Relatório Mensal Brasil – Julho 2018

Número de operações de fusões e aquisições em queda de 19,2% no Brasil em julho

 

Mês fecha com 67 transações

No ano, crescimento de 7,45% no total investido, 106 bilhões de reais

Venture Capital segue em alta no país

O segundo semestre de 2018 inicia com o mercado brasileiro de fusões e aquisições em queda. Segundo o relatório mensal da Transactional Track Record (TTR), plataforma que monitora operações de fusões e aquisições no Brasil e na América Latina, realizado em parceria com LexisNexis e TozziniFreire Advogados, o número de operações registradas no mês de julho, 67, sofreu queda de 19,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 83. Os números desse mês também ficam abaixo do que foi registrado em julho de 2016, quando foram anunciadas 91 transações. Das operações anunciadas no mês, 26 tiveram seus valores revelados, somando 5,5 bilhões de reais, recuo de 57,5% em relação ao mesmo mês no ano anterior.

Fonte: TTR

No ano, o TTR já registrou 567 anúncios de operações de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras, queda de 6,1% ante o mesmo período de 2017. Destas, 231 tiveram seus valores divulgados, somando 106 bilhões de reais, crescimento de 7,4% sobre os números do ano passado.

O segmento de Tecnologia continua sendo o setor com maior número de fusões e aquisições desde janeiro, com 123 operações, alta de 29% sobre o ano anterior. Na sequência, aparecem os setores Financeiro e Seguros, com 76 operações, e Saúde, Higiene e Estética, 60, alta de 19% e 11%, respectivamente.  Já o segmento Distribuição e Varejo, 48 deals, apresenta retração de 31% no ano.

 

Operações cross-border

No âmbito cross-border inbound, em que empresas estrangeiras investiram em empresas baseadas no Brasil, foram contabilizadas 113 operações de aquisição de empresas brasileiras desde janeiro. Os Estados Unidos seguem como o principal investidor estrangeiro no mercado nacional. Desde o início de 2018, as empresas norte-americanas já realizaram 41 aquisições, acumulando o total de 4,4 bilhões de reais investidos no país.  Em termos de valores aportados, o Japão aparece na sequência, totalizando mais de 3,7 bilhões de reais, seguido pela Suíça, com total investido de 3,3 bilhões de reias.

As aquisições estrangeiras nos subsetores de Tecnologia e Internet permanecem como as mais atrativas para os investidores internacionais, com crescimento de 21%, num total de 34 operações.

Já as empresas brasileiras participaram de 22 transações no mercado externo, tendo como alvo prioritário a América Latina, onde foram realizadas 12 dessas aquisições, que juntas somam 1,3 bilhões de reais aportados.

 

Private Equity e Venture Capital

Em 2018, o investimento estrangeiro em empresas brasileiras segue em destaque também nos cenários de private equity e venture capital. Foram contabilizadas 43 operações envolvendo investimentos de fundos estrangeiros em empresas nacionais, crescimento de 38,71% em comparação ao mesmo período de 2017.

Esses aportes estrangeiros tiveram forte influência no volume financeiro das operações de venture capital registradas pelo TTR desde janeiro. Nessa modalidade de investimentos, foram registradas 118 operações desde o início do ano, 8% acima do reportado no mesmo intervalo do ano anterior. As 74 transações que tiveram seus valores revelados somaram 2,4 bilhões de reais. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos Tecnologia, 66 operações no ano, Financeiro e Seguros, 23, Internet, 17, e Saúde, Higiene e Estética, com 10.

Em julho, entretanto, o total aportado, 493,8 milhões de reais, ficou 19% abaixo daquele resgistrado no ano anterior, enquanto o número de transações fechou o mês com crescimento de 8%, chegando a 14 operações.

Já no panorama dos investimentos de private equity, 2018 continua em baixa. No apanhado do ano, queda de 11% no total de transações registradas, 41, encerrando o período com 6,2 bilhões de reais investidos, 53% de retração na comparação com o ano anterior.

 

Transação TTR do Mês

A conclusão da entrada do fundo de investimentos Archy, subsidiária do GIC Special Investments (fundo soberano de Cingapura), como acionista minoritário com 25% do capital social na Algar Telecom foi eleita a transação do mês pelo TTR. O valor da operação foi de 1 bilhão de reais.

A Archy subscreveu a um aumento de capital da Algar Telecom no valor de 352 milhões de reais e adquiriu 48.370.901 ações da Algar Ventures por 648 milhões de reais.

