Brasil, julho 2017: IPOs movimentam mais de R$10 bilhões

IPOs movimentam mais de R$10 bilhões no Brasil ao longo de 2017

Mercado de capitais brasileiro registra 7 IPOs nos primeiros sete meses de 2017
Número de transações no segmento Marketing cresce 20%
Investimentos em venture capital em julho de 2017 tiveram alta de 770% em comparação com o mesmo período de 2016

 


Brasil no panorama latinoamericano

O mercado de capitais brasileiro ganha fôlego e já registrou mais IPOs nos primeiros sete meses de 2017 do que os três últimos anos somados. Foram contabilizados sete até o mês de julho, movimentando mais de R$ 10 bilhões. Destaque para a estreia do Grupo Carrefour Brasil na bolsa, que superou o valor de R$ 4,4 bilhões.

Os resultados de Julho também consolidam a liderança brasileira no cenário latino-americano de fusões e aquisições. De acordo com o Relatório Mensal da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, desde o início do ano já foram registradas 389 transações domésticas no mercado nacional, enquanto a Argentina, país que apresentou o segundo melhor resultado no quesito, registrou 68. Também se destacam os números de aquisições cross-border inbound no país, 129, mais do que o dobro das transações dessa modalidade registradas pelo México (56).

Entretanto, o mercado mexicano fechou o período com 41 aquisições cross-border outbound, enquanto o mercado brasileiro encerrou com 26. O Brasil também foi o protagonista de duas das maiores operações anunciadas no mês de julho no continente: a aquisição dos Negócios de Produção de Sementes de Milho da Dow Chemical pelo Citic Agri Fund pelo valor de U$ 1,1 bilhão, e a venda da Alpargatas pela J&F Investimentos, que movimentou U$ 1,08 bilhão.


Fusões e aquisições no Brasil em Julho

O mercado brasileiro abriu o segundo semestre de 2017 com 73 transações, uma queda de 8,75% em relação ao mesmo mês de 2016.  Destas, 28 tiveram seus valores revelados, totalizando R$ 11,8 bilhões, uma queda acentuada de 69,13% quando comparada ao mesmo período de 2016.

Apesar do saldo negativo do mês, o ano já registrou um aumento no setor Financeiro e Seguros. Os setores com maior movimentação foram:

  • Financeiro e Seguros (68)  10%
  • Tecnologia (99)  12%
  • Distribuição e Retail (62)   9%

Operações cross-border

Desde 2010, as empresas brasileiras que mais atraem investimentos estrangeiros são as empresas do segmento de Tecnologia e Internet. Em 2017 essa tendência persiste – foram registradas 31 transações, um crescimento de 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Outra tendência que se mantêm é a queda dos investimentos de empresas norte-americanas no país, que no atual período foi de 10,8%, apesar dos Estados Unidos ainda serem o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, com 41 operações que alcançaram R$ 16,1 bilhões em investimentos no país. A China continua sendo o país com maior valor acumulado em aquisições no Brasil, tendo investido R$ 21,4 bilhões em 2017, com destaque para operações no setor de energia elétrica.

Setores que também se destacaram em número de operações cross-border inbound no período foram:

  • Consultoria, Auditoria e Engenharia- 11
  • Internet- 10

No âmbito outbound, o Brasil realizou 11 aquisições nos Estados Unidos, somando R$ 511 milhões. Destaque também para as aquisições realizadas no Reino Unido e na Turquia, que movimentaram, juntas, aproximadamente R$ 4,7 bilhões. O setor mais ativo foi Tecnologia.


Private Equity e Venture Capital

O balanço das operações registradas no setor de private equity no Brasil em julho de 2017 foi de R$ 231,8 milhões, com crescimento de 25% no número de transações em comparação com o mesmo mês do ano passado. Os setores mais movimentados:

  • Saúde, Higiene e Estética com sete transações no ano, ⇑ 40%
  • Consultoria, Auditoria e Engenharia e Imobiliário  33% cada.

