DealMaker Q&A

Entrevista com Amir Bocayuva Cunha, sócio da área de Direito Societário e Empresarial do BMA – Barbosa Müssnich Aragão.

Segundo Amir Bocayuva Cunha, a performance do mercado brasileiro de M&A em 2018 está acima das expectativas e as questões mais relevantes para o setor “não estão nem tanto relacionadas com as incertezas ou a instabilidade político-econômica e sim com as consequências da operação Lava-Jato e suas derivadas em termos de compliance, anti-corrupção e lavagem de dinheiro”.  Leia a entrevista completa abaixo:

O mercado brasileiro tem sido muito pautado por temas como instabilidade e incertezas políticas, o que trouxe uma série de consequências para as empresas nacionais. Em termos de assessoria em transações de M&A, quais foram os maiores entraves que essas incertezas provocaram, para além do ritmo de espera?

ABC: Considerando se tratar de um ano de eleições, o que adiciona incerteza a um mercado que já vem sofrendo com a crise política e econômica, a meu ver, até o terceiro trimestre de 2018, o mercado de M&A brasileiro, ficou acima das expectativas considerando-se. Portanto, eu diria que a performance do mercado foi bastante razoável até o fim do terceiro trimestre, e assim deve permanecer até o final do ano.

A meu ver, as principais questão no mercado de M&A em 2018 não estão nem tanto relacionadas com as incertezas ou a instabilidade político-econômica e sim com as consequências da operação Lava-Jato e suas derivadas em termos de compliance, anti-corrupção e lavagem de dinheiro. Tais fatores, embora já existissem no passado, continuam desempenhando um papel relevante nas mesas de negociação de operações de M&A. Essa questão se torna ainda mais relevante quando a operação envolve alguma empresa que, de alguma forma, tenha sido envolvida na Lava-Jato e tenha firmado um acordo de leniência. O risco de descumprimento do acordo de leniência e as consequências daí decorrentes são fatores que tem adicionado complexidade às transações.

O BMA participou de uma série de operações de Private Equity em 2018, incluindo operações de destaque como a venda da operação brasileira do Walmart para a Advent International. Entretanto, o ano tem sido de queda nos números de operações e também no total aportado no país. Qual a sua avaliação da performance do ano e suas espectativas para 2019 nos investimentos de PE? 

ABC: Em relação às operações envolvendo fundos de Private Equity, nossa sensação é que, de fato, houve uma queda em termos de número de transações. Participamos de algumas operações, mas se olharmos numa perspectiva dos últimos cinco anos, percebemos que houve de fato uma redução, o que nos parece absolutamente normal e dentro da expectativa, tendo em vista que os fundos de Private Equity investem já vislumbrando as estratégias de saída. Em algumas conversas com fundos de PE, notamos que muitos estavam aguardando uma definição do cenário eleitoral para poder colocar em prática os seus planos de investimento.

Quais transações destacaria em termos de importância e complexidade esse ano, sejam as que tenham atuado diretamente ou que contaram com a participação do BMA? 

ABC: As operações que mais se destacam em termos de importância e complexidade são: a conclusão da aquisição da XP Investimentos pelo Itaú, em que, pela primeira vez, vimos o Banco Central exercer uma função de controle concorrencial de uma maneira jamais vista antes. Essa operação foi uma mudança de paradigma no comportamento do Banco Central quanto à análise dos efeitos concorrenciais de operações envolvendo instituições financeiras. E, durante as negociações que tivemos com o Banco Central para a aprovação da operação, que, inclusive, exigiu modificações relevantes da operação inicialmente contratada, o Banco Central indicou que , a partir de agora, esse seria um novo padrão de conduta para operações futuras. Destaco também a operação da Embraer com a Boeing, que é uma operação bastante complexa e relevante e que acabou sendo afetada pelo cenário político, mas que agora, com a eleição definida, esperamos que tenha condições de ser concluída num futuro breve. Por fim, vale destacar a operação, que envolveu a maior disputa pelo controle de uma companhia aberta que vimos no mercado de capitais brasileiro, envolvendo a Eletropaulo, em que a Enel foi a vencedora. Além da disputa entre diferentes interessados, a operação resultou num incremento significativo do valor das ações da companhia, gerando enorme valor para seus acionistas.

Com o fim do ano se aproximando, quais setores possuem, na sua opinião, maior potencial de crescimento até o fim do ano e em 2019?  