O GIC recebeu assessoria legal na transação do Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, enquanto a Algar Telecom foi assessorada por Jones Day US (Global), Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados. A assessoria financeira foi dos bancos Bradesco BBI e BTG Pactual

Rankings Financeiros e Jurídicos

Os rankings de assessores financeiros por número de operações e valor de transações são liderados pelo Itaú BBA, que participou de 16 transações que somaram 52,1 bilhões de reais. No quesito valor, a Riza Capital aparece na segunda posição, 42,7 bilhões de reais, seguida por Morgan Stanley, com 40,4 bilhões de reais.

O líder entre os assessores jurídicos é o escritório Barbosa, Müssnich, Aragão, com 52,7 bilhões de reais, seguido por Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados, 47,9 bilhões de reais, e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com 46,8 bilhões de reais. O Ranking por número de operações é liderado pele escritório Demarest Advogados, com 29 deals assessorados.

Relatório Mensal Brasil – Maio 2018

Relatório Trimestral – Brasil 2T18

Relatório Trimestral mostra M&A em alta de 18% no Brasil no primeiro semestre de 2018

 

  • Primeiro semestre fecha com 471 transações, queda de 9,07%, comparado ao mesmo intervalo de 2017
  • Total investido no 2T18 chega a 35 bilhões de reais, alta de 2,54% em comparação com o ano anterior
  • Venture Capital tem o melhor primeiro semestre dos últimos três anos
Igreja e Convento de São Francisco (Salvador)

 

De acordo com os dados disponíveis no Relatório Trimestral do Transactional Track Record (TTR), publicado em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados,  o volume financeiro de fusões e aquisições no mercado brasileiro somou 101 bilhões de reais no primeiro semestre de 2018, marcando um crescimento no valor total aportado de 18% em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior, e o melhor resultado dos últimos três anos. De janeiro a junho foram registradas 471 operações, queda de 9% em relação às 518 anotadas no primeiro semestre de 2017.

No segundo trimestre do ano foram registrados 217 novos negócios, uma queda de 14,23%. As 14 transações de grande porte – maiores ou igual a 500 milhões de reais – assinaladas de abril a junho somaram 32,4 bilhões de reais.

O subsetor mais ativo foi o de Tecnologia.

O subsetor mais ativo, mantendo tendência iniciada em 2014, foi o de Tecnologia. No ano, foram 102 operações, alta de 23% comparada ao mesmo período de 2017. Destas, 48 ocorreram no segundo trimestre. O crescimento dos investimentos no setor acompanha o aumento de 25% nas aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet.   Já o setor Financeiro e Seguros, com 61 transações, teve crescimento de 9% no ano.   

No último trimestre, foram 48 operações no segmento Tecnologia, 33 em Financeiro & Seguros, 22 em Distribuição & Retail, e 19 em Saúde, Higiene e Estética.

 

Operações cross-border

No âmbito cross-border inbound, em que empresas estrangeiras investiram em empresas baseadas no Brasil, foram contabilizadas 102 operações de aquisição de empresas brasileiras no semestre. Os Estados Unidos seguem como o país que mais investe no  mercado brasileiro. As 40 operações envolvendo empresas norte-americanas comprando no mercado nacional, somaram, desde o início do ano, 4,4 bilhões de reais. Na segunda colocação, em termos de valores, ficou o Japão, com 3,78 bilhões de reais, com a China logo a seguir, com 2,14 bilhões de reais investidos no país. Destaque também para Canadá, com seis transações e 1,5 bilhão de reais em investimentos. O setor de Tecnologia foi aquele em que foram registradas mais operações de empresas estrangeiras em 2018.

No cenário outbound, as compras brasileiras no exterior tiveram como alvo prioritário operações nos Estados Unidos, foram quatro transações, todas sem valores revelados. Outro mercado alvo foi a Argentina, onde aquisições brasileiras totalizaram 788 milhões de reais.

 

Private Equity e Venture Capital

No cenário de private equity e venture capital foi anotado um crescimento de 50% dos investimentos de fundos estrangeiros em empresas brasileiras, alacançando um total de 40 deals realizados.

Crescimento de 50% dos investimentos de fundos estrangeiros em empresas brasileiras

Esses aportes estrangeiros tiveram forte influência no volume financeiro das operações de venture capital registradas pelo TTR no país no primeiro semestre. Nessa modalidade de investimentos, foram registradas 101 operações desde o início do ano, um leve crescimento de 5% em comparação ao mesmo intervalo de 2017. Porém, em termos de valores, o crescimento é mais significativo, tendo atingido a marca de 23% ao ser contabilizado o total referente a 63 transações que tiveram seus valores revelados, e somaram 1,97 bilhão de reais investidos. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos Tecnologia, 53 operações no ano, Financeiro e Seguros, 20, Internet, 16, e Saúde, Higiene e Estética, com 11.

