Relatório trimestral sobre o mercado transacional português – 3T 2023

Fusões e Aquisições movimentam EUR 9,6bi até o terceiro trimestre de 2023

  • Até o terceiro trimestre foram registadas 434 transações 
  • Setor de Real Estate foi o mais ativo no período, com 77 transações
  • Volume de operações regista aumento de 2%
  • Houve um crescimento de 33% no volume de rodadas de investimento em Venture Capital

O mercado transacional português registou até o terceiro trimestre do ano, 434 operações e um valor total de EUR 9,6bi, no qual 43% do total das transações possui os valores revelados, de acordo com o mais recente relatório do TTR Data.

Estes números representam um crescimento de 2% no número de transações em comparação ao mesmo período de 2022, e uma queda de 10% no capital mobilizado.

No terceiro trimestre, foram registadas 134 fusões e aquisições, entre anunciadas e encerradas, e um valor total de EUR 4,9bi.


Operações do mercado transacional de 3Q2021 a 3Q2023
Fonte: TTR Data

Em termos setoriais, o setor de Real Estate foi o mais ativo em janeiro, com 77 transações, seguido pelo setor de Internet, Software & IT Services, com 64 operações.

Âmbito Cross-Border

No âmbito Cross-Border, quanto à número de transações, a Espanha e o Reino Unido, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 46 e 28 transações, respectivamente. 

As empresas portuguesas escolheram a Espanha e o Brasil como principal destino de investimento, com 25 e 11 transações, respectivamente.

As empresas norte-americanas diminuiram em 21% suas aquisições no mercado português, até o terceiro trimestre de 2023. As aquisições estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet diminuiram em 42% em comparação ao mesmo período de 2022. 

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Até o terceiro trimestre de 2023, foram contabilizadas 44 transações de Private Equity, representando uma queda de 6% no número de operações em comparação ao mesmo período de 2022.

Em Venture Capital, foram realizadas 112 rodadas de investimentos e um total de EUR 439m, representando um crescimento de 33% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registadas 91 transações com um valor de EUR 1,3bi, representando uma queda de 9% no número de operações.

Transação do trimestre

A transação destacada pelo TTR Data no terceiro trimestre de 2023, foi o aporte de capital de EUR 60m realizado na Rega Energy pela Swen Capital Partners.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa do escritório PLMJ e CMS Portugal.

Ranking de consultores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até o terceiro trimestre de 2023 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações lidera ao longo de 2023, o escritório PLMJ,com 20 transações. Em valor, lidera o escritório Uría Menéndez – Proença de Carvalho contabilizando um total de EUR 2,1bi.

No que se refere ao ranking de assessores financeiros, por número de transações e em valor, lidera o BTG Pactual,com quatro operações e contabilizando EUR 852,23m.

Dealmaker Q&A

TTR Dealmaker Q&A com Ricardo Bahiana, sócio fundador da B2R Capital

B2R Capital

Ricardo Bahiana

  • Sócio fundador da B2R Capital
  • Há quase 15 anos desenvolvendo projetos de avaliação e empresas, precificação de ativos e assessoria em fusões e aquisições para diferentes indústrias;
  • Experiência nas áreas de estratégia e finanças de empresas como Vivo, Coca-Cola, Ágora e Big Four nas áreas de auditoria e corporate finance. 
  • Atuação em projetos de fusões e aquisições num valor total de R$ 1,5 bilhão em transações;
  • Professor convidado do MBA em Mercado de Capitais do IBMEC nas disciplinas de Valuation e Mercados Derivativos;
  • Profissional CNPI, certificado pela APIMEC;
  • Formado em Administração como foco em Finanças pela UFRJ e MBA Executivo pelo COPPEAD-UFRJ além de cursos de extensão em Finanças no COPPEAD-UFRJ e na University of San Diego.

.


TTR: Quais são suas principais conclusões para o mercado de M&A até o terceiro trimestre de 2023? Quais são os fatores mais relevantes para a consolidação do mercado de M&A no Brasil no resto do ano e até 2024?

O ano de 2023 iniciou de forma mais cautelosa no Brasil e no Mundo. Por aqui, tínhamos uma mudança da equipe econômica e incertezas importantes com temas como arcabouço fiscal e metas de inflação. No mundo, guerra da Ucrânia, uma escalada da inflação, taxas de juros crescentes além do receio de uma recessão global.

