Relatório Brasil – 1T19

Fusões e Aquisições movimentam 29,5 bilhões no Brasil no primeiro trimestre de 2019

Primeiro trimestre fecha com 223 transações, em queda de 20,5% comparado ao mesmo intervalo de 2018

Total investido no 1T19 cai 56% em comparação com o ano anterior

Venture Capital e Private Equity tem o pior primeiro trimestre desde 2016

O volume financeiro de fusões e aquisições no mercado brasileiro somou 29,5 bilhões de reais no primeiro trimestre de 2019, queda de 56% no valor total aportado em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. Foi o menor valor investido no primeiro trimestre do ano desde 2017. De acordo com os dados publicados no Relatório Mensal da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis, foram registrados 223 novos negócios, baixa de 20,5% no período. Em volume financeiro, esse foi trimestre de menor movimentação dos últimos 27 meses.  

O subsetor mais ativo, mantendo tendência que se repete desde 2014, foi Tecnologia.  No período, foram registradas 55 transações, em baixa de 15% em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. A queda acompanha a diminuição de 37,8% dos das aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet. 

Os setores Financeiro e Seguros e Transporte, Aviação e Logística também fecharam os três primeiros meses do ano em retração, com quedas de 24% e 6%, respectivamente. O destaque positivo ficou para o segmento de Internet, que cresceu 6% no período. 

Operações cross-border

No âmbito inbound, em que empresas estrangeiras compraram participação em companhias brasileiras, foram contabilizadas 58 aquisições no trimestre. Os norte-americanos seguem como investidores mais ativos no país, com 23 operações, que somadas ultrapassam a marca dos 3 bilhões de reais em investimentos.  Destas, sete foram no segmento de Tecnologia.

Destaque também para o crescimento da aposta de países como Espanha e México no cenário nacional. No ano, empresas espanholas já aportaram 1,9 bilhões de reais no Brasil, totalizando sete investimentos, enquanto as empresas mexicanas chegaram ao montante de 3,4 bilhões de reais, em duas operações. Uma dessas operações foi a compra da Nextel Brasil pela América Móvil por 905 milhões de dólares.

No caminho inverso, as compras das empresas brasileiras no exterior tiveram como alvo prioritário no período os Estados Unidos, onde foram investidos 2,1 bilhões de reais em dez operações. Portugal também foi alvo dos investidores brasileiros, que aportaram 361 milhões em empresas lusitanas.

Private Equity e Venture Capital

Entre as operações de private equity e venture capital, o primeiro trimestre de 2019 fechou com um cenário negativo.  As operações de private equity registradas no Brasil de janeiro a março sofreram uma queda de 54,5% no número de deals – dez, enquanto o volume financeiro registrado, 2,9 bilhões de reais, também ficou abaixo do registrado no período homólogo do ano anterior, representando uma retração de 35,9%.

Os investimentos de venture capital também fecharam em baixa. As 37 operações registradas no TTR nos três primeiros meses do ano ficaram 36,7% abaixo do registrado no mesmo período de 2018, e revelaram valores que somam 581 milhões de reais, total 54,5% inferior ao reportado no mesmo intervalo do ano passado.

Transação TTR do Trimestre

A transação eleita pelo TTR como a de destaque do mês do trimestre foi a aquisição pela Vale da New Steel, empresa que desenvolve tecnologias de beneficiamento de minério de ferro, detida pelo Hankoe FIP, por 500 milhões de dólares.

A New Steel possui atualmente patentes de processos de concentração a seco (Fines Dry Magnetic Separation – FDMS) em 56 países. Essa tecnologia apoiará o desenvolvimento das iniciativas de pellet feed de alta qualidade da Vale, incluindo o projeto de pellet feed 20 Mtpa do Sistema Sudeste.

Madrona Advogados e Allen & Overy foram os assessores jurídicos da Vale na operação, enquanto o Banco BTG Pactual atuou como consultor financeiro da New Steel. BMA – Barbosa Müssnich Aragão e Norton Rose Fulbright assessoram o Hankoe FIP.  

Acesse a transação completa aqui.

