Dealmaker Q&A

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TTR DealMaker Q&A with Lefosse Advogados Partner Luiz Octavio Lopes

Luiz Octavio LopesLefosse Advogados

Luiz Octavio joined Lefosse in 2015 as a partner and has extensive experience in Corporate Finance transactions, having acted as leading advisor in a large number of corporate and capital market transactions in Brazil and abroad. Luiz Octavio is recognized by LACCA Approved as a lawyer recommended in Capital Markets by members of the renowned Latin American Corporate Counsel Association, linked to the Latin Lawyer group. Prior to joining Lefosse, Luiz Octavio was a Managing Director at Credit Suisse’s investment banking group for 5 years, where he acted as Head of the M&A for Brazil and coverage banker. Previously, he was as partner at Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. & Quiroga. He obtained his Law degree from the Universidade do Estado do Rio de Janeiro and his LL.M. from New York University.


TTR: How would you describe the current situation of the players in the transactional market in Brazil in this “new reality”?

L. O. L.: The transactional market in Brazil is going through a very positive phase. In spite of the pandemic, our capital market is extremely active. At the moment Lefosse alone is involved in around 40 IPO transactions. If this trend continues we shall see a record volume of M&A transactions in 2021. 

A number of law firms, including our own, were well placed to take advantage of this and have adjusted their staffing accordingly. At the same time, we have not experienced any loss of quality or decrease in productivity because of the need for people to stay away from the office or from the implementation of remote work practices. Probably the biggest challenge has been to disseminate and absorb corporate culture at a time when personal contact and casual encounters have not been possible.

TTR: Lefosse Advogados is ranked by TTR as one of the top legal advisors  for Brazilian healthcare sector M&A transactions. How do you see the growth in the sector during the first half of 2021 and what are the medium and long-term prospects?

L. O. L.: The trend for consolidation has been a feature of the healthcare sector since 2015, when the law in Brazil was changed to allow foreigners to invest in healthcare. Since then a number of companies have floated their shares on the local stock exchange or have attracted funds from private equity investors. 

What we have been seeing in 2021 is simply an acceleration of this trend, fuelled by factors such as easier credit and the fact that certain companies – under the influence of the pandemic – are now open to strategic possibilities that they might not have contemplated if things were different.

The truth is that, even with all the consolidation that has gone on in recent years and the initiatives for making private healthcare more widely accessible, a large portion of the population still depends on the National Health Service (the SUS), which represents a series of challenges, especially concerning the differences between services provided by the public and private health sectors in Brazil. In other words, the area still has huge potential for growth that is not tied to an increase in the population. Instead, this growth could be achieved by attracting clients looking for better service from private initiative.

Added to this, the sector has other major growth fronts, such as the opportunities arising from the development of health techs. Sectors with substantial potential for growth are, traditionally, attractive from a transactional viewpoint. So we are very optimistic about the healthcare sector, and we expect the volume of transactions in this area to continue to grow.

TTR: What key challenges will  Lefosse Advogados face for M&A transactions in Brazil during 2021?

L. O. L.: The pandemic created a lot of challenges. We have had to adjust to a new reality and working from home has imposed changes to both behaviour and procedures. It is safe to say that the requirements for people to work from home and meetings  held on Zoom have significantly affected the lives of all our staff.  

TTR: Purchases by foreign buyers of tech and internet companies in Brazil were up by 134% in the first half of 2021. What will be the key vectors for consolidation in these segments over the course of the year?

L. O. L.: The increased volume of M&A transactions in the tech sector is a symptom of the global trend for convergence between the industries which has been stimulated by technological disruptions. We believe that the consolidation vectors of the technology sector will continue to be linked to these principles. However, we also think that they will be intensified as a result of the pandemic which has created a need for companies to speed up digitalization and the transformation of their businesses.


Portuguese version


Luiz Octavio LopesLefosse Advogados

Luiz Octavio é sócio dá área de Corporate Finance e possui ampla experiência transacional, tendo atuado como leading counsel em um grande número de operações societárias e de mercado de capitais, no Brasil e no exterior. Ele é reconhecido pelo LACCA Approved como advogado recomendado na área de Capital Markets pelos membros da renomada Latin American Corporate Counsel Association, vinculada ao grupo Latin Lawyer. Antes de se juntar ao Lefosse, Luiz Octavio atuou como Managing Director no grupo de banco de investimento do Banco Credit Suisse, onde foi Head da área de M&A no Brasil. Previamente, foi sócio do Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. & Quiroga. Luiz Octavio é formado em direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e recebeu o título de mestre em direito (LL.M) pela New York University School of Law – NYU.