Esse contexto interferiu diretamente nas atividades de fusões e aquisições com uma queda em relação ao ano anterior que foi ainda mais ainda mais expressivo no primeiro trimestre. A partir do segundo trimestre começamos a observar uma melhora importante. A perspectiva de queda de taxa de juros e uma melhora no cenário econômico ajudou também no mercado de fusões e aquisições. Se hoje os números estão levemente abaixo do ano passado, no início do ano o gap era muito maior.

Após esse período de juros globais nas mínimas históricas, aumento do apetite a risco e excesso de liquidez que levaram ao recorde da atividade de fusões e aquisições em 2021, observamos uma nova fase, com fundos sendo mais diligentes na seleção de empresas e nos aportes, optando por aquelas que além de crescimento, também entregam margens saudáveis e geração de caixa.

Essa melhora é observável também no mercado de bolsa, com retomada dos processos de follow-on e até mesmo com algumas conversas sobre IPO voltando para o radar.

A nossa visão para o último trimestre de 2023 é que esse filme melhore ainda mais. Observamos os fundos de PE e VC com dry powder em patamares bem elevados e com muitos M&As em curso.

Os FIPs por exemplo, apresentaram captação liquida de R$ 39 bilhões de janeiro a agosto de 2023 e podemos considerar essa captação como um indicador antecedente da atividade de fusões e aquisições com provável impacto positivo no 4º trimestre de 2023 e ao longo de 2024, com a alocação destes recursos.

TTR: Em quais setores os investidores internacionais podem encontrar as maiores oportunidades no Brasil? Por quê?

Setores como agronegócio, óleo e gás, energia e infraestrutura são vocações naturais para o Brasil e vamos continuar observando projetos importantes nessas áreas. Uma onde de privatizações, concessões e novos programas do governo vocacionados em infra podem ajudar nesse processo.

Outras verticais como tecnologia e serviços financeiros também lideram com frequência os rankings setoriais de fusões e aquisições e devem permanecer assim para os próximos trimestres. Em tecnologia, há muitos projetos transversais, transformando inúmeros setores nas modalidades “as a service” por exemplo. Internet das coisas, cibersegurança, inteligência artificial e machine learning são outras áreas transversais que estão transformando inúmeras outras indústrias e atraindo investidores.

Outro setor que vale a pena destacar é saúde. Apesar de um cenário mais desafiador que as Cias listadas em Bolsa estão enfrentando, há inúmeros segmentos e especializações com muito fôlego pra crescimento e consolidação. Dentre os setores que estamos mais construtivos estão oftalmologia, oncologia, odontologia, nefrologia e fisioterapia. Até mesmo para aqueles que já surfaram grandes movimentos de consolidação como hospitais e análises clínicas e diagnósticos continuam aquecidos, mas desta vez com novos consolidadores assumindo protagonismo.

TTR: Continuando com o segmento de Venture Capital vemos que, após o ‘boom’ de 2021, o surgimento de unicórnios está diminuindo e alguns estão desaparecendo. Como você avalia essa indústria no Brasil em 2023?

O segmento de Venture Capital passou por um período de ajuste importante. Em 2020 e 2021, o segmento foi muito impulsionado por uma transformação tecnológica quase que compulsória. Muitas empresas ou surgiram nesse contexto ou alavancaram os seus negócios durante a pandemia. A forte redução da taxa de juros e o excesso de liquidez pressionaram as teses de “Value” e impulsionaram as teses de “Growth” e a expansão de múltiplos observado em Bolsa serviram de lastro para esse movimento.

A captação dos fundos de VC foi recorde o que gerou naturalmente em investimentos recordes também. Quando o cenário econômico voltou a ficar pressionado com a escalada da inflação e a alta contundente das taxas de juros, a captação foi muito prejudicada e os fundos que ainda estavam capitalizados e com o mandato de alocação de recursos precisaram ser mais cautelosos, deixando as promessas de unicórnios e passando a buscar as chamadas empresas camelo, ou seja, aquelas que são mais resilientes e capazes de viver com poucos recursos em ambientes mais escassos.

Essa mudança de consciência foi importante para mudar inclusive as métricas de performance dentro das próprias empresas. Os múltiplos de EBITDA por exemplo ganharam espaço e começamos a observar alguns processos de downsizing (ou resizing) além de uma onda de layoffs mais no início do ano. 

