DealMaker Q&A

TTR DealMaker Q&A with

 TozziniFreire Advogados Partner

Francisco Eumene Machado de Oliveira Neto

How would you describe the performance of the Brazilian M&A market so far in 2018?

We had a very positive outcome so far this year. After years observing transactions involving assets of companies in financial difficulty (distressed assets) we are moving forward into a more stable scenario, where solid companies are merging in order to grow in size and benefit from synergy. We can see that in some recently disclosed M&A transactions, such as Fibria-Suzano, M. Dias Branco-Piraquê, as well as the merger of Somos with Kroton.

 What can we expect from the M&A market for the remainder of a year that still promises political and economic instability?

A busier first semester was expected. There still are important ongoing M&A operations, which should increase the figures for the coming months. The market should seize this window of opportunity while it lasts.

As for the rest of the year, political and economic instability will set the pace for both M&A and capital markets operations. The market should be defined not only by local uncertainties, but also by external ones.   

There were high expectations around the Capital Market for the country in 2018, after what was considered a year of recovery in 2017. In your point of view, what evaluation can be made of the Brazilian Capital Market at that beginning of year? And what are the expectations now?

The capital markets have yielded good results when it comes to fixed-income instruments. After a slow start, last month we saw a few IPOs coming through, such as Notre Dame’s, HappyVida’s and Banco Inter’s, which could be a sign of improvement.

Considering an unstable international scenario and the Brazilian elections taking place in October, we do expect things to cool down in the second semester comparing to the first, as caution shall prevail.

TozziniFreire has advised several Venture Capital operations, including investments in fintechs. How do you see this market today in terms of challenges and what does the rest of the may look like?

Venture capital operations have gained strength and should become increasingly common. This consolidation process is a natural next step following the establishment of numerous fintechs over the past years, and it is inherent to the very own dynamics of the sector.

The Fibria/Suzano deal is certainly one of the most outstanding operations of the year. What were the biggest challenges in advising such a complex transaction that combined the operations of the two companies, thatresulted in the control of 49% of the world’s pulp market?

The transaction involving Fibria and Suzano was highly complex due to the nature of the companies. We were dealing with two major publicly-held competing companies from the pulp industry. Secrecy and expedition were critical to the operation’s success.


Entrevista com Francisco Eumene Machado de Oliveira Neto, sócio do TozziniFreire Advogados.

TTR – Fazendo um balanço dos quatro primeiros meses do ano, como avalia a performance do mercado brasileiro de M&A até o momento?

F.E.M. – O balanço deste início de ano é bastante positivo. Depois de termos visto nos últimos anos operações com ativos de grupos econômicos em situação financeira difícil (distressed assets), estamos passando para um movimento de mais normalidade com empresas sólidas se unindo para ganhar escala e aproveitar sinergias. Reflexo disso são as operações de M&A já divulgadas, como a da Fibria e Suzano, a da M. Dias Branco e Piraquê.

TTR – Quais as perspectivas para o mercado de M&A em 2018 em um contexto ainda de instabilidade política e econômica?

F.E.M. – Já se esperava um primeiro semestre mais movimentado que o segundo. Para os próximos meses, ainda devemos ter outras operações de M&A relevantes que estão em andamento e que devem fazer esses números aumentarem. O mercado deve aproveitar enquanto a janela ainda está aberta. Para o restante do ano, a instabilidade política e econômica deve ditar o ritmo das operações tanto de M&A como de mercado de capitais. Não só as instabilidades locais, mas as externas também deverão balizar o mercado.

TTR – Havia uma grande expectativa em torno da área de mercado de capitais para o país em 2018, após o que foi considerado um ano de retomada em 2017. Do seu ponto
de vista, qual a avaliação que pode ser feita do Mercado de Capitais brasileiro nesse início de ano? E quais as expectativas agora?

F.E.M. – O mercado de capitais também tem apresentado bons números no que se refere às captações com base em instrumentos de renda fixa. Após um início fraco, no último mês, vimos alguns IPOs saindo, como os da Notre Dame, HappyVida e Banco Inter, que podem trazer alguma indicação de melhora. Estamos vendo ainda um cenário externo um pouco instável e, no segundo semestre, teremos eleições no país; assim as expectativas, como me referi acima, são de um segundo semestre mais arrefecido em relação ao primeiro, em que a cautela deverá prevalecer.