ABC: Com a definição do cenário eleitoral, entendo que os setores que apresentam potencial de crescimento para 2019 e para os próximos anos, serão os setores de Infraestrutura, tal como saneamento básico, rodovias, portos, dentre outros.  Acreditamos que deverá haver uma nova onda de privatizações, concessões, PPPs fomentada pela vertente liberal anunciada pelo próximo governo, o que deve movimentar bastante o mercado. Vislumbro também um aumento da atividade no setor de energia e óleo e gás. As rodadas de leilões realizada pela ANP esse ano deverá produzir resultados em toda a cadeia produtiva que atende a esse setor.

DealMaker Q&A

TTR DealMaker Q&A with Uría Menéndez-Proença de Carvalho Parner Jorge Brito Pereira

Fotografias perfil advogados Uría Proença de Carvalho; Janeiro 2016

Jorge Brito Pereira joined Uría Menéndez-Proença de Carvalho as a partner in 2016 and focuses his practice on corporate, M&A, financing and capital markets work. He has broad experience in advising on prominent transactions in Portugal, in particular privatizations, takeover bids, public offerings, M&A and financing.

TTR – In 2018, there has been a significant increase in the M&A deal value in Portugal, though this result was strongly influenced by some specific transactions such as China Three Gorges’ PTO over EDP and, more recently, the acquisition by Sonae Sierra of three shopping centers in Spain. How would you rate the Portuguese transactional this year?

There is no question that 2018 will close as a very positive year for M&A transactions in Portugal.

JBP – There is no question that 2018 will close as a very positive year for M&A transactions in Portugal. Furthermore, the M&A market has been increasingly positive in the last few years. The focus on Portugal by foreign investors cannot be disputed today, and low interest rates (which have had a direct effect on regulated markets and real estate) is one of the factors driving this trend. At Uría Menéndez – Proença de Carvalho, our M&A activity has been increasing exponentially for the last few years and therefore we are very optimistic about the near future.

TTR – Though the Real Estate sector remains the most attractive for investors, other segments such as Technology and Finance & Insurance have emerged as hot targets for investments in the country. What are the market conditions that favor or explain this appetite for Portuguese companies in those segments?

JBP – Different market conditions can explain that effect. Firstly, M&A is closely dependent upon an investor’s ability to acquire a loan at a good interest rate, and the truth is that we are currently experiencing an environment of historically low interest rates. Also, as a side effect of these low interest rates, the discounted cash flow of a company’s future earnings are worth more. This triggers movement in the market – new buyers, with new valuations of assets, create movement. Secondly, different sectors of our system are, for different reasons, in the process of consolidation, which always ends up triggering acquisitions. Finally, Portugal has been under the spotlight of foreign investors who, in contrast to the bailout years, now view Portugal as an interesting, stable and promising economy.

TTR – Which deals would you highlight in terms of importance and complexity this year?

JBP – Because of its value, and at a moment in which its outcome is still unclear, the China Three Gorges takeover appears to be the most important transaction of the year (at least, so far) but there are many others. Fortunately, Uría Menéndez – Proença de Carvalho is, or has been, involved in most of the significant transactions of the year (unfortunately I cannot disclose information regarding ongoing transactions and current clients).

 

TTR –  Any scenarios or trends that we should be on the lookout for within the Portuguese M&A market in the coming months or in 2019? And which sectors do you believe have the greatest potential for growth?

JBP – 2019 looks rather promising for the M&A market. It is hard to point out the actual areas in which it will more active, but it seems clear that the financial, energy and telecom sectors will be the most dynamic.

DealMaker Q&A

TTR DealMaker Q&A with Pérez-Llorca Corporate Partner  Pedro Marques da Gama

TTR:  How would you characterise the activity of the Spanish transactional market so far this year? Do you think that the indicators are positive?

In my opinion, transactional activity is following the same upward trend as we have observed over the past year. We are advising on many transactions, some of which are of rather significant amounts, in various business sectors. In any case, there is a certain preponderance of real estate transactions. These are currently taking many forms, from the purchase of portfolios of assets acquired as a result of mortgage loan defaults, to transactions with SOCIMIs. I believe that the indicators are quite good, because they clearly show that Spain is still capable of generating opportunities and attracting the interest of many investors. However, if we look at the assets in the most recent transactions, this growth could be considered rather cyclical, supported by the high liquidity that the most qualified investors still possess, and the restructuring and consolidation of the banking sector in 2012-2013. Whether the trend we have been experiencing for the last few years is sustainable in the long term or not will become clear in the future.