No cenário de venture capital, julho foi um mês de crescimento. Das oito transações registradas no TTR, cinco revelaram valores que somam R$ 604 milhões, alta de 770% em comparação ao período homólogo de 2016. Os investimentos em venture capital em 2017 – R$ 2,2 bilhões – já ultrapassaram o total investido no ano anterior, que alcançou total aproximado de R$ 2 bilhões.  Os setores de maior crescimento no acumulado do ano foram:

  • Distribuição e Retail  30%
  • Tecnologia foi o que apresentou mais transações (51).

Transação do Mês

Bradesco Seguros, seguradora detida pelo Banco Bradesco (BVMF:BBDC3, BBDC4; NYSE:BBD, BBDO), concluiu a aquisição de uma participação de 40% da Swiss Re Corporate Solutions Brasil, da suiça Swiss Re Corporate Solutions. O valor foi de aproximadamente R$ 750 milhões

A transação faz parte das negociações de venda da operação de seguros de grandes riscos da Bradesco Seguros para a Swiss Re Corporate Solutions, que passa a ter acesso exclusivo aos clientes Bradesco para explorar a comercialização dos seguros de grandes riscos.

A Bradesco Seguros contou com a assessoria jurídica do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados, e financeira do Banco Bradesco BBI. A Swiss Re Corporate Solutions por sua vez teve assessoria jurídica no Brasil da Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados e no exterior de Willkie Farr & Gallagher (Global), e financeira da J.P. Morgan.

 

Clique abaixo e acesse o relatório transacional do Brasil no mês de julho de 2017 completo:

BRASIL: FUSÕES E AQUISIÇÕES MOVIMENTAM R$ 140 BILHÕES NO 1º SEMESTRE DE 2017

  • TTR registra 513 transações no primeiro semestre de 2017 e valor de R$ 140 bilhões
  • Brasil tem maior número de transações domésticas na LatAm no 1S17, total de 349
  • Aquisição da NTS pela Brookfield Asset Management é a transação do trimestre
Insight TTR

No período de janeiro a junho de 2017, o número de transações envolvendo a aquisição de participação em empresas que atuam na produção de eletrônicos aumentou 75%, comparado ao mesmo período de 2016. Uma das oprações de destaque do semestre foi o aporte de capital de R$2 milhões na Chip Inside. A startup de tecnologia desenvolveu um colar adaptado ao pescoço dos bovinos com capacidade de monitorar o comportamento dos animais a partir da ruminação, do ócio e da reprodução, contribuindo para a saúde e prevenção de doenças.

 

 

De acordo com o Relatório da Transactional Track Record e LexisNexis sobre o mercado de fusões e aquisições brasileiro, de abril a junho de 2017 foram registradas 245 transações, um pequeno crescimento de 4,7% comparado ao ano passado. Deste total, 104 operações tiveram valores divulgados que somam R$63,3 bilhões, aumento de 121% em relação ao 2T16. Entre os subsetores mais ativos do trimestre, estão Tecnologia (47 transações), Financeiro e Seguros (36) e Distribuição e Retail (25).

O balanço final do primeiro semestre foi de 513 transações e R$ 140 bilhões, um valor 175% maior que o período homônimo. Destaque para o setor Financeiro e Seguros, que cresceu 53%.

Fusões e aquisições brasileiras na América Latina

No panorama latinoamericano, o Brasil se destaca com o maior número de transações domésticas no primeiro semestre de 2017, um total de 349. O país continua na mira dos mercados estrangeiros e foi protagonista de 109 aquisições inbound, mais que o dobro do mercado mexicano, que registrou 48 operações cross-border inbound.

O poder de compra do país no exterior é inferior ao de Chile e México. Ambos os países realizaram mais aquisições no exterior (20 e 33 respectivamente) do que o Brasil, que somou 19 transações outbound no semestre. O número de desinvestimentos estrangeiro em participadas brasileiras chegou a 39, o dobro dos demais países latinoamericanos.

A maior transação do trimestre na América Latina ocorreu em território brasileiro: a aquisição da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) pela Brookfield Asset Management por R$13,2 bilhões.

Cross-border

O país que mais adquiriu negócios no Brasil foi os Estados Unidos, com o saldo de 35 transações e investimento de R$12,3 bilhões no primeiro semestre de 2017. Na sequência por número de operações estão França e Alemanha.

