Informe Mensal Brasil – Fevereiro 2021

Fusões e Aquisições apresentam redução de 18% no primeiro bimestre 

Os Estados Unidos aumentam o volume de aquisições em 133% 

Fundos de Venture Capital investem BRL 5,8bi  no primeiro bimestre 


O mercado transacional brasileiro registrou no primeiro bimestre 170 operações e um valor total de BRL 64,9bi, segundo o relatório mensal do TTR. Isto representa um aumento de 183% do valor movimentado e uma redução de 18% no número de transações, em relação ao mesmo período de 2020. 

Por sua vez, no mês de fevereiro se registraram 95 transações de fusões e aquisições entre anunciadas e concluídas, e um valor total de BRL 20,9bi. Neste caso, houve uma redução de 17% no número de transações e um aumento de 56% no valor movimentado em relação ao mês de fevereiro de 2020.  

  

O setor mais ativo neste período é o de Tecnologia com 68 transações. Seguido pelo setor Financeiro e de Seguros com 32 operações e em terceiro lugar, o setor de Saúde e Higiene com 16 transações. 

Âmbito Cross-Border 

Os Estados Unidos aumentaram suas aquisições no Brasil em 133% em relação ao primeiro bimestre de 2020. Fundos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros também incrementaram seus investimentos no Brasil em 25%. Em relação aos investimentos no setor de Tecnologia e Internet no Brasil, empresas estrangeiras  estiveram envolvidas em 17 transações, houve uma variação de 113% anual. 

Neste período, Estados Unidos foi o país que mais adquiriu empresas no Brasil, tendo participado em 28 operações. Em relação a atuação brasileira no exterior, Estados Unidos também foi o destino favorito na hora de realizar investimentos, com três transações até o fim de fevereiro.

Venture Capital 

Os fundos de Venture Capital movimentaram um total de BRL 5,8bi nestes dois primeiros meses de 2021, aumento de 240% em relação ao mesmo período de 2020. Foram 67 transações, representando um crescimento anual de 24%. O setor que mais atraiu investimentos foi o de Tecnologia com 42 transações, aumento de 20% na comparação anual. Em segundo lugar, o setor de Financeiro e Seguros com 13 transações. O terceiro colocado foi o de Saúde e Higiene, com 10 transações, crescimento de 100% na comparação anual. 

Transação do mês 

A transação destacada pelo TTR no mês de fevereiro foi a conclusão da venda de 50% de participação na BSBIOS por parte da Petrobras, através da sua subsidiária Petrobras Biocombustível, para RP Participações em Biocombustíveis. A operação do setor de energia movimentou BRL 322m.  

A transação contou com a assessoria em lei brasileira dos escritórios BMA – Barbosa Müssnich Aragão e Veirano Advogados. O assessor financeiro foi o Banco Itaú BBA.

Ranking de assessores Jurídicos e Financeiros

O informe publica os rankings de assessores financeiros e jurídicos em 2020 en M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercado de Capitais, onde se informa a atividade das firmas destacadas pelo número de transações e  pelo valor total das mesmas.

Informe Mensal Brasil – Janeiro 2021

Volume de fusões e aquisições em janeiro é 27% inferior ao do mesmo mês de 2020


No primeiro mês de 2021 o mercado transacional brasileiro registrou 68 fusões e aquisições, das quais 39 tiveram valores divulgados que somam BRL 56,3bi, segundo dados do TTR. O volume registrado em janeiro é 27% inferior ao do mesmo mês de 2020.  

  

Com referência aos setores mais ativos, o de empresas de Tecnologia sai na frente mais uma vez, porém com uma redução de 9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os segmentos Financeiro e Ditribuição e Varejo também apresentam redução no volume. 

Âmbito Cross-Border 

Empresas dos Estados Unidos realizaram 13 aquisições no Brasil e mantiveram a posição como as que mais adquiriram empresas brasileiras. A Argentina aperece na segunda posição com quatro aquisições.  

No sentido contrário, foram mapeadas em janeiro quatro transações onde empresas brasileiras realizaram aquisições no exterior, sendo uma em cada um dos países Colômbia, Estados Unidos, Moçambique e Países Baixos.  

Venture Capital 

As transações envolvendo fundos de Venture Capital realizadas em Janeiro representaram uma diminuição de 6% no volume com um total de 29 investimentos. Deste total, 20 tiveram valores divulgados que somaram BRL 3,4bi. 