TTR: You have advised on numerous debt portfolio sales transactions, which assets in particular are the most popular? Generally speaking, do these types of transactions date back to the economic crisis or before?

At present, the most popular assets are non-performing loans secured by mortgages, as well as the real estate assets subject to those mortgages. Within this area, I think investors tend to be more interested in loans granted to SMEs and loans to developers. These assets are mostly from banking transactions which closed before 2013, so it can be concluded that their origin dates back to the economic crisis and, in particular, to the bank restructuring and resolution measures adopted in Spain. As a consequence of these measures, many assets from cajas and other banks that were restructured have emerged on the balance sheets of financial institutions. These are non-core assets which in some cases consume these institutions’ capital. That said, each chapter of the lengthy bank consolidation that Spain is undertaking generates new opportunities for investors (the acquisition of Banco Popular by Santander is one of the most recent examples of this). Therefore, the origin of all transactions cannot be traced back to the economic crisis of 2012-2013, although it is true to say that this was the most decisive moment of the entire process.

TTR:  What is the usual profile of buyers of this type of asset? Do you think that they usually intend to collect the debt or carry out collateral?

The buyers who look for large or medium-sized portfolios tend to be the non-regulated investment funds, usually called hedge funds, which have a higher risk profile. Most of the funds are from the US, although there are also some from the UK and Scandinavia. The main objective of the funds is, in very general terms, to achieve the best possible internal rate of return (IRR) on their investments in order to pay their investors in accordance with the relevant remuneration policy. Given that these funds tend to have a short lifespan, the time taken to monetise their investments is very important. Viewed from this perspective, collecting the debt by means of an agreement with the debtor without resorting to the courts seems to be the preferable form of recovery, as this option tends to be quicker. However, this is often not possible because the debtors are not willing to reach out-of-court agreements, and so the enforcement of guarantees has become a routine mechanism for collecting outstanding debt.

TTR: And the sellers? Why sell rather than manage the debt?

 In primary sales transactions (when the seller is the original lender) the sellers are usually credit or financial institutions. In my opinion, these institutions prefer to sell rather than manage the debt, because their main business consists of attracting other funds and lending money to their clients. Managing failed credits is not the main business of a bank and is an activity that depletes their internal resources which could be made available for other activities which are more in line with their interests.

 

TTR:  What percentage discount is usually applied to the price of these assets vis-à-vis their valuation?

 The percentage of the discount depends significantly on the type of asset, profile and experience of the parties, as well as the scope of the portfolio. Focussing on mortgage-backed credits, I understand that the price will be around 50% of the outstanding principal, although that figure can vary significantly depending on the particular case. However, investors often establish bespoke valuations for each asset in the credit portfolio, or at least for the most substantial assets. Another aspect that must be considered is the legal risks that cannot be covered by a contract. Namely, the sellers can refuse to give guarantees to the buyers about certain aspects of the credits. In these situations, the investors would have to factor the risk into the price offered, which would logically entail an additional discount.

TTR:  How do you think the frequency of this type of transaction will evolve in the medium/long term? Will they increase or have we already reached the peak?

I think that there are many contributing factors that lead us to believe that this type of transaction will continue in the medium term with the same frequency that we have seen in recent years. Firstly, the macroeconomic circumstances and the high liquidity existing in the market  feeds the demand for new transactions. Another aspect to keep in mind is the Spanish credit portfolio sales market, which functions extremely well, like a very well-oiled machine. All the main participants in this sector (such as banks, investment bankers, auditors, servicing companies, lawyers and even notaries) have significantly developed their skills and amassed a great deal of experience, and they are now capable of responding and acting very efficiently and professionally. Lastly, the main sellers still have many non-core and sub-performing or non-performing assets on their balance sheets, so it is very likely that in the medium term we will continue to see many transactions, continuing the upward trend of recent years.


Entrevista con Pedro Marques da Gama, sócio en Pérez-Llorca

TTR: ¿Cómo definiría la actividad del mercado transaccional español en lo que va de año? ¿Considera que los registros son positivos?

