Relatório Mensal Portugal – Julho 2018

Fusões e aquisições em queda de 45% em julho

15 transações registadas no mês

Investimentos de venture capital em alta de 77,7% no ano

Venda do Almada Forum escolhida como transação de destaque do mês

O volume de fusões e aquisições no mercado transacional português somou 952 milhões de euros em julho, uma queda acentuada de 45% comparada ao mesmo período de 2017. Esse mapeamento está disponível no Relatório Transacional Mensal do Transactional Track Record (TTR), que registou 15 operações em Portugal no mês.

Desde o início do ano, foram 173 negócios registados no país, redução de 16,8% no total de operação em comparação ao mesmo intervalo de 2017. Desta, 71 transações tiveram suas informações financeiras divulgadas, revelando um valor total aportado superior a 14,9 mil milhões de euros, importância que reflete um crescimento de 77,7% face ao período homólogo do ano anterior, e que foi fortemente influenciada pela oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges sobre a EDP – Energias de Portugal em maio, avaliada em 9,1 mil milhões de euros.

O setor Imobiliário permanece como o mais ativo do mercado português. Em julho, foram sete operações, que, somadas às realizadas nos primeiros seis meses do ano, contabilizam 43 deals, leve queda de 4% sobre os números de 2017.

Destaque, porém, para o crescimento dos setores de Tecnologia, 29%, Financeiro e Seguros, 25%, e Turismo, Hotelaria, Restaurantes, 20%.

 

Cross-Border

Em número de operações cross-border, o mercado português soma, no ano, 68 operações inbound, em que empresas portuguesas foram adquiridas por companhias estrangeiras.  Destas, 19 foram investimentos de empresas com sede em Espanha, somando 1,9 mil milhões de euros aportados pelos vizinhos ibéricos em território português. Nove destas operações tiveram como alvo o mercado imobiliário, que continua como o alvo principal das empresas estrangeiras.  O subsector Tecnologia e Internet também esteve na mira do investimento internacional. O número de aquisições estrangeiras no segmento, 16 no ano, assinalou crescimento de 100%.

Em seguida, destacam-se os investimentos de empresas sediadas nos Estados Unidos, que já realizaram 11 operações em território português no ano, crescimentos de 37,5% em comparação ao ano anterior, e que acumularam um total de 834 milhões de euros.

No âmbito outbound, foram 10 aquisições de empresas portuguesas no mercado externo.

 

Private Equity e Venture Capital

21 operações de Venture Capital em 2018

No cenário de venture capital, 2018 segue em alta. Foram 21 operações registadas pelo TTR desde janeiro, cujos valores somaram 436,3 milhões de euros. No ano, os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos de Tecnologia, 13 operações, e Internet, seis.

Os investimentos de private equity, fecharam os primeiros sete meses de 2018 mantendo a tendência de queda, tanto em número de operações, queda de 39% para 20 transações, quanto em valores, redução de 67% no total aportado, 1,9 mil milhões de euros.

Transação do Mês

A transação destacada pelo TTR no mês de julho foi a aquisição pela espanhola Merlin Properties, do centro comercial Almada Fórum à norte-americana Blackstone por 406,7 milhões de euros. A Merlin Properties recebeu a assessoria jurídica do escritório Garrigues Portugal.

 

 

 

Rankings – Assessoria Financeira e Jurídica

O Ranking TTR de assessores jurídicos de julho de 2018 é liderado pelo PLMJ, com 10,5 mil milhões de euros, seguido de Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, com 10 mil milhões de euros, e com SRS Advogados na terceira colocação, com 9,2 mil milhões de euros.

Na liderança do Ranking de assessores financeiros, Millennium BCP, com 9,5 mil milhões, seguido por Bank of America e Citigroup, empatados com 9,1 mil milhões de euros.

Os rankings completos estão disponíveis aqui.

