TTR Entrevista – William Smithson – SRS Advogados

Entrevista com William Smithson, sócio responsável pelo departamento Financeiro da SRS Advogados.

 

Segundo Smithson,  a diversificação dos investimentos em Portugal é um bom sinal para o setor de M&A no país.

William Smithson, sócio SRS Advogados. Leia a entrevista completa abaixo:

No primeiro semestre, O TTR registrou um aumento de 50% nas aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet e também um aumento de 40% nas operações de fundos de Private Equity e Venture Capital investindo em empresas portuguesas. Acredita que essas movimentações possam sinalizar uma maturidade do mercado tecnológico português?

Tendo por base o número de transacções relacionadas com o sector tecnológico que a SRS Advogados assessorou nos últimos 2 a 3 anos, acreditamos que o mercado tecnológico português é maduro, mas ao mesmo tempo continua a desenvolver-se e a revelar inúmeras oportunidade.

 

O senhor atuou em duas transações de muito destaque nas operações de investimentos estrangeiros em Portugal, a aquisição pela Velocidi, especialista em plataformas de dados de clientes, da Shiftforward, empresa portuguesa especializada em marketing tecnológico, e na ronda de financiamento de EUR 23m da Unbabel. Como essas transações refletem o atual cenário do ecossistema de startups português?

São indicadoras do crescente desenvolvimento e amadurecimento do setor das startups em Portugal. Neste contexto, nos últimos 2 anos, a SRS Advogados assessorou mais de 30 transacções de M&A, relacionadas com tecnologia em Portugal. A tecnologia é um segmento de importância significativa para a nossa Sociedade e, a título de exemplo, a SRS Advogados criou a 1ª incubadora numa sociedade de advogados no seu escritório em Lisboa. O STARTUP LAB by SRS Advogados é o primeiro acelerador de startups desenvolvido por uma sociedade de advogados portuguesa. Um projecto que foi implementado em conjunto com um grupo especializado de parceiros e mentores que prestam consultoria em diferentes áreas. O STARTUP LAB by SRS Advogados está focado essencialmente em startups nos segmentos de legaltech, fintech, insuretech, regtech e consultech.

 

Apesar do setor Imobiliário ainda ser a principal atração do mercado português, o ano também tem sido bastante favorável para os setores de Tecnologia, Financeiro e Turismo. Essa diversificação dos investimentos em Portugal pode ser vista como um bom sinal para o setor de M&A no país?

“Aumentar a diversidade é sempre bom. Estamos envolvidos em várias transações de ‘Investimento Directo Estrangeiro'”

Sem dúvida alguma. Aumentar a diversidade é sempre bom. Estamos envolvidos em várias transações de “Investimento Directo Estrangeiro”, principalmente com investidores da Ásia (através de nosso escritório de Singapura) e dos EUA. Contudo, isto não quer dizer que os investidores europeus deixaram de ser importantes.

 

Acredita que até o fim do ano possa ocorrer uma intensificação das operações de fusões e aquisições? Quais cenários ou tendências já podem ser identificados, e quais setores possuem, na sua opinião, maior potencial de crescimento?

Poderá não ser necessariamente uma intensificação, mas uma tendência na continuidade de crescimento do primeiro semestre.

Segmentos de crescimento serão provavelmente o bancário, cryptocurrency, hotéis/ turismo/lazer, energia (sector das renováveis), imobiliário e tecnologia.

 


TTR interviews William Smithson, Partner and Head of the Finance Department at SRS Advogados.

 

TTR – In the first semester of 2018, TTR recorded a 87% increase in foreign acquisitions in the Technology and Internet sectors and also a 70% increase in Private Equity and Venture Capital funds operations investing in Portuguese companies. Do you believe that these movements can signal a maturity of the Portuguese technological market?

Frankly given the number of tech related transactions in which we have been involved in the last 2 to 3 years there is a school of thought that in certain respects the Portuguese tech market is mature, but at the same time continues to develop.  

