Eduardo Paulino fala do desenvolvimento do mercado M&A em Portugal

Eduardo Paulino – sócio Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados

Desenvolve a sua atividade essencialmente em matéria de operações de fusão, aquisição e parceria, ofertas públicas de distribuição e de aquisição, project finance/parcerias público-privadas e privatizações. Tem igualmente experiência em matérias de direito bancário e financeiro e de compliance.

Com o fim de 2017 se aproximando, como avalia a performance do mercado de M&A em Portugal no decorrer do ano?

Contrariamente ao que eram as perspectivas mais pessimistas no final de 2016, considerando alguma incerteza residual no plano interno quanto à estabilidade da solução de governo e, em especial, a incerteza no plano internacional associado às vitórias eleitorais de projectos de matriz menos internacionalista e multilateral, o ano de 2017 tem vindo a ultrapassar as nossas melhores expectativas, não só em termos de número, mas também de valor das transacções.

Em 2017, o senhor teve uma atuação destacada em transações no setor bancário. Como vê as tendências e expectativas para esse sector em 2018?

O sector bancário português sofreu uma transformação radical em resultado da crise financeira internacional e, estou em crer, saiu consideravelmente robustecido do processo de ajustamento a que – tal como a generalidade dos sectores de actividade em Portugal – foi submetido. Em geral, os níveis de capitalização e de liquidez são agora muito mais confortáveis e genericamente alinhados com os de muitos bancos europeus.

Estabilizados os níveis de capital e liquidez principais bancos, num processo que se concluiu com a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e a alienação da maioria do capital do Novo Banco (que deixou de ser um banco de transição, com todas as limitações associadas à respectiva actividade), os maiores bancos nacionais continuam obrigados a prosseguir o esforço de reforço da rentabilidade, designadamente pelo aumento dos níveis eficiência (contando-se já em Portugal com alguns dos bancos mais eficientes na Europa), especialmente num ambiente social e político cada vez menos receptivo a políticas de contenção.

Neste contexto, considerando igualmente algumas medidas patrocinadas pelo Governo e pelo Banco de Portugal com vista à criação de uma “plataforma” que apoie o desenvolvimento deste tipo de processos, perspectiva-se que o esforço de redução da exposição dos principais bancos a activos não produtivos (“NPAs”) e, em especial, a créditos em situação de incumprimento (“NPLs”) contribua para a continuação de um volume cada vez mais significativo de actividade de alienação de carteiras de crédito.

É possível reconhecer alterações ou inovações nos últimos anos em relação às transações realizadas no sector?

Claramente. O enquadramento regulatório do sector obrigou a uma cuidadosa adaptação dos modelos de avaliação e isso levou também a uma diferente abordagem em todo o processo que leva à conclusão com sucesso uma transacção.

A densa floresta de regras aplicáveis à actividade (seja no que respeita a requisitos crescentes de capital e de “tipos” de capital regulatório, seja no que respeita à conformação da actividade das instituições financeiras e dos próprios produtos financeiros) exige um cuidado redobrado no planeamento, negociação e implementação de transacções neste sector, sendo absolutamente crucial o envolvimento desde a primeira fase de equipas multidisciplinares que permitam identificar e tratar tão cedo quanto possível factores de risco e incerteza, muitas vezes com efeitos muito relevantes em termos de valor e/ou reputação.

O senhor tem participado em processos de ofertas públicas e particulares de capital, ações e de dívida, bem como OPAs, sendo a mais recente a oferta de aquisição sobre as ações do Montepio realizada pela Associação Mutualista. Poderia fazer um panorama de quais são os maiores desafios ao atuar nessas transações, levando em consideração as particularidades do mercado de capitais português?

O mercado de capitais atingiu níveis razoavelmente altos de integração no espaço europeu, não só no plano do enquadramento regulatório, mas também na prática de mercado, não sendo ousado dizer que, em geral, as operações que envolvem emitentes nacionais tendem a decorrer de acordo com o que de melhor e mais sofisticado se faz internacionalmente.

Permanecem, porém, alguns desafios, em especial no que respeita à necessidade de reforçar a imagem de clareza e previsibilidade na actuação de alguns dos agentes do mercado, bem como, em geral, a credibilidade do nosso mercado depois de alguns eventos geradores de incerteza (e de perdas relevantes para investidores nacionais e internacionais), o que levará ainda algum tempo a atingir definitivamente.