Relatório Trimestral – Portugal 2T18

Fusões e aquisições fecham o semestre em alta em Portugal

  • Foram registadas 150 transações em Portugal desde o início do ano
  • Operações de private equity somam 944 milhões de euros no segundo trimestre
  • Venture Capital tem o melhor primeiro semestre dos últimos três anos

By zoutedrop

O mercado de fusões e aquisições de Portugal movimentou 13,9 mil milhões de euros de janeiro a junho, quase duplicando os resultados obtidos no mesmo período do ano anterior. O resultado positivo pode ser atribuído praticamente em sua totalidade à oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges sobre a EDP – Energias de Portugal, avaliada em 9,1 mil milhões de euros.

Segundo o Relatório Trimestral de M&A da Transactional Track Record (TTR), apesar dos resultados positivos dos valores financeiros, em números de transações o mercado português fechou o semestre em baixa. Desde o início de 2018 foram registadas 150 operações, queda de 12,79% comparado ao mesmo período do ano anterior.

No segundo trimestre do ano, 72 deals foram mapeados pelo TTR, menos 13,25% em comparação com os 83 negócios realizados no mesmo intervalo de 2017. Destes, 28 tiveram seus valores revelados, contabilizando um total de 10,8 mil milhões investidos.

Dois subsetores têm liderado os movimentos transacionais no país no ano. O segmento Imobiliário mantém a tendência iniciada em 2015 e aparece como o mais ativo do período. Foram 33 operações registadas pelo TTR envolvendo empresas do setor desde o início de 2018, total que fica abaixo das movimentações do ano precedente em 18%. Em alta, entretanto, aparece o segmento de Tecnologia, que obteve um crescimento de 47%, chegando a 25 operações nos seis primeiros meses do ano.

Com 17 e 11 transações respetivamente, destaque também para o crescimento dos setores Financeiro e Seguros, 47%, e Turismo, Hotel e Restaurantes, 38%, mostrando uma maior diversificação dos investimentos portugueses.

 

 CROSS-BORDER

O segmento Tecnologia, juntamente com Internet, esteve entre as grandes apostas dos investidores estrangeiros no mercado português. O número de aquisições estrangeiras nos dois subsetores assinalou crescimento de mais de 87% no semestre, totalizando 15 operações.

Em número de operações cross-border, desde janeiro, o mercado português somou 62 operações de aquisições de empresas nacionais por companhias estrangeiras.  A Espanha se mantém como o país que mais realiza operações no território nacional, 16 aquisições, com investimentos que ultrapassaram a marca de 1,5 mil milhões de euros.

Em seguida, destacam-se os investimentos de empresas oriundas dos Estados Unidos, que já realizaram onze negócios no ano, com investimentos que agregaram 834 milhões de euros, e da França que, com dez operações, marcou 345 milhões de euros.

No cenário outbound, as compras portuguesas no exterior tiveram como alvo quatro transações em Espanha, num total de 8,6 milhões investidos, além de investimentos realziados na Polónia, Suécia, Israel e Peru.

 

PRIVATE EQUITY E VENTURE CAPITAL

Os anúncios de investimentos realizados por fundos de venture capital contabilizaram no acumulado do ano 20 operações, um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2017. Destas, 16 revelaram valores que somaram 429 milhões de euros.

Investimentos realizados por fundos de venture capital contabilizaram no acumulado do ano 20 operações, aumento de 25%

Já no cenário de private equity os números melhoraram nos últimos três meses, com incremento de 270% no total investido em comparação ao mesmo período do ano anterior, chegando a um aporte de 944 milhões de euros, apesar da queda de 50% no número de transações registadas, oito. Porém o crescimento do segundo trimestre não foi suficiente para evitar que o semestre terminasse no negativo. De janeiro a junho, queda de 46% no número de transações, quinze, das quais seis tiveram suas informações financeiras divulgadas, com investimentos em torno de 1,4 mil milhões de euros, menos 67% do que o total revelado no primeiro semestre de 2017.

Juntos os fundos estrangeiros de private equity e venture capital aumentaram suas apostas nas empresas portuguesas e as 17 operações mapeadas pelo TTR demonstram um crescimento de 70% nos investimentos.