TTR – You acted as advisor in two very important transactions in foreign investment operations in Portugal, the acquisition by Velocidi, a specialist in client data platforms, of Shiftforward, a Portuguese company specialized in technological marketing, and in Unbabel’s EUR 23m funding round. How do these transactions reflect the current scenario of the Portuguese startups ecosystem?

Essentially indicative of the increasing development, maturing and coming of age of the Portuguese startup sector. In this context in the last 2 years, SRS has been involved in excess of 30 tech related M&A transactions in Portugal. Tech is a segment of significant importance to SRS Advogados and, by way of example, SRS has established STARTUP LAB by SRS Advogados which is an incubator within our Lisbon office.  STARTUP LAB by SRS Advogados is the first startup accelerator developed by a Portuguese law firm that has been implemented in conjunction with a specialised group of partners and mentors providing consultancy across a broad range of areas. STARTUP LAB by SRS Advogados is focused on startups in the segments of  legaltech, fintech, insuretech, regtech and consultech.

TTR – Although the Real Estate sector remains the main attraction of the Portuguese market, the year has also been very favorable for the Technology, Finance and Tourism sectors. This diversification of investments can be seen as a good sign for the M&A sector in Portugal?

“Increasing diversification is always good. We have been involved in several FDI transactions”

Undoubtedly. Increasing diversification is always good. We have been involved in several FDI transactions principally with investors from Asia (through our Singapore office) and USA. This is not to say that European investors ceased to be of importance.

TTR – Do you think that by the end of the year there could be an intensification of mergers and acquisitions? Which scenarios or trends can already be identified, and which sectors do you think have the greatest potential for growth?

Not necessarily an intensification but a continuation of the first half.

Growth segments likely to be banking, cryptocurrency, hotels / tourism / leisure, energy (renewable), real estate and tech

 

TTR Entrevista – Antonio Sánchez Montero – Pinsent Masons

Entrevista con Antonio Sánchez Montero, socio responsable del departamento de Corporate de Pinsent Masons en España. 

Antonio Sánchez-Montero, socio en Pinsent Masons España

 

Antonio está especializado en el asesoramiento en fusiones y adquisiciones, participando en transacciones, tanto nacionales como internacionales, para firmas de private equity y venture capital, así como para clientes industriales. 

 

 

 

TTR – ¿Cómo describiría la actividad del mercado de M&A español en el primer semestre del año? ¿Las sensaciones son positivas?

A.S. – El patrón de actividad sigue siendo positivo en el primer semestre. Los mismos factores que impulsaron el mercado a lo largo de 2017 siguen vigentes y no parecen haber perdido tracción: en particular, la existencia de financiación bajo condiciones atractivas y la percepción de que la recuperación económica, si no su crecimiento, está consolidada. La crisis previa, unida a la propia recuperación, ha propiciado también una mejora en la posición (incluyendo una mayor internacionalización) de las propias compañías que pueden ser objeto de operaciones corporativas y por tanto incrementado tanto su atractivo como el interés inversor.

 

TTR – ¿Cree usted que la reciente formación de un nuevo Gobierno en nuestro país puede incidir de algún modo en el mercado de M&A en el corto y/o medio plazo? ¿Cómo?

A.S. – En principio, la formación de un nuevo gobierno garantiza una cierta estabilidad, que probablemente se mantenga hasta el final de la legislatura. En un entorno estable, el impacto en el mercado debería ser inapreciable, si bien puede tener una cierta incidencia en la adopción de determinadas medidas legislativas que podían haber quedado confirmadas en un futuro próximo (por ejemplo, el ajuste de los pagos a cuenta en el impuesto de sociedades, que podría demorarse). La “debilidad” del nuevo gobierno o, más bien, sus dificultades para adoptar nuevas medidas de calado, pueden garantizar, paradójicamente, que el entorno en el que el mercado ha venido creciendo se mantenga estable.

TTR – En el primer semestre del año han surgido numerosas informaciones acerca de firmas de private equity que se encuentran en el proceso de levantamiento de fondos. ¿De dónde suele provenir esta financiación? ¿Cree usted que la segunda mitad del año nos deparará grandes operaciones en este segmento de mercado?