Quais cenários ou tendências já podem ser identificados no mercado de M&A em Portugal para 2018, e quais sectores possuem, na sua opinião, maior potencial de crescimento?

Apesar de algumas ameaças e incertezas, as perspectivas genericamente favoráveis da generalidade da comunidade de investidores com relação ao ambiente económico português têm vindo a contribuir significativamente para que diversos investidores que tradicionalmente não considerariam investir em Portugal tenham incluído o país no seu ”radar” e as expectativas de que o processo de normalização do “rating” da República Portuguesa para níveis ditos de “grau de investimento”, que poderá trazer melhorias na capacidade de financiamento do Estado e, directa e indirectamente, das empresas, permitem que mantenha o optimismo quanto à manutenção desta situação de crescimento por mais alguns trimestres, em especial nos sectores da energia e do imobiliário, que têm revelado um forte dinamismo nos meses recentes.

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Partner at MLGTS, Eduardo Paulino’s main areas of practice include capital markets, company and corporate law and banking and finance, focusing on M&A, public offerings, project finance and privatisations.

With 2017 drawing to a close, how would you rate the performance of the M&A market during the year?

In contrast to the more pessimistic perspectives at the end of 2016, owing to a certain degree of residual uncertainty on an internal level as to the stability of the government’s solution and, especially, uncertainty on the international stage following electoral victories of less internationalist and multilateral projects, 2017 has exceeded our most optimistic expectations, not only in terms of number also in terms of transaction value.

In 2017, you were extensively involved in banking sector transactions. What is your view of the trends and expectations for this sector in 2018?

The Portuguese banking sector has undergone radical transformation as a result of the international financial crisis and, in my view, like Portuguese sectors of activity in general, it has exited the adjustment process to which it was subjected considerably stronger. Generally speaking, capitalisation and liquidity levels are now far more comfortable and in line with those of many European banks.

Now that the capital and liquidity levels of the main banks have been stabilised in a process that was finalised with the recapitalisation of Caixa Geral de Depósitos and the sale of the majority of the capital of Novo Banco (which is no longer a bridge bank, with all the inherent restrictions on its activity), the largest national banks are still obliged to work towards boosting profitability, specifically by increasing efficiency levels (although Portugal already has some of the most efficient banks in Europe), particularly in a socio-political environment which is becoming increasingly less receptive to austerity policies.

Within this context, and also taking into account certain measures sponsored by the Government and the Bank of Portugal with a view to creating a “platform” that will support the development of this kind of process, it is expected that the work towards reducing the exposure of the main banks to non-performing assets “NPAs”) and, especially, to non-performing loans (“NPLs”), will contribute to increasingly more significant sales of credit portfolios.

Have there been recognizable changes or innovations in recent years in relation to transactions conducted in the sector?

Certainly. The regulatory framework for the sector called for a careful adaptation of valuation models and this also brought about a different approach in the entire process that leads to successful completion of a transaction.

The litany of rules governing the activity (whether with respect to growing equity requirements and classes of regulatory capital, or to shaping the activity of financial institutions and financial products themselves) requires redoubled care in the planning, negotiation and implementation of transactions in this sector. It is absolutely crucial that multidisciplinary teams are involved from the early stages so as to enable possible risk and uncertainty factors, which very frequently have very significant effects in terms of value and/or reputation, to be identified and addressed as quickly as possible.

You have taken part in public and private capital offerings, share and debt operations, as well as takeover bids, with the most recent being the offer made by the Mutual Association for the acquisition of Montepio shares. Could you give us an overview of the major challenges involved in such transactions, given the particularities of the Portuguese capital market?

Capital markets have reached reasonably high levels of integration in Europe, not only in terms of the regulatory framework but also in terms of market practice. It would not be bold to say that, in general, operations involving national issuers tend to be carried out in line with the best and most sophisticated international operations.

Some challenges remain, however, especially with regard to the need to bolster the image of clarity and predictability in the actions of some market agents, as well as, in general, the credibility of our market in the wake of events that generated uncertainty (and significant losses for national and international investors), which will still take some time to achieve.

What scenarios and trends can already be identified in the M&A market in Portugal for 2018 and, in your opinion, which sectors have the greatest growth potential?

