Entrevista com Elysangela Rabelo do TozziniFreire Advogados

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Elysangela Rabelo, sócia do escritório TozziniFreire Advogados, conversou com a TTR sobre as perspectivas do mercado de Fusões e Aquisições no Brasil.

TTR: Como descreveria a performance do mercado brasileiro de M&A do início de 2017 até agora? Acredita que os números possam melhorar?

Elysangela Rabelo: No primeiro semestre de 2017, houve um aumento modesto no número de transações, mas um expressivo aumento dos valores envolvidos, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Entendemos que esses números podem melhorar ainda mais até o final deste ano, principalmente em razão da relativa estabilidade política – haja vista a expectativa de que o Presidente fique até o final do seu mandato –  e da reforma trabalhista há muito esperada e que traz maior flexibilidade nas contratações e reduz consideravelmente o risco para investidores em certos setores da economia, como saúde, onde existem mais relações de trabalho (contratos) do que de emprego (CLT).

TTR: A senhora possui vasta experiência nos setores Alimentar, Farmacêuticos e Químico, que estiveram entre os mais ativos dos últimos 12 meses. Como vê as tendências e expectativas para esses setores nos próximos meses e em 2018? Até que ponto a instabilidade política brasileira tem influenciado os investimentos nessas indústrias?

ER: O setor de Ciências da Vida tem uma história de crescimento constante apesar de crises econômicas, tendo se beneficiado do fato de oferecer ao mercado produtos terapeuticos, allimentícios, de higiene, dentre outros, que estão, via de regra, na lista de prioridades de qualquer ser humano. Além disso, em um mundo que gasta em média 10% do produto interno bruto com saúde, esse setor sempre teve seu crescimento diretamente ligado ao aumento deesses gastos, de um lado influenciando nesse processo com o desenvolvimento de novas drogas e tratamentos e, de outro lado, se beneficiando do aumento da expectativa de vida de pacientes que, assim, poderão consumir mais dos seus produtos por mais tempo.

Contudo, os tempos mudaram e as grandes industrias estão se vendo pressionadas a mudar seus modelos de negócios e estratégias de crescimento para investir em áreas, produtos e serviços que sejam mais focados no paciente, na prevenção, diagnóstico precoce de doencas e cura.


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TTR: Em 2017, o setor de Saúde, Higiene e Estética foi, até julho, o mais ativo em transações de Private Equity, registrando um aumento de 40% em comparação ao mesmo período de 2016.  Quais são as condições do mercado hoje que favorecem ou explicam essas movimentações?

ER: Há algum tempo vem se desenhando um movimento de formação de grandes complexos na área da saúde, tanto na área hospitalar, quanto na área de diagnóstico e serviços de apoio. Acredito que esse movimento tem fomentado uma certa transformação no setor. Quando mais forte a concorrência, mais sofisticados e eficientes os demais players precisam se tornar para sobreviver.

O setor de saúde no Brasil conta com 6778 hospitais, 70% dos quais são privados, com um total de leitos de 494.097 (fonte CNES, jun/17), ou seja, uma média de 72,9 leitos por hospital e 2,38 leitos por 1000 habitantes, enquanto o número recomendado pela OMS é de 3 a 5 leitos por 1000 habitantes e países desenvolvidos como Japão e Alemanha contam com 13,7 e 8,2 leitos, respectivamente, por 1000 habitantes. Além disso, há mais de 100mil unidades de serviços complementares, incluindo laboratórios de diagnósticos, radiologia, ressonância, medicina nuclear, hemoterapia, tomografia e etc (fonte CNES, jun/17). Ou seja, há muito espaço para crescimento, inovação e melhorias na área de saúde e isso se vê por todos os lados. Seja nos grandes complexos hospitalares onde a busca por inovação tanto tecnológica como em processos é constante, ou nas startups de HealthTech dedicadas a encontrar soluções que não só vão facilitar a vida do paciente, concentrando e organizando dados de saúde, como também vão reduzir custos de operadoras e hospitais, além de proporcionar maior agilidade e eficiência ao atendimento assistencial.  