“Las fuentes de financiación tradicionales siguen presentes en el mercado, pero sí se aprecia un mayor protagonismo de otros actores (family offices)”

A.S. – El interés en la industria se mantiene: representa un sector de actividad altamente profesionalizado, en el que además la crisis ha servido tanto para mejorar significativamente el proceso de análisis de las operaciones y su gestión posterior, como para promover innovación e imaginación. Las fuentes de financiación tradicionales siguen presentes en el mercado, pero sí se aprecia un mayor protagonismo de otros actores (family offices). En cualquier caso, la captación de inversores está apoyándose además en estrategias más flexibles, esquemas de co-inversión, SMAs, o esquemas de titulización de series específicas de deuda vinculada exclusivamente a una inversión, lo que de alguna forma también amplia la base de posibles inversores. Estos se ampliarán o contraerán conforme los ciclos cambien, pero al menos el espectro de posibles inversores se habrá ampliado en todo caso.

TTR – A priori, ¿qué sectores diría usted que son más susceptibles en la actualidad de beneficiarse de inversiones de firmas de private equity? ¿Cuáles considera que tienen un mayor potencial?

A.S. – Dos preguntas que deberían tener una misma respuesta y cuya formulación podría invertirse: aquellos sectores que ofrecen un mayor potencial deberían ser al mismo tiempo los que mayor atractivo actual presentaran para las firmas de capital riesgo. Si nos atenemos al número de operaciones y no a su volumen (aspecto que para responder a esta pregunta me parece secundario), apuntaría hacia la tecnología (o compañías fuertemente apalancadas en actividades en la que la tecnología es un elemento distintivo), restauración, salud e infraestructuras sanitarias o energía. Sin embargo, también creo que algunos sectores se benefician de un efecto emulación, que, obviamente, puede dificultar un adecuado retorno de la inversión. Siendo cierto que los inversores también han flexibilizado sus estrategias de creación de valor, incluso de permanencia en los activos, el ímpetu inversor en algunas industrias está elevando precios más allá de la propia tendencia al alza a la que asistimos de forma generalizada. Esta circunstancia exigirá una mayor imaginación.

TTR – En base a la experiencia que acredita usted en el segmento venture capital. ¿cómo definiría usted la posición actual del mercado español en este segmento de mercado? ¿cree que aún hay margen para que los players locales impulsen su crecimiento o considera que éste se basará en la interacción con inversores internacionales?

“Por ahora, me temo, sin un grupo de Friends & Family el emprendedor está perdido…”

A.S. – No creo que España ocupe precisamente un papel relevante en este segmento: ni en términos de proyectos/compañías ni en número y calidad de los inversores. Ello quiere decir que nuestro margen de crecimiento es muy significativo y lo será más si proliferan las iniciativas que propician el emprendimiento tanto desde el ámbito de la educación como del inversor. El grado de talento es idéntico al de otros países, pero no probablemente la educación para ser audaces: eso ralentiza tanto el atrevimiento, la valentía para aventurarse en una empresa, como el valor para confiar en el emprendedor e invertir en él. Mientras que en segmento del capital riesgo los partícipes españoles son especialmente protagonistas (más si cabe en algunos segmentos del mercado), en el ámbito del venture capital la interacción con inversores internacionales se me antoja fundamental. Por ahora, me temo, sin un grupo de Friends & Family el emprendedor está perdido…

 


TTR interviews Antonio Sánchez Montero partner at Pinsent Masons in Spain.

Antonio specializes in M&A and venture/private equity work, corporate transactions, as well as in general company law matters and commercial contracts.

TTR – How would you describe the activity of the Spanish M&A market in 1H18? Is the outlook positive?

A.S. – The pattern of activity continues to be positive in the first six months. The same factors that drove the market during 2017 remain in force and do not seem to have lost traction: in particular, the existence of funding under attractive conditions and the perception that economic recovery, if not its growth, is strong. The previous crisis, together with its recovery, has also led to an improved position (including greater internationalisation) for the companies that can themselves be the target of corporate deals, thereby increasing both their attractiveness and investor interest.

