DealMaker Q&A

TTR Dealmaker Q&A with Garrigues Portugal Partners Susana Pimenta de Sousa and Mário Lino Dias

Garrigues Portugal Partners Susana Pimenta de Sousa and Mário Lino Dias spoke to TTR about what to expect from the Portuguese M&A and Private Equity markets in 2019 and the acquisition of Frutorra by Grefusa, chosen as Deal of the 4Q by TTR.

How would you assess the performance of the M&A market in Portugal in the first two months of 2019? Is there any scenario or trend that we should be aware for 2019?

The M&A market in Portugal in the first months of 2019 is in line with last year’s performance, although after a cool down period in the European transactions’ market in the second semester of 2018 it is advisable to assume that this “cooling” environment may probably hit the Portuguese market during the course of this year. In any case, it is always difficult to predict what will be its exact impact or if it is due to the relative uncertain environment that Europe is living nowadays.

 

What are the biggest constraints to M&A operations in Portugal today and how does it impact on the attractiveness of companies looking for investment, especially in regulated sectors such as financial, health and infrastructure concessions?

The recurrent main constraints are tax stability, predictability on timings and approvals from public authorities (particularly regulatory ones, when applicable) and uncertainties on future performance of Portuguese markets. In particular on healthcare where we may see some specific interests in Portugal coming from the other side of the Atlantic, the timing for reaction and approvals from the regulatory authority may be crucial to allow an effective investment, but if not expeditious investors will give up and look into other markets in Europe.

 

Regarding the performance of the Private Equity funds in Portugal, how does the Portuguese legislation figure in the face of international models and practices, in a scenario where most of the deals are not large enough to attract the major international Private Equity houses who have minimum tickets of much greater value?

The legal or regulatory framework tend not to be a blockage on the investment in Portugal. The funds have structures set up on different jurisdictions and the assessment made at the Portuguese level is mainly centered on the target legal and economic environment. In our experience the issue raised by the size of the transactions that brings Portugal out of the radar due to minimum ticket levels is balanced by the attractiveness of a less competitive transactional market (with still one to one negotiation available and less competitive bids), price with multiples still below other Southern European countries and ability to find well-managed companies with leading position on specific sectors.

When it comes to foreign investments made in Portuguese companies, Spain remains the country’s biggest investor, especially in the Real Estate and Health sectors. What are the current market conditions that help explain this preference and will it last?

Portugal is almost a natural choice for Spanish investors, as they normally think about building an Iberian strategy for positioning their companies and groups. The geographical proximity is also a factor for the choice, as it will involve fewer resources rather than an investment in other or culturally different jurisdictions. The Spanish economy is still performing very well and the perspectives are good for 2019, although some political uncertainties, so the preference for Portugal will last for sure!

In November 2018, the Spain-based nuts and cereal snacks producer Grefusa acquired 70% of the Portuguese Frutorra from the Fernandes Pimenta family, chosen as Deal of the 4Q by TTR. How did Garrigues land this mandate and what would you highlight in terms of importance and complexity in this deal?

Garrigues has landed the mandate due to the long-standing relationship with Grefusa as client for many years, particularly through our offices in Valencia. Frutorra has a leading position in the dry fruits market in Portugal. Therefore, its acquisition by Grefusa was important not only because it marked the entrance of Grefusa into the Portuguese market but also as an essential factor to meet their growth plans and to reinforce their position in the dry fruits sector. The complexity of the deal was mainly related to the fact that Grefusa was not acquiring 100% of the share capital, and therefore the parties needing to agree on the future terms of their relationship subject to a very short timeframe.

Relatório Mensal Portugal – Janeiro 2019

Mercado de M&A em Portugal entra 2019 em queda

Portugal registou 21 transações em janeiro

Cinco operações apresentaram valores que somam 240 milhões de euros

De acordo com o Relatório Mensal de M&A da Transactional Track Record, os anúncios de compra e venda de participação que envolveram empresas portuguesas movimentaram 240 milhões de euros no primeiro mês de 2019, queda de 73,5% ante o mesmo período do ano anterior. Foram 21 operações, representativas de uma baixa de 34,4% em comparação ao reportado em igual período de 2018. Foi o pior mês de janeiro desde 2017 para o mercado nacional de fusões e aquisições.