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações fecha o primeiro trimestre com a liderança do Rothchild, com 6,3 bilhões de reais, seguido por Banco Itaú BBA, que lidera por quantidade de transações, cinco, e acumulou o valor transacionado de 4,2 bilhões de reais, e Greenhill & Co., com 3,4 bilhões de reais.

Por sua vez, o Ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com 9,3 bilhões de reais, com Demarest Advogados na segunda posição, 4,4 bilhões de reais, e BMA – Barbosa Müssnich Aragão na terceira colocação, com 3,4 bilhões. No pódio por número de transações, Pinheiro Neto Advogados alcançou a liderança no trimestre, com 12 operações.

O relatório completo está disponível para download gratuito aqui.

Relatório Mensal Brasil – Fevereiro 2019

Queda de 72,4% nas operações de Fusões e Aquisições em fevereiro

Mês fecha com 66 transações

Investimentos de Venture Capital e Private Equity em queda

O mês de fevereiro registrou 66 transações de fusões e aquisições de empresas no mercado brasileiro, o que equivale a uma queda de 26,7% em relação ao mesmo mês no ano anterior, quando foram anunciadas 90 operações. De acordo com os dados publicados no Relatório Mensal da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, em volume financeiro, essas transações movimentaram 2,4 bilhões de reais, baixa de 72,4% em relação ao montante de 8,7 bilhões somados em fevereiro de 2018.

No primeiro bimestre do ano, foram realizados 149 anúncios de operações de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras, queda de 12,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nesses dois primeiros meses os aportes financeiros contabilizam 14,9 bilhões de reais, baixa de 18,7% ante o mesmo intervalo de 2018.

O segmento Tecnologia foi o que mais atraiu investimentos no mês, com 19 transações. No bimestre, crescimento de 13% nos movimentos em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. No apanhado do ano, Financeiro e Seguros aparece na segunda colocação, com 19 operações, declínio de 10%, seguido por Distribuição e Varejo, 13 operações e que também fechou o período em queda de 24%.

Operações cross-border

No âmbito inbound, foram contabilizadas 37 operações de compra de empresas brasileiras no bimestre, totalizando 7.3 bilhões de reais em investimentos. Apesar de seguir como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, as 14 operações dos Estados Unidos, que juntas somaram 2,7 bilhões de reais, não foram suficientes para ultrapassar os valores investidos pelas empresas chinesas. Os dois investimentos provenientes da China no país em 2019 totalizaram 2,9 bilhões de reais.  

O segmento Tecnologia também fecha os dois primeiros meses do ano como o mais alvejado pelos investidores internacionais. Destaque também para os setores de Transportes, Aviação e Logística e Distribuição e Varejo.

As compras brasileiras no exterior, que já somam 1,7 bilhões em aportes em 2019, tiveram como alvo prioritário os Estados Unidos, onde foram investidos 1,5 bilhão em seis operações. Portugal surge na segunda colocação, com duas transações que movimentaram 151 milhões de reais.

Private Equity e Venture Capital

As operações de private equity registradas no Brasil nos dois primeiros meses do ano sofreram uma queda de 38,5% no número de deals – oito, enquanto o volume financeiro registrado, 2,8 bilhões de reais, também ficou abaixo do registrado no período homólogo do ano anterior, representando uma queda de 16%.

Os investimentos de venture capital também estão em queda. As vinte operações registradas no TTR em janeiro e fevereiro ficaram 44,4% abaixo do registrado no mesmo período de 2018, e revelaram valores que somam 243 milhões de reais, total 78% inferior ao reportado no mesmo intervalo do ano passado.

Transação TTR do Mês

A conclusão da aquisição da Getnet pelo Banco Santander  por 1,4 bilhão de reais foi escolhida pelo TTR como a operação de destaque do mês. O banco adquiriu a totalidade das ações de emissão da Getnet detidas por acionistas minoritários, correspondentes a 11,5% do capital social da empresa, passando a deter 100% da credenciadora de cartões.

A Getnet é uma empresa especializada no desenvolvimento e gestão de soluções em tecnologia e serviços para negócios com transações eletrônicas, e foi assessora na operação pelo Banco BTG Pactual.

Já o Santander recebeu assessoria jurídica do TozziniFreire Advogados, enquanto o BMA – Barbosa Müssnich Aragão assessorou as partes vendedoras.