 

TTR: A queda da restrição ao capital estrangeiro mudou as perspectivas do setor. Como essa mudança é recente (2015), quais são os principais desafios que os processos de aquisições e fusões do setor enfrentam?

ER: Em razão da recente alteração da regulação de investimento estrangeiro na área de assitência à saúde, processos de fusões e aquisições são um tema relativamente novo para o setor. Com exceção das operações realizadas por grandes operadoras e importantes complexos hospitalares, a esmagadora maioria do setor não havia passado por processos complexos como de um M&A. Além disso, a maioria dos hospitais, clínicas, laboratórios e outros serviços de apoio são detidos por grupos de médicos ou até mesmo famílias. Naturalmente, a interlocução entre esses grupos e investidores profissionais, sejam eles fundos de private equity ou estratégicos, às vezes se mostra desafiadora. Discussões em torno de gestão e resultados, acordo a respeito do valor do ativo e questões de compliance tem sido constantes em processos de M&A nesse setor. Contar com assessorias financeiras e jurídicas experientes é fundamental para equilibrar as expectativas das partes envolvidas e alcançar o tão almejado fechamento do negócio.

TTR: A lista de ativos que atrai o interesse destes investidores inclui planos de saúde, laboratórios de diagnóstico, clínicas especializadas, além de hospitais. Acredita que setores auxiliares, como startups, investimentos em ativos imobiliários para clínicas e hospitais, por exemplo, também passarão a ter uma representatividade maior? Quais ativos podem se tornar alvos do mercado?

ER: Na minha opinião, a grande tendência é o desenvolvimento de tecnologias que tenham como foco o patient empowerment, a inovação na gestão de dados de saúde, bem como na prevenção e o monitoramento de doenças. O empoderamento do paciente é uma tendência no mundo e sem isso não vamos evoluir e tampouco atingir a eficiência de que tanto carece esse mercado. Nosso sistema de saúde e regulação precisam se adequar à essa realidade e, mais do que isso, os diversos players desse setor precisam se abrir para essa ideia e entender que a informação de saúde pertence ao paciente e não ao médico, hospital, laboratórios e operadoras. Acredito que no médio prazo essas serão as grandes áreas de investimento tanto para hospitais, operadoras e laboratórios.


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Gunter Schwandt habla con TTR acerca del mercado de M&A en México

Entrevista: Gunter Schwandt, un experto en el segmento del financiamiento de adquisiciones, nos da su punto de vista acerca del mercado de M&A en México. 

Gunter Schwandt, socio en la firma Nader Hayaux & Goebel Abogados

(ESPAÑOL)

Schwandt, como experto en el segmento del financiamiento de adquisiciones, desde el punto de vista de su área de actuación ¿podría brindarnos en términos generales una visión y evaluación de la situación actual del mercado de M&A en México?

El mercado de M&A en México se ha visto favorecido en los últimos meses por diversos factores. El ambiente político actual que vivimos a nivel mundial ha traído incertidumbre pero también oportunidades en ciertos sectores, tales como telecomunicaciones, energía e infraestructura. Lo anterior se ha visto potenciado por las reformas estructurales que entraron en vigor a principios de la presente administración. No obstante lo anterior, la renegociación del Tratado de Libre Comercio con América del Norte prevista para los próximos meses, así como el proceso electoral de cara a la elección presidencial de mediados de 2018 podría traer un periodo de impasse, aunque se prevé que la inversión extranjera en el país continúe.

En el caso de las compañías mexicanas, ¿qué tipos de financiación son los más habituales para la cobertura de M&A ? ¿Qué ventajas obtienen las compañías al recurrir a financiación externa?

Las adquisiciones típicamente son fondeadas a través de una combinación de recursos propios y financiamiento externo, incluyendo créditos sindicados. Asimismo, colocaciones a través del mercado de capitales son también usuales en este tipo de operaciones, ya sea de manera inicial o como un mecanismo para sustituir la deuda que originalmente fue contratada.