TTR – TozziniFreire tem assessorado diversos clientes em operações de Venture Capital, incluindo investimentos realizados em fintechs. Como vê esse mercado hoje em termos de desafios e o que se pode
esperar para o restante do ano?

F.E.M. – As operações de venture capital têm se intensificado e devem ser cada vez mais frequentes. O processo de consolidação é natural depois do surgimento de várias fintechs ao longo dos anos e da própria dinâmica desse segmento.

TTR – A aquisição da Fibria pela Suzano é, certamente, uma das operações de maior destaque do ano. Considerando sua atuação e de TozziniFreire, quais foram os maiores
desafios ao atuar em uma transação tão complexa que combinou as operações das duas companhias, e que resultará no controle de 49% do mercado mundial de celulose.

F.E.M. – A operação da Fibria com a Suzano foi complexa pelas características das empresas. Estávamos lidando com duas grandes empresas do setor de celulose, competidoras entre si e ambas empresas abertas. O sigilo e a velocidade foram fundamentais para o sucesso da operação.

Relatório Mensal Brasil – Abril 2018

By Augusto_Janiscki_Junior

Fusões e Aquisições movimentam R$ 21 bilhões em abril

 

  • Mês fecha com 65 transações
  • Investimentos de Venture Capital movimentam R$ 189,8 milhões no mês, alta de 16%

By Augusto_Janiscki_Junior

O mês de Abril registrou 65 transações de fusões e aquisições de empresas no mercado brasileiro, o que equivale a uma queda de 29,3% em relação ao mesmo mês de 2017, quando foram anunciadas 92 operações., segundo os números publicados no Relatório Mensal da Transactional Track Record (TTR), em parceria com LexisNexis e TozziniFreire Advogados.  Em volume financeiro, essas transações movimentaram, entre as 28 que tiveram seus valores revelados, R$ 21,2 bilhões, alta de 193,76% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Nos primeiros quatro meses do ano, já foram anotados 305 anúncios de operações de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras. Número inferior ao registrado em 2017 e 2016, 355 e 306, respectivamente. Das operações de 2018, 129 tiveram seus valores divulgados, somando R$ 85,8 bilhões, total 48% acima do que foi registrado no ano passado.

O segmento Tecnologia segue o mais atrativo no mercado brasileiro. No mês, foram 15 transações, que somadas às anteriores alcançam 68 operações, aumento de 10% comparado ao ano anterior. O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 50% das aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet.

No apanhado do ano, Financeiro e Seguros aparece estável na segunda colocação, com 34 operações, enquanto Saúde, Higiene e Estética, 30, e Consultoria, Auditoria e Engenharia, 23, revelaram declínio de 14% e 28%, respectivamente.

 

Operações cross-border

No âmbito inbound, em que empresas estrangeiras adquirem companhias brasileiras, foram contabilizadas 73 operações de compra desde o início de 2018. Apesar de seguir como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, contabilizando 25 transações, que juntas somam R$ 2,6 bilhões no ano, as operações norte-americanas não foram suficientes para ultrapassar os valores investidos por empresas japonesas no Brasil no período.

Os quatro investimentos de empresas do japão totalizaram R$ 3,7 bilhões, valor composto em sua maior parte pela alienação da Embraco pela Whirlpool Corporation para a fabricante de motores elétricos japonesas Nidec Corporation,.

China e Suíça também ultrapassaram a marca de um bilhão de reais em investimentos, tendo aportado, R$ 1,9 bilhões e R$ 1,3 bilhões cada.

O setor de Tecnologia foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras em 2018. Destaque também para Financeiro e Seguros e Consultoria, Auditoria e Engenharia.

Já as empresas brasileiras fizeram 10 aquisições no mercado externo, incluindo a compra de uma participação de 10% na britânica Oxis Energy pela Confrapar por R$ 17 milhões em abril. A Oxis Energy desenvolve e fabrica baterias de lítio-enxofre (Li-S).

No mesmo mês, a Sense Bike, empresa brasileira especializada em modelos de bicicletas de alumínio, também anunciou a aquisição da sul-africana Swift Carbon, que fabrica modelos em fibra de carbono, por R$ 20 milhões.