O setor mais ativo do período foi o de Tecnologia com 20 transações, seguido pelo setor Financeiro e seguros com 6 transações.  

Transação do mês 

A transação destacada pelo TTR no mês de Janeiro foi a conclusão da aquisição da Dupatri pela Elfa, por BRL 185m. A Dupatri desenvolve atividades de comércio atacadista e de distribuição de medicamentos de uso humano e materiais médicos hospitalares. 

A transação contou com a assessoria dos escritórios Lefosse Advogados e Naves Advogados Associados.

Ranking de assessores Jurídicos e Financeiros

O informe publica os rankings de assessores financeiros e jurídicos em 2020 en M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercado de Capitais, onde se informa a atividade das firmas destacadas pelo número de transações e  pelo valor total das mesmas.

Dealmaker Q&A

TTR DealMaker Q&A with Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Partners Gustavo Rugani, Adriana Pallis and Fernando Tonanni

Machado Meyer Advogados

Gustavo Rugani – Partner of the Corporate Finances practice, responsible for the Belo Horizonte unit. Rugani is specialist in subjects related to the capital markets (equity and debt transactions), mergers and acquisitions. His work is focused on structuring and implementing mergers and acquisitions (buy side or sell side, private placements, competitive bids and others) and capital markets’ transactions (equity and debt), both in the form of IPOs or follow-ons, primary and secondary, for equity transactions, or debentures, bonds, CRIs, and promissory notes and other securities for debt transactions. Has previous experience in the areas of knowledge of civil construction, machinery and equipment rental, electric energy, food, education, mining, steel, sanitation, transportation, logistics and finances.

Adriana Ballis – Adriana is a partner of the Corporate area since 2001 and was head of the M&A group from 2015 to 2018. She is now a member of the Board and of the Social Responsibility and Pro Bono committee of the office.
She is a specialist in Corporate Law, corporate governance, securities regulation, and in M&A involving listed and private companies, as well as cross border transactions. She has recognized experience in structuring and implementation of high complexity corporate reorganizations, equity investments, different acquisition structures and tender offer procedures, as well as in the legal assistance in the representation of companies and investors in administrative proceedings and consultations at the Comissão de Valores Mobiliários (Brazilian Securities and Exchange Commission).
She also acts in the structuring of businesses and establishment of companies, joint ventures, consortia, associations, and other forms of businesses and in advising on foreign investments in Brazil. She has worked in the most relevant privatization processes in the 90’s, as CPFL, Eletropaulo (both in the energy sector), Vale (mining sector) and Telebrás (Telecom sector).

Fernando Tonanni – Fernando is a tax specialist with strong knowledge of corporate law and extensive experience in advising international and Brazilian based clients in the tax aspects involved in their businesses. His focus includes tax consultancy, corporate restructuring, mergers and acquisitions, financial transactions, transfer pricing and administrative litigation. He is a frequent lecturer in events in Brazil and abroad, besides being visiting professor of international tax law at Brazilian institutions. Fernando has previous experience in a wide scope of industries such as automotive, agricultural, banking, energy, investment funds, oil and gas, pharmaceutical, telecommunications, retail, services, and transports.


TTR: In 4Q20, M&A deal volume in Brazil returned to ‘prepandemic’ levels. How do you interpret this upward trend compared to 2Q20 and 3Q20? What can we expect in 2021?

M.M.A.: In the beginning of 2020, investors and potential targets were trying to understand the economic impact of the COVID 19 crisis over different industries and how to work under this new scenario. Shortly, the business community realized that companies and industries were able to reinvent themselves and that the works should continue, which led them to consider that (i) notwithstanding the pandemics, business could continue and more than that, opportunities were arising in some areas as IT, electronic commerce, logistics, payment methods and Fintechs; (ii) other areas that could also keep moving forward as they did not depend on physical presence, were also good opportunities for those investors who decided going on and keep their investment plans by having “pre pandemic” cash resources levels. In Brazil, the exchange rates for USD and EUR were beneficial to foreign investors, as well as the low interest rates, helping to upward the M&A and capital markets transactions.

We believe the  trend shall be maintained with regards to 2021, as the world economy will still be active, with the vaccination benefits effective in most of the countries and making other industries move forward. Moreover, where there were more losses caused by the pandemics such as tourism and aviation for example (but not limited to those), companies may be distressed assets targets for acquisitions.

TTR: Which three sectors present the greatest opportunities for international investors in Brazil 2021, and why?

M.M.A.: Financial sector, with fintechs consolidating or being acquired by banks, health and telecom infrastructure (fiber network). 