Otra de las áreas en las que tiene experiencia, es en la emisión de CKDs (Certificados de Capital de Desarrollo) ¿A qué se debe la reciente popularidad que ha ganado este instrumento bursátil? ¿En qué aspecto resulta interesante y atractivo para las entidades emisoras? ¿Y para las suscriptoras?

El marco legal para los certificados de capital de desarrollo ha existido en México desde hace aproximadamente 8 años y fue creado principalmente para permitir que los fondos de pensiones mexicanos (AFOREs) pudieran invertir en estructuras similares a las de capital privado para fondear una diversidad de proyectos. El éxito ha sido tal que hoy en día existen más de 60 emisiones de CKDs en el mercado. La regulación ha tenido una etapa de evolución y mejora a lo largo de los años que ha permitido que estos fondos puedan estructurarse de manera más eficiente, otorgándole mayor flexibilidad a los administradores en términos generales. Este instrumento resulta atractivo para las emisoras al permitirles acceder al mercado de capitales para fondear e implementar un plan de negocios y levantar capital. Por otro lado, resulta interesante para los inversionistas al brindarles retornos atractivos y la tranquilidad de ser un instrumento listado que cuenta con la supervisión y visto bueno de las autoridades bursátiles.

Usted también es especialista en financiamiento inmobiliario, según los datos registrados por TTR, YTD el número de operaciones en el sector inmobiliario ha superado significativamente la cifra alcanzada en 2016. ¿Qué cree que ha podido estimular el crecimiento de la actividad en este sector?

El volumen y monto de las operaciones en el sector inmobiliario ha venido creciendo en los últimos meses debido a diversos factores. Dentro de dichos factores podemos encontrar una mayor sofisticación y maduración del mercado y de sus participantes, así como la utlización de estructuras fiscalmente eficientes, tales como las FIBRAs (Fideicomisos de Inversión en Bienes Raíces), el equivalente mexicano de los REITs estadounidenses.

Respecto a la continuación de la marcha del año en M&A, ¿cómo pronostica el cierre del ejercicio? ¿En qué medida y de qué modo cree que influirán las entidades financiadoras para el desenlace del 2017?

El pronóstico es que la actividad de M&A continúe con su trayectoria actual durante la segunda mitad de 2017. No obstante lo anterior y como lo comentamos hace un momento, es posible que diversos factores (renegociación del TLCAN, el proceso electoral presidencial que culminará a mediados de 2018, entre otros), afecten o alteren los planes y el calendario que tengan inversionistas internacionales para invertir en México.

 

(ENGLISH)

Schwandt, as an expert in acquisition finance, from a standpoint of your practice area, could you give as a general view and evaluation of the current M&A market in Mexico?

The M&A market in Mexico has seen positive growth during the last few months due to a number of factors. The political environment that currently exists throughout the world has brought uncertainty but also several opportunities in certain sectors, such as telecomm, energy and infrastructure. The foregoing has been supported by the structural reform package that was enacted at the beginning of the current administration. Notwithstanding the foregoing, the renegotiation of the North American Free Trade Agreement that is scheduled to occur in the next months, as well as the electoral process for the presidential election that will occur mid next year, could bring a slowdown, although it is expected that foreign investment to the country will continue during such period.

With respect to Mexican companies, what are the most common forms of financing for acquisitions? What advantages do companies obtain by seeking external financing?

Acquisitions are typically funded through a mix of own capital and external financing, including syndicated loans. Similarly, issuances through the capital markets are also usual in these types of transactions, be it initially or as a mechanism to take out the financing that was originally contracted.

Another practice area of your expertise is the issuance of CKDs (development capital certificates). What is the cause for this type of security’s recent popularity? In what aspects is it interesting and attractive for issuers? And for investors?

The legal framework for development capital certificates has existed in Mexico for approximately eight years and was created mainly to allow Mexican pension funds (AFOREs) to invest in private equity-like structures for the funding of a wide variety of projects. Currently there exist more than 60 CKD issuances in the Mexican market. The regulations have evolved and have been improved throughout the years, which has allowed these funds to be structured more efficiently, granting general partners more flexibility in general terms. This instrument has become interesting for issuers since it allows them to access the capital markets for purposes of funding and carrying out a business plan and to raise capital. It has also become interesting for investors given that they generally offer attractive returns and the ability to list a security that has been approved and is supervised by the securities regulators.