TTR – Do you believe the recent formation of a new government in our country could influence the M&A market in any way in the short to medium term? How?

A.S. – In principle, the formation of a new government guarantees a certain stability that is likely to be maintained until the end of the legislature. In a stable environment, the impact on the market should be negligible, although it may have a certain impact on the implementation of certain legislations, which might have been confirmed in the near future (such as the adjustment of payments on account for corporation tax, which could be delayed). The “weakness” of the new government, or rather its difficulties in adopting new stricter measures, can, on the other hand, guarantee that the environment in which the market has been growing remains stable.

TTR – In 1H18, there were numerous reports regarding private equity firms that are in the process of raising capital. Where does that funding usually come from? Do you believe 2H18 holds large transactions in this market segment?

A.S. – Interest in the industry remains: it represents a sector of highly professionalised activity, in which the crisis has also served to significantly improve the process of analysis of operations and its subsequent management, as well as to promote innovation and imagination. Traditional funding sources are still present in the market, but there is a greater prominence of other players (such as family offices). In any case, attracting investors now relies on more flexible strategies, such as co-investment schemes or securitization schemes for specific series of debts linked exclusively to an investment. In some ways, this broadens the base for potential investors. As the cycles change, these will go on to expand or contract, but in any event, at least the range of potential investors will have grown.

TTR – Which sectors would you say are more susceptible to benefit from private equity investment at present? Which have greater potential?

A.S. – Two questions that should have the same answer and that could be reversed in order: the sectors that offer the greatest potential should also be those that are currently most attractive for venture capital firms. If we stick to the number of operations, rather than volume (an aspect that seems secondary to me in answering this question), it would point towards technology (or companies strongly engaged in technological activities), catering, health, healthcare infrastructure and energy. However, I also believe that some sectors benefit from an imitation effect, which obviously could hinder an adequate return on investment. While it is true that investors have made their strategies of creating value more flexible, the momentum of investment in some industries is raising prices even beyond the upward trend that we have generally witnessed. This will demand greater imagination.

TTR – Based on your experience in venture capital, how would you define the current position of the Spanish market in this market segment? Do you believe there is still margin for local players to drive its growth or do you consider growth will come from the interaction with international investors?

A.S. – I don’t think that Spain really plays a key role in this area – either in terms of projects and companies, or in the number and quality of investors. This means our growth margin is significant and will be even more so if the initiatives that support entrepreneurship, both from education and the investor, thrive.  The level of talent is identical to other countries, but, to be bold, the level of education is probably not: this dilutes the audacity and courage to venture into a company, as well as the courage to trust in an entrepreneur and invest in them. While Spanish participants in venture capital are particularly prominent (more so than in other areas of the market), interaction with international investors seems fundamental to me. For now, I’m afraid, without a group of “friends and family” the entrepreneur is lost…

DealMaker Q&A

Entrevista com Milena Mazzini, sócia do Madrona Advogados.

Milena Mazzini, Sócia no Madrona Advogados

Segundo Milena Mazzini, o mercado de TI brasileiro tem se destacado em fusões & aquisições, e um dos motivos é a inovação estratégica, visto que “a tecnologia é fundamental para outros setores e requer investimento constante”.

Leia a entrevista completa abaixo:

Como descreveria a performance do mercado brasileiro de M&A no primeiro semestre de 2018?

O ano iniciou com uma expectativa muito boa, em linha com a expectativa de crescimento do PIB (3% ao ano, conforme Boletim Focus). No entanto, conforme os meses se passaram, da mesma forma que o crescimento do PIB real não demonstrou a força esperada, o mercado de M&A também perdeu força.

Quais são as expectativas para o próximo semestre?

Dadas as incertezas associadas ao processo eleitoral, acreditamos que deva melhorar no último trimestre quando houver mais clareza sobre o resultado da corrida eleitoral.