TTR: The technology sector continues to lead M&A transaction volume in Brazil with a 19% uptick in 2020: What will be the main drivers for consolidation in this sector in 2021?

M.M.A.: As mentioned, the IT sector benefited from the pandemics with a greater focus from investors and also companies engaged in the traditional business. For instance, electronic commerce expanded and also became a target for traditional retailers buying small/medium IT businesses. Logistic assets became relevant targets, either for companies of the traditional economy or for new investors, seeking long term contracts with other players. In the banking sector, IT became also relevant, with a focus on IT developments for credit and investments, with a broader coverage of the population and with the intention of benefiting from the shift of the fixed income investments to other opportunities including capital markets ones, due to the reduction of the national interest rates.

TTR: 2020, especially during the period of the health emergency? What factors could coincide for companies to once again perceive an attractive window to go public?

M.M.A.: 2020 started really strong for equity offerings, with expectations of a record number of deals in the year. The Pandemics has brought transactions to a halt particularly from mid-March until late April. Beginning in May, however, we noted several transactions were resumed and this trend grew stronger throughout the year, resulting in a very strong and positive year. We believe the low interest rate (with an all-time low of the Selic Rate) was one of the main drivers to this result, increasing significantly the stake of local investors in the offerings, aiming at better returns on investments. The success of the first offerings following the beginning of the Pandemics served as an additional stimulus to Companies and banks to pursue transactions and the year ended with a very strong number of deals and funds raised.

As to debt transactions, several companies took advantage of the moment to launch transactions aimed at reducing the cost of their financings, and volume of transactions was also very strong, with longer payment dates and lower interest rates.

TTR: What does the dissemination of digital investment platforms imply for access to the capital market in Brazil in the short and medium term?

M.M.A.: Digital platforms, in addition to making access to the capital markets for small investors easier, often come with educational content also aiming at preparing and informing such investors, which were seeking better returns for their investments due to the low interest rates. During the pandemics, we could see increased content and demand for online lectures, seminars and other events which were otherwise inaccessible to those investors (due to the cost and/or the logistics involved for in person participation).


TTR: What will be the main regulatory and tax challenges for the M&A market in 2021?

M.M.A.: In 2021, the Congress might progress on the discussions of a comprehensive tax reform, aimed at unifying different value added taxes and simplifying the tax regime, extinguishing various industry tax incentives. Despite the underlying objectives, the impact of said tax reform over different industries may vary, with the increase of the tax burden (specially for the service industry). Also, discussions may also include changes to the corporate tax regime, with the taxation of dividends. Those discussions and potential approval of those reforms will bring investors challenges to assess the return of the investments, in different sectors.

Informe Trimestral Brasil – 4T 2020

Mercado brasileiro registra 1.549 fusões e aquisições em 2020 

Volume de investimentos em Startups brasileiras aumenta 31% 

Os Estados Unidos reduziram suas aquisições no Brasil em 18% em 2020


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Intralinks

O mercado transacional brasileiro registrou em 2020,     1.549 transações e um valor total de BRL 229,5bi, segundo dados do TTR . Isto representa uma redução de 32% do valor movimentado e uma diminuição de 5% no número de transações em relação ao mesmo período de 2019.  

Por sua vez, o número de transações manteve a tendência de crescimento iniciada no segundo trimestre e atingiu um volume de 491 negócios no quarto trimestre do ano e um valor total de BRL 81,4bi.  Na comparação anual houve uma redução de 3% no número de transações em relação ao 4T 2019.  

Ao longo de todo o ano de 2020, o setor Tecnológico foi o mais ativo e registrou 504 transações , o que representa um aumento de 19% em comparação com 2019. No segundo lugar, o setor Financeiro e Seguros aumentou em 4%, com  um total de 222 operações. Já o setor de Higiene e Saúde foi o terceiro mais ativo que com 175 transações teve um aumento de 22% na comparação anual. 

Âmbito Cross-Border 

Em 2020, os Estados Unidos reduziram suas aquisições no Brasil em 18%. Da mesma forma, Fundos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros também reduziram seus investimentos no Brasil em 42%. Já em relação a aquisição de empresas de Tecnologia por investidores estrangeiros não houve variação na comparação anual. 

Os Estados Unidos continuam sendo o principal investidor no Brasil e estiveram envolvidos em 119 aquisições em 2020, o segundo país que mais investiu no Brasil esse ano foi a Alemanha com 22 transações, e os terceiros más ativos foram a Espanha, o Reino Unido e o Canadá, que estiveram envolvidos em 15 aquisições no Brasil cada um deles.  