Despite some threats and uncertainties, the generally favourable perspectives of the community of investors that have a relationship with the Portuguese economic environment have been making a significant contribution to the fact that different investors who would not traditionally consider investing in Portugal have included the country on their “radar” while the expectations that the process of bringing the rating of the Portuguese Republic back to investment level, which could improve the ability of the State and, directly or indirectly, companies to arrange financing, enable continued optimism regarding the continuation of this growth for a few more quarters, especially in the energy and real estate sectors, which have proven to be very dynamic in recent months.

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Reporte mensual transaccional- México- Nov. 2017

Transacciones de Venture Capital en México aumentan 25%

  • A lo largo de 2017 se han registrado un total de 265 transacciones en el país
  • 45 operaciones registradas en este periodo son de Venture Capital
  • Sector Inmobiliario, el más destacado en el año, con 50 transacciones registradas

ESCENARIO TRANSACCIONAL MEXICANO

El mercado de M&A en México ha contabilizado en noviembre un total de 21 operaciones, de las cuales 11 suman un importe no confidencial de USD 1.792m, de acuerdo con el informe mensual de Transactional Track Record. Estos datos reflejan un descenso del 25% en el número de operaciones y un crecimiento del 76,07% en el importe de las mismas con respecto a noviembre de 2016. Por otra parte, a lo largo del año se han producido un total de 265 transacciones, de las cuales 125 registran un importe conjunto de USD 16.963m, lo que implica un descenso del 2,21% en el número de operaciones y una disminución del 40,13% en el importe de las mismas, con respecto a noviembre de 2016.

De las operaciones contabilizadas hasta el mes de noviembre, 92 son pequeñas transacciones (importes inferiores a USD 100m), 23 transacciones medianas (entre USD 100m y USD 500m) y 10 son grandes transacciones (superior a USD 500m).

En términos sectoriales, el Inmobiliario, además del Financiero y de Seguros, son los que más transacciones han contabilizado a lo largo de 2017, con un total de 50 y 36 operaciones, respectivamente, seguidos por el sector de Industria Alimentaria, con 24 registros; e Internet, con 21 negocios.

ÁMBITO CROSS-BORDER

Por lo que respecta al mercado cross-border, en 2017 las empresas mexicanas han apostado por invertir principalmente en Estados Unidos y Colombia, con 15 y 8 transacciones, respectivamente. Y por importe movilizado en este segmento, se destaca de nuevo a Estados Unidos, con USD 2.638,91m.

Por otro lado, Estados Unidos, España y Reino Unido son también los países que más han apostado por realizar adquisiciones en México, con 36, 17 y 8 operaciones, respectivamente. Por importe destaca en este periodo Canadá, con USD 1.841,75m, y Estados Unidos, con USD 1.366,94m.

PRIVATE EQUITY Y VENTURE CAPITAL

Hasta el mes de noviembre se han producido un total de 33 transacciones de Private Equity, de las cuales 11 suman un importe no confidencial de USD 2.636,01m. Esta actividad representa un aumento del 32% en el número de operaciones y un descenso del 10% en el capital movilizado, con respecto al mismo periodo de 2016.

Por su parte, en 2017 se han contabilizado 45 operaciones de Venture Capital, de las cuales 22 suman un importe no confidencial de USD 367,43m. Estos datos representan un aumento del 25% en el número de transacciones, y un significativo ascenso del 103% en el capital movilizado en términos interanuales.

MERCADO DE CAPITALES

En el mercado de capitales mexicano se han cerrado en los once primeros meses del año 6 salidas a Bolsa y 2 ampliaciones de capital, con importes agregados de USD 2.583,66m y USD 259,04m, respectivamente.

TRANSACCIÓN DESTACADA

Para noviembre de 2017, se ha seleccionado como operación destacada la adquisición de la filial de Kio Networks por parte de American Tower.

La operación, que ha registrado un importe de USD 500m, ha estado asesorada por la parte legal por González Calvillo, S.C., Kilpatrick Townsend & Stockton, y por Holland & Knight México. Por la parte financiera, la transacción ha estado asesorada por Citigroup, y por Barclays Capital.

ENTREVISTA CON MARIANO UCAR

Mariano Ucar, socio en la firma Cuatrecasas. Cuenta con amplia experiencia asesorando en operaciones complejas de fusiones y adquisiciones privadas, y en derecho mercantil y societario, así como en transacciones vinculadas en México y el resto de América Latina. Está especializado en los sectores farmacéutico, de la energía, transporte y telecomunicaciones.