 

TRANSAÇÃO DO TRIMESTRE

A transação do trimestre eleita pela Transactional Track Record como destaque do período foi a ronda de investimentos de 309 milhões de euros da OutSystems, empresa de desenvolvimento de aplicações de software. A ronda contou com aportes dos fundos da KKR e da Goldman Sachs, que receberam assessoria jurídica do PLMJ na transação.

A empresa pretende utilizar o capital levantado para expansão e desenvolvimentos da área de automação de software da companhia.

 

RANKINGS – ASSESSORIA FINANCEIRA E JURÍDICA

O Ranking TTR de assessores jurídicos por valor é liderado pelo PLMJ, que contabiliza 10,5 mil milhões de euros no primeiro semestre e também lidera por número de operações, 14, seguido por Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, com 9,9 mil milhões de euros.  Serra Lopes, Cortes Martins Advogados, com 9,1 mil milhões de euros, aparece na terceira colocação, enquanto Linlaters Portugal, com o mesmo valor mas com menor número de operações, ficou em quarto.

O Ranking de assessores financeiros por valores das transações é liderado pelo Millennium BCP, que acumulou 9,5 mil milhões nos seis primeiros meses de 2018, seguido por Bank of America, 9,1 mil milhões, com Lazard na terceira colocação, com 495 milhões.

Os Rankings completos estão disponíveis aqui.

TTR Entrevista – William Smithson – SRS Advogados

Entrevista com William Smithson, sócio responsável pelo departamento Financeiro da SRS Advogados.

 

Segundo Smithson,  a diversificação dos investimentos em Portugal é um bom sinal para o setor de M&A no país.

William Smithson, sócio SRS Advogados. Leia a entrevista completa abaixo:

No primeiro semestre, O TTR registrou um aumento de 50% nas aquisições estrangeiras nos setores de Tecnologia e Internet e também um aumento de 40% nas operações de fundos de Private Equity e Venture Capital investindo em empresas portuguesas. Acredita que essas movimentações possam sinalizar uma maturidade do mercado tecnológico português?

Tendo por base o número de transacções relacionadas com o sector tecnológico que a SRS Advogados assessorou nos últimos 2 a 3 anos, acreditamos que o mercado tecnológico português é maduro, mas ao mesmo tempo continua a desenvolver-se e a revelar inúmeras oportunidade.

 

O senhor atuou em duas transações de muito destaque nas operações de investimentos estrangeiros em Portugal, a aquisição pela Velocidi, especialista em plataformas de dados de clientes, da Shiftforward, empresa portuguesa especializada em marketing tecnológico, e na ronda de financiamento de EUR 23m da Unbabel. Como essas transações refletem o atual cenário do ecossistema de startups português?

São indicadoras do crescente desenvolvimento e amadurecimento do setor das startups em Portugal. Neste contexto, nos últimos 2 anos, a SRS Advogados assessorou mais de 30 transacções de M&A, relacionadas com tecnologia em Portugal. A tecnologia é um segmento de importância significativa para a nossa Sociedade e, a título de exemplo, a SRS Advogados criou a 1ª incubadora numa sociedade de advogados no seu escritório em Lisboa. O STARTUP LAB by SRS Advogados é o primeiro acelerador de startups desenvolvido por uma sociedade de advogados portuguesa. Um projecto que foi implementado em conjunto com um grupo especializado de parceiros e mentores que prestam consultoria em diferentes áreas. O STARTUP LAB by SRS Advogados está focado essencialmente em startups nos segmentos de legaltech, fintech, insuretech, regtech e consultech.

 

Apesar do setor Imobiliário ainda ser a principal atração do mercado português, o ano também tem sido bastante favorável para os setores de Tecnologia, Financeiro e Turismo. Essa diversificação dos investimentos em Portugal pode ser vista como um bom sinal para o setor de M&A no país?

