Relatório Mensal Brasil – Abril 2020

Fusões e Aquisições mantêm tendência de queda em abril

Fusões e Aquisições mantêm tendêcia de queda em abril 

Volume de aquisições realizadas por empresas dos Estados Unidos no Brasil sofreu redução de 43%. 

Até o fim do quarto mês do ano observa-se uma desaceleração nos diversos tipos de transação de Fusões e Aquisições, em relação ao mesmo período de 2019. 

Valor e número de transações 

Segundo o mais recente relatório do  TTR – Transactional Track Record, até o fim de abril de 2020, a plataforma mapeou 316 transações envolvendo empresas brasileiras, o que representa uma diminuição de 29% em relação ao mesmo período de 2019. Já no tocante ao valor total transacionado, até o fim do mês de abril houve uma movimentação de BRL 41,8bi, ou seja, uma diminuição de 52% em relação ao valor transacionado até o fim de abril de 2019. Os dados do mês de abril, com 60 negócios registrados, reforça a tendêcia de queda inciada em março.  

Setores mais ativos  

Com referência aos setores mais ativos, até o fim de abril podemos observar que a ordem do primeiro trimestre se mantém. Assim, o setor tecnológico continua na liderança com 76 transações, seguido pelo setor financeiro com 38 e no terceiro lugar, figura o setor imobiliário com 35. 

Transações Cross-border 

As operações transnacionais mapeadas pela TTR do começo de 2020 até o fim de abril, refletem uma diminuição considerável em relação ao mesmo período de 2019. O volume de aquisições realizadas por empresas dos Estados Unidos no Brasil sofreu uma redução de 43%, porém mantiveram a posição como as que mais adquiriram empresas brasileiras, com 21 negócios e um total de BRL 1,9bi transacionados, seguido pelo Canadá e pela França, com seis e quatro transações respectivamente. 

As aquisições de empresas brasileiras por estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet, tiveram uma redução de 50%. Além disso, fundos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros reduziram seus investimentos em empresas brasileiras em 43%, em relação ao começo de janeiro até o fim de abril de 2019. 

No sentido contrário, foram mapeadas até o fim de abril, 14 transações onde empresas brasileiras realizaram aquisições no exterior, sendo os Estados Unidos o destino preferido com 7 transações e BRL 1,3bi movimentados. 

Private Equity 

As transações envolvendo fundos de Private Equity realizadas do começo de janeiro até o fim de abril de 2020 tiveram uma diminuição considerável de 80% do valor transacionado com BRL 1,2bi, em relação ao mesmo período de 2019. Já o volume de transações diminuíram em 3% com 29 transações.  

Os dois setores mais ativos foram o Rodovias e o de Transporte, aviação e logística, com cinco operações cada. O fundo que mais se destacou foi o Monte Equity Partners que esteve envolvido em seis transações. 

Venture Capital 

Já as transações envolvendo fundos de Venture Capital realizadas do começo de janeiro até o fim de abril de 2020 representaram uma diminuição de 4% no total do valor transacionado com BRL 2,4bi, em relação ao mesmo período de 2019. Já o volume de transações aumentou em 3% com 72 operações.  

O setor mais ativo do período foi o de Tecnologia com 40 transações, seguido pelo setor Financeiro e seguros com 13 transações. O fundo que mais se destacou foi o e.Bricks Ventures que esteve envolvido em seis transações. 

Transação destacada 

A transação destacada pelo TTR foi a conclusão da aquisição da Adtalem, grupo de ensino superior privado brasileiro, pela YDUQS. O valor da transação foi de BRL 2,20bi. 
 
A Adtalem é um grupo de ensino superior privado brasileiro com 102 mil alunos matriculados, e detentor das marcas Ibmec, Wyden (FMF, Unimetrocamp, Facid, UniFBV, Facimp, UniRuy, Área 1, Unifavip, Unifanor e Faci), Damásio Educacional, SJT Med e Clio. 