P.M.G: En mi opinión, la actividad transaccional sigue la misma tendencia alcista que hemos observado durante el último año. Estamos asistiendo a muchas operaciones, algunas de ellas de valores bastante significativos, y en varios sectores de actividad. En todo caso, existe una cierta preponderancia de operaciones vinculadas con el real estate, que en la actualidad asumen variadas formas, desde la compra de carteras de activos adquiridos como consecuencia del incumplimiento de préstamos hipotecarios, hasta operaciones con SOCIMIs. Considero que los registros son bastante buenos, porque muestran claramente que España sigue siendo capaz de generar oportunidades y de atraer el interés de muchos inversores. No obstante, si miramos a los activos que están siendo objeto de las operaciones más recientes, podríamos pensar que se trata de un crecimiento de cierta forma coyuntural, que se apoya en la enorme liquidez que sigue existiendo por parte de los inversores más calificados, y la restructuración y consolidación del sector bancario que hemos visto durante el periodo 2012-2013. El futuro se encargará de despejar dudas sobre si lo que estamos viviendo desde hace algunos años es una tendencia sostenible o no en largo plazo.

TTR: Ha participado usted como asesor en numerosas operaciones de compraventa de carteras de deuda, ¿cuáles son concretamente los activos más demandados? En términos generales, ¿su origen se remonta a la crisis económica o es posterior?

P.M.G: En la actualidad, los activos más demandados son los créditos “non-performing” garantizados con hipotecas, así como los activos inmobiliarios objeto de dichas hipotecas. Dentro de este ámbito, creo que los inversores suelen mostrar más apetito por créditos concedidos a Pymes y el crédito promotor. Estos activos proceden en su mayoría de operaciones bancarias cerradas antes de 2013, por lo que se puede concluir que su origen remonta a la crisis económica y, en particular, a las medidas de reestructuración bancaria acometidas en España. Como consecuencia de dichas medidas, han aflorado en los balances de las entidades financieras muchos activos procedentes de las cajas y otros bancos que fueron reestructurados, que son activos “non-core” y que en algunos casos consumen capital propio de dichas entidades. Ahora bien, cada capítulo de la larga consolidación bancaria que España lleva acometiendo va generado nuevas oportunidades para los inversores (la adquisición de Popular por Santander es uno de los ejemplos más recientes que tenemos). Por lo tanto, no se puede decir que el origen de todas las operaciones se remonta a la crisis económica vivida en 2012-2013, aunque es cierto decir que esto fue el momento más decisivo de todo este proceso.

TTR: ¿Cuál es el perfil más frecuente de los compradores de este tipo de activos? ¿Cree usted que habitualmente persiguen el cobro de la deuda o que el objetivo es la ejecución de las garantías?

P.M.G: Los compradores que buscan grandes carteras o carteras de mediana dimensión suelen ser los fondos de inversión no regulados, con un perfil de riesgo más elevado, normalmente llamados “hedge funds”. La mayoría de los fondos son de los EEUU, aunque se ven también algunos del Reino Unido y de la Escandinavia. El objetivo principal de los fondos es, en términos muy generales, alcanzar la mejor tasa interna de retorno (TIR) posible de sus inversiones para poder remunerar a los inversores en sus fondos, de acuerdo con la correspondiente política de remuneración. Dado que estos fondos suelen tener habitualmente un periodo de vida corto, el tiempo en el que se puedan monetizar sus inversiones es un aspecto muy relevante. Desde esa perspectiva, se puede pensar que la forma preferible de recobro es el cobro de la deuda a través de un acuerdo con el deudor sin tener que acudir a los juzgados, ya que se trata de una opción de recobro tendencialmente más rápida. Sin embargo, esta vía muchas veces no es posible, porque los deudores no están disponibles para alcanzar dichos acuerdos fuera del juzgado, por lo que la ejecución de garantías se convierte en un mecanismo rutinario para conseguir cobrar la deuda pendiente.

TTR: ¿Y de los vendedores? ¿Por qué vender en lugar de gestionar el cobro?

P.M.G: En operaciones de venta primarias (cuando el vendedor es el originador del préstamo) lo normal es que los vendedores sean entidades de crédito o financieras. En mi opinión, estas entidades prefieren vender en lugar de gestionar el cobro, porque su negocio principal consiste en captar fondos ajenos y prestar dinero a sus clientes. La gestión de créditos fallidos no es el negocio principal de un banco y es una actividad que les consume recursos internos que se podrían liberar para otras actuaciones más adecuadas a los intereses de los mismos.

TTR: ¿Qué porcentaje de descuento suele ser aplicado habitualmente en el precio de estos activos frente a su valoración?