“…a principios de año había cierta precaución en el mercado a raíz de la elección de Trump y las medidas que podía aprobar, lo que ralentizó algo el mercado de M&A en México. Creo que esta precaución se ha disipado en gran medida y que hemos vuelto a un nivel de operaciones en línea con años anteriores.”

Lee la entrevista completa aquí. 

 

Mariano Ucar habla del sector farmacéutico en México (Es/En)

Mariano Ucar– Socio de Cuatrecasas en México

Cuenta con amplia experiencia asesorando en operaciones complejas de fusiones y adquisiciones privadas, y en derecho mercantil y societario, así como en transacciones vinculadas en México y el resto de América Latina. Está especializado en los sectores farmacéutico, de la energía, transporte y telecomunicaciones.

Sr. Ucar ¿podría comenzar brindándonos una visión general de la situación del mercado transaccional mexicano hoy en día?

En mi opinión el mercado transaccional mexicano está razonablemente desarrollado, con excelentes agentes y profesionales, que conviven en algunos casos con asesores poco especializados. Estamos observando empresas internacionales del sector que se están estableciendo en México. Esta creciente competencia va a ayudar a un mayor desarrollo, profesionalidad, trasparencia, dinamismo y calidad en el mercado.

En cuanto al nivel de actividad, a principios de año había cierta precaución en el mercado a raíz de la elección de Trump y las medidas que podía aprobar, lo que ralentizó algo el mercado de M&A en México. Creo que esta precaución se ha disipado en gran medida y que hemos vuelto a un nivel de operaciones en línea con años anteriores.

Como experto en operaciones del sector farmacéutico, ¿qué peso considera que tiene actualmente dicho sector en la economía del país? ¿Cree que ha existido una evolución en cuanto al volumen de inversión en esta área en los últimos años? ¿Por qué?

El mercado farmacéutico mexicano está entre los primeros 15 del mundo, y es el segundo de América Latina. En proporción a la economía del país y su población es un mercado menor que en Europa, donde el gasto farmacéutico por habitante es muy superior y donde el sector representa un porcentaje más relevante de la economía de la zona.

México, como pasa en otros países de Latinoamérica, tiene un gasto farmacéutico público relativamente pequeño y un tipo de productos distinto a los mercados farmacéuticos maduros. Cuenta con poca presencia de productos crónicos y una proporción de productos de bajo costo como analgésicos y antibióticos mucho mayor. Esta proporción se irá corrigiendo a medida que la economía de México avance, aumente la clase media, y se vaya produciendo un paulatino envejecimiento de su población, lo que debería llevar a un crecimiento del sector a tasas superiores a la media mundial.

Estas buenas perspectivas hacen que exista un gran interés de las empresas farmacéuticas extranjeras en adquirir compañías del sector en México. En los últimos años hemos visto alguna operación relevante en el sector. El problema es que quedan muy pocas farmacéuticas mexicanas independientes con un tamaño y calidad interesante. Cuando se pongan a la venta, si se ponen, veremos un gran interés y múltiplos altos.

Por el contrario, existen un gran número de pequeñas compañías farmacéuticas por las que, aunque existe, el interés comprador es menor. Suelen ofrecer escasa calidad de producto cuando el mercado demanda cada día más productos innovadores. Cuentan también en ocasiones con problemas de cumplimiento regulatorio; algo difícil de detectar si no se realiza una due diligence on site profunda. Esta menor calidad de los activos, mayor riesgo y costes de ejecución proporcionalmente superiores en compañías de pequeño tamaño, reducen el interés comprador y las valoraciones. Los vendedores tienen muchas veces una idea de valor basada en los múltiplos publicados de las grandes operaciones, lo que dificulta el acuerdo en precio.

Sabemos que también tiene experiencia en el sector energético, son muchas las compañías extranjeras interesadas en realizar negocios en Latinoamérica ¿A qué cree que se debe este interés? ¿Considera que la legislación actualmente vigente facilita la relacionales comerciales internacionales?

La reforma energética llevada a cabo por México ha sido clave. La liberalización del sector ha traído un volumen considerable de inversión que de otra forma no se hubiese destinado al mercado mexicano. Esta inversión va a incrementar la producción en México y reducir los costes de la energía de una manera relevante. Es algo que ahora no se está percibiendo, pero que se verá cuando los proyectos se pongan en producción. Esto es algo clave. Una reducción de los costes energéticos hará más competitiva la economía mexicana, especialmente en aquellos sectores más dependientes de los costes energéticos.