Rankings de assessoria financeira e jurídica 

Transactional Impact Monitor: Brazil – Vol. 2

Transactional Impact Monitor: Brazil – Vol. 2

17 April 2020

TTR’s Transactional Impact Monitor (TIM) is a Special Report combining local knowledge and market visibility from top dealmakers developed to address extraordinary situations affecting the macroeconomic stability and M&A outlook in core markets

INDEX
– M&A Outlook
– Private Equity
– Equity Capital Markets
– Handling the Crisis
– Dealmaker Profiles

Latin America’s largest economy has had its share of uncertainty over the past decade, but no previous crisis brought everyday life to such a standstill. Nonetheless, routine fits and starts and two major recessions in the past 10 years tempered the euphoria dealmakers were feeling in early 2020. 

“Things in Brazil tend to be rather volatile,” said Veirano Advogados Partner Carlos Lobo. “You begin each year without really knowing where things are going to go.”

Notwithstanding the characteristic Brazilian nonchalance, spirits were high as prospects looked exceptionally good in early 2020, Lobo said, especially compared to the chaotic start last year that followed the inauguration of President Jair Bolsonaro, which suppressed M&A and capital markets activity in 1H19.

The beginning of 2020 was the opposite, Lobo said. Critical reforms were being pushed through, there was an expectation that Brazil’s GDP would grow by 2%, unemployment was falling and interest rates were low, so there was a positive outlook.

“We were all very optimistic this year in terms of M&A, private equity and equity capital markets,” agreed Reinaldo Grasson, Head of M&A and Debt Advisory at Deloitte in São Paulo. “Companies were delivering good results, they had strong balance sheets, the stock exchange was at an all time high. From all angles it was very, very positive.”

Market conditions in Brazil soured by mid-March however, as the threat of a pandemic prompted state and federal governments to respond by restricting travel outside the home and limiting non-essential business activities. 

March was not bad, all things considered, Grasson said. “Not as good as the previous year, but we didn’t expect this setback.” The transactions being announced now are those that have already been through due diligence, he said. “Our clients, investors are waiting so see what’s going on in the country.”

By mid-April, the federal government had disbursed over BRL 3bn in BRL 600 payments to nearly 5m Brazilians in emergency income support, out of nearly 36m applications received by state bank Caixa Econômica Federal, according to the local press. The support to the country’s most vulnerable population has been matched by a loosening of fiscal targets and labor laws, an extension of tax filing and payment deadlines and specific support to airlines and the tourism industry, among a host of other measures. 

State entities aren’t themselves immune from the downturn facing the country. This reality is most notable in the oil and gas sector, which is reeling from a global price war in addition to depressed demand for refined products. State-owned oil producer Petrobras announced on 15 April it would freeze operations on nearly 50 drilling platforms with some 2,600 direct and another 7,000 indirect jobs at stake. Deal volume in the oil and gas industry is sure to decline precipitously in 2020.

The falling M&A and Equity Capital Markets (ECM) workload is being replaced by matters that have become more pressing for clients at leading M&A law firm Cescon Barrieu, Founding Partner Marcos Flesch said. Litigation consultations, for example, have increased notably, Flesch said, though actual litigation hasn’t picked up yet. Clients are allowing the dust to settle and negotiating amicably with their suppliers and customers in the interim, he said. Cescon Barrieu is also seeing an uptick in consultations related to material adverse change and force majeure issues, Flesch noted.

All areas of Cescon Barrieu are actually working more than what was expected at the beginning of the crisis, noted Managing Partner Joaquim Oliveira. “We were a little bit surprised by the level of activity that we’ve had in the last four weeks.” The firm is bracing for a downturn in the next few months though, Oliveira said, but confidence in a return to normality by late May or June runs high.

M&A Outlook
Click here to access the second issue of Transactional Impact Monitor: Brazil – Vol. 2.

Transactional Impact Monitor: Brazil

Transactional Impact Monitor: Brazil – Vol. 1

3 April 2020

TTR’s Transactional Impact Monitor (TIM) is a Special Report combining local knowledge and market visibility from top dealmakers developed to address extraordinary situations affecting the macroeconomic stability and M&A outlook in core markets

INDEX
– M&A Outlook
– Private Equity
– Equity Capital Markets
– Handling the Crisis
– The View from Milan
– Dealmaker Profiles

As Brazil braced for the spread of severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) in mid-March, Governors across the country called on citizens to remain at home. Most non-essential business operations across São Paulo and Rio de Janeiro were shuttered, with other states quickly following suit, resulting in a precipitous decline in commerce and travel. In the two weeks that followed, a program of support was announced by the federal government, despite dismissive posturing by President Jair Bolsonaro, as a lifeline to the corporate sector and the country’s most vulnerable in the face of the perceived threat.