P.M.G: El porcentaje del descuento depende mucho del tipo de activo, perfil y experiencia de las partes, así como dimensión de la cartera. Centrándonos en créditos hipotecarios, entiendo que el precio estará en torno a un 50% del principal pendiente de amortizar, aunque dicha cifra puede variar mucho en función del caso concreto. No obstante, es muy habitual que los inversores establezcan valoraciones individualizadas para cada posición de la cartera de créditos, o al menos para las posiciones más relevantes de la misma. Otro aspecto que se debe tener en cuenta son los riesgos legales que no se pueden cubrir contractualmente. Es decir, los vendedores pueden no aceptar dar garantías a los compradores respecto de determinados aspectos de los créditos. En estas situaciones, los inversores tendrán que computar su riesgo en el precio ofrecido, lo cual lógicamente supone un descuento adicional al mismo.

TTR: ¿Cómo cree usted que evolucionará la tendencia de este tipo de operaciones en el medio/largo plazo? ¿Aumentarán o ya hemos alcanzado máximos?

P.M.G: Yo creo que existen diversos factores que contribuyen para pensar que este tipo de operaciones seguirá en el medio plazo la tendencia de continuidad de los últimos años. En primer lugar, las circunstancias macroeconómicas y la elevada liquidez que existe en los operadores del mercado alimenta la demanda de nuevas operaciones. Otro aspecto a tener en cuenta es el propio mercado español de venta de carteras de créditos que funciona extraordinariamente bien, casi como si fuese una maquina muy bien aceitada. Todos los principales intervinientes en este sector (me refiero a bancos, banqueros de inversión, auditoras, compañías de servicing, abogados y hasta los notarios) han desarrollado mucho sus aptitudes y acumulado mucha experiencia, y son actualmente capaces de responder y de actuar de forma muy eficiente y profesional. Finalmente, los principales vendedores siguen teniendo en sus balances muchos activos “non-core” y sub-performing o non-performing, por lo que es muy probable que sigamos asistiendo a muchas operaciones en el medio plazo, manteniendo la actual tendencia alcista de los últimos años.

DealMaker Q&A

TTR interviews Darcy Teixeira Junior, M&A partner at TozziniFreire Advogados.

 

Darcy assists domestic and international clients from various industries through his work in the Corporate Law and M&A practice groups and the firm’s Agribusiness and Bioenergy/Ethanol industry groups. His current practice builds on the litigation experience he acquired early in his career, when he also represented companies in acquisitions, sales, mergers, associations, corporate restructurings, and the implementation of new facilities among other activities. The industry knowledge that Darcy developed in his work with agribusiness companies led him to be the partner responsible for that industry area.

 

TTR – Carrying out an M&A transaction involves many risks related to the strategy or the negotiations prerequisites, as well as confidentiality issues. We know that the technological innovations have allowed several levels of improvement in many sectors of activity. To what extent is current technology contributing to the success of an M&A deal?

DT – The market has been increasingly demanding more efficiency in M&A transactions. In this case, efficiency should be interpreted as expediting the conclusion of a transaction while incurring lower costs. When analyzing an M&A transaction, it can be divided into cycles (e.g. auditing, document drafting, negotiation, etc.), and the solution to reach efficiency is accelerating them. Technological advancements such as automation, artificial intelligence and machine learning can greatly contribute to the success of an operation.

TTR – What are the main challenges advisors are facing to adapt to an increasingly technological and competitive context?

DT – The challenges facing the legal market in adapting to this reality are the same faced by other industries. TozziniFreire has an innovation group that is constantly seeking technological tools to assist us reach these improvements. We are currently testing an artificial intelligence software that can analyze documents. It works perfectly well in English, but still needs improvement in Portuguese. When working adequately, it will facilitate the analysis of audit documents, for example.

We are working on the improvement of our audit process, and one of the solutions would be using tools to accelerate this cycle, which is considered one of the less efficient in any transaction. Of course all this must be reached without compromising the assessment of necessary information and an accurate risk analysis.

TTR –  Considering a more technological scenario in M&A deals, how are lawyers preparing in terms of training or specialization?

DT –  Lawyers beginning a legal career today already possess a natural ability with technology and innovation; some law schools have in fact included programming in their regular curriculum. At our firm, for example, we do have lawyers specializing in programming. They can handle technology matters and understand new concepts with ease, taking part in the teams that help us test and develop new tools. It is much easier for these lawyers, while working on technology-related M&A deals, to say which features are relevant and which are not. Besides, this new generation surely finds it more appealing to work in a firm such as ours, which has an innovation culture and is always looking for the best technological tools.