Mantendo a tendência iniciada em 2015, o sector Imobiliário foi o de maior movimentação do período, com cinco transações registadas, apesar de ter apresentado queda de 38% em comparação ao mesmo intervalo do ano precedente. Tecnologia, com quatro operações, e Saúde, Higiene, Estética e Cosméticos, com três, aparecem na sequência.

No âmbito das operações cross-border inbound, em que empresas estrangeiras investiram em companhias baseadas em Portugal, os espanhóis iniciaram o ano com o mesmo apetite que demonstraram em 2018 por ativos nacionais. Só no primeiro mês de 2018, foram contabilizadas sete transações. Destas, três foram aquisições no segmento Imobiliário, que somaram 212 milhões de euros em investimentos no país, e incluem a aquisição de dois prédios de escritórios em Lisboa pela Merlin Properties, e de um terreno no Parque das Nações pela Kronos Homes.

No caminho inverso, as empresas portuguesas realizaram três aquisições no mercado externo, tendo como alvos companhias nos Reino Unido, na França e em Luxemburgo.

Private Equity e Venture Capital

O ano não começou bem para os investimentos de Private Equity e Venture Capital em Portugal.

As operações de Capital de Risco registadas em Portugal em janeiro sofreram queda de 88% no volume financeiro movimentado, 2,4 milhões de euros, e de 33% no número de deals – foram apenas dois, uma ronda de financiamento pre-seed no valor de 400 mil euros liderada pelo primeiro fundo da Indico Capital Partners na startup de software de audio 3D Sound Particles, e a conclusão de uma ronda de financiamento de dois milhões de euros da Omniflow, que desenvolve e fabrica uma plataforma inteligente de energia para o IoT, com a HCapital Partners.

Já o segmento Private Equity teve apenas duas operações registadas no mês, ambas sem valores revelados.

Transação do Mês

A transação eleita pela TTR como a de destaque do mês foi a conclusão da aquisição da totalidade do capital das operações em Portugal e Cabo Verde da Cimpor, que era detida pela brasileira InterCement Brasil, pelo fundo turco OYAK.  A operação, que não teve seus valores revelados, inclui três fábricas e as duas moagens de cimento, 20 pedreiras e 46 centrais de betão localizadas em Portugal e em Cabo Verde.

O OYAK foi assessorado na transação pelas sociedades Linklaters Portugal e KPMG Advisory Services, enquanto a Uría Menéndez – Proença de Carvalho prestou serviços para a Cimpor. A equipa da ERM Portugal participou do negócio como consultoria ambiental.

Ranking TTR

O Ranking TTR de 2019 é inaugurado com a liderança da SRS Advogados entre os assessores jurídicos, e com um empate entre Crowe Horwath Portugal e Optimal Investments no segmento de assessoria financeira.


Relatório Mensal Portugal – Novembro 2018

Mercado de fusões e aquisições movimenta 1,4 mil milhões de euros em Portugal em novembro

Investimentos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros em empresas portuguesas cresce 28,6%

Setor Imobiliário chega a 76 operações no ano em Portugal

De acordo com o Relatório Mensal de Fusões e Aquisições da Transactional Track Record, os anúncios de compra e venda de empresas em Portugal movimentou 1,4 mil milhões de euros em novembro, crescimento de 209% face ao mesmo mês de 2017. Nesse período, foram catalogadas 23 operações, número 7,41% inferior ao reportado em igual período do ano passado.