You are also a specialist in real estate financing, according to data from TTR, year to date the number of real estate transactions has significantly passed the number in 2016. What do you think may have stimulated growth of activity in this sector?

The number and amount of the transactions in the real estate industry has been growing during the last months due to several factors. Some of them include more sophistication of the participants and a more mature market, as well as the use of tax efficient structures, such as FIBRAs (Fideicomisos de Inversión en Bienes Raíces), the Mexican equivalent of a U.S. REIT.

With respect to the development of the M&A market during the year, how do you forecast the close of the current year? To what extent and how do you believe banks and other financing entities will influence the outcome of the year 2017?

It is forecasted that M&A activity will continue its current course during the second semestre of 2017. Notwithstanding the foregoing and as previously mentioned, it is possible that a number of factors (NAFTA renegotiation, the presidential electoral process that will end mid-2018, among others), will affect or alter the plans and calendar that international investors may have to invest in Mexico.

 

Entrevista: Guillermo Muñoz-Alonso – Ramón y Cajal

 Guillermo Muñoz-Alonso, socio de la firma Ramón y Cajal, en su entrevista con TTR nos habla del mercado de M&A en España en lo que va del año 2017.

Guillermo Muñoz-Alonso

¿Cómo definiría la marcha del mercado español de M&A en lo que va de año? ¿Cree que se superarán las cifras de 2016?

Quizás este año sea por fin el de la recuperación de la confianza en las posibilidades de este mercado. En los últimos ejercicios, incluso en períodos de crecimiento había habido un mayor componente de incertidumbre y pesimismo ante los diversos factores de volatilidad económica y política a los que hemos estado expuestos en el terreno doméstico y en el internacional. Sin embargo, quiero creer que poco a poco estamos evolucionando hacia un sentimiento más optimista. Si esto es así, me parece que tiene más relevancia que el frío dato de las cifras de las transacciones, que siempre pueden sufrir distorsiones a causa de alguna mega-operación. Aun así, viendo la marcha del primer semestre creo que es probable que superemos las cifras del año pasado.

Durante el año 2017 el segmento de private equity ha experimentado una notable actividad. ¿A qué cree que se debe esta circunstancia? ¿Se mantendrá esta tendencia en el medio/largo plazo?

Posiblemente se están combinando varios factores, como la facilidad de acceso a la deuda bancaria y el hecho de que numerosas casas hayan cerrado nuevos fondos con éxito, que contribuyen a que haya mucha liquidez en el mercado. Eso hace que sea más fácil invertir y desinvertir. Además, los buenos datos de crecimiento del PIB nos están colocando bajo una luz muy positiva en comparación con otras jurisdicciones europeas. Si el entorno macroeconómico sigue dándonos buenas noticias y no hay grandes convulsiones en el terreno político creo que podemos aspirar a que esta tendencia continúe durante algunos años.

También cuenta usted con experiencia en la venta de carteras de crédito, práctica muy extendida en el sector financiero nacional. ¿Qué motiva a las entidades de gestión de activos a adquirir este tipo de carteras? ¿Qué descuento suele ofrecerse respecto al valor nominal de la cartera?

En circunstancias normales dice la teoría que la venta de carteras representa una vía muy valiosa para que los inversores generen valor gestionando los activos al mismo tiempo que las entidades, que no pueden o no quieren destinar tantos recursos a la gestión, descargan sus balances de activos maduros y de este modo liberan capital para movilizarlo en forma de crédito. Pero además en el último lustro, en el contexto de la reestructuración y recapitalización del sector financiero español, este negocio se ha convertido en un terreno abonado para la inversión oportunista, dado que diversas entidades bancarias se han visto obligadas a eliminar activos problemáticos. Los descuentos ofrecidos son con frecuencia significativos, pero varían sustancialmente en función del tipo de cartera de que se trate. Como generalmente se trata de procesos competitivos, los inversores están incentivados para sofisticar al máximo sus métodos de valoración, ya que necesitan ofrecer el mejor precio posible pero no hasta el punto de sacrificar su retorno.