O setor de Saúde, Higiene e Estética está entre os três mais ativos de 2018, além de seguir entre os mais atrativos para os investidores de Private Equity e Venture Capital. Quais são as condições do mercado hoje que favorecem ou explicam esse apetite do mercado pelas empresas do setor?

Esse setor tem estado ativo há muitos anos e sofre menos com a redução da atividade econômica em razão do envelhecimento da população brasileira. Prova disso foram os IPOs bem sucedidos de Hapvida e Intermédica no primeiro semestre.

O Madrona tem participado de uma série de transações que envolveram investimentos em fintechs em 2018, tal como a aquisição da Bivaco Holding pela PagSeguro e essas operações tem sido um destaque bastante positivo no ano. Quais são os principais desafios das operações desse setor em termos de assessoria jurídica.

As transações envolvendo fintechs, e empresas de tecnologia, de forma geral, tem crescido significativamente. A falta de regulamentação clara, por um lado, pode ser um atrativo para o setor. Por outro lado, no entanto, traz certa insegurança jurídica em relação ao futuro dos modelos que estão sendo desenhados. Ainda se observa um nível elevado de informalidade no setor, o que representa outro fator de preocupação nas transações de M&A.

E o que se pode esperar para o restante do ano para o setor?

Acredita-se que para o segundo semestre algumas empresas do setor tenham que se dedicar às adequações trazidas por recentes normas regulatórias, especialmente com a finalidade de se preparem para as transações que se seguirão.

“A tecnologia é fundamental para outros setores e requer investimento constante.”

 A senhora participou recentemente do evento IT M&A Seminar, promovido pelo TTR. Considerando o dinamismo que o setor tem demonstrado no último ano, embora o volume de operações no setor registradas entre janeiro e junho deste ano esteja em quedaé possível dizer que o segmento sente menos intensamente os efeitos da crise econômica e política brasileira?

Ainda que se verifique uma retração, alguns dados nos levam a crer que o setor vem sofrendo relativamente menos do que os demais setores de forma geral. A tecnologia é fundamental para outros setores e requer investimento constante.

O que se pode esperar em termos de transações para o setor no segundo semestre?

Acreditamos que que o setor não enfrentará queda maior no segundo semestre em razão das potenciais transações que já vem sendo avaliadas durante o primeiro semestre de 2018.

DealMaker Q&A

Entrevista con Juan Manuel de la Rosa y Felipe Quintero, socios de DLA Piper Martinez Beltrán.

Felipe Quintero y Juan Manuel de la Rosa

En primer lugar ¿cuáles son sus percepciones personales en cuanto a la actividad del mercado de M&A colombiano en lo que llevamos de año?

El primer semestre de 2018 ha tenido un dinamismo relevante en materia transaccional. Tanto los fondos de capital privado como jugadores estratégicos nacionales y extranjeros avanzaron cerrando operaciones en diversas industrias tales como servicios financieros, salud, tecnología, agroindustria, logística, y comercio al por menor. Cabe aclarar que algunas de las operaciones se han derivado de la reactivación de procesos que venían de 2017 cuando se tuvo algún nivel de incertidumbre derivada del proceso de paz y determinados aspectos macroeconómicos que apuntaban a una desaceleración de la economía.

Es importante mencionar que, según proyecciones del Banco Mundial, el crecimiento que observará la economía colombiana en el 2018 será del 2.9% (mayor al crecimiento del 2017), con un mayor dinamismo derivado por el aumento de los precios de las materias primas, la inversión en infraestructura, la recuperación de la demanda externa, el crecimiento de la clase media, las reducciones de las tasas de interés, el control de la inflación, entre otros aspectos, lo cual a su turno generará un entorno muy favorable a la actividad transaccional. En general los inversionistas extranjeros ven en Colombia un sitio muy interesante para acometer sus inversiones y confían en que se mantenga de esta manera.

Así mismo, Colombia recientemente ingresó a la OCDE, lo cual conllevará un aumento en la confianza inversionista en el país y permitirá que Colombia pueda acceder a mejores condiciones e instrumentos financieros en los mercados internacionales.