Desde o início do ano, Portugal soma 300 negócios realizados, redução de 4.5% no total de operações em comparação ao mesmo período de 2017. Destas, 132 tiveram suas informações financeiras divulgadas, revelando um valor total aportado superior a 18,6 mil milhões de euros, importância que reflete um crescimento de 65,2% face ao intervalo homólogo do ano passado.

Como já acontece desde 2015, o setor Imobiliário foi novamente o mais ativo do mercado português. Em novembro, foram oito operações no segmento que, somadas às realizadas no restante do ano, contabilizam 76 transações, crescimento de 19% sobre os resultados de 2017. Porém, o ano também têm sido de alta nos números dos setores de Financeiro e Seguros e Turismo, Hotelaria, Restaurantes, com crescimento de 22% e 93%, respetivamente.

As 38 operações no setor de Tecnologia não foram suficientes para assegurar crescimento no segmento, que fecha em queda de 5% no ano. Porém, o setor esteve, juntamente com Internet, na mira dos investimentos internacionais.  O número de aquisições estrangeiras nos dois segmentos, 23 no ano, assinalou crescimento de 27,8%.

No total, os investimentos estrangeiros no mercado português somam 136 transações no ano. Destas, 41 foram investimentos realizados por empresas com sede em Espanha. Os aportes dos vizinhos ibéricos nas companhias nacionais superaram a marca de 2,2 mil milhões de euros em investimentos em solo português. Destas operações, 13 tiveram como alvo o mercado imobiliário, que permanece como o mais visado por empresas estrangeiras.

Destaque também para o apetite das das empresas dos Estados Unidos, Reino Unido e França por empresas portuguesas. Os norte-americanos protagonizaram 40% mais operações em 2018 do que no ano anterior, foram 21 negócios que somaram 1,5 mil milhões no ano. Os franceses, por sua vez, trouxeram 848 milhões de euros para Portugal. E mesmo a sombra do Brexit não impediu que empresas com sede no Reino Unido realizassem 24 deals no país no ano, com total investido de 820 milhões de euros.

No sentido inverso foram 37 aquisições realizadas por empresas portuguesas no mercado externo. Tecnologia foi a atração principal dos investimentos de empresas portuguesas no exterior, particularmente nos Estados Unidos e em Espanha, este último o principal destino dos investimentos portugueses, totalizando 13 operações que somaram 585 milhões ao longo do ano.

Os investimentos no Brasil, que totalizaram 461 milhões de euros, também voltaram a ser destaque, mas dessa vez com foco no segmento de Petróleo e Gás. Das seis operações realizadas no mercado brasileiro, três foram aquisições de participações em bloco de exploração petrolífera pela Galp.

Private Equity e Venture Capital

Desde janeiro, o TTR contabiliza 27 transações de fundos de investimentos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros adquirindo participações em empresas portuguesas, crescimento de 28,6% em termos homólogos.

Crescimento de 28,6% dos investimentos de Private Equity e Venture Capital em empresas portuguesas

O valor referido foi fortemente influenciado pelo volume de operações de Venture Capital registadas no acumulado do ano. Nessa modalidade de investimentos, foram anunciadas 39 operações em 2018, o que representa um crescimento de 34% face ao ano anterior. Em volume financeiro esses números são ainda mais expressivos, alta de 408% para 457 milhões em investimentos.

Os alvos favorecidos pelos fundos de Venture Capital foram empresas dos segmentos de Tecnologia, 20 negócios no ano, Internet, 10, e Turismo, Hotéis e Restaurantes, seis.

No cenário de Private Equity, apesar de 2018 permanecer com números negativos, novembro apresentou bons resultados. No acumulado do ano foram 32 operações, resultado 32% inferior a 2017, e destas, 18 revelaram valores que ascendem a 2,4 mil milhões de euros, queda de 65%. Em novembro, crescimento de 50%, em número de transações, e também em volume financeiro, que saltou para um total de 194 milhões de euros investidos.