“Aumentar a diversidade é sempre bom. Estamos envolvidos em várias transações de ‘Investimento Directo Estrangeiro'”

Sem dúvida alguma. Aumentar a diversidade é sempre bom. Estamos envolvidos em várias transações de “Investimento Directo Estrangeiro”, principalmente com investidores da Ásia (através de nosso escritório de Singapura) e dos EUA. Contudo, isto não quer dizer que os investidores europeus deixaram de ser importantes.

 

Acredita que até o fim do ano possa ocorrer uma intensificação das operações de fusões e aquisições? Quais cenários ou tendências já podem ser identificados, e quais setores possuem, na sua opinião, maior potencial de crescimento?

Poderá não ser necessariamente uma intensificação, mas uma tendência na continuidade de crescimento do primeiro semestre.

Segmentos de crescimento serão provavelmente o bancário, cryptocurrency, hotéis/ turismo/lazer, energia (sector das renováveis), imobiliário e tecnologia.

 


TTR interviews William Smithson, Partner and Head of the Finance Department at SRS Advogados.

 

TTR – In the first semester of 2018, TTR recorded a 87% increase in foreign acquisitions in the Technology and Internet sectors and also a 70% increase in Private Equity and Venture Capital funds operations investing in Portuguese companies. Do you believe that these movements can signal a maturity of the Portuguese technological market?

Frankly given the number of tech related transactions in which we have been involved in the last 2 to 3 years there is a school of thought that in certain respects the Portuguese tech market is mature, but at the same time continues to develop.  

TTR – You acted as advisor in two very important transactions in foreign investment operations in Portugal, the acquisition by Velocidi, a specialist in client data platforms, of Shiftforward, a Portuguese company specialized in technological marketing, and in Unbabel’s EUR 23m funding round. How do these transactions reflect the current scenario of the Portuguese startups ecosystem?

Essentially indicative of the increasing development, maturing and coming of age of the Portuguese startup sector. In this context in the last 2 years, SRS has been involved in excess of 30 tech related M&A transactions in Portugal. Tech is a segment of significant importance to SRS Advogados and, by way of example, SRS has established STARTUP LAB by SRS Advogados which is an incubator within our Lisbon office.  STARTUP LAB by SRS Advogados is the first startup accelerator developed by a Portuguese law firm that has been implemented in conjunction with a specialised group of partners and mentors providing consultancy across a broad range of areas. STARTUP LAB by SRS Advogados is focused on startups in the segments of  legaltech, fintech, insuretech, regtech and consultech.

TTR – Although the Real Estate sector remains the main attraction of the Portuguese market, the year has also been very favorable for the Technology, Finance and Tourism sectors. This diversification of investments can be seen as a good sign for the M&A sector in Portugal?

“Increasing diversification is always good. We have been involved in several FDI transactions”

Undoubtedly. Increasing diversification is always good. We have been involved in several FDI transactions principally with investors from Asia (through our Singapore office) and USA. This is not to say that European investors ceased to be of importance.

TTR – Do you think that by the end of the year there could be an intensification of mergers and acquisitions? Which scenarios or trends can already be identified, and which sectors do you think have the greatest potential for growth?

Not necessarily an intensification but a continuation of the first half.

Growth segments likely to be banking, cryptocurrency, hotels / tourism / leisure, energy (renewable), real estate and tech

 

Relatório Mensal Portugal – Maio 2018

Valor das operações de fusões e aquisições cresce em Portugal alavancado pela OPA da EDP

  • Volume financeiro dos investimentos cresce devido à OPA da EDP
  • Maio fecha com 19 operações
  • Investimentos de venture capital em alta de 148% no ano

O volume financeiro de fusões e aquisições no mercado transacional português somou 9,2 mil milhões de euros em maio, salto que pode ser atribuído quase em sua totalidade à oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges sobre a EDP – Energias de Portugal. A operação da EDP, avaliada em 9,1 mil milhões de euros, levou o mês de maio a fechar com um resultado positivo, apesar do pouco dinamismo apresentado nas transações do período.

