Relatório Mensal TTR – Portugal 1Q2018

Fusões e Aquisições em Portugal movimentam 3,1 mil milhões no primeiro trimestre

  • Portugal registou 72 transações desde o início de 2018
  • 30 transações revelaram valores que somam € 3,1 mil milhões
  • Investimentos de venture capital em alta de 85% no ano

O mercado de fusões e aquisições de Portugal movimentou 3,1 mil milhões de euros de janeiro a março, um número 43,4% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2017. Segundo o Relatório Mensal de M&A da Transactional Track Record sobre o 1T2018, já foram registradas 72 transações no país desde o início do ano, total 19,10% abaixo das 89 operações anotadas em 2017.

Dois subsetores têm liderado os movimentos transacionais no país em 2017. O segmento Imobiliário mantém a tendência iniciada em 2015 e aparece como o mais ativo do período. O TTR registou 15 operações envolvendo empresas do setor no período, representando uma queda de 32%. Porém, o setor de destaque foi Tecnologia, que obteve um crescimento de 33%, chegando a 12 operações no trimestre.

 

 CROSS-BORDER

O segmento Tecnologia, juntamente com Internet, esteve entre as grandes apostas dos investidores estrangeiros no mercado português. O número de aquisições estrangeiras nos dois subsetores assinalou crescimento de 133%.

Em número de operações cross-border, o mercado português somou 31 operações inbound, em que empresas portuguesas foram adquiridas por companhias estrangeiras.  No trimestre, a Espanha se manteve como o país que mais realiza operações no território nacional, tendo adquirido 10 empresas, com investimentos que totalizaram 156 milhões de euros. Destas, quatro transações foram no setor Imobiliário, incluindo o investimento de 86 milhões de euros da ORES Socimi na aquisição de seis ativos comerciais em Portugal.

Em seguida, destacam-se os investimentos de empresas de origem francesa, que já realizaram sete operações em território português no ano, com investimentos que agregaram 305 milhões de euros, e da Holanda, que com duas operações marcou 450 milhões de euros.

Porém, o maior investidor estrangeiro em Portugal no primeiro trimestre de 2018 é a China, que já investiu mais de 1,5 mil milhões de euros em empresas do país no período.

 

PRIVATE EQUITY E VENTURE CAPITAL

No cenário de venture capital, o primeiro trimestre de 2018 fechou em alta. Foram nove operações registadas pelo TTR de janeiro a março, com operações que revelaram valores que somados superam a marca de 40 milhões de euros, crescimento significativo de 85% em comparação ao mesmo período de 2017. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos no ano os segmentos de Tecnologia (6) e Internet (2).

Já os investimentos de private equity continuam a ter uma atuação discreta no mercado português. No primeiro trimestre do ano, foram anunciadas seis transações, redução de 45% em relação ao período homólogo de 2017. Duas dessas operações tiveram seus volumes financeiros divulgados, somando 1,4 mil milhões de euros.

 

TRANSAÇÃO DO TRIMESTRE

A transação do trimestre eleita pela Transactional Track Record, foi a conclusão da aquisição dos centros comerciais Forum Montijo, Forum Sintra e Sintra Retail Park pela pela Immochan, com um investimento de 450 milhões de euros.

A Immochan teve o apoio jurídico da Abreu Advogados. Já o vendedor – o fundo de investimentos Blackstone – contou com assessoria da PLMJ.

 

 

Relatório Mensal TTR – Brasil 1Q2018

Fusões e Aquisições movimentam R$ 54,2 bilhões no primeiro trimestre de 2018

 

  • Relatório trimestral do TTR aponta alta de 6,86% total investido no período
  • Primeiro trimestre fecha com 210 transações, em queda de 19,85%, comparado ao mesmo intervalo de 2017
  • Venture Capital tem o melhor primeiro trimestre desde 2016

 

 

O volume financeiro de fusões e aquisições no mercado brasileiro somou R$ 54,3 bilhões no primeiro trimestre de 2018, crescimento de 6,86% no valor total aportado em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. Foi o maior valor investido no primeiro trimestre do ano desde 2016. De acordo com os dados publicados no Relatório Trimestral da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, foram registrados 210 novos negócios, uma queda de 19,85% no período. As 12 transações de grande porte – maiores ou igual a R$ 500 milhões – registradas de janeiro a março somaram R$ 49,8 bilhões.