Brazil’s central bank cut interest rates to 3.75% on 19 March, a record low in the country, and the government has allocated upwards of BRL 800bn (USD 152bn) to support liquidity and increase funding for critical social programs. Other measures under consideration include loan purchase programs like those utilized in the 2008 crisis and the country still has about USD 300bn in international reserves, which it could use to soften the exchange rate turmoil that pushed the Brazilian real from BRL 4 to the USD on 1 January to BRL 5.2 on 31 March. 

The depreciation of the real in itself doesn’t have an impact on M&A in the short term, but it could spur inbound transactions post shutdown, said JK Capital Managing Partner Marcell Portugal. “We have to see how the other factors play out and the uncertainties stabilize, but for sure, in the mid-term, the depressed exchange rate will stimulate foreign investment.”

What began as an upbeat year among Brazil’s top dealmakers quickly transformed into a virtual standstill as the crescendo of the economic cycle hit a wall. From its 52-week and historical high on 23 January 2020, the Ibovespa plummeted some 56,000 points by 23 March amid a barrage of news reports indicating the virus was exacting a heavy toll on Italy and Spain, with the US sure to follow. Trading was interrupted twice on 12 March when the exchange’s circuit breaker was triggered after stocks fell more than 10% over the previous day’s close. The circuit breaker was tripped several more times in the following week, mirroring similar occurrences at the New York Stock Exchange on 9, 12 and 18 March.

Not all is doom and gloom in Brazil, however, and dealmakers are cautiously upbeat, pinning their hopes on a rapid recovery in 2H20 fueled by economic activity postponed from the first half and a barrage of opportunistic M&A deals, provided the stay-at-home guidelines issued by state governments are deemed effective and lifted to allow economic activity to resume by June. 

If the directive issued this week in the US to extend the business shutdowns for the month of April is any indicator, Brazil could impose similar measures, which would jeopardize the finances of countless companies and disrupt the livelihoods of millions, especially those on the wrong side of the digital divide for whom remote work is not an option.


M&A Outlook
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Relatório Trimestral Brasil – 1T 2020

Primeiro trimestre fecha com redução de 26% no volume de Fusões e Aquisições 

Número de investimentos de Venture Capital aumentam 6% no primeiro trimestre

No 1T20 foram movimentados BRL 44bi no Brasil em Fusões e Aquisições

Os dados do primeiro trimestre do ano demostram uma desaceleração no mercado transacional brasileiro.

Valor e número de transações 

Até o fim de março de 2020, o TTR – Transactional Track Record mapeou 239 transações envolvendo empresas brasileiras, o que representa uma diminuição de 26% no volume de operações em relação ao mesmo período de 2019.

Segundo o mais recente relatório do TTR – Transactional Track Record, houve uma brusca interrupção de uma tendência de alta que se repetia trimestre a trimestre desde 2018.  Já no tocante ao valor total transacionado, foram movimentados aproximadamente BRL 44,1bi, o que representa um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Setores mais ativos  

Com referência aos setores com mais atividade transacional, o setor tecnológico continua na liderança com 55 transações, seguido pelo setor imobiliário e o setor financeiro com 33 transações cada. Em terceiro lugar, temos o setor de higiene cuidados da saúde, que não apresentou variação e se manteve com 24 transações. 

Transações Cross-border 

As operações transnacionais mapeadas pelo TTR no primeiro trimestre refletem uma diminuição considerável em relação ao mesmo período de 2019. O volume de aquisições realizadas por empresas dos Estados Unidos no Brasil sofreu uma redução de 35%, porém mantiveram a posição como as que mais adquiriram empresas brasileiras, com quinze negócios e um total de BRL  1,4bi transacionados, seguido por Singapura, França e Canadá, todos com três transações cada.  

As aquisições de empresas brasileiras por estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet, tiveram uma redução de 47%. Além disso, fundos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros reduziram seus investimentos em empresas brasileiras em 30%, em relação ao primeiro trimestre de 2019. 