Esse mapeamento está disponível no Relatório Mensal do Transactional Track Record (TTR), que registou 19 operações em Portugal no mês. Desde o início de 2018, o país já soma 113 negócios anunciados, que alcançaram valor total superior a € 12,3 mil milhões, crescimento de 88,4% no valor das operações em comparação ao mesmo intervalo de 2017.

O setor Imobiliário segue a tendência iniciada em 2015 e se mantém como o de maior movimentação no ano, apesar de apresentar queda de 21% em 2018.  No mês foram seis operações, enquanto os setores Elétrico e Financeiro e Seguros tiveram três operações cada.

Cross-border

O setor Imobiliário também foi o alvo preferencial dos investidores estrangeiros, especialmente dos vizinhos ibéricos que realizaram cinco operações no segmento, incluindo a aquisição pela Atitlan Grupo de um complexo de escritório comerciais do Millennium BCP por aproximadamente 12 milhões de euros no Porto, em maio.

O segmento Tecnologia, junto com Internet, também esteve na mira do investimento internacional. O número de aquisições estrangeiras nos dois subsetores assinalou crescimento de 42,8%.

O mercado português totaliza 47 operações de cross-border inbound no ano. Além das operações no setor Imobiliário, as empresas espanholas realizaram outras nove operações em território português, somando 1,5 mil milhões de euros investidos. Em seguida, destacam-se os investimentos de empresas de origem francesa, que já realizaram oito operações no país no ano, com investimentos que agregaram 305 milhões de euros.

 

Private Equity e Venture Capital

No cenário de venture capital, 2018 segue em alta mesmo com apenas duas operações tendo sido registadas em maio. As rondas de investimento das startups THE HUUB, que recebeu aporte fundo Pathena, e a Dashdash, que recebeu uma injeção de capital em uma ronda Série A liderada pela norte-americana Accel Partners, com participação da Cherry Ventures, da Atlantic Labs e de investidores particulares, movimentaram aproximadamente 10 milhões de euros.

Os fundos de venture capital favoreceram no ano os segmentos de Tecnologia (9) e Internet (5). O setor de Turismo, Hotelaria e Restaurantes também tem estado no radar, foram três operações desde o início do ano.

Os investimentos de private equity continuam com um ano bastante discreto. Em maio foram apenas duas transações anunciadas, porém sem valores revelados.

Transação do Mês

A transação destacada pelo TTR no mês de maio foi a conclusão da aquisição do edifício Liberdade 108 pelo BMO Real Estate Partners, operação que marca a entrada do grupo como investidor no mercado imobiliário de Portugal. O imóvel, que possui uma área total de 2104m2 e está situado na Avenida da Liberdade, foi adquirido por aproximadamente 15 milhões de euros. A BMO Real Estate Partners foi assessorada na transação pela Garrigues Portugal.

Os dados completos da transação estão disponíveis no site do TTR.

 

Rankings – Assessoria Financeira e Jurídica

O Ranking TTR de assessores jurídicos de maio de 2018 é liderado pelo Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, com € 9,4 mil milhões, seguido de Serra Lopes, Cortes Martins Advogados e Linklaters Portugal, ambos com 9,1 mil milhões.

Bank of America e Millennium BCP lideram o Ranking de Assessores Financeiros, seguidos pelo CaixaBank Corporate Finance.

 

Relatório Mensal Portugal – Abril 2018

Portugal em queda nas operações de fusões e aquisições em abril

  • Mercado português em queda de 87,22%
  • Investimentos de venture capital em alta de 105% no ano

Portugal em queda nas operações de fusões e aquisições em abril

O volume de fusões e aquisições no mercado transacional português somou 78 milhões de euros em abril, uma queda acentuada de mais de 87% comparada ao mesmo período de 2017. Esse mapeamento está disponível no Relatório Transacional Mensal do Transactional Track Record (TTR), que registou 17 operações em Portugal no mês.