O subsetor mais ativo, mantendo tendência que se repete desde 2014, foi o de Tecnologia, foram 46 transações no período, alta de 31% comparado ao mesmo período do ano anterior. O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 33,33% das aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet.

Já os setores Financeiro e Seguros e Saúde, Higiene e Estética registraram 24 transações no trimestre cada, ambos com quedas de 14% e 17%, respectivamente.

 

Operações cross-border

No âmbito inbound, foram contabilizadas 49 operações de compra de empresas brasileiras no trimestre. Apesar de seguir como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, as 17 operações dos Estados Unidos, que juntas somam R$ 977,8 milhões no ano, não foram suficientes para ultrapassar os valores investidos por empresas chinesas no Brasil, aproximadamente R$ 1,9 bilhão. Destaque também para os investimentos de empresas da Suíça, quatro, que somaram R$ 1,3 bilhão.

O setor de Tecnologia foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras em 2018. O interesse estrangeiro também focou no setor Financeiro e Seguros, incluindo seis deals cujos aportes foram provenientes de empresas dos Estados Unidos.  Dentre eles, R$ 150 milhões recebidos pela Nubank, startup brasileira de cartões de crédito, em uma rodada de investimento Série E liderada pelo DST Global, do Reino Unido, com a participação do Founders Fund, Redpoint Ventures, Ribbit Capital, QED Investors, Dragoneer Investment Group e Thrive Capital, todos fundos de origem norte-americana.

No cenário outbound, as compras brasileiras no exterior tiveram como alvo prioritário no período a América Latina, com aquisições realizadas na Colômbia, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, no México e no Chile.

 

Private Equity e Venture Capital

Nos cenários de private equity e venture capital, destaque para o crescimento de 25% dos investimentos de fundos estrangeiros em empresas nacionais.  Esses aportes tiveram forte influência no volume financeiro das operações de private equity registradas pelo TTR no Brasil no 1T18.

Apesar de queda de 50% no total de transações registradas, nove, o total aportado anotou um aumento de 73%, levando em consideração apenas os valores alcançados por duas transações que tiveram seus valores revelados e levantaram R$ 2,3 bilhões no período. Porém, ambas foram transações de peso no mercado nacional – a aquisição do controle da 99 pela chinesa Didi Chuxing por R$ 1,9 bilhão e a compra do Centro Universitário da Serra Gaúcha pelo Grupo Cruzeiro do Sul, em uma transação que movimentou R$ 340 milhões de reais.

No panorama dos investimentos de venture capital o mercado brasileiro segue em alta e registrou o melhor primeiro trimestre dos últimos três anos. Das 46 operações registradas no TTR, 10% acima do mesmo período de 2017, 27 revelaram valores que somam R$ 1,2 bilhão, alta de 137% em comparação ao mês homólogo do ano precedente. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos Tecnologia, 21 operações no ano, e Internet, 11.

O setor Financeiro e Seguros destacou-se graças ao apetite dos investidores pelas fintechs, como a Nubank e a RecargaPay, também do setor de meios de pagamentos, e que recebeu um aporte de R$ 71 milhões da International Finance Corporatio (IFC), dos fundos TheVentureCity e Ventech, além de outros cem investidores-anjos.

 

Transação TTR do Trimestre

A transação eleita pelo TTR como a de destaque do mês do trimestre foi a aquisição do controle da 99 pela chinesa Didi Chuxing, empresa de aplicativo de taxi e com serviços de transporte de passageiros, por aproximadamente R$ 1,9 bilhão de reais.

A operação envolveu a aquisição das participações detidas pelos fundos Riverwood Capital, Monashees Capital, Qualcomm Ventures, Tiger Global Management e pelo Softbank, além de uma nova injeção de mais recursos na 99. A Didi já havia adquirido uma participação minoritária na empresa brasileira em 2017, quando participou de uma rodada de investimento de R$ 100 milhões de reais.

Barbosa, Müssnich, Aragão foi o assessor legal da Didi Chuxing na transação, enquanto Ulhôa Canto, Rezende e Guerra – Advogados e Gunderson Dettmer assessoraram os fundos. Por sua vez, a 99 recebeu assessoria financeira da Lazard (Global).