No segundo trimestre, entretando, os números ficaram abaixo daqueles resgistrados no ano anterior, queda de 11% no total de transações e de 36% no valor aportado, 717 milhões de reais.

Já no panorama dos investimentos de Private Equity, 2018 continua a ser de queda. No apanhado do ano, baixa de 27% no total de transações registradas, 30, encerrando o período com 45% menos de investimentos do que o mesmo intervalo do ano anterior, 4,9 bilhões de reais.

 

Transação TTR do Trimestre

A transação eleita pelo TTR como a de destaque do trimestre foi a aquisição do controle societário Eletropaulo pela Enel, após a conclusão da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade das ações da distribuidora de energia paulista por 5,55 bilhões de reais. A Enel superou as ofertas concorrentes lançadas pela Neoenergia e Energisa pelo controle da empresa paulista.

A Eletropaulo recebeu assessoria financeira na transação dos bancos Itaú BBA e Bradesco BBI, e legal dos escritórios Barbosa, Müssnich, Aragão e Lefosse Advogados. Por sua vez, a Enel foi assessorada pelo Banco BTG Pactual. A Enel Brasil Investimentos Sudeste recebeu a assistência jurídica do Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados.  

Quer ter acesso a todos os detalhes da transação? Clique aqui.

 

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações fecha o primeiro semestre de 2018 com a liderança do Banco Itaú BBA, que também lidera por quantidade de transações, 10, e acumulou o valor de 49,7 bilhões de reais, seguido por Riza Capital, 41,8 bilhões de reais, seguido por Morgan Stanley, com 40,4 bilhões de reais.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados, com total acumulado de 47,4 bilhões de reais, seguido de Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com 45,1 bilhões de reais e líder por número de transações, 25, com TozziniFreire Advogados na terceira colocação com 39,3 bilhões de reais.

Para ter acesso aos rankings completos,  clique aqui.

Relatório Mensal Brasil – Maio 2018

Fusões e aquisições em queda de 40,6% no Brasil em maio

Mês fecha com 54 transações

No ano, crescimento de 32,24% no total investido, R$ 92,8 bilhões

O mercado brasileiro de fusões e aquisições recuou pelo segundo mês consecutivo em maio, segundo o relatório mensal da Transactional Track Record (TTR), em parceria com  LexisNexis e TozziniFreire Advogados. O número de operações sofreu queda de 40,6% em comparação com o mesmo período do ano passado, para 54. Destas, 18 tiveram seus valores revelados, somando R$ 4,2 bilhões, uma queda de 65,6% comparada com o mesmo mês no ano anterior.

No ano, o TTR já registrou 377 anúncios de operações de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras, queda de 15,47% ante o mesmo período de 2017. Das operações de 2018, 157 tiveram seus valores divulgados, somando R$ 92,8 bilhões, crescimento de 32,2% sobre os números do ano passado.

O segmento de Tecnologia continua sendo o setor com maior número de fusões e aquisições entre janeiro e maio, com 79 operações, alta de 8% em comparação ao ano anterior. Na sequência, aparecem os setores Financeiro e Seguros, com 42, queda de 11%, e Saúde, Higiene e Estética, com 35 operações, declínio de 17%.

 

Operações cross-border

Os Estados Unidos foram o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro desde o início do ano, com 32 operações, acumulando o total de R$ 3,2 bilhões investidos no país.  Porém, o Japão foi o país que mais aportou investimentos no Brasil em 2018, totalizando mais de R$ 3,7 bilhões. A China ocupa a terceira posição em termos de valores, alcançando R$1,9 bilhões.

As aquisições estrangeiras no subsetor de Tecnologia e Internet permanecem como as mais atrativas para os investidores internacionais, com crescimento de 23,8%. Enquanto as empresas brasileiras fizeram 14 aquisições no mercado externo.

 

Private Equity e Venture Capital

Nos cenários de private equity o número de operações caiu 80%, com um volume financeiro de R$ 100 milhões, mantendo a tendência de queda nos investimentos da modalidade em 2018.