No sentido contrário, foram mapeadas no primeiro trimestre onze transações onde empresas brasileiras realizam aquisições no exterior, sendo os Estados Unidos o destino preferido, com cinco transações realizadas. 

Venture Capital 

As transações envolvendo fundos de Venture Capital tiveram uma performance bastante positiva no primeiro trimestre, com um aumento de 129% no total do valor transacionado, sendo BRL 1,84bi, em relação ao mesmo período de 2019. O volume de transações aumentou 6% totalizando 52 operações. O setor mais procurado pelos fundos foi o de Tecnologia onde foram registradas 30 transações. 

Transação destacada 

A transação destacada pelo TTR no primeiro trimestre, foi a conclusão da aquisição pela IHS Towers, da CSS – Cell Site Solutions, fornecedora de soluções de infraestrutura, por BRL 2bi.

Em lei brasileira o comprador contou com a assessoria do escritório Souza, Mello e Torres, enquanto no lado vendedor esteve o Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados. O Banco Itaú BBA e o Citigroup foram os assessores financeiros da transação. 

Rankings de assessoria financeira e jurídica 

Com referência aos assessores financeiros, o Banco Itaú BBA lidera o ranking em volume com 11  transações, enquanto o ranking por valor total é liderado pelo Banco BTG Pactual com BRL 6,8bi. 

Já na assessoria jurídica, no tocante ao valor total, o ranking é liderado pelo Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados com BRL 8,3bi.  Já o ranking por volume é liderado pelo escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados com um total de 13 transações. 

Relatório Mensal Brasil – Fevereiro 2020

Primeiro bimestre fecha com redução de 32% no volume de Fusões e Aquisições 

Número de investimentos de Venture Capital aumentam 19% no primeiro bimestre 

Em fevereiro foram movimentados BRL 11,9bi no Brasil em Fusões e Aquisições 

Os dados do primeiro bimestre do ano demostram uma desaceleração no mercado transacional brasileiro.  

Valor e número de transações 

Segundo o mais recente relatório do TTR – Transactional Track Record, foram registradas 156 transações envolvendo empresas brasileiras, o que representa uma diminuição de 32% em relação ao mesmo período de 2019. Já no tocante ao valor total transacionado, foram movimentados aproximadamente BRL 21bi, o que representa um modesto aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Setores 

Com referência aos setores com mais atividade transacional, o setor tecnológico continua na liderança com 41 transações, seguido pelo setor financeiro com 28 transações e no terceiro lugar, figura o setor imobiliário com 21. 

Transações Cross-border 

As operações transnacionais mapeadas pelo TTR no primeiro bimestre refletem uma diminuição considerável em relação ao mesmo período de 2019. O volume de aquisições realizadas por empresas dos Estados Unidos no Brasil sofreu uma redução de 53%, porém mantiveram a posição como as que mais adquiriram empresas brasileiras, com oito negócios e um total de BRL  928,3m transacionados, seguido por Singapura e Alemanha, ambos com duas transações. 

As aquisições de empresas brasileiras por estrangeiras no setor de Tecnologia e Internet, tiveram uma redução de 46%. Além disso, fundos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros reduziram seus investimentos em empresas brasileiras em 57%, em relação ao primeiro bimestre de 2019. 

No sentido contrário, foram mapeadas no primeiro bimestre sete transações onde empresas brasileiras realizam aquisições no exterior, sendo os Estados Unidos o destino preferido. Neste contexto as empresas mexicanas superaram as brasileiras com o dobro, 14, de transações deste tipo. 

Venture Capital 

As transações envolvendo fundos de Venture Capital tiveram uma performance bastante positiva no primeiro bimestre, com um aumento de 602% no total do valor transacionado, BRL 1,77bi, em relação ao mesmo período de 2019. O volume de transações aumentou 19% com 38 operações. O setor mais procurado pelos fundos foi o de Tecnologia onde foram registradas 24 transações. 

Transação destacada 

A transação destacada pelo TTR em fevereiro foi a conclusão da venda pela EDP Renováveis do complexo eólico Babilônia para a Actis por BRL 598m.

O comprador contou com a assessoria do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados enquando no lado vendedor atuou escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados. O Banco Bradesco BBI atuou como assessor financeiro da EDP Renováveis.