 

Private Equity e Venture Capital

Nos cenários de private equity e venture capital, o mercado continua com um panorama positivo. Os números refletem a retomada dos investimentos dos fundos estrangeiros em empresas brasileiras, foram 27 operações no ano e alta de 58,82% nos aportes.

Entretanto, abril não trouxe bons resultados para os investimentos da modalidade private equity. O volume financeiro das operações teve queda de 75% no número de deals – apenas dois registrados, e de 94% no volume financeiro, R$ 28 milhões aportados. Porém, no ano, o total investido segue em alta, com crescimento de 93% face ao ano anterior, com R$ 3,4 bilhões investidos.

Nos investimentos de venture capital, o panorama é diferente. Das 71 transações assinaladas no TTR desde o inicio do ano, 8% acima do que foi anunciado no mesmo período do ano anterior, 41 revelaram valores que somam R$ 1,39 bilhões, alta de 114% em comparação ao período homólogo de 2017.

Em abril, das 19 operações, 10 revelaram dados financeiros que demonstraram uma  movimentação de R$ 189,8 milhões, crescimento de 16% comparado ao mesmo mês do ano anterior.

Dentre as transações que ajudaram a compor os números de venture capital em abril está a ContaAzul, plataforma de gestão em nuvem para pequenas empresas, que captou R$ 100 milhões em rodada de investimentos liderado pela norte-americana Tiger Global Managment e seguida pelo fundo Endeavor Catalyst.

O setor de maior crescimento no acumulado dos quatro primeiros meses do ano foi Financeiro e Seguros – 200%, enquanto o que apresentou mais transações, 37, foi Tecnologia.

 

Transação TTR do Mês

A conclusão da aquisição do controle da Cremer pela CM Hospitalar por R$ 506,71 milhões foi eleita pelo TTR como a transação do mês em abril. A CM Hospitalar, empresa distribuidora de medicamentos e produtos para a saúde, finalizou a operação de compra da participação societária de 88,52% detida pelo Tabaqui FIP no capital social da Cremer, que registrou faturamento de R$ 870 milhões em 2016.

A CM Hospitalar foi assessorada na transação pelo Banco Itaú BBA e pelos escritórios Lefosse Advogados e CM Advogados. Enquanto a Tambaqui FIP recebeu assessoria jurídica de Stocche, Forbes, Padis, Filizzola, Clapis, Passaro, Meyer e Refinetti Sociedade de Advogados.

 

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações e número de transações é liderado em fevereiro pelo Banco Itaú BBA, com acumulado de R$ 51,9 bilhões nos primeiros quatro meses do ano. Na sequência, Riza Capital, com R$ 41,8 bilhões, e Morgan Stanley, com R$ 39,9 bilhões.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados, com R$ 46,6 bilhões, seguido por Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com R$ 42,3 bilhões, e TozziniFreire Advogados, R$ 38,7 bilhões, na terceira posição. Por número de transações o ranking é liderado por Demarest Advogados, 16 operações, com Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, 15, com a segunda colocação, e TozziniFreire Advogados, 14, na sequência.

Veja o ranking completo!

 

 

Relatório Mensal TTR – Brasil 1Q2018

Fusões e Aquisições movimentam R$ 54,2 bilhões no primeiro trimestre de 2018

 

  • Relatório trimestral do TTR aponta alta de 6,86% total investido no período
  • Primeiro trimestre fecha com 210 transações, em queda de 19,85%, comparado ao mesmo intervalo de 2017
  • Venture Capital tem o melhor primeiro trimestre desde 2016

 

 

O volume financeiro de fusões e aquisições no mercado brasileiro somou R$ 54,3 bilhões no primeiro trimestre de 2018, crescimento de 6,86% no valor total aportado em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. Foi o maior valor investido no primeiro trimestre do ano desde 2016. De acordo com os dados publicados no Relatório Trimestral da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, foram registrados 210 novos negócios, uma queda de 19,85% no período. As 12 transações de grande porte – maiores ou igual a R$ 500 milhões – registradas de janeiro a março somaram R$ 49,8 bilhões.