Em relação à atuação brasileira no exterior, Estados Unidos é o destino favorito na hora de realizar investimentos, com 24 transações registadas em 2020. O segundo lugar onde o Brasil investiu mais esse ano é a Colômbia com nove transações. 

Private Equity

Em 2020, foram registrados 124 investimentos realizados por os fundos de Private Equity, dos quais 42 tiveram valor divulgados que somaram BRL 11,5bi, o que representa uma redução de 55% na comparação anual.  

Venture Capital 

Os fundos de Venture Capital movimentaram um total de BRL 18,6bi em 2020, aumento de 71% em relação a 2019. Foram 421 rodadas de investimento, o que representa um crescimento anual de 35%. O setor mais ativo foi o de Tecnologia com 269 transações, aumento de 32% na comparação anual. O setor de Financeiro e Seguros apresentou 84 transações, crescimento de 29% e o terceiro setor mais ativo foi o de Higiene e Saúde com um salto de 132% em relação a 2019, com 44 investimentos. 

Transação do trimestre 

A transação destacada pelo TTR no 4T20 foi a aquisição de ativos móveis e licenças da Oi, por parte do consórcio formado pelas operadoras Telefônica Brasil, Tim e Claro. A operação do setor de telecomunicações móveis movimentou BRL 16,5bi. 

A transação contou com a assessoria legal em lei brasileira dos escritórios BMA – Barbosa Müssnich Aragão, Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, Pinheiro Neto Advogados e Veirano Advogados. A assessoria financeira ficou por conta do Banco Merrill Lynch Brasil, Banco BTG Pactual, Banco Itaú BBA e Deloitte. 

Ranking de assessores Jurídicos e Financeiros

O informe publica os rankings de assessores financeiros e jurídicos em  2020 en M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercado de Capitais, onde se informa a atividade das firmas destacadas pelo número de transações e pelo valor total das mesmas.

Dealmaker Q&A

Conteúdo disponível em português e inglês

TTR DealMaker Q&A con Carlos Lobo, sócio do Veirano Advogados

Carlos LoboVeirano Advogados

É sócio do Veirano Advogados e atua principalmente nas áreas de fusões e aquisições, private equity e mercado de capitais. Carlos atua predominantemente nas área de energia, infraestrutura e Telecom/Tecnologia. É formado em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e possui mestrado pela Columbia University em Nova Iorque.


TTR: As fusões e aquisições em 2020 tiveram um primeiro trimestre “recorde” no Brasil, mas no início da crise de saúde COVID-19, a tendência mudou consideravelmente: como você descreveria a situação atual dos players no mercado transacional no Brasil nesta “Nova Realidade”?

C. L.: Passado um primeiro momento de incerteza no começo da pandemia, quando várias operações de Fusões e Aquisições foram suspensas, o mercado começou a reaquecer a partir de junho, principalmente liderado pelos fundos de Private Equity nacionais e estrangeiros. Este segundo semestre está bastante aquecido com um perfil variado de players e setores, mas observa-se uma predominancia dos fundos de Private Equity e companhias abertas como compradores. Setores como tecnologia e energia renovável foram menos afetados que os demais e mantiveram um volume considerável de operações ao longo de todo o ano.

TTR: Veirano Advogados é um dos principais assessores de M&A do setor de tecnologia do Brasil de acordo com o ranking jurídico do TTR. Como você avalia o crescimento do setor em 2020 e quais as perspectivas de médio e longo prazo?

C. L.: Este movimento não começou este ano. O setor de tecnologia vem sendo um dos mais ativos em termos de Fusões e Aquisições no Brasil nos últimos cinco anos e acredito que esta tendência deva continuar pelos próximos anos. Vários fatores explicam esse fenômeno. Em primeiro lugar, uma questão cultural, tendo em vista que brasileiros, quando comparados a outros países, passam bastante tempo na internet e são consumidores habituais por meio de e-commerce. Em segundo lugar, o uso disseminado de smartphones e o bom nível de banda larga nos grandes centros permite a realização de transações digitais. Esse ambiente é favorável ao surgimento de variadas empresas do setor de tecnologia. Além disso, o perfil empreendedor do brasileiro, que tem boa formação técnica, aliado a uma indústria de Venture Capital bastante ativa, tem contribuído para esse movimento. Por fim, o surgimento de diversas fintechs no Brasil tem impulsionado o processo de aquisições no setor tecnologia para o setor financeiro.       