Ao longo de 2023, observamos uma modalidade de VC se consolidando e ajudando no processo de retomada da indústria: os fundos de Corporate Venture Capital. A colaboração entre empresas consolidadas e startups ganhou muita força neste ano com um boom de empresas aderindo esta estratégia.

 O CVC é basicamente um formato na qual empresas montam times dedicados para analisar oportunidades de investimentos em startups que dialogam com o seu ecossistema e que agregam oferecendo soluções inovadoras ou acesso a novos mercados, podendo atrair novos clientes e mudar a perspectiva de própria empresa.

Este time dedicado, muitas vezes formado por gestoras independentes, oferecem experiência e dinamismo no processo de análise e tomada de decisão. Acreditamos nessa modalidade como um novo vetor de crescimento para a indústria de venture capital com o aumento dos valores aportados e a adesão de novas empresas. E tendo uma visão ainda mais otimista, podemos esperar uma rentabilidade média maior que a histórica uma vez que esse ambiente favorece a tração das estratégias e a escalabilidade destas startups.

TTR:  Qual o papel da B2R na situação atual do mercado transacional?

O mercado de M&A possui estratos com características, necessidades e soluções bem distintas. Grandes processos por exemplo demandam em muitos casos a necessidade de funding ou estruturas financeiras mais complexas que só um banco de investimento consegue oferecer. Por esta razão, optamos por atuar como uma boutique, com atuação focada no middle market, oferecendo profissionais experientes em dedicação quase que exclusiva permitindo acesso ilimitado ao time. 

Como também temos uma atuação relevante no desenvolvimento de laudos de fair market value para a indústria de fundos e consolidadores estratégicos, temos uma ampla rede de relacionamentos que nos permite mapear potenciais investidores e direcionar os mandatos para aqueles que entendemos que consigam capturar maior sinergia.    

TTR: Quais serão os principais desafios para a B2R no Brasil nos próximos meses?

O negócio de assessoria em transações e avaliação de empresas é feito fundamentalmente de gente e entendemos que esse é naturalmente nosso maior desafio. Esse tema sempre vai estar presente e olhamos com atenção para nossa capacidade de atrair, desenvolver e reter esses talentos. 

Os processos de avaliação de empresas e assessoria em transações além de multisetorial, também são multidisciplinares. É preciso estudar e aprender sobre diferentes indústrias além de saber navegar em aspectos operacionais, regulatórios, financeiros, contábeis e legais dos negócios avaliados e como eles impactam a percepção de risco e de valor do negócio.

Por um lado, o desenvolvimento e o crescimento da indústria de fundos nos ajudam na vertical de assessoria em fusões e aquisições, aumentando a chance de conectar vendedores com compradores. Por outro lado, nossa vertical de avaliação de empresas que atua na indústria de FIPs para atendimento da ICVM 579 por exemplo, fica ainda mais demandada.

Considerando a exposição regulatória que temos e as frequentes interações com as gestoras, administradoras e as auditorias dos fundos, sempre reavaliamos nossos processos para entregar um fluxo confiável e diligente para a indústria.

Dealmaker Q&A

TTR Dealmaker Q&A con Felipe Junqueira, líder de M&A and Transaction Solutions de AON para LatAm

AON

Felipe Junqueira

Felipe es el líder de M&A and Transaction Solutions de Aon en América Latina.  Licenciado en derecho, contabilidad y administración de empresas y tiene un posgrado en gestión de proyectos por Ibmec Business School. Cuenta con una amplia experiencia y conocimiento en los campos de M&A y Private Equity, abarcando actividades en las áreas financiera y legal con una trayectoria en trabajos de asesoría y consultoría enfocada en fusiones y adquisiciones, finanzas corporativas, y experiencia en due diligence contable, financiero y de riesgos y seguros para transacciones.
Felipe cuenta con experiencia en la industria de petróleo y gas, logística, infraestructura, retail, entre otros sectores. 


TTR: En la primera mitad del año, vimos que se mantuvo cierta cautela entre inversionistas de M&A, Capital Privado y Venture Capital en América Latina: ¿Qué esperar en esta alternativa de inversión al cierre del año y de cara al 2024 en la región?

En el primer semestre de 2023 identificamos una cautela global por factores externos a la región y en algunos momentos puntuales sentimos más intensamente este peso en LatAm por factores más locales y también por  mayor percepción de riesgo en la región.