 

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações fecha o primeiro trimestre com a liderança do Banco Itaú BBA, que também lidera por quantidade de transações, seis, e acumulou o valor de R$ 38,7 bilhões, seguido por Riza Capital, R$ 37,3 bilhões, e, na sequência, Morgan Stanley, com R$ 36,7 bilhões.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por TozziniFreire Advogados, R$ 38,5 bilhões, com Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados (R$ 37,3 bilhões) na segunda posição, e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados (R$ 36,7) na terceira colocação. No pódio por número de transações, Demarest Advogados alcançou a liderança do trimestre, com 12 operações. 

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TTR Monthly Report – LatAm February 2018

LatAm deal volume falls 14% in January to 116 deal

· Aggregate deal value fell 12% to USD 5.7bn

· Deal of the Month: Mosaic acquires 40% of Compañia Minera Miski Mayo for USD 1.4bn

 

The 116 announced and closed deals across Latin America in February together represent a 14% decline in transaction volume and a 12.3% drop in aggregate transaction value over February 2017, according to TTR data.

M&A volume is down 13.8% regionally YTD over the first two months of 2017, meanwhile, with 263 deals registered since the beginning of the year worth USD 11.7bn in aggregate, considering 103 transactions of disclosed consideration across Latin America.

 

Top Six M&A Markets in Latin America

Brazil accounted for 119 of the 263 deals recorded across the region in the first two months of the year, a 20% decline relative to the transaction volume in the region’s largest market between January and February 2017. Aggregate deal value fell 69% to USD 3.9bn, meanwhile, taking into account 39 deals of disclosed consideration.

Mexico’s 53 deals YTD represent a 39% jump in volume over the same two months last year, while aggregate deal value increased 35% to USD 1.35bn, taking into account 21 deals of disclosed consideration.

Argentina ranks third in Latin America by transaction volume at the close of February with 42 announced and closed deals YTD, a 75% increase in volume over the same two months last year. The 18 transactions of disclosed consideration registered in Argentina YTD are together worth just over USD 1bn, a 155% jump in aggregate value over the January-to-February period in 2017.

Colombia ranks fourth by volume at the close of February with 25 transactions, deal flow increasing 19% over the first two months of 2017. The seven transactions of disclosed consideration registered in Colombia YTD are together worth USD 258m, representing a 77% jump in aggregate value over the same two-month period of 2017.

Peru ranks fourth regionally at the close of February, tied with Chile by volume, but surpassing its southern neighbor by aggregate value. The 20 deals registered in Peru YTD represent a 23% decline in volume. Aggregate value surged 1,399% meanwhile, to USD 3.4bn, buoyed by Mosaic’s early February acquisition of Compañia Minera Miski Mayo, among 12 transactions of disclosed consideration.

Chile fell to the bottom of the top six regional ranking by the end of February, its 20 deals representing a 55% drop in volume, notwithstanding a 40% increase in aggregate value to USD 209m relative to the first two months of 2017, considering nine transactions of disclosed consideration.

Cross-Border Deals

Bidders based in Latin America made seven extra-regional acquisitions in February, five targeting companies in North America and two with targets in the EU.

North American buyers led the bidding for Latin American targets with 16 inbound deals regionally in February, followed by bidders from the EU with 13, from Asia with two and one acquisition by an Australian firm.

Deal of the Quarter

TTR selected The Mosaic Company’s USD 1.4bn acquisition of a 40% stake in Compañia Minera Miski Mayo as Deal of the Month in February. The Peru-based target mines potassium, phosphate, kaolin and potash in the region of Piura. Estudio Muñiz represented the target in the deal, which represents 41% of Peru’s aggregate transaction value YTD.

Relatório Mensal de Fevereiro de 2018 – Portugal

Fusões e aquisições crescem 60.13% em Portugal em fevereiro

 

  • Transações revelaram valores que somam € 824 milhões
  • Investimentos de venture capital em alta de 82% no ano

 

 

O volume de fusões e aquisições no mercado transacional português somou € 824 milhões em fevereiro, um salto de 60,13% comparado ao mesmo período de 2017. Esse mapeamento está disponível no Relatório Transacional Mensal do Transactional Track Record, que registou 18 operações em Portugal no mês. Desde o início de 2018, o país já soma 47 negócios, que alcançaram valor total superior a € 1,2 mil milhões, crescimento de 52,7% no valor das operações.