Como experto en financiación bancaria, ¿qué modalidades de financiación son más populares en España a la hora de llevar a cabo operaciones de M&A? ¿Cree que las empresas deben utilizar en primer lugar recursos propios para llevar adquisiciones antes de recurrir a financiación bancaria, o considera que el capital propio debe ser empleado en otras áreas de la gestión de la empresa?

En esto hay teorías para todos los gustos, y posiblemente muchas diferencias entre el adquirente empresa, con frecuencia averso al endeudamiento, y el adquirente inversor profesional. Ya se percibe una vuelta de las estructuras apalancadas, aunque en niveles moderados que se alejan de la agresividad anterior al 2007, pero en general sigue siendo cierto que por las características del mercado español, que es fundamentalmente de empresas medianas y pequeñas, salvo en operaciones especialmente grandes no suele ser necesario diseñar estructuras de financiación complejas con múltiples capas de deuda, como es habitual en otras jurisdicciones.

Por último, también ha trabajado usted en Mercado de Capitales. ¿Qué ventajas y desventajas obtiene una compañía cotizada que emite acciones frente a otra que emite deuda?

Son vías de financiación muy diferentes, y su utilidad dependerá de las circunstancias concretas de la compañía que se plantee su utilización. Por un lado el capital ofrece mayor robustez y estabilidad, aunque también resulta menos flexible y a veces puede causar problemas de dilución. La deuda por otro lado es el reverso de esa moneda, pero también debe manejarse con prudencia para no drenarle demasiada liquidez a la compañía cuando la necesita. También existen fórmulas intermedias que incluyen instrumentos convertibles, subordinados o preferentes. El abanico es amplio y corresponde al emisor escoger la opción que mejor se adapte a sus necesidades.

 

Interview: Iván Delgado – Pérez-Llorca

Iván Delgado

Corporate Partner and Head at

Pérez-Llorca New York office

TTR interviews Iván Delgado, from Pérez-Llorca New York. The partner compares last year’s M&A market in Latin America with 1st half of 2017.

(ENGLISH)

Mr. Delgado, we already had the pleasure of interviewing you last year. Compared with the M&A market in Latin America in 2016, how would you describe the progress of the market so far this year? Have you seen any significant changes in trends? If so, to what do you think it is due?

I would describe the progress as positive. In the second quarter of the year we have seen a slight increase in transactions compared to the same period of the previous year (493 vs. 509 transactions, respectively). While I believe that there has not been a significant change in this trend, there has however been an increase in the number of transactions that are closing, which could be interpreted as a sign of foreign investor confidence in Latin America, despite the political instability we have seen in recent years in certain countries in the region.

With regard to the private equity market, a segment in which you are an expert, according to TTR aggregate YTD data, investment by private equity firms in Latin America appears to have decreased in comparison with the previous year. However, in this last quarter, there have been more transactions occurring than during the same period in 2016. How would you take stock of private equity activity?

I think the trend in 2017 with respect to private equity is positive. While the first quarter, as shown in the statistics, had less activity than last year, it seems that the sector is finally back on track in terms of growth. Forecasts for the second half of the year are also positive.

With regard to private equity firms investing in Latin American companies, those which most stand out are firms whose headquarters are located in the United States, the United Kingdom and Canada. As head of Pérez-Llorca’s New York office, what qualities or characteristics of Latin American companies do you believe attract the interest of foreign investors?

In Pérez-Llorca’s experience, when investing in Latin American companies, private equity firms mainly value: (I) the company’s good reputation in the field of corruption and prevention of money laundering; (ii) the consolidated position of the company in the local or regional market; and (iii) the desire for international growth with a view to expanding and integrating into other markets.