O subsetor mais ativo, mantendo tendência que se repete desde 2014, foi o de Tecnologia, foram 46 transações no período, alta de 31% comparado ao mesmo período do ano anterior. O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 33,33% das aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet.

Já os setores Financeiro e Seguros e Saúde, Higiene e Estética registraram 24 transações no trimestre cada, ambos com quedas de 14% e 17%, respectivamente.

 

Operações cross-border

No âmbito inbound, foram contabilizadas 49 operações de compra de empresas brasileiras no trimestre. Apesar de seguir como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, as 17 operações dos Estados Unidos, que juntas somam R$ 977,8 milhões no ano, não foram suficientes para ultrapassar os valores investidos por empresas chinesas no Brasil, aproximadamente R$ 1,9 bilhão. Destaque também para os investimentos de empresas da Suíça, quatro, que somaram R$ 1,3 bilhão.

O setor de Tecnologia foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras em 2018. O interesse estrangeiro também focou no setor Financeiro e Seguros, incluindo seis deals cujos aportes foram provenientes de empresas dos Estados Unidos.  Dentre eles, R$ 150 milhões recebidos pela Nubank, startup brasileira de cartões de crédito, em uma rodada de investimento Série E liderada pelo DST Global, do Reino Unido, com a participação do Founders Fund, Redpoint Ventures, Ribbit Capital, QED Investors, Dragoneer Investment Group e Thrive Capital, todos fundos de origem norte-americana.

No cenário outbound, as compras brasileiras no exterior tiveram como alvo prioritário no período a América Latina, com aquisições realizadas na Colômbia, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, no México e no Chile.

 

Private Equity e Venture Capital

Nos cenários de private equity e venture capital, destaque para o crescimento de 25% dos investimentos de fundos estrangeiros em empresas nacionais.  Esses aportes tiveram forte influência no volume financeiro das operações de private equity registradas pelo TTR no Brasil no 1T18.

Apesar de queda de 50% no total de transações registradas, nove, o total aportado anotou um aumento de 73%, levando em consideração apenas os valores alcançados por duas transações que tiveram seus valores revelados e levantaram R$ 2,3 bilhões no período. Porém, ambas foram transações de peso no mercado nacional – a aquisição do controle da 99 pela chinesa Didi Chuxing por R$ 1,9 bilhão e a compra do Centro Universitário da Serra Gaúcha pelo Grupo Cruzeiro do Sul, em uma transação que movimentou R$ 340 milhões de reais.

No panorama dos investimentos de venture capital o mercado brasileiro segue em alta e registrou o melhor primeiro trimestre dos últimos três anos. Das 46 operações registradas no TTR, 10% acima do mesmo período de 2017, 27 revelaram valores que somam R$ 1,2 bilhão, alta de 137% em comparação ao mês homólogo do ano precedente. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos Tecnologia, 21 operações no ano, e Internet, 11.

O setor Financeiro e Seguros destacou-se graças ao apetite dos investidores pelas fintechs, como a Nubank e a RecargaPay, também do setor de meios de pagamentos, e que recebeu um aporte de R$ 71 milhões da International Finance Corporatio (IFC), dos fundos TheVentureCity e Ventech, além de outros cem investidores-anjos.

 

Transação TTR do Trimestre

A transação eleita pelo TTR como a de destaque do mês do trimestre foi a aquisição do controle da 99 pela chinesa Didi Chuxing, empresa de aplicativo de taxi e com serviços de transporte de passageiros, por aproximadamente R$ 1,9 bilhão de reais.

A operação envolveu a aquisição das participações detidas pelos fundos Riverwood Capital, Monashees Capital, Qualcomm Ventures, Tiger Global Management e pelo Softbank, além de uma nova injeção de mais recursos na 99. A Didi já havia adquirido uma participação minoritária na empresa brasileira em 2017, quando participou de uma rodada de investimento de R$ 100 milhões de reais.

Barbosa, Müssnich, Aragão foi o assessor legal da Didi Chuxing na transação, enquanto Ulhôa Canto, Rezende e Guerra – Advogados e Gunderson Dettmer assessoraram os fundos. Por sua vez, a 99 recebeu assessoria financeira da Lazard (Global).