O setor Imobiliário segue como o de maior movimentação. No mês foram quatro operações, queda de 8% face ao mesmo intervalo do ano anterior, mas que somadas às de janeiro chegam a 12 transações.  Porém, o destaque do mês foi crescimento de 40% do setor de Tecnologia, com quatro operações, totalizando sete desde janeiro. O segmento Financeiro e Seguros fechou o mês com três novos deals, dentre eles a venda da posição que o Banco BPI detinha na Viacer, empresa que detinha o controle do grupo Super Bock, por € 233 milhões.

Cross-Border

O segmento Tecnologia, junto com Internet, também esteve na mira do investimento internacional. O número de aquisições estrangeiras nos dois subsetores assinalou crescimento de 200%.

O mercado português totalizou 23 operações de cross-border inbound. Destas, seis foram investimentos de empresas com sede em Espanha, sendo a metade no setor Imobiliário, somando € 120 milhões. Em seguida, destacam-se os investimentos de empresas de origem francesa, que já realizaram cinco operações em território português no ano, com investimentos que agregaram € 230 milhões, divididos entre os setores Imobiliários e de Tecnologia, como foi o caso da compra de uma participação minoritária na startup Farfetch pela marca de luxo Chanel.

No ano, o maior investidor estrangeiro em Portugal é a China, devido ao anúncio da aquisição da Partex Oil and Gas, da fundação Calouste Gulbenkian, pelo grupo chinês CEFC China Energy por € 500 milhões.

Os investimentos de Portugal no mercado estrangeiro concentraram-se na Suécia e em Israel, com investimento de € 5,5 milhões e € 4,5 milhões, respetivamente.

 

Private Equity e Venture Capital

No cenário de venture capital, 2018 segue em alta. Foram três operações registadas pelo TTR no mês, cujos valores somaram € 6,2 milhões. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos no ano os segmentos de Tecnologia (4) e Internet (2). No ano, os aportes dessa modalidade já ultrapassaram a casa dos € 37 milhões, alta de 82% quando comparado ao mesmo intervalo do ano anterior.

Enquanto os investimentos de private equity continuam com um início de 2018 bastante discreto. Em fevereiro foram apenas duas transações anunciadas, porém sem valores revelados.

Transação do Mês

A transação destacada pelo TTR no mês de fevereiro foi a conclusão da aquisição da 3Shoppings, empresa que gere dois centros comerciais, pela Ocidental Seguros da Ocidental Seguros por € 90 milhões.

A 3Shoppings detêm e gerência os centros comerciais Guimarães Shopping e Maia Shopping. Pelo acordo, a Sonae Sierra continuará administrando os ativos. A Sonae Sierra foi assessorada na transação pelo escritório Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, enquanto a Ocidental recebeu assessoria do Linklaters Portugal. Leia mais.

 

Rankings – Assessoria Financeira e Jurídica

O pódio do ranking TTR de assessores jurídicos de fevereiro de 2018 é liderado pelo Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, com € 320 milhões, seguido de SRS Advogados, com € 25 milhões, e com o PLMJ na terceira colocação, com € 5,5 milhões. Para o Ranking completo, clique aqui.

 

 

Relatório Mensal Brasil – Fevereiro 2018

Queda de 23,9% nas operações de Fusões e Aquisições em fevereiro

  • Mês fecha com 54 transações
  • Fevereiro tem o pior resultado dos últimos dois anos
  • Investimentos de Venture Capital em alta de 23% no ano

 

O mês de fevereiro registrou 54 transações de fusões e aquisições de empresas no mercado brasileiro, o que equivale a uma queda de 23,9% em relação ao mesmo mês no ano anterior, quando foram anunciadas 71 operações. De acordo com os dados publicados no Relatório Mensal da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, em volume financeiro, essas transações movimentaram, entre as 16 que tiveram seus valores revelados, R$ 4,6 bilhões, baixa de 75,9% em relação ao montante de R$ 19,1 milhões somados em fevereiro de 2016.

No primeiro bimestre do ano, foram realizados 119 anúncios de operações de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras. Número inferior ao registrado em 2017 e 2016, 149 e 139, respectivamente. Das operações de 2018, 39 tiveram seus valores revelados, somando R$ 12,5 bilhões, total 38,9% inferior ao mesmo período do ano anterior.

O segmento Tecnologia foi o que mais atraiu investimentos no mês, foram 14 transações, repetindo resultado de janeiro. No bimestre, um salto de 56% nos movimentos em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 28,5% das aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet.