Identificamos que hubo un enfriamiento en relación con los deals del primer semestre del año en América Latina, principalmente una reducción en relación con los tickets de las transacciones, fenómeno que hemos visto revertirse paulatinamente desde mediados de año. En Aon, la mejora en el volumen de nuevos proyectos asesorados fue clara. En este sentido, esperamos una mejora considerable del mercado para cerrar el año con un mayor volumen y tamaño de transacciones, que se indica continuará a principios de 2024.

TTR: ¿Qué papel están jugando los fondos regionales para impulsar las inversiones en América Latina?, ¿Qué mercados se ven altamente financiables en estos momentos de volatilidad internacional?

En general, hemos visto fondos regionales actuando de manera cada vez más capaz y buscando alianzas estratégicas para crecer, incluyendo la búsqueda de nuevas soluciones para mejorar y lograr concretar negocios. El sector de infraestructuras/energía sigue siendo muy fuerte, sobre todo los activos de energías renovables. El sector tecnológico también sigue siendo relevante, especialmente en relación con el volumen de transacciones, a pesar del desafío que enfrenta el sector recientemente.

TTR: ¿Qué esperamos en el segmento de M&A en zonas clave de la región como México, Brasil, Colombia, Chile, Argentina y Perú?

En Aon, seguimos fuertemente enfocados en estos países, donde vemos movimientos de mercado interesantes y, con nuestros productos y servicios, un gran potencial para actuar como socios en su desarrollo. En paralelo, observamos cuestiones más locales como factores políticos y económicos que pueden ser más críticos para los países en momentos de toma de decisiones electorales, como es el caso de Argentina. Incluso en estos países hemos tenido una gran receptividad e interés por parte de los players de nuestro mercado transaccional, ya sean asesores, abogados especializados o inversores.

TTR: ¿Cuál es su evaluación para la industria de Private Equity y Venture Capital en América Latina en 2023? ¿Qué países podrían tener un mejor desempeño en este segmento?

Esperamos que Brasil continúe a la cabeza, seguido de México, Chile, Colombia y Perú como los cinco principales mercados. Seguimos siendo muy optimistas sobre estos mercados en los que hemos estado muy activos.

TTR: ¿Qué sectores en el mercado de M&A están requiriendo de mayor asesoría por parte de Aon y por qué? 

En América Latina existe principalmente una tendencia a involucrarnos en deals con tickets más altos o de mayor nivel de complejidad: (1) principalmente desde el punto de vista de riesgos y personas, cuando hablamos de nuestra oferta de due diligence en general ( Riesgos, seguros, personas, propiedad intelectual, cyber, etc.) y (2) desde el punto de vista de negociaciones más complejas (discusiones más profundas sobre precios, responsabilidades, pasivos, etc.), cuando trabajamos con soluciones de seguros transaccionales para ayudar a desbloquear y trasladar algún punto crítico para el mercado asegurador.

En este contexto, el sector de infraestructura/energía, dado el tamaño de los acuerdos y los riesgos intrínsecos de los activos/operación, sigue siendo el principal. Otros tipos de acuerdos en los que también hemos estado muy activos (tanto con nuestros servicios como con productos de seguros) son las transacciones de Spin-off/Carve-out, dados todos los pasos y discusiones necesarios, así como las transacciones corporativas que involucran desinversiones globales y grandes acuerdos transfronterizos, ya sean Inbound u Outbond, podemos agregar aún más dada nuestra estructura global única con profesionales de los más variados orígenes y experiencia trabajando de manera dedicada a transacciones de M&A y PE.

TTR: ¿Qué papel juega los seguros transaccionales en la coyuntura actual del mercado transaccional?

Como lo hemos hecho durante muchos años en otras regiones, incluso como líder global, hemos jugado también un papel importante en el desarrollo de los seguros transaccionales en América Latina. Destacamos aquí los seguros de Representaciones y Garantías (Reps & Warranties) seguidos de los seguros de Litigation y Tax. Estos productos tienen como objetivo ayudar tanto al comprador como al vendedor a tener mejores discusiones sobre el precio del deal, definición de las responsabilidades de las partes (transferir al mercado de seguros, cuando sea posible/aplicable) y estructuración financiera de pagos, sin mencionar los casos en los que estos seguros pueden literalmente cambiar las reglas del juego y desbloquear un acuerdo.

