caso de empresas tecnológicas con foco en el sector financiero o asegurador, también el cumplimiento de DORA.  

En definitiva, si bien en los últimos cuatro o cinco años ya hemos asistido a cambios en los procesos de due diligence que añaden complejidad y coste a los mismos, en los próximos dos años esta tendencia se consolidará.

TTR Data: ¿Qué estrategias legales se consideran relevantes para proteger los intereses de los compradores en fusiones y adquisiciones de empresas tecnológicas emergentes?

Como asesores legales, nosotros no intervenimos en la decisión de valoración, pero sí podemos ayudar al comprador a detectar y entender los riesgos legales y regulatorios para que tome una decisión informada al respecto. Por tanto, el trabajo de due diligence es fundamental en un entorno tan reglado y, especialmente, en relación con empresas tecnológicas emergentes, donde la incertidumbre es mayor. 

A partir de ahí, los mecanismos de protección son los contractuales: diferimientos de pago o pagos contingentes (earn outs), condiciones suspensivas hasta la obtención de las autorizaciones pertinentes o hasta alcanzar hitos de desarrollo tecnológico, manifestaciones y garantías, con o sin seguro, indemnizaciones específicas aseguradas con escrow, cláusulas de terminación, o el cálculo de daños que recoja la pérdida de valor mediante múltiplos. Los contratos de compraventa pueden ser lo suficientemente sofisticados como para minimizar o, al menos, controlar los riesgos del comprador.

TTR Data: ¿Cómo está afectando la evolución de la inteligencia artificial y otras tecnologías disruptivas al valor de las empresas en las negociaciones M&A?

Cuanta más automatización y más escalabilidad, mejor precio. Indudablemente, la adopción de tecnologías disruptivas como la IA, incrementa el valor de las empresas, no sólo porque en efecto sean más rentables, sino porque suponen un recorrido ineludible para su supervivencia que, de otro modo, tendría que asumir el inversor o comprador.

TTR Data: En el contexto actual, ¿qué factores considera que están impulsando el apetito inversor por empresas tecnológicas en España?

Con carácter general, se busca tanto la tecnología propia (empresas que han desarrollado una tecnología que, por sí misma o en combinación con la tecnología desarrollada por el comprador, generan oportunidades de negocio escalables en diferentes sectores y mercados) como el talento, cada vez más difícil de encontrar de otro modo (sólo hay que ver el auge de las plataformas de selección de contratistas, a las que todas las empresas tecnológicas acuden para complementar sus plantillas). Por otra parte, se trata de un sector muy atomizado en España, por lo que hablamos de operaciones más pequeñas (no suelen requerir un gran desembolso), es decir:  riesgo aceptable y menor necesidad de financiación.