Queda também nos investimentos de venture capital no mês. As 8 operações registradas marcam um recuo de 43% em comparação ao mesmo intervalo de 2017. Em termos de valores, as quatro operações que tiveram seus valores revelados totalizaram R$ 30 milhões investidos.  Porém, no ano, o total investido segue em alta, com crescimento de 17% face ao ano anterior, com R$ 1,5 bilhões investidos.

 

Transação TTR do Mês

A conclusão da aquisição da Piraquê pela fabricante de alimentos M. Dias Branco em uma operação avaliada em R$ 1,5 bilhão foi escolhida pelo TTR como o destaque do mês. A aquisição faz parte da estratégia comercial da M. Dias Branco para  acelerar o crescimento nas regiões Sul e Sudeste do país.

A Piraquê recebeu assessoria financeira na transação do Vinci Partners e do Banco Itaú BBA, e legal do FreitesLeite Advogados, enquanto a M. Dias Branco foi assistida pelo TozziniFreire Advogados. O escritório L. O. Baptista Advogados atuou como assessor dos vendedores.

Todos os detalhes da transação estão disponíveis no site do TTR.

 

Rankings Financeiros e Jurídicos

O ranking de assessores financeiros por valor de transações do TTR é liderado pelo Itaú BBA, com R$ 54,1 bilhões, seguido por Riza Capital, R$ 41,8 bilhões, e Morgan Stanley, R$ 40 bilhões.

 

O líder entre os assessores jurídicos é o escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com R$ 49 bilhões, seguido por Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados, R$ 46,7 bilhões, e TozziniFreire Advogados, R$ 39,3 bilhões.

 

Relatório Mensal Brasil – Abril 2018

By Augusto_Janiscki_Junior

Fusões e Aquisições movimentam R$ 21 bilhões em abril

 

  • Mês fecha com 65 transações
  • Investimentos de Venture Capital movimentam R$ 189,8 milhões no mês, alta de 16%

By Augusto_Janiscki_Junior

O mês de Abril registrou 65 transações de fusões e aquisições de empresas no mercado brasileiro, o que equivale a uma queda de 29,3% em relação ao mesmo mês de 2017, quando foram anunciadas 92 operações., segundo os números publicados no Relatório Mensal da Transactional Track Record (TTR), em parceria com LexisNexis e TozziniFreire Advogados.  Em volume financeiro, essas transações movimentaram, entre as 28 que tiveram seus valores revelados, R$ 21,2 bilhões, alta de 193,76% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Nos primeiros quatro meses do ano, já foram anotados 305 anúncios de operações de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras. Número inferior ao registrado em 2017 e 2016, 355 e 306, respectivamente. Das operações de 2018, 129 tiveram seus valores divulgados, somando R$ 85,8 bilhões, total 48% acima do que foi registrado no ano passado.

O segmento Tecnologia segue o mais atrativo no mercado brasileiro. No mês, foram 15 transações, que somadas às anteriores alcançam 68 operações, aumento de 10% comparado ao ano anterior. O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 50% das aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet.

No apanhado do ano, Financeiro e Seguros aparece estável na segunda colocação, com 34 operações, enquanto Saúde, Higiene e Estética, 30, e Consultoria, Auditoria e Engenharia, 23, revelaram declínio de 14% e 28%, respectivamente.

 

Operações cross-border

No âmbito inbound, em que empresas estrangeiras adquirem companhias brasileiras, foram contabilizadas 73 operações de compra desde o início de 2018. Apesar de seguir como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, contabilizando 25 transações, que juntas somam R$ 2,6 bilhões no ano, as operações norte-americanas não foram suficientes para ultrapassar os valores investidos por empresas japonesas no Brasil no período.

Os quatro investimentos de empresas do japão totalizaram R$ 3,7 bilhões, valor composto em sua maior parte pela alienação da Embraco pela Whirlpool Corporation para a fabricante de motores elétricos japonesas Nidec Corporation,.

China e Suíça também ultrapassaram a marca de um bilhão de reais em investimentos, tendo aportado, R$ 1,9 bilhões e R$ 1,3 bilhões cada.

O setor de Tecnologia foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras em 2018. Destaque também para Financeiro e Seguros e Consultoria, Auditoria e Engenharia.

Já as empresas brasileiras fizeram 10 aquisições no mercado externo, incluindo a compra de uma participação de 10% na britânica Oxis Energy pela Confrapar por R$ 17 milhões em abril. A Oxis Energy desenvolve e fabrica baterias de lítio-enxofre (Li-S).