TTR –  Data management and data collection are essential to conducting analyzes in search of insights aiming to improve processes and services. What is the impact of the Brazilian General Data Protection Law (LGPD) impact in this scenario?

DT – First, we should consider that the LGPD provides for the protection of personal data. As the data collected during an audit are usually public, the law’s impact on this analysis should not be that great. Besides, although part of the collected information may be characterized as personal data, thus being protected by the new law, the use of such personal data as material for a due diligence may also be justifiable, as long as regarded as a legitimate use.

Regardless these issues, the new law will certainly affect M&A deals because it will increase the need of audits focusing on privacy. Nowadays, in many of our M&A projects, we already make the analysis of privacy policies, terms and conditions, and contracts involving data, but it is expected that the enactment of such a law will raise even more concern over this field.

____________________________________________________________________________

Entrevista com Darcy Teixeira Junior, sócio nas áreas  Societária e de Fusões & Aquisições do TozziniFreire Advogados.

Darcy atua nas áreas Societária e de Fusões & Aquisições, com foco em Agronegócios e Bioenergia, atendendo clientes nacionais e estrangeiros das mais diversas atividades econômicas. Na assessoria ao setor empresarial, agrega sua relevante experiência no contencioso, principalmente na representação de aquisições, vendas, fusões, associações, reestruturações societárias, implantação de novas instalações, entre outras atividades.

TTR – Levar a cabo uma transação de M&A envolve muitos riscos relacionados com a estratégia ou com as premissas consideradas na negociação, além de questões de confidencialidade. Sabemos que o avanço tecnológico tem permitido diversos níveis de melhoria em muitos setores de atividade. Até que ponto a tecnologia disponível atualmente é capaz de contribuir para o sucesso de uma transação de M&A?

D– O mercado tem demandado mais eficiência nas transações de M&A. Eficiência pode ser entendida como maior rapidez na conclusão das transações com menor custo. Ao visualizarmos uma transação de M&A, podemos dividi-la em ciclos (ex.: auditoria, elaboração dos documentos, negociação, etc.), e a solução para buscar eficiência é acelerá-los. Certamente os avanços tecnológicos, como automação, inteligência artificial e machine learning, podem contribuir muito com o sucesso de uma operação.

TTR – Do ponto de vista da assessoria jurídica, quais seriam os desafios enfrentados pelos escritórios para adaptar-se a um contexto cada vez mais tecnológico e competitivo?

Temos um grupo de inovação que busca constantemente ferramentas tecnológicas que nos ajudem a alcançar essas melhorias

D– Os desafios do mundo jurídico para se adaptar a esse contexto são os mesmos de outros setores. Em TozziniFreire temos um grupo de inovação que busca constantemente ferramentas tecnológicas que nos ajudem a alcançar essas melhorias. Dentre essas, estamos testando um software de inteligência artificial que poderá analisar documentos, que já funciona muito bem em inglês, mas ainda não perfeitamente em português. Quando estiver funcionando plenamente, poderá ajudar na análise de documentos de auditoria, por exemplo.

Estamos trabalhando na melhoria do processo de auditoria e a ideia é usar ferramentas que nos permitam acelerar esse ciclo, considerado um dos mais ineficientes em uma transação. Tudo isso, evidentemente, sem prejuízo de obter as informações necessárias e fazer as análises de riscos de forma acurada.

 TTR – Tendo em conta um cenário mais tecnológico na atuação dos escritórios em transações de M&A, haveria uma exigência extra de formação por parte dos advogados? Se sim, qual seria?

D– Os advogados que entram na carreira jurídica hoje trazem na sua bagagem uma habilidade natural no trato com a tecnologia e com as inovações; inclusive, em algumas faculdades de Direito, a disciplina programação já faz parte do currículo. Temos no nosso escritório, por exemplo, advogados com habilidades de programação. Esses profissionais têm facilidade de se envolver em assuntos de tecnologia e entender os novos conceitos, e fazem parte dos times que nos ajudam a testar ou desenvolver novas ferramentas. É muito mais fácil para esses advogados, ao trabalharem em operações de M&A que envolvem tecnologia, entender o que é ou não relevante. Além disso, para essa geração que cresceu programando, trabalhar em um escritório como o nosso, que possui uma cultura de inovação e procura as melhores ferramentas tecnológicas, certamente tem um atrativo a mais.