Transação do Mês

A transação eleita pela Transactional Track Record com a de destaque do mês foi a conclusão da aquisição de 70% do capital da portuguesa Frutorra pela espanhola Grefusa. Sediada em Degracias, na região de Coimbra, a Frutorra opera na produção, distribuição e importação de aperitivos, frutos e legumes secos.

A operação também inclui acordo de compra dos 30% remanescentes da companhia. Os compradores contaram com a assessoria  da sociedade Garrigues em Portugal e em Espanha.

Rankings – Assessoria Financeira e Jurídica

O Ranking TTR de assessores jurídicos de outubro de 2018 é liderado pela PLMJ, com 10,7 mil milhões de euros, seguido de Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, com 10,2 mil milhões de euros, e com a SRS Advogados na terceira colocação, com 9,2 mil milhões de euros.

Na liderança do Ranking de assessores financeiros, Millennium BCP, com 9,6 mil milhões, seguido por Bank of America e Citigroup, empatados com 9,1 mil milhões de euros.

Os Rankings completos estão disponíveis para download aqui.

DealMaker Q&A

DealMaker Q&A with Helena Vaz Pinto, M&A partner at Vieira de Almeida.

According to Helena Vaz Pinto, 2018 has been a quite positive year for M&A in Portugal, even with a “structural problem of financing the Portuguese economy, with repercussions in the M&A market”.

How would you assess the performance of the M&A market in Portugal since the beginning of 2018?

The assessment of the Portuguese M&A market in 2018 is quite positive. It has shown clear signs of maturity. It is a market that is no longer driven by the privatizations of large companies (which seems to be a closed chapter), nor a market predominantly integrated by restructuring processes and distressed M&A.

There is abundant liquidity, in particular from the part of foreign investors, and in a context of low interest rates, the M&A market tends to become more dynamic.
Although the distressed M&A component is still relevant, there has been a significant flow of operations that do not qualify as such and that evidence the existence of a certain development of the Portuguese transactional market. Obviously, the size of the transactions is adjusted to the dimension of the national economy, thus focusing mainly on midcap companies.
There was a clear preponderance of some sectors: real estate, financial (banking and insurance) energy, real estate and infrastructure (transport, health, tourism, education, telecoms, etc.).

In your opinion, what are the biggest constraints to M&A operations in Portugal today?

There are a number of structural factors that affect the Portuguese business ecosystem and that impact on the attractiveness of companies for the purpose of enticing investment. Amongst those factors it is worth mentioning the (still) excessive indebtedness and the limitations and restrictions on access to funding in the national banking system and the limited use of alternative sources of financing, namely via the capital market.

There continues to be a structural problem of financing the Portuguese economy, with repercussions in the M&A market. In M&A operations there is a very significant prevalence of foreign investment (of the most diverse origins) that is funded outside the Portuguese financial system. Obviously, it is also the difficulty to obtain finance and capital that pushes Portuguese companies and groups to rationalize their structures, through the sale of assets, the formation of partnerships with third parties or the sale of businesses, generating a significant part of the Portuguese transactional market workflow.

On the other hand, the majority of transactions are not large enough to attract the major international Private Equity houses who have minimum tickets of much greater value.

From another perspective, the fact that the current governmental solution is centered in an alliance between the socialist minority Government and the leftwing parties, led to the approval in 2018 of new legislation imposing the need to obtain the prior permission of employees in the transfer of businesses structured as asset deals. Depending on how courts will interpret and apply such legislation, this may be a relevant obstacle that may jeopardize or restrict the election for such transactions.

Corporate transactions in regulated sectors (financial, health, infrastructure concessions) still involve a lot of bureaucracy and excessive delay in the authorization processes to which they are subject. The issue of excessive delays is particularly relevant in the health sector where we see transactions that take more than one year to be authorized by the competent authorities. This issue is also present in the transactions of distressed assets carried out in a judicial context.

The performance of Venture Capital funds in Portugal has had quite an interesting year in 2018. How do you see the scenario of Portuguese legislation in the face of international models and practices, both for investors and for those seeking funding?