With regard to the activity of venture capital firms in LatAm, a growing trend has been identified over the course of 2017. Do you think that there is a greater interest on the part of investors in newly incorporated companies and in the entrepreneurial world, in line with global trends?

Yes. In recent years we have seen how interest in newly created companies has grown exponentially worldwide. Latin America is no exception and although it has not been at the same pace as other markets such as the European or American markets, venture capital fund investment has grown considerably in the region.

Generally speaking, so far this year, we have seen a modest upward trend in activity in the M&A market in Latin America, from country to country.  What does the future hold for the end of the financial year? In your opinion, which Latin American countries do you consider are showing a greater potential for growth in investments?

The forecast for the second half of the year is positive. We hope that the number of transactions continues to increase. In my opinion, the Latin American countries with the greatest potential for growth in the short term are: Peru, Argentina and Chile, as shown in recent years (mainly in M&A, private equity and venture capital transactions, without forgetting the large markets of Mexico and Brazil.

 

(ESPAÑOL)

 

Sr. Delgado, ya tuvimos el placer de entrevistarlo el año pasado, en comparación con el escenario de M&A en Latinoamérica en 2016, ¿cómo describiría la marcha del mercado en lo que llevamos de año? ¿Se ha podido apreciar algún cambio de tendencia significativa según su opinión? De ser así, ¿a qué cree que es debido?

Positiva. En el segundo trimestre del año hemos visto un ligero aumento de las operaciones respecto al mismo período del año pasado (493 vs. 509 transacciones, respectivamente). Si bien creo que no ha habido un cambio significativo en la tendencia, sí podría destacarse el incremento de las operaciones cerradas, lo que puede interpretarse como una muestra de confianza del inversor extranjero en Latinoamérica, a pesar de la inestabilidad política en determinados países de la región que hemos visto en los últimos años.

En cuanto al mercado de private equity, segmento en el que usted es especialista, según lo registrado en TTR, de manera agregada YTD se ha observado que en Latinoamérica han disminuido las inversiones de firmas de capital riesgo en comparación con el año anterior. Sin embargo, en este último trimestre sí que se han superado las operaciones ocurridas durante ese mismo periodo en 2016. ¿Qué balance haría de la actividad private equity?

Creo que la tendencia en 2017 respecto a private equity es positiva, y YTD el balance también. Si bien el primer trimestre, tal y como reflejan las estadísticas, la actividad fue menor que la del año pasado, parece que finalmente el sector ha retomado la senda del crecimiento. Las previsiones para el segundo semestre son igualmente positivas.

En cuanto a las firmas de private equity inversoras en empresas latinoamericanas, destacan aquellas cuya sede se encuentra en Estados Unidos, Reino Unido y Canadá. Como responsable de la oficina de Pérez-Llorca en Nueva York ¿Qué cualidades o características de las sociedades latinas cree que despiertan el interés de los inversores extranjeros?

En la experiencia de Pérez-Llorca, a la hora de invertir en empresas latinoamericanas las firmas de private equity valoran principalmente: (i) la buena reputación de la compañía en materia de corrupción y prevención de blanqueo de capitales; (ii) la posición consolidada de la compañía en el mercado local o regional; y (iii) la vocación por la proyección y crecimiento internacional de cara a una futura expansión e integración en otros mercados.

Respecto a la actividad de las firmas de venture capital en LatAm, se ha observado una tendencia creciente a lo largo de 2017, ¿cree que existe un mayor interés por parte de inversores en las sociedades de nueva creación y en el universo emprendedor, siguiendo la tendencia global?

Sí. En los últimos años hemos visto como el interés por las sociedades de nueva creación ha crecido de manera exponencial a nivel global. Latinoamérica no ha sido la excepción y, si bien no al mismo ritmo que otros mercados como el europeo o el estadounidense, ha experimentado también un crecimiento considerable la inversión de fondos de venture capital.

En general en lo que llevamos de año, de un modo más o menos modesto según el país, se han reflejado unos datos positivos que manifiestan un incremento de la actividad en el mercado de M&A latinoamericano, ¿qué futuro próximo augura para el cierre del ejercicio? Según su criterio ¿cuál o cuáles son los países latinos que considera están mostrando un mayor potencial de crecimiento en inversiones?