No mesmo mês, a Sense Bike, empresa brasileira especializada em modelos de bicicletas de alumínio, também anunciou a aquisição da sul-africana Swift Carbon, que fabrica modelos em fibra de carbono, por R$ 20 milhões.

 

Private Equity e Venture Capital

Nos cenários de private equity e venture capital, o mercado continua com um panorama positivo. Os números refletem a retomada dos investimentos dos fundos estrangeiros em empresas brasileiras, foram 27 operações no ano e alta de 58,82% nos aportes.

Entretanto, abril não trouxe bons resultados para os investimentos da modalidade private equity. O volume financeiro das operações teve queda de 75% no número de deals – apenas dois registrados, e de 94% no volume financeiro, R$ 28 milhões aportados. Porém, no ano, o total investido segue em alta, com crescimento de 93% face ao ano anterior, com R$ 3,4 bilhões investidos.

Nos investimentos de venture capital, o panorama é diferente. Das 71 transações assinaladas no TTR desde o inicio do ano, 8% acima do que foi anunciado no mesmo período do ano anterior, 41 revelaram valores que somam R$ 1,39 bilhões, alta de 114% em comparação ao período homólogo de 2017.

Em abril, das 19 operações, 10 revelaram dados financeiros que demonstraram uma  movimentação de R$ 189,8 milhões, crescimento de 16% comparado ao mesmo mês do ano anterior.

Dentre as transações que ajudaram a compor os números de venture capital em abril está a ContaAzul, plataforma de gestão em nuvem para pequenas empresas, que captou R$ 100 milhões em rodada de investimentos liderado pela norte-americana Tiger Global Managment e seguida pelo fundo Endeavor Catalyst.

O setor de maior crescimento no acumulado dos quatro primeiros meses do ano foi Financeiro e Seguros – 200%, enquanto o que apresentou mais transações, 37, foi Tecnologia.

 

Transação TTR do Mês

A conclusão da aquisição do controle da Cremer pela CM Hospitalar por R$ 506,71 milhões foi eleita pelo TTR como a transação do mês em abril. A CM Hospitalar, empresa distribuidora de medicamentos e produtos para a saúde, finalizou a operação de compra da participação societária de 88,52% detida pelo Tabaqui FIP no capital social da Cremer, que registrou faturamento de R$ 870 milhões em 2016.

A CM Hospitalar foi assessorada na transação pelo Banco Itaú BBA e pelos escritórios Lefosse Advogados e CM Advogados. Enquanto a Tambaqui FIP recebeu assessoria jurídica de Stocche, Forbes, Padis, Filizzola, Clapis, Passaro, Meyer e Refinetti Sociedade de Advogados.

 

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações e número de transações é liderado em fevereiro pelo Banco Itaú BBA, com acumulado de R$ 51,9 bilhões nos primeiros quatro meses do ano. Na sequência, Riza Capital, com R$ 41,8 bilhões, e Morgan Stanley, com R$ 39,9 bilhões.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados, com R$ 46,6 bilhões, seguido por Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com R$ 42,3 bilhões, e TozziniFreire Advogados, R$ 38,7 bilhões, na terceira posição. Por número de transações o ranking é liderado por Demarest Advogados, 16 operações, com Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, 15, com a segunda colocação, e TozziniFreire Advogados, 14, na sequência.

Veja o ranking completo!

 

 

Relatório Mensal TTR – Brasil 1Q2018

Fusões e Aquisições movimentam R$ 54,2 bilhões no primeiro trimestre de 2018

 

  • Relatório trimestral do TTR aponta alta de 6,86% total investido no período
  • Primeiro trimestre fecha com 210 transações, em queda de 19,85%, comparado ao mesmo intervalo de 2017
  • Venture Capital tem o melhor primeiro trimestre desde 2016

 

 

O volume financeiro de fusões e aquisições no mercado brasileiro somou R$ 54,3 bilhões no primeiro trimestre de 2018, crescimento de 6,86% no valor total aportado em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. Foi o maior valor investido no primeiro trimestre do ano desde 2016. De acordo com os dados publicados no Relatório Trimestral da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, foram registrados 210 novos negócios, uma queda de 19,85% no período. As 12 transações de grande porte – maiores ou igual a R$ 500 milhões – registradas de janeiro a março somaram R$ 49,8 bilhões.

O subsetor mais ativo, mantendo tendência que se repete desde 2014, foi o de Tecnologia, foram 46 transações no período, alta de 31% comparado ao mesmo período do ano anterior. O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 33,33% das aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet.