La trasparencia y objetividad con la que se han realizado las diferentes rondas también ha ayudado significativamente a que se incremente el interés inversor en el sector, al proyectar una imagen de seriedad del país y reducir así la percepción de riesgo país. Creo no obstante que se debería profundizar en la reforma para consolidarla, simplificar algunos procedimientos y regulación, y ajustar algunos problemas que se han podido identificar durante la aplicación del actual marco legal.

En cuanto a joint venture, otra de sus áreas de actuación, ¿podría explicarnos brevemente qué razones motivan a las sociedades para la constitución de este tipo de alianzas? ¿Cuáles son las ventajas que consiguen y/o qué barreras les resulta más fácil flanquear?

Aparte de lo obvio, que una joint-venture sirve para unir a empresas con diferentes capacidades (económicas, tecnológicas, comerciales, etc.) para desarrollar un proyecto común que, por sí solas, no podrían o les resultaría más difícil acometer, las joint-ventures sirven en muchas ocasiones también como forma de establecerse en una nueva jurisdicción.

Empresas con clientes, tecnología o una cartera de productos de calidad en sus jurisdicciones de origen ven las joint-ventures con un socio local como una forma de sumar a sus capacidades una presencia y conocimiento de la jurisdicción donde se implantan, fundamental en muchas ocasiones para iniciar operaciones.

Si bien son muchas las ventajas, se debe ser consciente de los problemas que puede acarrear una sociedad conjunta. En ocasiones las expectativas iniciales no se cumplen o la diferente cultura de cada empresa dificulta el trabajo conjunto. Es importante por ello realizar un análisis profundo y sincero de las expectativas y capacidades propias y de tu socio antes de iniciar el proyecto, y prever en el contrato una hoja de ruta que permita a ambos socios una salida razonable en el supuesto de que el proyecto no salga como se esperaba.

En su trayectoria profesional también ha prestado asesoramiento a compañías españolas, según su experiencia ¿En qué punto se encuentran las relaciones bilaterales en materia de negocios entre España y México? ¿Cree que sería positivo promover más su interactuación?

Las relaciones entre España y México se encuentran en un momento excelente. España es el segundo mayor inversor en México después de EEUU, y México se ha convertido en los últimos años en un inversor muy relevante en España y uno de los destinos preferidos por los mexicanos para sus inversiones. Existe un gran interés mutuo entre ambos países, relaciones comerciales muy fluidas y una muy considerable presencia de empresas españolas en sectores muy relevantes de la economía mexicana. México también está adquiriendo una presencia destacable en España.

En nuestro despacho hemos estado presentes en varias operaciones cross-border entre México y España en sectores tan diversos como la energía, infraestructuras, restauración, hotelero, inmobiliario y farmacéutico. Recibimos constantemente inversores interesados en explorar potenciales transacciones entre ambos países. Los españoles nos sentimos muy cómodos en México y creo que al contrario ocurre lo mismo. Tenemos un idioma que nos une y elementos culturales comunes que nos acercan.

Creo que las instituciones están realizando un muy buen trabajo para promover esta interactuación. En este sentido, sería muy positivo si se alcanzase a firmar dentro de esta legislatura el nuevo tratado de libre comercio entre México y la Unión Europea. Sabemos que los representantes de ambas partes negociadoras están trabajando intensamente para lograrlo.


Mariano Ucar– partner at the law firm Cuatrecasas in México

He has extensive experience advising on complex private mergers and acquisitions, on trade and corporate law, and on related transactions in Mexico and the rest of Latin America. He specializes in the pharmaceutical, energy, transport, and telecommunications industries.

Mr. Ucar, could you start by providing us with an overview of the current situation of the Mexican transactional market?

In my view, the Mexican transactional market is reasonably developed, with excellent agents and professionals, who sometimes coexist with non-specialized advisors. We are seeing that international companies from the sector are establishing themselves in Mexico. This growing competition will encourage greater development, professionalism, transparency, dynamism, and quality in the market.

As for the activity level, early this year the market was cautious after Trump’s election and the measures that he might approved, which somewhat slowed down the M&A in Mexico. I believe that this precaution has dissipated to a large extent, and we have returned to an operations level in line with previous years.