La previsión para el segundo semestre del año es positiva, esperamos que el número de operaciones siga aumentando. En mi opinión, los países de Latinoamérica con mayor potencial de crecimiento a corto plazo son: Perú, Argentina y Chile, tal y como vienen demostrando en los últimos años (principalmente en operaciones de M&A, private equity y venture capital), sin olvidar de los grandes mercados que siempre han sido y son Méjico y Brasil.

 

INTERVIEW: TOMÁS GURMÉNDEZ – POSADAS, POSADAS & VECINO

Partner at 
Posadas, Posadas & Vecino

 

(ENGLISH)

Tomás Gurméndez, as an M&A expert, how do you assess the M&A market in Latin America year-to-date, particularly in Uruguay?

M&A activity in Latin America has been growing for the past several years and 2017 has been no different. The data show that M&A activity has grown moderately in 2017 compared to the same months in 2016. This demonstrates that, despite political uncertainty in certain countries of the region, LatAm remains a very attractive region for international investors. In the case of Uruguay, the year started off slow in 1Q17, but starting in April, M&A activity has surged. We’re seeing many deals in agroindustry and forestry, which is logical given Uruguay is a producer of agricultural commodities. We’re also seeing significant transactions in retail and renewable energy.

Energy law is among your practice areas. Overall, energy transactions tend to be robust in Latin America. Do you believe the legal framework in the region facilitates M&A in this sector? Is development of the energy sector a good bet to ensure overall economic growth?

More than the laws, I believe the public policy that has been crafted over the past several years in many countries of Latin America has driven development of the energy sector, primarily for renewables rather than conventional. The great number of renewable projects developed in Latin America over the past several years has mobilized an extraordinary amount of capital, above all for investment funds from the US and other regions, which have demonstrated a lot of appetite for operational renewable assets. The energy industry is among the most sensitive and strategic for any country, given the implications for sovereignty and independence, and without a doubt, Latin American nations will continue betting on the energy sector as one of the most important pillars of economic growth in the region.

Year-to-date, TTR data show there’s been a significant increase in the number of medium-size deals in Uruguay compared to smaller transactions. Do you believe this trend relates to an evolution of the market or simply circumstantial factors?

Given the size of Uruguay, I don’t believe it’s possible to talk about an evolving market consolidation. While transactions this year may appear more sizeable considered individually, the reality is that the total number of deals in 2017 is not significantly higher than in the comparable period of 2016. Rather, the growth in deal volume has been moderate.

Another area of expertise for you and your firm is banking and finance. Do you believe financial institutions in Latin America favor investors to the degree that they support greater M&A activity, and particularly in Uruguay? If not, what are the changes that should be implemented?

The local banking sector in Latin America hasn’t played a significant role as a financier of M&A deals, in many cases owing to market-related factors and other regulatory restrictions. On the other hand, it is very common to see international banks very active in the Latin American M&A market. In the case of Uruguay, local banks have scarcely played a role in important M&A transactions.

Year-to-date, cross-border deals have picked up significantly in Uruguay, with a 38% increase in transactions between local and international companies in 1H17 over the same six months last year. Do you see this as reflecting a process of greater opening in Uruguay? Do you see this reflected across the region as a whole?

Given that Uruguay is a mature democracy with a strong rule of law and equal treatment for foreign investors, the country has long been attractive to the international investor. Uruguay’s opening to the world did not happen recently, and certainly not in 2017. The increase in cross-border deals in 2017 can be explained by the reactivation of the economy in the country relative to 2016, which was a slow year for economic growth.

 


(ESPAÑOL)

Como experto en M&A ¿cómo evalúa la marcha del mercado Latinoamericano desde el inicio del año hasta ahora? ¿Podría darnos una breve descripción? ¿Y en Uruguay en particular?