Já os setores Financeiro e Seguros e Saúde, Higiene e Estética registraram 24 transações no trimestre cada, ambos com quedas de 14% e 17%, respectivamente.

 

Operações cross-border

No âmbito inbound, foram contabilizadas 49 operações de compra de empresas brasileiras no trimestre. Apesar de seguir como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, as 17 operações dos Estados Unidos, que juntas somam R$ 977,8 milhões no ano, não foram suficientes para ultrapassar os valores investidos por empresas chinesas no Brasil, aproximadamente R$ 1,9 bilhão. Destaque também para os investimentos de empresas da Suíça, quatro, que somaram R$ 1,3 bilhão.

O setor de Tecnologia foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras em 2018. O interesse estrangeiro também focou no setor Financeiro e Seguros, incluindo seis deals cujos aportes foram provenientes de empresas dos Estados Unidos.  Dentre eles, R$ 150 milhões recebidos pela Nubank, startup brasileira de cartões de crédito, em uma rodada de investimento Série E liderada pelo DST Global, do Reino Unido, com a participação do Founders Fund, Redpoint Ventures, Ribbit Capital, QED Investors, Dragoneer Investment Group e Thrive Capital, todos fundos de origem norte-americana.

No cenário outbound, as compras brasileiras no exterior tiveram como alvo prioritário no período a América Latina, com aquisições realizadas na Colômbia, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, no México e no Chile.

 

Private Equity e Venture Capital

Nos cenários de private equity e venture capital, destaque para o crescimento de 25% dos investimentos de fundos estrangeiros em empresas nacionais.  Esses aportes tiveram forte influência no volume financeiro das operações de private equity registradas pelo TTR no Brasil no 1T18.

Apesar de queda de 50% no total de transações registradas, nove, o total aportado anotou um aumento de 73%, levando em consideração apenas os valores alcançados por duas transações que tiveram seus valores revelados e levantaram R$ 2,3 bilhões no período. Porém, ambas foram transações de peso no mercado nacional – a aquisição do controle da 99 pela chinesa Didi Chuxing por R$ 1,9 bilhão e a compra do Centro Universitário da Serra Gaúcha pelo Grupo Cruzeiro do Sul, em uma transação que movimentou R$ 340 milhões de reais.

No panorama dos investimentos de venture capital o mercado brasileiro segue em alta e registrou o melhor primeiro trimestre dos últimos três anos. Das 46 operações registradas no TTR, 10% acima do mesmo período de 2017, 27 revelaram valores que somam R$ 1,2 bilhão, alta de 137% em comparação ao mês homólogo do ano precedente. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos Tecnologia, 21 operações no ano, e Internet, 11.

O setor Financeiro e Seguros destacou-se graças ao apetite dos investidores pelas fintechs, como a Nubank e a RecargaPay, também do setor de meios de pagamentos, e que recebeu um aporte de R$ 71 milhões da International Finance Corporatio (IFC), dos fundos TheVentureCity e Ventech, além de outros cem investidores-anjos.

 

Transação TTR do Trimestre

A transação eleita pelo TTR como a de destaque do mês do trimestre foi a aquisição do controle da 99 pela chinesa Didi Chuxing, empresa de aplicativo de taxi e com serviços de transporte de passageiros, por aproximadamente R$ 1,9 bilhão de reais.

A operação envolveu a aquisição das participações detidas pelos fundos Riverwood Capital, Monashees Capital, Qualcomm Ventures, Tiger Global Management e pelo Softbank, além de uma nova injeção de mais recursos na 99. A Didi já havia adquirido uma participação minoritária na empresa brasileira em 2017, quando participou de uma rodada de investimento de R$ 100 milhões de reais.

Barbosa, Müssnich, Aragão foi o assessor legal da Didi Chuxing na transação, enquanto Ulhôa Canto, Rezende e Guerra – Advogados e Gunderson Dettmer assessoraram os fundos. Por sua vez, a 99 recebeu assessoria financeira da Lazard (Global).

 

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações fecha o primeiro trimestre com a liderança do Banco Itaú BBA, que também lidera por quantidade de transações, seis, e acumulou o valor de R$ 38,7 bilhões, seguido por Riza Capital, R$ 37,3 bilhões, e, na sequência, Morgan Stanley, com R$ 36,7 bilhões.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por TozziniFreire Advogados, R$ 38,5 bilhões, com Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados (R$ 37,3 bilhões) na segunda posição, e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados (R$ 36,7) na terceira colocação. No pódio por número de transações, Demarest Advogados alcançou a liderança do trimestre, com 12 operações. 

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