 

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações fecha o primeiro trimestre com a liderança do Banco Itaú BBA, que também lidera por quantidade de transações, seis, e acumulou o valor de R$ 38,7 bilhões, seguido por Riza Capital, R$ 37,3 bilhões, e, na sequência, Morgan Stanley, com R$ 36,7 bilhões.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por TozziniFreire Advogados, R$ 38,5 bilhões, com Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados (R$ 37,3 bilhões) na segunda posição, e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados (R$ 36,7) na terceira colocação. No pódio por número de transações, Demarest Advogados alcançou a liderança do trimestre, com 12 operações. 

Clique aqui e veja o ranking completo!

Entrevista com Guilherme Sampaio Monteiro, sócio do Pinheiro Neto Advogados, sobre o mercado de capitais brasileiro em 2018

Guilherme Sampaio Monteiro, sócio do Pinheiro Neto Advogados desde 2011, fala com o TTR sobre o cenário do mercado de capitais brasileiro em 2018.

Depois de três anos de estagnação, em 2017 o mercado de capitais brasileiro deu sinais positivos de retomada. Para 2018, pode-se esperar uma continuidade desse cenário? Como descreveria a performance do primeiro trimestre de 2018?

2018 promete ser um bom ano ao mercado de capitais. Entretanto, a volatilidade trazida pelas eleições e cenário externo complexo irão impactar a performance dos IPOs. Além disso, estamos vendo um menor número de follow ons, que foram parte importante do mercado de ações no ano passado.

Os valores alcançados com os IPO’s em 2017 ficaram aquém das expectativas, visto que apenas a oferta do Burger King saiu no topo da faixa indicativa? Para o ano, quais são as expectativas em termos de valorização de ativos e de novas aberturas de capital? A volatilidade do mercado e a instabilidade política preocupam?

Eu não diria. Se o IPO foi concretizado, significa que Companhia e Controladores, de certa forma, estavam satisfeitos com os valores obtidos. Entretanto, apesar de não ser nossa área de expertise, nos parece que os ranges dos IPOs deste ano já estão considerando o histórico do ano passado. Como disse acima, a instabilidade política preocupa.

O Pinheiro Neto atuou no IPO do PagSeguro, o primeiro a ser completado no mercado brasileiro em 2018, e que foi finalizado acima da faixa indicativa. Como descreveria essa operação em termos de importância para mercado nacional?

É uma operação muito importante para a economia brasileira, que evidenciou a possibilidade de empresas brasileiras de tecnologia acessarem o mercado americano, que está mais acostumado com esse tipo de companhia, num valuation adequado. Sem dúvida estimula outras companhias a seguirem o mesmo caminho. Por outro lado, o sucesso de uma operação não realizada no Brasil é algo que deve ser bem analisado internamente. Como país, temos que pensar em como internacionalizar nossos mercados e torná-los mais atraente a investidores do mundo todo.

De 2016 para 2017, houve um incremento também nos números de operações de “Follow-on” em termos de aporte. Quais foram os fatores que mais influenciaram essas movimentações e quais as expectativas para o decorrer de 2018?

Acredito que em 2016 e 2017 havia uma grande demanada reprimida de empresas nacionais que buscavam uma oferta de ações. Com a abertura de mercado, as empresas abertas jpa consolidadas e grandeporte foram um destino óbvio para os investidores. Para 2018, nos parece que as opção são um pouco menores, mas ainda esperamos alguns follow ons para o ano.

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Guilherme Sampaio Monteiro, partner at Pinheiro Neto Advogados since 2011, talks to TTR about the Brazilian capital market scenarios for 2018.

After three years of economic stagnation, the Brazilian capital market showed signs of recovery in 2017.  Could this promising scenario be expected for 2018 as well? How would you describe the performance levels in the first quarter of 2018?

PN: 2018 promises to be a good year for the capital markets. However, the uncertainties brought by the coming elections and by such a complex international scenario are likely to have an impact on the performance of IPOs. Besides, there has been a slowdown in follow-ons, which were an important element in the stock market performance last year.

Were the IPO values in 2017 below expectation, as only the Burger King offer was priced at the top end of indicative range? What are the expectations for the year in terms of asset appreciation and new IPOs? Are market volatility and political instability worrisome?