Hemos notado un aumento exponencial en la búsqueda de estos productos, especialmente considerando el complejo e incierto contexto del mercado. Esto es algo bastante común en Norteamérica y Europa y, se ha vuelto cada vez más relevante en LatAm con el aumento del interés de las compañías de seguros a través de las conversaciones y el trabajo que hemos realizado junto con ellas. Este año, por ejemplo, en América Latina ya hemos acumulado un volumen de límites negociados para pólizas de seguros transaccionales por valor de miles de millones de dólares.

Informe mensual sobre el mercado transaccional latinoamericano – Agosto 2023

Mercado M&A de América Latina registra una disminución del 18% hasta agosto de 2023

  • En agosto, se han registrado 227 transacciones y un importe de USD 5.143m
  • En el año se han registrado 105 transacciones de Private Equity y 595 de Venture Capital
  • Transacciones de Venture Capital disminuyen un 32% en el transcurso de 2023
  • Argentina y Chile, únicos países con aumento en el importe de transacciones en el año.

El mercado transaccional de América Latina ha registrado hasta el mes de agosto un total de 2.064 deals con un importe agregado de USD 51.350m, según el informe mensual de TTR Data y Datasite.

Estas cifras suponen una disminución del 18% en el número de transacciones, así como un descenso del 30% en el capital movilizado, con respecto al mismo periodo de 2022.

Por su parte, en el mes de agosto se han registrado 227 fusiones y adquisiciones, entre anunciadas y cerradas, por un importe agregado de USD 5.143m. 

Ranking de transacciones por países

Según datos registrados hasta el mes de agosto, por número de transacciones, Brasil lidera el ranking de países más activos de la región con 1.282 transacciones (un descenso del 27%) y con un descenso del 34% en el capital movilizado (USD 29.334m). Le sigue en el listado Chile, con 247 transacciones (con un aumento del 13%) y un descenso del 11% de su importe (USD 10.281m) con respecto a agosto de 2022.

Por su parte, México permanece en la misma posición del ranking con 234 transacciones (una disminución del 23%) y con un descenso del 10% en el capital movilizado (USD 11.112m). Colombia, por su parte, registra 161 transacciones (un descenso del 20%) y una disminución del 52% en el capital movilizado (USD 2.823m).

Entretanto, Argentina registra 137 transacciones (un aumento del 1%), con una disminución del 47% en su importe (USD 1.924m), respecto del mismo periodo del año pasado. Y en último lugar, Perú presenta 83 transacciones (tendencia estable) y un aumento del 122% en su capital movilizado
(USD 4.220m).

Ámbito cross-border

En el ámbito cross-border, se destaca hasta el mes de agosto el apetito inversor de las compañías latinoamericanas en el exterior, especialmente en Norteamérica y Europa, donde se han llevado a cabo 62 y 48 transacciones, respectivamente. Por su parte, las compañías que más han realizado transacciones estratégicas en América Latina proceden de Norteamérica y Europa, con 308 y 227 deals, respectivamente.

Private Equity, Venture Capital y Asset Acquisitions

Hasta agosto de 2023, se han contabilizado un total de 105 transacciones de Private Equity por
USD 3.892m, lo cual supone una tendencia a la baja tanto en el número de transacciones (-23%) como en su importe (-44%), con respecto al mismo periodo del año anterior. 

Por su parte, el segmento de Venture Capital ha contabilizado hasta el mes de agosto un total de 595 transacciones con un importe agregado de USD 3.591m, lo que implica una variación negativa del 32% en el número de transacciones y un descenso del 48% en su importe, en términos interanuales.

En el segmento de Asset Acquisitions, hasta agosto, se han registrado 307 transacciones, por un valor de USD 7.416m, lo cual representa un aumento del 25% en el número de transacciones y un descenso del 43% en su importe, con respecto al mismo periodo de 2022.

Transacción Destacada

Para agosto de 2023, TTR Data ha seleccionado como transacción destacada la relacionada con Hapag-Lloyd, la cual ha completado la adquisición del 100% de las empresas chilenas SAAM Logistics y SAAM Ports a SM SAAM.

La transacción ha contado con el asesoramiento jurídico de Claro & Cía.; Simpson Thacher & Bartlett US; Brigard Urrutia; Basham Ringe y Correa; Carey; Freshfields Bruckhaus Deringer Germany; Posse Herrera Ruiz; Creel, García-Cuéllar, Aiza y Enríquez; Aguilar Castillo Love; Greenberg Traurig; Hapag-Lloyd; Bustamante Fabara y Guyer & Regules. 