La actividad de M&A en Latinoamérica viene en aumento desde hace varios años y 2017 no ha sido la excepción. Todos los números indican que en 2017 la actividad de M&A en lo que va del 2017 ha aumentado moderadamente en comparación con el mismo período de 2016.  Esto demuestra que, a pesar de cierta inestabilidad política que están sufriendo algunos países de la región, LatAm sigue siendo una región muy atractiva para los inversores internacionales.

En el caso de Uruguay, 2017 comenzó algo lento en el primer trimestre, pero a partir de abril la actividad se ha incrementado notoriamente. Estamos viendo mucha cantidad de operaciones de M&A en el sector agro industrial y forestal, lo que resulta lógico al ser Uruguay un país productor de commodities agrícolas. También estamos viendo muchas operaciones en la industria retail y en la energía renovable.

Entre sus áreas de actuación se encuentra Energy Law, en general en Latinoamérica existe un gran número de operaciones que tienen lugar en el sector energético ¿Cree que las leyes en Latinoamérica facilitan estas transacciones? ¿Considera que el segmento de la energía supone una buena apuesta para garantizar el crecimiento de la economía?

Más que las leyes, creo que las políticas públicas que se han implementado en los últimos años en varios países latinoamericanos ha fomentado fuertemente el desarrollo del sector energético, principalmente el de las energías renovables no convencionales.

La gran cantidad de proyectos renovables desarrollados en LatAm en los últimos años ha movilizado una corriente inversora extraordinaria, sobre todo por parte de fondos de inversión americanos y de otras regiones , con mucho apetito por proyectos renovables ya en operación. Eso explica, al menos en parte, la gran cantidad de operaciones de M&A en el sector energético.

La industria de la energía es una de las industrias más sensibles y más estratégicas para cualquier país, incluso por razones de soberanía e independencia, por lo que sin dudas que los países latinos seguirán apostado al sector energético como uno de los pilares imprescindibles para el desarrollo de las economías regionales.

Year to Date, según lo registrado en TTR, en Uruguay ha habido un interesante incremento de las operaciones medianas frente a las pequeñas, ¿cree que el aumento del capital movilizado se debe a una evolución del mercado o se trata simplemente de factores circunstanciales?

Por el tamaño del Uruguay, no creo que sea posible hablar de una evolución consolidada de nuestro mercado. Si bien las transacciones ocurridas en 2017 aparecen como más relevantes individualmente consideradas, la realidad es que monto total de las operaciones 2017 no resulta sustancialmente mayor al verificado para el mismo período de 2016, sino que se aprecia un aumento moderado.

Otra de las áreas en las que usted está especializado es en Banking and Finance, según su experiencia y conocimientos, ¿considera que las entidades financieras latinoamericanas favorecen a los inversores para que haya una mayor actividad en el mercado de M&A? ¿Y en concreto en Uruguay? De no ser así, ¿cuáles cree que son los cambios que deberían realizarse?

La banca local latinoamericana no ha tenido un papel relevante como financiadora de operaciones de M&A, en muchos casos por razones de mercado y en otros por restricciones regulatorias. En cambio, si es común ver muy activa a la banca internacional en el mercado de M&A latino.

En línea con lo anterior, en Uruguay la banca uruguaya tiene escasa participación en las operaciones M&A más relevantes. 

En lo que llevamos de año, en Uruguay se ha manifestado un importante incremento de las operaciones cross-border frente a las que tuvieron lugar durante este mismo periodo el pasado ejercicio. En 2017 un 38% más del total de operaciones sucedidas se han realizado entre empresas uruguayas y extranjeras. ¿Cree que el mercado uruguayo podría estar experimentando un proceso de apertura a la inversión extranjera? ¿Y el resto de Latinoamérica?

Caracterizado por ser una democracia consolidada, con alta seguridad jurídica y trato igualitario para los inversores extranjeros, Uruguay siempre ha sido un mercado atractivo para el inversor internacional. La apertura de Uruguay al mundo no es algo reciente o que haya comenzado en 2017. El incremento de operaciones cross-border en 2017 puede explicarse en la reactivación económica del país en comparación con 2016, que fue un año de escaso crecimiento económico.