TTR: Como você descreveria a situação atual dos players no mercado transacional no Brasil nesta “Nova Realidade”?

L. O. L.: O mercado transacional passa por um momento bastante positivo no Brasil. Mesmo com a pandemia, temos um mercado de capitais bastante aquecido – atualmente, apenas no Lefosse, estamos trabalhando em aproximadamente 40 operações de IPO. Seguindo a mesma tendência, estamos tendo em 2021 volumes recorde em transações de M&A. 

Diversos escritórios, assim como o nosso, estavam posicionados e ajustaram os seus quadros para aproveitar o bom momento. Da mesma forma, não vivenciamos qualquer perda de qualidade ou queda de produtividade decorrente da necessidade do afastamento físico das equipes e da implementação de estruturas de trabalho remoto. Provavelmente, o maior desafio enfrentado por todos esteja associado à propagação e absorção da cultura de cada instituição em um momento que contatos pessoais e encontros casuais não são possíveis.

TTR: Lefosse Advogados é um dos principais assessores de M&A do setor de saúde do Brasil de acordo com o ranking jurídico do TTR. Como você avalia o crescimento do setor no primeiro semestre de 2021 e quais as perspectivas de médio e longo prazo?

L. O. L.: O movimento de consolidação no setor de saúde é um fenômeno que se observa desde 2015, quando a legislação brasileira passou a admitir investimentos de capital estrangeiro na assistência à saúde no Brasil. Desde então, diversas empresas do setor abriram o capital na bolsa de valores ou receberam investimentos de fundos de private equity. 

O que vimos em 2021 foi apenas um desdobramento dessa tendência, potencializada por fatores como o aumento da oferta de crédito e o fato de determinadas empresas, em razão dos impactos da pandemia, terem se aberto a possibilidades estratégicas que poderiam não contemplar em um cenário diferente.

A verdade é que, mesmo com todo o movimento de consolidação experimentado nos últimos anos e as iniciativas de democratização do acesso à saúde por meio da iniciativa privada, uma grande parte da população ainda depende do SUS e os desafios são muitos, principalmente em relação à diferença nos serviços oferecidos pelos setores privado e público de saúde no Brasil. Ou seja, ainda existe um grande espaço para expansão do setor, independentemente do crescimento da população, mediante a captura de vidas que buscam na iniciativa privada uma melhor assistência.

Ademais, o setor apresenta frentes adicionais de crescimento importantes, como a decorrente do desenvolvimento das health techs. Setores com grande potencial de crescimento são, tradicionalmente, atrativos da perspectiva transacional. Assim, olhamos com bastante otimismo para o setor de saúde, e a nossa expectativa é que volume de operações neste setor continue crescente.

TTR: Quais serão os principais desafios da operação de M&A no Brasil durante 2021 para o Lefosse Advogados?

L. O. L.: Mais do que desafios, a pandemia trouxe a necessidade de nos ajustarmos a uma nova realidade; o trabalho remoto impôs mudanças de comportamentos e rotinas. Certamente, o home office obrigatório e a realização de reuniões via teleconferência estabeleceram uma dinâmica diferente na vida de todos os membros de nossa equipe.  

TTR: As aquisições por compradores estrangeiros de empresas de tecnologia e Internet no Brasil aumentaram 134% no primeiro semestre de 2021. Quais serão os principais vetores de consolidação desses segmentos ao longo do ano?

L. O. L.: O crescimento no volume de operações de M&A no setor de tecnologia está intimamente ligado às tendências globais de convergência entre as indústrias, estimulada por disrupções tecnológicas. Acreditamos que os vetores de consolidação do setor de tecnologia continuarão atrelados a esses mesmos princípios, mas serão intensificados pela pandemia, que gerou a necessidade de empresas acelerarem a digitalização e a transformação dos seus negócios.