TTR: Quais as três mudanças mais importantes que o mercado de fusões e aquisições pode apresentar no Brasil para o quarto trimestre e início de 2021? Quais setores poderiam oferecer maiores oportunidades para investidores com potencial financeiro?

C. L.: Não vejo grandes mudanças no setor até o final do ano e começo de 2021. Acho que setores como tecnologia, energia renovável, saúde e serviços financeiros devem continuar entre os mais ativos.

TTR: Considerando sua experiência em Private Equity, como você espera que esse tipo de investimento evolua em 2021?

C. L.: Acredito que os fundos de Private Equity devem continuar bastante ativos em 2021. Eles estão bem capitalizados e a atual conjuntura econômica, com empresas em situação financeira difícil combinada com a desvalorização da moeda, tem resultado em um número elevado de oportunidades para os fundos.

TTR: Como você descreveria as medidas tomadas pelo governo brasileiro para enfrentar a crise empresarial causada pelo impacto do combate à COVID-19? Que outras medidas são necessárias no curto prazo para garantir a recuperação econômica?

C. L.: Acho que faltou uma atuação mais coordenada do governo federal para evitar o elevado número de casos no Brasil e um apoio maior para as empresas que estão enfrentando dificuldades financeiras. Acho que o governo deveria impor maiores restrições para evitar a aglomeração de pessoas e reduzir o número de casos e criar um programa de apoio às empresas dos setores mais afetados, como hotelaria, restaurantes e companhias aéreas.


Versão em inglês


Carlos LoboVeirano Advogados

Carlos Lobo is a partner with the Firm and focuses his practice on mergers and acquisitions (M&A), private equity investments and capital markets. He is a specialist in the energy, infrastructure and Telecom/Technology sectors. He graduated from law school from the Rio de Janeiro State University and has an LLM from the Columbia University Law School.


TTR: Brazil registered record M&A activity 1Q20, but the trend changed considerably with the onset of the COVID-19 health crisis: how would you describe the current M&A situation and outlook in Brazil?

C. L.: After the first moment of uncertainty at the beginning of the pandemic, when several transactions of mergers and acquisitions were put on hold, the market has rebounded from June on, especially led by domestic and international private equity funds. This second semester is very busy with a different profile of players and sectors, but it is observed a predominance of private equity funds and public companies as buyers. Sectors like technology and renewable energy have been less affected and remained active throughout the year.

TTR: Veirano Advogados is one of the main advisors on M&A in the Brazilian technology sector, according to TTR’s legal ranking.  How do you evaluate the sector’s growth in 2020 and what are the medium and long-term perspectives?

C. L.: This trend has not began this year. The technology sector has been one of the most active in terms of Mergers and Acquisitions activity in the past five years and I believe that such trend shall continue for the coming years. Many factors explain such phenomenon. In first place, a cultural aspect, since Brazilians, when compared to other countries, spend a significant time  on the internet and are regular consumers through e-commerce. In second place, the ample use of smartphones  and the good availability of broadband in the main centers are beneficial for digital transactions. These factors create a favourable environment for the development of technology companies. Also, Brazilians are entrepreneurial and have good technical formation, which allied to an active venture capital industry have contributed for such trend. Finally, the emergence of fintechs in brazil have contributed to the increase of acquisitions in the technology sector related to financial services.

TTR: What are the three most important changes that the M&A market will undergo in Brazil in 4Q20 and early 2021?Which sectors should investors with ample firepower be focused on? 

C. L.: I do not anticipate any major changes in the m&a market until the end of this year and the beginning of 2021. I believe that technology, renewable energy, health care and financial services will remain among the most active sectors.

TTR: Considering your experience in Private Equity, how do you expect this type of investment to evolve in 2021?

C. L.: I believe that the Private Equity funds will continue to be very active in 2021. They are well capitalized and the current macroeconomic situation, with companies in financial distress combined with the devaluation of the currency, have resulted in a elevated number of opportunities for the funds.

TTR: How would you describe the measures taken by the Brazilian Government to support the business community in the wake of the instability caused by the fight against COVID-19? What additional measures are needed in the short term to ensure economic recovery?  

C. L.: I believe that the federal government should have better coordinated the efforts against the pandemic to reduce the number of cases and to offer better support to companies in financial distress. It should impose social distancing and other restrictions to reduce the numbers of cases and create a program of support to the companies of sectors greatly affected, like hotels, restaurants, and air carriers.