O país norte-americano foi também o alvo dos investimentos brasileiros, que adquiriu 11 empresas e aplicou R$511 milhões nos Estados Unidos de janeiro a junho de 2017. O maior valor investido no exterior foi realizado no Reino Unido, onde o Brasil injetou R$3,7 bilhões em uma única transação ainda em andamento. A Natura, empresa de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal, assinou contrato para adquirir 100% das ações de emissão da The Body Shop, empresa que se dedica à fabricação e comercialização de cosméticos e produtos de beleza detida pela L’Oréal.

Private Equity e Venture Capital

No segundo trimestre de 2017, o TTR registrou 27 operações de private equity, um aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2016. Deste total, 12 revelaram valores que somam R$7,6 bilhões, crescimento de 62%. Entretanto, o acumulado do semestre é inferior ao ano passado: 44 transações – uma redução de 19% – e R$9,9 bilhões. O setor mais ativo foi o de Saúde, Higiene e Estética, com sete operações e um crescimento de 40%. A gestora destaque do semestre é a Pátria Investimentos, que participou de cinco transações contabilizadas no TTR.

Já no cenário de venture capital, foram registradas 44 operações, que revelaram valores de aproximadamente R$ 1 bilhão, um aumento de 188% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O acumulado do semestre totaliza em 87 transações e o valor de R$1,5 bilhão. O subsetor mais ativo foi Tecnologia, com 43 transações. O fundo destaque foi o Bossa Nova Investimentos, com 17 operações computadas no database.

Transação do Trimestre

A maior operação do período foi escolhida também pela TTR como transação do trimestre: a conclusão da venda de uma participação no capital social da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para a Brookfield Asset Management. O valor total recebido pela vendedora Petrobras é composto de US$2,59 bilhões, referentes à venda das ações, e US$1,64 bilhões de debêntures conversíveis em ações emitidas pela NTS. O restante, US$850 milhões, será pago em cinco anos e atualizado no período.

A NTS opera uma rede de gasodutos na região sudeste. A operação faz parte do programa de parcerias e desinvestimentos que totalizou USD 13,6bi no biênio 2015-2016.

A Petrobras contou com a assessoria financeira do Banco Bradesco BBI e jurídica do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, bem como do Hogan Lovells Brasil. Já a Brookfield foi assessorada pelos escritórios Pinheiro Neto Advogados, Torys e Norton Rose Fulbright.

Rankings – Assessoria Financeira & Jurídica

Confira o ranking TTR de assessores Financeiros e Jurídicos (year to date) no relatório trimestral.

 

TTR in the Press

FOLHA DE SP –  “De papel passado

CONSULTOR JURÍDICO – “Mattos Filho lidera assessoria em fusões e aquisições no 2º trimestre

MONITOR DIGITAL – “Mercado de fusões e aquisições movimenta R$140,5 bi no semestre

Relatório Completo

 

Brasil: aquisição de participação em empresas que atuam na produção de eletrônicos aumenta 75%

No período de janeiro a junho de 2017, o número de transações envolvendo a aquisição de participação em empresas que atuam na produção de eletrônicos aumentou 75%, comparado ao mesmo período de 2016. Uma das oprações de destaque do semestre foi o aporte de capital de R$2 milhões na Chip Inside. A startup de tecnologia desenvolveu um colar adaptado ao pescoço dos bovinos com capacidade de monitorar o comportamento dos animais a partir da ruminação, do ócio e da reprodução, contribuindo para a saúde e prevenção de doenças.

 

BRASIL É DESTAQUE NO MERCADO TRANSACIONAL DA AMÉRICA LATINA

  • Mercado brasileiro contabiliza 291 transações domésticas, argentino 54.
  • País soma 74 transações em maio, crescimento de 10% em relação ao mesmo mês de 2016.
  • 34 operações revelaram valores que ultrapassam R$ 12,7 bilhões, um aumento de 47%.

 

Insight

De janeiro a maio de 2017, o número de transações envolvendo a aquisição de participação em empresas que atuam no segmento educacional aumentou 23%, na comparação com o mesmo período de 2016.