There is a boom of start-ups, venture capital funds, incubators, accelerators and programs and policies to stimulate this type of investment.

There was, in fact, more activity in Venture Capital in 2018 that is based on an economic and political context of incentive to entrepreneurship and innovation. There is a boom of start-ups, venture capital funds, incubators, accelerators and programs and policies to stimulate this type of investment.

In 2018 Venture Capital investments have been on track, but it is particularly worth mentioning that there has been some successful exits this year (which are an essential element of the Venture Capital investment cycle) and which are breaking the stagnation experienced in recent years in the sector (the most striking illustration of this was the IPO Anglo-Portuguese unicorn Farfetch).

The Venture Capital industry in Portugal has always been and remains extremely open and sensitive to international trends, adhering to US-based models and practices. The existing Portuguese regulatory framework in not however adequate for Venture Capital investment, and the adoption of a specific legal regime for this type of investment would thus be highly recommended.

In fact, the Portuguese legislation – in particular, corporate law with respect to investment models and corporate governance -, is not in line with the Venture Capital Anglo-Saxon based legal system, and the design and structuring of a Venture Capital transaction usually requires some adjustments to cope with international standards and practices. These adjustments are not very well understood by foreign investors and may give room to a certain level of entropy.

In this context, we have seen the relocation of Portuguese companies to other jurisdictions with more “investor friendly” corporate and governance structures, such as the USA, but also other European jurisdictions such as the UK and Luxembourg.

Which transactions would you highlight in terms of importance and complexity this year, whether you have acted directly or with the participation of Vieira de Almeida?

On the team’s work in 2018, in terms of importance I would highlight the following transactions the sale of Alitce/PT’s telecommunication tower businesses in Portugal, creating the first telecommunication tower company in Portugal.

There were also a number of deals in the energy sector (solar and wind) a large number of restructuring transactions that always involve a certain level of complexity.

In terms of complexity, I would also like to highlight the closing of the sale to Mirova Core Infrastructure in the beginning of 2018 of the combined shareholding stakes of two PPP in the road sector in Madeira Island (VIAEXPRESSO and Vialitoral). The sale of the stakes in the two companies was made by two different groups of shareholders with different interests and positions (some sold the entire stake in each different company and some just sold part of its position and remained shareholders of the target companies). Although the sale of the stakes in each company were deal with by two separate agreements, they have been designed in terms that one transaction could not be completed without the other.

Finally, and with regard to the the financial sector, we would like to highlight the sale process launched by CGD (the Portuguese public bank) of its foreign subsidiaries in Spain and South Africa (still ongoing).

Relatório Mensal Portugal – 3T 2018

Fusões e Aquisições caem 10% no terceiro trimestre em Portugal

 

Portugal regista 230 transações desde o início de 2018

Operações de Venture Capital chegam a 450 milhões de euros no ano

Investimentos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros cresce 43%

Ponte de Lima, Portugal. By Travelholic Pat

O mercado de fusões e aquisições de Portugal movimentou 1,9 mil milhões de euros de julho a setembro, total 10% inferior ao registado no mesmo período de 2017. Esse mapeamento está disponível no Relatório do Transactional Track Record (TTR), que registou 66 operações em Portugal nesse intervalo, uma quebra de 19,5% face ao trimestre homólogo do ano anterior. Os números demarcam o pior resultado desde o fechamento do terceiro trimestre de 2016.

Desde o início do ano, foram 230 negócios registados no país, redução de 9% no total de operações realizadas no país. Destas, 101 tiveram suas informações financeiras divulgadas, revelando um valor total aportado superior a 16,2 mil milhões de euros, importância que reflete um crescimento de 83% face ao ano passado.

Enquanto o setor Imobiliário permanece estável como o mais ativo do mercado português, 58 operações desde janeiro e 21 no terceiro trimestre, outros segmentos tem se destacado pelo crescimento no total de transações no decorrer do ano. Tecnologia, com crescimento de 18%, Financeiro e Seguros, 20%, e Turismo, Hotelaria, Restaurantes, 46%, despontam como os preferidos dos investidores em Portugal.