 TTR – Sabemos que a gestão da informação e a coleta de dados são matéria-prima para a realização de análises em busca de insights que visam a melhora contínua dos processos e serviços. Qual seria o impacto da aplicação da  Lei Geral de Proteção de Dados brasileira (LGPD) para a utilização desta matéria-prima? 

 D– Em primeiro lugar, considerando que a LGPD é voltada à proteção de dados pessoais e que os dados coletados em uma auditoria geralmente são públicos, o impacto não será relevante para essa análise em auditorias. Além disso, ainda que parte das informações coletadas possa se configurar como dados pessoais, protegidos pela nova lei, existe a possibilidade de justificar a sua utilização como matéria-prima de uma due diligence, assumindo-se que possa ser caracterizada como uso legítimo.

Independentemente desses pontos, a nova lei certamente terá um efeito nas operações de M&A na medida em que deve aumentar a necessidade de realizar auditoria voltada para privacidade. Hoje em dia, em muitos projetos de M&A já fazemos análise de políticas de privacidade, termos e condições e contratos que envolvem dados, mas a tendência é que a preocupação com essa área se intensifique ainda mais com a entrada em vigor da nova lei.

DealMaker Q&A

Entrevista con Roberto Terrazas socio de Nexxus Capital

Roberto Terrazas

Roberto es socio tanto de Nexxus Capital como de Nexxus Iberia y aporta más de 16 años de experiencia en las áreas de capital riesgo, fusiones y adquisiciones y financiación de proyectos.

TTR: Cómo ha visto la marcha del mercado transaccional mexicano desde inicios de 2018 hasta ahora.

R.T.: El mercado de M&A tuvo un freno durante la primera mitad del año derivado de la incertidumbre generado por las elecciones de presidente en México y la incertidumbre por la renegociación del acuerdo comercial con Estados Unidos.   Ambos temas han avanzado favorablemente y esperamos un 2º semestre más activo.

TTR – A principios de año se manifestó la intención de su firma de incrementar sus inversiones locales y también en España y Portugal ¿Qué causas han motivado este interés? ¿Cuál es su balance en cuanto a las relaciones comerciales con España y Portugal?

R.T.: Actualmente estamos terminando de invertir Nexxus VI, el cual tiene 20% remanente por invertir.   Se están evaluando distintas oportunidades de inversión y se espera que el fondo esté totalmente invertido previo a fin de año.

En el caso de Nexxus Iberia, se tuvo un primer cierre con EUR 130 MM de un objetivo de EUR 200 MM durante el primer trimestre del presente año.  A la fecha, se han ya realizado dos inversiones que representan cerca del 20% del total del capital comprometido.  Seguimos activamente analizando distintas oportunidades de inversión y pensamos que el fondo quedará invertido en su totalidad durante los siguientes 24 -30 meses.

TTR: Pese al interés de su firma en las geografías mencionadas en la pregunta anterior, lo cierto es que E.E.U.U. es el país con el que más negocios realiza México ¿Cuál es su opinión y previsión en base a la situación actual de negociación de TLCAN? 

R.T.: Si bien no hacemos inversiones en directo en Estados Unidos, varias de las empresas del portafolio tienen operación en Estados Unidos.  Seguimos muy activos analizando oportunidades de inversión para las empresas del portafolio con empresas en Estados Unidos.

TTR: Como firma de private equity mexicana, ¿cuál es su punto de vista en cuanto a la actividad que han tenido este tipo de entidades en lo que llevamos de año? ¿Cuál es la visión de su firma en este mercado en particular?

R.T.: El entorno actual para las firmas de capital privado en México presenta un reto muy importante desde el punto de vista de levantamiento de capital, sin embargo desde el punto de vista de oportunidades de inversión, presenta una oportunidad muy interesante.

TTR:Por último, ¿podría darnos un breve pronóstico de cómo considera que evolucionará la economía mexicana de aquí a finales del ejercicio?

R.T.: En la medida que se continúe generando una estabilidad macroeconómica, con variables como inflación, tipo de cambio, tasas de interés y cuentas fiscales estables, la economía y el consumo debiera de mantener un crecimiento.  El bono demográfico que estamos viviendo generará oportunidades interesantes para ciertos sectores como consumo, comercio especializado, servicios financieros y turismo.