PN: I wouldn’t say so. If an IPO is priced, it means that the company and its controlling shareholders were somehow satisfied with the values. Nevertheless, although this is not our area of expertise, we believe that the IPO ranges this year are already taking last year’s history into account. As I said, political instability is a matter of concern.

Pinheiro Neto has acted in the IPO of PagSeguro, the first to be completed in the Brazilian market in 2018, and eventually priced above indicative range. How would you describe this transaction in terms of its importance for the Brazilian market?

PN: This is an extremely important transaction for the Brazilian economy in that it showed the possibility of Brazilian tech companies accessing the US market, which is much more comfortable with such types of companies, at an adequate valuation. This will undoubtedly encourage other companies to follow suit. On the other hand, the successful outcome for a transaction not carried out in Brazil should deserve careful consideration locally. At country level, we must think of how to make our markets more open and attractive to international investors.

From 2016 to 2017, the number of follow-ons also picked up in terms of contribution. Which were the factors that most influenced those moves, and what could be expected for 2018?

PN: I believe that in 2016 and 2017 there was a pent up demand for follow-on public offers by local companies. As the markets opened up, large-sized and well-settled listed companies were a natural bet for investors. For 2018, it seems that the options will not be so plentiful, but we still expect some follow-on along the year.

 

TTR Monthly Report – LatAm February 2018

LatAm deal volume falls 14% in January to 116 deal

· Aggregate deal value fell 12% to USD 5.7bn

· Deal of the Month: Mosaic acquires 40% of Compañia Minera Miski Mayo for USD 1.4bn

 

The 116 announced and closed deals across Latin America in February together represent a 14% decline in transaction volume and a 12.3% drop in aggregate transaction value over February 2017, according to TTR data.

M&A volume is down 13.8% regionally YTD over the first two months of 2017, meanwhile, with 263 deals registered since the beginning of the year worth USD 11.7bn in aggregate, considering 103 transactions of disclosed consideration across Latin America.

 

Top Six M&A Markets in Latin America

Brazil accounted for 119 of the 263 deals recorded across the region in the first two months of the year, a 20% decline relative to the transaction volume in the region’s largest market between January and February 2017. Aggregate deal value fell 69% to USD 3.9bn, meanwhile, taking into account 39 deals of disclosed consideration.

Mexico’s 53 deals YTD represent a 39% jump in volume over the same two months last year, while aggregate deal value increased 35% to USD 1.35bn, taking into account 21 deals of disclosed consideration.

Argentina ranks third in Latin America by transaction volume at the close of February with 42 announced and closed deals YTD, a 75% increase in volume over the same two months last year. The 18 transactions of disclosed consideration registered in Argentina YTD are together worth just over USD 1bn, a 155% jump in aggregate value over the January-to-February period in 2017.

Colombia ranks fourth by volume at the close of February with 25 transactions, deal flow increasing 19% over the first two months of 2017. The seven transactions of disclosed consideration registered in Colombia YTD are together worth USD 258m, representing a 77% jump in aggregate value over the same two-month period of 2017.

Peru ranks fourth regionally at the close of February, tied with Chile by volume, but surpassing its southern neighbor by aggregate value. The 20 deals registered in Peru YTD represent a 23% decline in volume. Aggregate value surged 1,399% meanwhile, to USD 3.4bn, buoyed by Mosaic’s early February acquisition of Compañia Minera Miski Mayo, among 12 transactions of disclosed consideration.

Chile fell to the bottom of the top six regional ranking by the end of February, its 20 deals representing a 55% drop in volume, notwithstanding a 40% increase in aggregate value to USD 209m relative to the first two months of 2017, considering nine transactions of disclosed consideration.

Cross-Border Deals

Bidders based in Latin America made seven extra-regional acquisitions in February, five targeting companies in North America and two with targets in the EU.

North American buyers led the bidding for Latin American targets with 16 inbound deals regionally in February, followed by bidders from the EU with 13, from Asia with two and one acquisition by an Australian firm.

Deal of the Quarter

TTR selected The Mosaic Company’s USD 1.4bn acquisition of a 40% stake in Compañia Minera Miski Mayo as Deal of the Month in February. The Peru-based target mines potassium, phosphate, kaolin and potash in the region of Piura. Estudio Muñiz represented the target in the deal, which represents 41% of Peru’s aggregate transaction value YTD.