No obstante lo anterior, en el último mes, el proceso electoral relativo a la elección del próximo presidente de Colombia se ha caracterizado por una marcada polarización política, lo que ha generado algún nivel de incertidumbre pero aún así la actividad transaccional continúa con una dinámica positiva, de la mano con buenas noticias en materia de crecimiento durante el primer trimestre de 2018.

 

En cuanto a Latinoamérica en general, nuestros últimos informes han evidenciado que Colombia, México y Perú se encuentran al frente del resto de países en cuanto a la marcha del mercado ¿Cuáles consideran que son las causas de este adelantamiento?

Los tres países tienen perspectivas de crecimiento atractivas en términos comparativos para la región y adicionalmente se ha presentado un rápido crecimiento de la clase media lo que evidentemente los convierte en sitios donde los inversionistas buscan expandirse y diversificarse. Adicionalmente, el esfuerzo que están haciendo dichos países, junto con Chile, de fortalecer la Alianza del Pacífico, genera una plataforma muy atractiva para la inversión y la consolidación regional ante el potencial de integración comercial y bursátil que ofrece. En particular, el caso de Perú y Colombia es similar en la medida en que vienen de un 2017 marcado por una desaceleración económica e incertidumbre política, a un 2018 donde los inversionistas (en particular, aquellos que están consolidando procesos de expansión regional) ven un alto potencial en ambas economías.

Sin perjuicio de lo anterior, para el caso de México, y aunque la perspectiva de dinamismo de la economía mexicana continúa siendo atractiva entre otras razones por las modificaciones en los mercados de energía y telecomunicaciones, los inversionistas internacionales continúan a la expectativa de la manera como México bajará la dependencia del exterior, particularmente en su relación económica con  Estados Unidos.

En el caso contrario, Brasil, Argentina y Chile, han sufrido un estancamiento, incluso disminución en Chile, del volumen de M&A ¿Creen que se trata de algo circunstancial que se revertirá a lo largo de 2018? ¿O existen motivos de peso que expliquen la situación?

La actividad transaccional en los 3 países en el primer semestre de 2018 ha estado activa. En particular Chile es un país que ofrece un gran clima de negocios en términos comparativos para la región lo que inevitablemente la convierte en un país muy atractivo para la actividad transaccional. La coyuntura reciente de Argentina puede que cree algún nivel de incertidumbre pero en la medida en que se siga consolidando la confianza que le había venido dando el gobierno actual a la actividad empresarial y a la inversión, estamos seguros que continuará una senda de crecimiento para la actividad transaccional. Por su parte Brasil ha tenido una recuperación gradual de su economía y de su institucionalidad lo que sin lugar a dudas repercutirá en su actividad transaccional para seguirse caracterizando como el líder indiscutible de las operaciones de M&A de la región. De hecho, la actividad transaccional reciente de Brasil ya evidencia dicha recuperación.

 

En los cinco primeros meses del año, se ha registrado en Colombia un importante incremento de deals en el sector de la Distribución y venta al por menor y en el sector de la Salud, respecto al mismo periodo de 2017 ¿A qué creéis que se debe? ¿Qué otros sectores tienen mayor potencial de crecimiento a medio plazo en el país?

 Efectivamente han sido dos sectores muy activos en Colombia. Las transacciones en el sector de venta al por menor obedecen al fortalecimiento y rápido crecimiento de la clase media y el consecuente dinamismo del consumo.

Por su parte, el sector salud y en general las instituciones de dicho sistema han ganado credibilidad, se han realizado reformas relevantes que hagan más sólido el sistema de financiación, y la cartera del sector ha disminuido. De hecho, es un sector que ha levantado especial interés de los fondos de capital privado.

Así mismo, el sector de tecnología se ha convertido en uno de los sectores de mayor atractivo y dinamismo en Colombia, impulsado por la búsqueda del aumento de la base de clientes de mercados existentes y de un atractivo talento en la industria.

Sobre otros sectores con alto potencial transaccional, resaltaríamos infraestructura, servicios financieros, agroindustria y logística.