Desde o início do ano, o país já soma 90 negócios realizados, que alcançaram valor total superior a 1,8 mil milhões de euros, importância que também reflete uma queda face ao período homólogo do ano anterior, com redução de 70,65% no volume financeiro aportado.

O setor Imobiliário segue tendência iniciada em 2015 e mantêm a posição de o mais ativo no mercado português. Em abril, foram seis operações, que, somadas às realizadas nos primeiros três meses do ano, contabilizam 21 operações, queda de 32% quando comparado ao mesmo intervalo do ano anterior. O destaque positivo dos quatro primeiros meses é o crescimento de 17% do setor de Tecnologia, com 14 operações desde janeiro.

Já o segmento Saúde, Higiene e Estética fechou o mês de abril com cinco novos deals, dentre eles a venda da gestora do Hospital de Caiscais pela Teixeira Duarte. A consultora vendeu 90% de sua participação no capital social da sua subsidiária TDHOSP, responsável pela gestão do edifício do hospital, por 19,4 milhões de euros.

 

Cross-Border

Em número de operações cross-border, o mercado português somou, no ano, 38 operações inbound, em que empresas portuguesas foram adquiridas por companhias estrangeiras.  Destas, 12 foram investimentos de empresas com sede em Espanha, somando € 234,3 milhões investidos pelos vizinhos ibéricos em território português. Cinco destas operações tiveram como alvo o mercado imobiliário, que continua como o alvo principal das empresas estrangeiras.  O subsector Tecnologia, junto com Internet, também esteve na mira do investimento internacional. O número de aquisições estrangeiras nos dois subsetores assinalou crescimento de 80%.

Entretanto, em volume financeiro tanto os Países Baixos, que ultrapassou a marca dos 450 milhões de euros aportados, como França, com 305 milhões de euros, superaram os investimentos espanhóis no país.

No âmbito outbound, cinco empresas portuguesas realizaram aquisições no mercado externo. Estas operações concentraram-se em Espanha, Suécia, Israel, e no Peru.

 

Private Equity e Venture Capital

No cenário de venture capital, 2018 segue em alta. Foram 14 operações registadas pelo TTR desde janeiro, cujos valores somaram 44,5 milhões de euros. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos no ano os segmentos de Tecnologia, oito operações, e Internet, quatro.

Em abril, das cinco operações anunciadas, três divulgaram informações financeiras que revelaram mais de 4,4 milhões em rodadas de investimentos dessa modalidade. Destaque para a injeção de capital recebida pela startup portuguesa da área da saúde Sword Health de 3,7 milhões de euros. No apanhado do ano, os 44,5 milhões de euros investidos, representam crescimento de 105% em comparação aos valores do mesmo período de 2017.

Os investimentos de private equity, entretanto, viram redução de 71% no número de operações e de 44% no total investido, 19,4 milhões de euros, em abril. Em 2018, o total investido não passou dos 470 milhões de euros.

 

Transação do Mês

A transação destacada pelo TTR no mês de fevereiro foi a concretização da venda pelo Banco BPI da BPI Gestão de Activos e da BPI Fundos à CaixaBank Asset Management, do grupo espanhol CaixaBank. A venda das duas sociedades por 83 milhões de euros havia sido anunciada em novembro de 2017.

O Banco BPI recebeu assessoria financeira na transação da KPMG España. Por sua vez, o grupo CaixaBank foi assessorado pelo Cuatrecasas Portugal.

Veja todos os detalhes da transação aqui.

Rankings – Assessoria Financeira e Jurídica

O pódio do ranking TTR de assessores jurídicos de abril de 2018 é liderado pelo PLMJ, com 617 milhões de euros, seguido de Abreu Advogados, com 450 milhões de euros,  com Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados na terceira colocação, com € 343,3 milhões de euros.

Na liderança do Ranking de assessores financeiros, CaixaBank Corporate Finance, com 233 milhões, seguido por Caixa BI, com 19,4 milhões de euros.

Ranking completo.