As an expert in pharmaceutical industry transactions, what weight do you think this sector currently has on the Mexican economy? Do you think there has been an evolution in terms of the investment volume in this area in recent years? Why?

The Mexican pharmaceutical market ranks among the top 15 in the world, and is the second largest in Latin America. Proportionally to the Mexican economy and population, it is a smaller market than that in Europe, where pharmaceutical expenditure per person is much higher, and where the industry represents a much larger percentage of the local economy.

Mexico, like other Latin American countries, has a relatively small public pharmaceutical expenditure, and different product types from those in mature pharmaceutical markets. It has a low presence of chronic products and a much larger proportion of low-cost products such as painkillers and antibiotics. This proportion will be gradually corrected as the Mexican economy advances, the middle class grows, and its population gradually ages, which should lead to sector growth at a higher rate than the world average.

These good prospects mean that foreign pharmaceutical companies have great interest in acquiring Mexican companies in the industry. In recent years, we have seen some large transactions in the sector. The problem is that there are very few Mexican independent pharma companies left of interesting size and quality. When they go on sale (if they go on sale), we will see a great interest and high figures.

By contrast, there are many small pharma companies that generate much lower interest in buying, even though it exists. They usually offer a low-quality product, when the market is increasingly demanding innovative products. Sometimes they also have regulatory compliance issues, something that is hard to detect if an in-depth on-site due diligence process is not conducted. This lower quality assets, higher risk, and proportionally higher execution costs in small companies reduce the interest in buying and appraisals. Sellers often have an idea of their value based on the published figures for large transactions, which makes it difficult to agree on the price.

We know that you also have experience in the energy industry. Many foreign companies are interested in doing business in Latin America. What do you think is the reason for that interest? Do you think that the legislation currently in force facilitates international trade relations?

The energy reform carried out by Mexico has been crucial. The liberalization of the industry has attracted a significant volume of investment that would have otherwise not focused on the Mexican market. This investment will increase production in Mexico and significantly reduce energy costs. This is something that is not being perceived right now, but will be perceived when the projects start to produce. This is crucial. A reduction of energy costs will make the Mexican economy more competitive, particularly in those sectors that are most dependent on energy costs.

The transparency and objectivity with which the various investment rounds have taken place have also significantly contributed to the increase in investors’ interest in the industry, by projecting an image of Mexico as a serious country, thus reducing its perceived risk.

However, I believe that the reform should be more in-depth in order to be consolidated, by simplifying some procedures and regulations and adjusting some problems identified in the application of the current legal framework.

As for joint ventures, another one of your fields of expertise, could you briefly explain what motivates companies to establish this kind of alliance? What advantages do they achieve and what barriers do they find easier to overcome?

In addition to the obvious -the fact that a joint venture brings together companies with different capacities (e.g., financial, technological, commercial) to develop a joint project that they would be unable or would find harder to execute by themselves, joint ventures often also serve as a way to become established in a new jurisdiction.

Companies with customers, technology, or a quality product portfolio in their jurisdictions of origin see joint ventures with a local partner as a way to add a presence and knowledge of the jurisdiction in which they are establishing themselves to their capacities, something that is often crucial to initiate operations.

Although there are many benefits, we should keep in mind the problems that can be generated by a joint venture. Sometimes initial expectations are not met, or each company’s different culture hinders joint work. For this reason, it is important to conduct an in-depth, honest analysis of your own and your partner’s expectations and capacities before the project starts, establishing a roadmap in the agreement that provides the partners with a reasonable exit, should the project not turn out as expected.

Over your professional career, you have also advised Spanish companies. In your experience, where are bilateral business relations between Spain and Mexico at this poing? Do you think that promoting greater interaction would be positive?

Relations between Spain and Mexico are currently excellent. Spain is the second largest investor in Mexico after the United States, and Mexico has become in recent years a very strong investor in Spain and one of the preferred investments destinations for Mexicans.

There is considerable mutual interest between both countries, very smooth trade relations, and a considerable presence of Spanish companies in very strong sectors of the Mexican economy. Mexico is also acquiring a strong presence in Spain. In our firm, we have taken part in several cross-border transactions between Mexico and Spain, in such diverse sectors as energy, infrastructures, catering, hospitality, real estate, and pharma. We constantly meet with investors who are interested in exploring potential transactions between both countries.