 

Cross-Border

 

No que compete às operações transfronteiriças, o mercado português soma no ano 90 negócios em que empresas nacionais foram adquiridas por companhias estrangeiras.   Destas, 26 foram investimentos de empresas espanholas, somando 2,1 mil milhões de euros aportados pelos vizinhos ibéricos em território português, com 12 destas operações tendo como alvo o mercado imobiliário. Em número de operações, seguiram-se aos espanhóis, França, responsável por 13 transações, e o Reino Unido, com 12.

Já os estadunidenses, que aportaram 834 milhões de euros em empresas portuguesas, determinaram como focos preferenciais as tecnológicas portuguesas, totalizando 11 negócios.

As empresas portuguesas foram às compras no mercado externo em 17 oportunidades em 2018. A maior parte desses negócios foi fechado em Espanha, onde foram realizadas oito aquisições, que corresponderam a um montante de 540 milhões investidos. Tecnologia também foi a atração principal dos investimentos de empresas portuguesas no exterior, particularmente em Espanha e nos Estados Unidos.

 

Private Equity e Venture Capital

Desde janeiro, o TTR contabiliza 20 operações envolvendo fundos de investimentos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros adquirindo participações em empresas nacionais, crescimento de 43% em comparação ao mesmo período de 2017.

Investimentos de fundos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros cresce 43%

Esses aportes estrangeiros contribuíram no volume de operações de venture capital registadas pelo TTR no acumulado do ano. Nessa modalidade de investimentos, foram 29 anúncios de operações em 2018, alta de 26%. As 21 rondas de investimentos que revelaram seus dados financeiros somaram expressivos 450 milhões de euros. Os alvos preferidos dos fundos de venture capital foram empresas dos segmentos de Tecnologia, 16 negócios no ano, e Internet, oito.

No trimestre, o total aportado seguiu a tendência positiva do ano e fechou com alta de 332% ao assegurar 20 milhões em investimentos em oito operações.

No cenário de private equity, o crescimento de 20% no número de negócios realizados no terceiro trimestre, 12, não foi o suficiente para deixar o ano no azul. De janeiro a setembro, menos 29% de operações realizadas, 27 contra as 38 do mesmo intervalo de 2017. Em termos de valores, o trimestre fechou com 573 milhões de euros investidos, representando uma quebra de 62% face ao ano anterior.

 

Transação do Trimestre

A transação eleita pelo TTR como a de maior destaque no trimestre foi a conclusão da operação de venda de 75% da empresa Torres de Portugal pela PT Portugal, detida pela Altice, ao consórcio do qual faz parte a Morgan Stanley Infrastructure Partners e a Horizon Equity Partner. O valor da operação foi de 495 milhões de euros.

O consórcio comprador foi assessorado por PLMJ, Linklaters UK, Banco Santander, Perella Weinberg Partners e Ernst & Young Audit. Por sua vez, a Altice recebeu assessoria na transação das sociedades Vieira de Almeida, Mayer Brown, Ropes & Gray, Franklin Associés, J.P. Morgan, Lazard, KPMG International e Roland Berger Portugal.

 

Rankings – Assessoria Financeira e Jurídica

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações é liderado pelo Millennium BCP, que acumula em 2018 o valor de 9,5 mil milhões de euros transacionados, seguido por Bank of America e Citigroup, ambos empatados na segunda colocação com 9,1 mil milhões de euros.

Na categoria de assessores jurídicos, o Ranking do TTR é liderado pela PLMJ, com 10,7 mil milhões de euros, também líder por quantidade de transações assessoradas, 20 desde o início do ano. Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados aparece na sequência, com 10 mil milhões de euros, seguido por SRS Advogados, com 9,2 mil milhões de euros.

Os Rankings completos estão disponíveis aqui.