 

Por último, ¿cuáles son sus pronósticos para lo que queda de año en cuanto al comportamiento del mercado Latinoamericano?

Consideramos que el 2018 terminará siendo un año positivo en materia transaccional, con importantes transacciones donde la Alianza del Pacífico seguirá siendo un referente. Esperemos que aquellos países cuya coyuntura electoral están generando algún nivel de incertidumbre puedan superarla de forma satisfactoria para que los factores positivos que hemos mencionado (crecimiento de la clase media, bajas tasas de interés, mayor institucionalidad, tendencia alcista del precio de los principales commodities, reformas legales, etc) permitan que la región se siga consolidando como un destino atractivo de inversión

TTR Entrevista: Pablo Perezalonso, socio de Ritch Mueller

 

Entrevista con Pablo Perezalonso, miembro de Ritch Mueller desde 1994 y socio desde 2000. Fue nombrado socio administrador en el 2017. Perezalonso se especializa en operaciones bursátiles, operaciones internacionales bancarias y de financiamiento, temas regulatorios, derivados y mercados de capitales.

A grandes rasgos ¿Cuál es su valoración general respecto a la marcha del mercado de M&A mexicano durante los primeros meses del año?

Los primeros meses del año han sido bastante buenos considerando las expectativas por el año electoral, la renegociación de NAFTA y los efectos de las políticas de Trump en la economía mexicana. Es pronto para tener conocimiento de las operaciones registradas hasta mayo, pero según fuentes consultadas, en los primeros 3 meses del año, se registraron 72 fusiones y adquisiciones, contra 61 durante el mismo periodo en el año 2017. Es decir, un incremento del 18%.

 

Según nuestros registros, el sector financiero y de seguros ha ganado protagonismo en cuanto al volumen de sus operaciones de M&A en comparación con las cifras del mismo periodo en ejercicios anteriores. ¿A qué cree que se debe este incremento? ¿Opina que manifiesta una tendencia?

No consideramos que se deba a algo en particular. Si bien 2017 no fue un año particularmente con muchas transacciones en este sector, 2016 sí lo fue, fue la segunda mayor industria en número de operaciones.  Con la nueva Ley para Regular a las Instituciones de Tecnología Financiera (Ley Fintech),  consideramos que veremos más inversiones en empresas de tecnología en este sector.  Hemos visto algunas operaciones de venta de bancos extranjeros, pero entendemos que esto se debe a temas de organización interna y no a la situación política y económica.

 

Otro de los sectores más activos en el mercado mexicano es el inmobiliario ¿Podría brindarnos una breve previsión del funcionamiento de dicho sector en 2018?

En el sector inmobiliario empezamos a ver que ciertos clientes están tomando una posición más conservadora respecto de nuevos proyectos hasta que pasen las elecciones y se defina la negociación de NAFTA.  En cuanto a proyectos que ya están en marcha seguimos viendo un gran dinamismo en el sector de vivienda y en la parte de logística.  En cuando a la parte comercial sigue habiendo mucha actividad aunque en algunos mercados ya estamos viendo una desaceleración en la parte comercial.  Por lo que respecta a la parte de oficinas, sobre todo en la Ciudad de México, empezamos a observar un mercado un poco saturado y donde la absorción es más lenta.

 

En lo que llevamos de año, según nuestros datos, México parece reflejar un creciente interés por las operaciones de inversión en el extranjero. ¿Cuáles cree que pueden ser los motivos? ¿Cree que será una pauta que se mantendrá a lo largo del año?

No lo hemos notado particularmente, pero seguramente se debe a inversionistas buscando seguridad en tanto se define la situación política y la renegociación de NAFTA.

 

En último lugar, en cuanto a las operaciones de venture capital en el país, ¿cuál cree que es la situación actual de esta área de mercado en México? ¿Qué pronóstico le daría para este ejercicio?

Hemos participado en bastantes operaciones en estos primeros meses, pero también hemos visto como varios proyectos están a la espera de que se resuelva la situación política y económica.