Spaniards are very comfortable in Mexico, and vice versa. We are linked by a common language and culture that bring us together. I believe that institutions are doing a great work promoting this interaction. In this respect, it would be very positive if the new free trade agreement between Mexico and the European Union could be signed during this term of office. We know that the representatives of both parties in the negotiations are working hard to achieve it.

 

Estados Unidos y su interés en la inversión extranjera

Estados Unidos aumenta su interés por el mercado M&A mexicano en 2017

El número de inversiones realizadas por compañías estadounidenses en México hasta noviembre de 2017 ha registrado un aumento del 6,45%.  De enero a noviembre de 2017, las empresas con sede en Estados Unidos son las que han hecho el mayor número de adquisiciones de empresa en México, un total de 33 transacciones que suman US$865,84m. Por su parte, Canadá se ubica en la cuarta posición del listado con 7 transacciones, pero con un monto total de US$1,8 billones.

PAIS DE ORIGEN DE LOS COMPRADORES
IMPORTE TOTAL (USD)
Estados Unidos 33 865,84
España 16 768,36
Reino Unido 8 6,00
Canadá 7 1.841,75
Chile 4 0,94
Australia 3 4.607,53
Alemania 3 No revelado
Hong Kong 2 7,00
Guatemala 1 6,00
Países Bajos 1 3,02

En concreto, las adquisiciones con país de origen de los recursos en Norteamérica (Estados Unidos y Canadá) representan casi la mitad del total de adquisiciones inbound en México a lo de enero a noviembre de 2017.

 

Con respecto a las zonas de inversión de empresas estadounidenses y canadienses en América Latina desde enero hasta noviembre de 2017, México es el segundo país más destacado después de Brasil, con 83 transacciones, seguido por Chile y Colombia, con 25 operaciones en cada país.

Este interés de inversión de empresas norteamericanas en México se ha manifestado desde 2010, ya que desde este periodo las firmas estadounidenses han sido las que más transacciones han realizado en territorio mexicano.

Subsectores. Por número de operaciones, los inversores norteamericanos muestran un especial interés inversor en el subsector de Financiero y de Seguros e Inmobiliario, con 5 operaciones; seguido por el de Petróleo y Gas e Internet, con 4 y 3 operaciones, respectivamente.

Deals destacados. Los tipos de operaciones más activos en México a lo largo de 2017 por parte de empresas con sedes en Estados Unidos y Canadá han sido los relacionados con Private Equity y Venture Capital, con 14 transacciones, seguidas por operaciones M&A, con 13 operaciones, así como compras de activos (11) y Joint Ventures (2).

Algunas de las operaciones más destacadas en México por parte de empresas con sede en Estados Unidos y Canadá han sido las realizadas por Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ), con sede en Montreal, y CKD IM, vehículo de inversión de Ciudad de México, las cuales han acordado la adquisición del 80% de un portfolio de ocho activos de energía solar y eólica ubicados en México a Enel Green Power, valorados en USD 1.350m.

Otra operación destacada es la realizada por la mexicana Grupo Industrial Saltillo, que ha acordado la venta de dos filiales mexicanas y una estadounidense a Rheem Manufacturing Company, fabricante de calefactores con sede en Atlanta, por un importe de US$350 millones.

Ranking de operaciones Las firmas Creel, García-Cuéllar, Aiza y Enríquez (con 8 operaciones); Galicia Abogados (5) y Todd & Asociados (4), han sido los asesores legales más destacados a lo largo de 2017 en lo que respecta a las inversiones norteamericanas en el sector Financiero y de Seguros en México.

 

 

Carlos Lobo fala da economia do Brasil na área de fusões e aquisições

Carlos Lobo é sócio do Veirano Advogados e atua principalmente nas áreas de fusões e aquisições, private equity e mercado de capitais. Lobo fala com a TTR sobre a economia brasileira em relação ao mercado de fusões e aquisições

Com o fim de 2017 se aproximando, poderia nos dar uma visão geral do estado atual do mercado brasileiro de fusões e aquisições? Como avalia a performance de 2017?

O ano de 2017 me pareceu um ano bem mais ativo que 2016. O ano passado foi impactado negativamente pela paralisia provocada pelo processo de impeachment e a crise econômica. Este ano, apesar de um ambiente político ainda bastante instável, temos um cenário macro econômico mais favorável e as perspectivas são positivas, de uma recuperação gradual. Isto tem contribuído para melhorar o humor dos investidores, principalmente os estrangeiros, animando-os para fazer investimentos de longo prazo.