No apanhado do ano, Financeiro e Seguros aparece na segunda colocação, com 13 operações, declínio de 7%, seguido por Saúde, Higiene e Estética e Distribuição e Retail, 11 operações cada e queda de 45% e 48%, respectivamente.

 

Operações cross-border

No âmbito inbound, foram contabilizadas 27 operações de compra de empresas brasileiras no bimestre. Apesar de seguir como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, as 11 operações dos Estados Unidos, que juntas somam R$ 114 milhões no ano, não foram suficientes para ultrapassar os valores investidos por empresas chinesas e alemãs. O único investimento chinês registrado no ano, 99 taxis pela chinesa Didi Chuxing, chegou a aproximadamente R$ 1,9 bilhões, enquanto as três operações envolvendo investimentos de empresas de origem alemã totalizaram R$ 208 milhões.

O setor de Internet foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras em 2018. Destaque também para os setores de Transportes, Aviação e Logística, Tecnologia e Financeiro e Seguros.

As compras brasileiras no exterior tiveram como alvo prioritário no ano a América Latina, com aquisições realizadas na Colômbia, no Uruguai, e, em fevereiro, no Paraguai, compra do controle da Estrella Del Paraguay pela fabricante de brinquedos Estrela, e no Chile, na aquisição da rede O2 Fit pela brasileira Smart Fit.  O investimento de U$ 2,5 milhões da Klabin na start-up israelense Melodea Bio Base Solutions foi o primeiro de uma empresa brasileira fora da América Latina no ano.

 

Private Equity e Venture Capital

Nos cenários de private equity e venture capital, o mercado continua com um panorama positivo, reflexo também da retomada dos investimentos dos fundos estrangeiros em empresas brasileiras, com alta de 66,67% nos aportes.

Entretanto, fevereiro não trouxe resultados favoráveis no segmento de private equity. O volume financeiro das operações da modalidade sofreu queda de 40% no número de deals – apenas três registrados. Porém, em volume financeiro, o ano já registrou alta de 83% no total aportado em comparação a 2017, alcançando R$ 2,2 bilhões em investimentos.

Nos investimentos de venture capital, o panorama é outro. Das 27 transações assinaladas no TTR desde o inicio do ano, 23% acima do que foi anunciado no mesmo período do ano anterior, 13 revelaram valores que somam R$ 576,31 milhões, alta de 18% em comparação ao período homólogo de 2017. Porém, em fevereiro, 13 operações movimentaram R$ 96,5 milhões, 20% de retração.  O setor de maior crescimento no acumulado dos dois primeiros meses do ano foi Tecnologia – 22% – e também o que apresentou mais transações, 11.

 

Transação TTR do Mês

A conclusão da aquisição de 90% da TCP, empresa que opera o Terminal de Contêineres de Paranaguá, no Paraná, pelo grupo chinês China Merchants Port, por meio da sua subsidiária Kong Rise Development, por R$ 2,9 bilhões.

O terminal tem capacidade de movimentação anual para 1,5 milhão de TEUs, com previsão de aumento para quase 2,5 milhões de Teus até 2019. O CADE já aprovou a transação.

O TCP foi assessorado na transação pelo Banco BTG Pactual e pelo Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados, que também prestou assessoria para uma das partes vendedoras, a Advent International. A APM Terminals, que também vendeu sua participação, recebeu assessoria jurídica do escritório Lobo de Rizzo Advogados.

Por sua vez, a Kong Rise Development teve como assessores o Pinheiro Neto Advogados, e os escritórios chinês e norte-americano da Linklaters.

Leia mais sobre a Transação do Mês

 

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações e número de transações é liderado em fevereiro pelo Banco Itaú BBA, com acumulado de R$ 2 bilhões nos primeiros dois meses do ano. Seguido por Lazard, com R$ 1,9 bilhão, e Vinci Partners, com R$ 1,5 bilhão.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por e Barbosa, Müssnich, Aragão, com R$ 1,9 bilhão, seguido por Ulhôa Canto, Rezende e Guerra – Advogados, que alcançou o mesmo valor, mas perde no número de operações. TozziniFreire Advogados, R$ 1,5 bilhão, fica com a terceira posição. Por número de transações o ranking é liderado por Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados (5), com Demarest Advogados na segunda colocação, e Felsberg Advogados na sequência.

Para o ranking completo, clique aqui.