Por la parte financiera, la transacción ha sido asesorada por J.P. Morgan y Compass Lexecon.

Dealmakers Q&A con Cuatrecasas

TTR Data ha entrevistado em exclusiva a Antonio Baena, socio de Cuatrecasas, para conocer las perspectivas del mercado transaccional latinoamericano en 2023: “Es evidente que en el primer semestre de 2023 el mercado de fusiones y adquisiciones continuó su desaceleración, tanto en volumen como en valor de operaciones. El mercado continúa afectado por la incertidumbre que generan los conflictos geopolíticos y las condiciones macroeconómicas globales, circunstancias que se reflejan, entre otros, en las altas tasas de interés, las dificultades en obtener financiación, la elevada inflación y un menor crecimiento de las economías. Para su recuperación será necesario que crezca la confianza de los actores y se ajusten sus expectativas. Idealmente, deberá ir acompañada de una normalización del precio de las materias primas, de una menor incertidumbre política y de un incremento de la seguridad jurídica como resultado de mayor estabilidad institucional”.

Para leer la entrevista completa, clica aquí

Relatório mensal sobre o mercado transacional português – Agosto 2023

Fusões e Aquisições movimentam EUR 9,0bi em 2023

  • Volume de transações regista diminuição de 1% em comparação a 2022
  • Setor de Real Estate foi o mais ativo no período, com 67 transações
  • Houve um crescimento de 29% no volume de transações em Venture Capital

O mercado transacional português registou entre janeiro e agosto de 2023, 383 operações com valor total de EUR 9,0bi, no qual 41% do total das transações possui os valores revelados, de acordo com o mais recente relatório do TTR Data.

Estes números representam uma diminuição de 1% no número de transações em comparação ao mesmo período de 2022, bem como uma queda no capital mobilizado de 15%.

Em agosto, foram registadas 25 fusões e aquisições, entre anunciadas e encerradas, e um valor total de EUR 2,3bi.

Operações do mercado transacional de agosto de 2022 a agosto de 2023
Fonte: TTR Data

Em termos setoriais, o setor de Real Estate foi o mais ativo em janeiro, com 67 transações, seguido pelo setor de Internet, Software & IT Services com 54 operações, o qual registou uma queda de 4% comparado a 2022.

Âmbito Cross-Border

No âmbito Cross-Border, quanto à número de transações, a Espanha e o Reino Unido, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 43 e 23 transações, respectivamente. 

As empresas portuguesas escolheram a Espanha e o Brasil como principal destino de investimento, com 23 e 10 transações, respectivamente.

As empresas norte-americanas diminuiram em 20% suas aquisições no mercado português, até agosto de 2023. As aquisições estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet diminuiram em 43% em comparação ao mesmo período de 2022. 

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Até agosto de 2023, foram contabilizadas 37 transações de Private Equity, representando uma queda de 7% no número de operações em comparação ao mesmo período de 2022.

Em Venture Capital, foram realizadas 96 rodadas de investimentos e um total de EUR 395m, representando um crescimento de 29% no número de transações.

No segmento de Asset Acquisitions, foram registadas 84 transações com um valor de EUR 1,2bi, representando uma queda de 11% no número de operações.

Transação do mês

A transação destacada pelo TTR Data em agosto de 2023, é a aquisição da Triangle’s pela Aphelion, subsidiária da Semapa. O valor da transação é de EUR 178,70m.

A operação contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa dos escritórios VdA – Vieira de Almeida; CCR Legal. Do lado financeiro, a transação foi assessorada pela Haitong Bank Portugal; PwC Portugal; e EY Portugal, a qual realizou uma Due Diligence.

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até agosto de 2023 em M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercados de Capitais, onde a atividade dos assessores é refletida pelo número de transações e pelo valor total. 

Quanto ao ranking de assessores jurídicos, por número de transações lidera ao longo de 2023, o escritório PLMJ,com 16 transações. Em valor, lidera o escritório Uría Menéndez – Proença de Carvalho contabilizando um total de EUR 2,1bi.

No que se refere ao ranking de assessores financeiros, por número de transações e em valor, lidera o BTG Pactual,com três operações e contabilizando EUR 848,96bi.