Em paralelo, temos uma situação em que grandes empresas estatais e conglomerados nacionais estão em situação financeira bastante difícil, como resultado da operação Lava Jato, dos anos de recessão e do aperto no crédito. Esta situação está impulsionando um amplo processo de venda de ativos que só encontra paralelo nas privatizações da década de 90. A oferta de bons ativos a preços atrativos está contribuindo de forma significativa para impulsionar o mercado de fusões e aquisições

O senhor possui vasta experiência na assessoria a emissores e subscritores em IPOs, follow-ons e emissão de títulos de dívidas em mercados de capitais nacional e internacional, do seu ponto de vista, qual a avaliação que pode ser feita do Mercado de Capitais brasileiro em 2017? E quais as expectativas para o próximo ano?

Estamos observando uma recuperação do mercado de capitais este ano, com o número de ofertas superando de forma significativa os anos anteriores. Acredito que é uma consequência natural do início da recuperação econômica, ocasião em que as companhias voltam a ter necessidade de recursos para investir em crescimento e os investidores voltam a apostar no potencial de retorno do mercado e da economia brasileira.

Além disso, temos um fato novo, que a redução do papel do BNDES como financiador de grandes empresas. Com as limitações fiscais do atual governo, o mercado de dívida brasileiro volta desempenhar o seu papel de prover recursos de longo prazo para as empresas brasileiras. Vejo isto como uma tendência extremamente salutar para o dinamismo da nossa economia. Acredito que o próximo ano pode ser impactado pelo calendário eleitoral. Os investidores estão apostando que o próximo presidente será alguém alinhado com políticas mais conservadoras do ponto de vista fiscal e que busque estimular o investimento privado. Em se confirmando essa expectativa, podemos ter um ano bastante positivo. Caso contrário, espero um cenário de muita volatilidade.

Em 2017, o senhor teve uma atuação destacada em transações no setor de energia. Quão importante é este setor hoje para a economia brasileira? É possível reconhecer alterações ou inovações nos últimos anos em relação às transações realizadas no setor? Quais são as tendências para 2018?

O setor de energia sempre foi um setor de destaque na economia brasileira, tendo em vista sua importância estratégica para o crescimento do país. Atualmente, o setor está em evidência pela fase de transição que está passando. Estamos saindo de um modelo com forte presença estatal para um cenário em que novas empresas privadas e fundos de investimento, especialmente estrangeiros, ganham papel protagonista.

O aprimoramento do marco regulatório e a diversificação da matriz energética também contribuem para dar dinamismo a esse setor, estimulando operações de fusões e aquisições. Os recentes leilões de linhas de transmissão também trazem novos projetos para o mercado. Para o próximo ano vejo perspectivas bastante positivas. Alguns desinvestimentos bastante relevantes devem acontecer, mudando o perfil do setor no Brasil.

Após se tornarem os maiores investidores estrangeiros em fusões e aquisições no País, os chineses mantêm o apetite por ativos brasileiros e estiveram entre os maiores compradores dos leilões ligados ao setor de energia do governo federal. Acredita que esse apetite se manterá em 2018?

Acredito que sim. As empresas chinesas do setor de energia estão bem capitalizadas e tomaram a decisão estratégica de expandir para outros países. Nesse cenário, o Brasil tem se mostrado um país amigável, com marco regulatório moderno e um mercado em expansão. É natural que canalizem para cá seus investimentos.

É possível que estejamos ainda no início desse processo, já que os investimentos bem sucedidos feitos pelas líderes nacionais abrem caminho para outras empresas chinesas se interessarem pelo nosso mercado.

Acredita que em 2018 possa ocorrer uma intensificação das operações de M&A? Quais cenários ou tendências já podem ser identificados, e quais setores possuem, na sua opinião, maior potencial de crescimento?

Acredito que sim. Em se mantendo a tendência de recuperação da economia e com um cenário político mais estável, acredito que podemos esperar um ano bastante aquecido para fusões e aquisições. Devemos observar uma continuação de algumas tendências já manifestadas este ano, com empresas estatais e grandes conglomerados nacionais vendendo empresas relevantes para investidores estratégicos estrangeiros e fundos de private equity, principalmente dos EUA, Canadá, França, China e Japão. Setores que estão e devem continuar aquecidos incluem o setor de energia, infraestrutura, óleo e gás, educação, saúde, tecnologia e varejo.

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