 

Mercado de M&A brasileiro no panorama da América Latina

O Brasil sobressai entre os demais países da América Latina com o maior número de fusões e aquisições nos cinco primeiros meses de 2017. Segundo o Relatório Mensal da Transactional Track Record em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, o mercado brasileiro foi movimentado por 291 transações domésticas – enquanto a Argentina, segunda colocada, registrou 54. O país contabilizou ainda 90 aquisições cross-border inbound, mais que o dobro do México, que fechou o período com 38 operações. Só fica atrás no volume de aquisições outbound, com 16 transações – enquanto o mercado mexicano contabilizou 27. O gigante sul-americano é também protagonista da maior operação anunciada do mês de maio no continente: a aquisição da XP Investimentos pelo Banco Itaú Unibanco pelo valor de U$ 1,9 bilhão.

Fusões e aquisições no Brasil em maio

Foram registradas 74 transações no quinto mês de 2017 no mercado de M&A brasileiro, um crescimento de 10% em relação ao mesmo mês de 2016. Destas, 34 operações revelaram valores que ultrapassam R$ 12,7 bilhões, um aumento de 47%. Apesar do saldo positivo, maio foi o mês com menor valor agregado do mercado de M&A brasileiro neste ano. O mercado oscilou com a crise política que voltou a desestabilizar o país.

O setor mais movimentado durante os cinco primeiros meses de 2017 foi Tecnologia, com o registro de 67 transações, 14% a menos que no mesmo período de 2016. Já o segmento Financeiro e Seguros obteve um crescimento de 38% e contabilizou 62 operações no período – foi o setor com mais transações no mês de maio. Na sequência, estão Internet, com 46 operações no acumulado do ano, e Distribuição e Retail com 45.

Operações cross-border

Desde 2010 as empresas norte-americanas foram as que mais realizaram aquisições de empresas brasileiras. Até o último dia de maio foram registradas 32 operações, um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Empresas que atuam no segmento de Tecnologia e Internet foram as que mais atraíram investimento estrangeiro – 20 transações, um aumento de 11%. Outro setor que também se destacou em número de operações cross-border inbound no período foi Consultoria, Auditoria e Engenharia, com 11 transações.

A China continua sendo o país com maior valor acumulado em aquisições no Brasil, tendo investido R$ 17,8 bilhões em 2017. Os Estados Unidos vem na sequência com R$ 12 bilhões e Luxemburgo com a aplicação de quase R$ 6 bilhões no mercado brasileiro.

No âmbito outbound, o Brasil fez 10 aquisições nos Estados Unidos que somam R$ 387 milhões. O setor mais movimentado foi o de Internet.

Private Equity e Venture Capital

O balanço de private equity no mercado brasileiro em maio de 2017 foi de 11 transações, 38% a mais que o mesmo mês do ano passado. As operações revelaram valores de R$6,4 bilhões, 168% a mais que 2016. O salto deve-se mais uma vez à aquisição da XP Investimentos pelo Itaú. O setor mais movimentado foi Distribuição e Retail, confirmando a tendência apontada nos últimos três anos.

No cenário de venture capital, maio foi o mês com menor movimentação. Foram registradas no TTR, oito transações, quatro revelaram valores que somam R$ 679 milhões. O setor mais movimentado no acumulado do ano foi Tecnologia e a empresa que mais se destacou foi a Bossa Nova Investimentos.

Transação TTR do mês

A Locamerica (BM&FBOVESPA:LCAM3), locadora de veículos especializada em gestão de frotas, concluiu a incorporação da Auto Ricci, empresa do mesmo setor com sede no Paraná, mediante a aquisição de 16.873.098 ações de emissão da Ricci, correspondentes a 33,7% de seu capital social. O valor da transação foi de R$ 53,9 milhões.

A Auto Ricci possui uma rede de 17 pontos de atendimento e seis lojas de carros seminovos na região Sul do Brasil, enquanto a Locamerica conta com oito filiais e 14 lojas em todo o país. As duas empresa juntas possuem um faturamento anual de R$ 1,13 bilhão e cerca de 43 mil veículos. A operação ocorreu mediante a emissão de uma ação ordinária da Locamerica para cada 1,91 ação ordinária de emissão da Ricci, resultando na emissão de 17,39 milhões de papéis equivalente a 26,73% do seu capital social.

A Locamerica contou com a assessoria jurídica do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados e financeira do Banco do Brasil. A Auto Ricci por sua vez foi assessorada por Demarest Advogados e Banco Votorantim.

Relatório Completo