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valor das transações é liderado em fevereiro por BNP Paribas e Rothschild, ambos com acumulado de 2,9 bilhões de reais transacionados. Na sequência aparece o Banco Itaú BBA, com 1,9 bilhão de reais.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com 3,2 bilhões de reais, seguido por Pinheiro Neto Advogados, com 3 bilhões de reais. Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados fecha o pódio na terceira colocação, com 2,3 bilhões de reais.

O relatório completo está disponível para download gratuito aqui.

Relatório Mensal Brasil – Janeiro 2019

Fusões e Aquisições abrem 2019 com queda de 22% no volume de transações no Brasil

2019 inicia com 63 transações, queda de 22,2% em relação ao mesmo período de 2018

21 operações revelaram valores que chegaram a 7,9 bilhões, baixa de 17,9%

De acordo com o Relatório Mensal da Transactional Track Record, realizado em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, o primeiro mês de 2019 terminou com 63 anúncios de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras, uma queda de 22,2% em comparação ao reportado no mesmo período de 2018. Destas, 21 operações tiveram seus valores revelados, totalizando aportes financeiros que chegaram a 7,9 bilhões de reais, baixa de 17,9% ante o mesmo intervalo do ano anterior. Os resultados marcam o pior início de ano desde 2015, quando o mercado de M&A brasileiro movimentou aproximadamente 4,3 bilhões de reais.

O segmento Tecnologia inaugura o ano como o mais alvejado pelos investidores no mercado nacional, contabilizando 16 transações no período, um salto de 23% nos movimentos em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 14,3% das aquisições estrangeiras no segmento de Tecnologia e Internet.  

Financeiro e Seguros aparece na segunda colocação, com oito operações, em queda de 20%, enquanto o segmento Distribuição e Varejo cresceu 17% e fechou o mês com sete operações. O subsetor de Internet foi outro que fechou em queda de 14%, para seis transações.

No âmbito inbound, em que empresas estrangeiras investiram em companhias baseadas no Brasil, os norte-americanos seguem como os principais investidores estrangeiros no mercado nacional. Nesse início de ano, as empresas norte-americanas realizaram seis aquisições no país, metade das operações de janeiro de 2018, em um total de 150 milhões de reais em investimentos.  Destas, duas foram no setor de Tecnologia e duas no segmento de Telecomunicações.

Em termos de valores aportados, destaque para a venda pela Enel Green Power Brasil Participações, braço de energia renovável do grupo italiano Enel no Brasil, de três usinas renováveis para a chinesa CGN Energy International Holdings, por cerca de 2,9 bilhões de reais. Foi a única operação da China no país no mês.

No caminho inverso, as empresas brasileiras realizaram três aquisições no mercado externo, tendo como alvos duas companhias nos Estados Unidos e uma na Costa Rica.

Private Equity e Venture Capital

Se 2018 fechou com os fundos de Private Equity e Venture Capital investindo alto no mercado nacional, o mesmo entusiasmo não se traduziu em investimentos em janeiro, especialmente por parte dos fundos estrangeiros, que realizaram apenas duas operações no país no mês.

As operações de private equity registradas no Brasil em janeiro sofreram uma queda 67% no número de deals – foram apenas dois, enquanto o volume financeiro registrado, oito milhões de reais, ficou muito abaixo do que o anotado no mês homólogo do ano anterior, aproximadamente 2,9 bilhões de reais.

Nem os investimentos de Capital de Risco conseguiu trazer a tendência de crescimento do ano anterior para 2019. As cinco operações registradas no TTR, 72% abaixo mesmo período de 2018, revelaram valores que somam 107,2 milhões de reais, total 80% inferior aos 524,6 milhões investidos no ano passado, e também abaixo dos resultados de 2017, quando foram aportados 366,9 milhões de reais.

Transação TTR do Mês

A conclusão da fusão anunciada pela Suzano Papel e Celulose e pela Fibria Celulose em 2018, ambas empresas brasileiras da indústria de papel e celulose, foi eleita a transação destacada pelo TTR em janeiro. O valor do negócio foi de 36,7 bilhões de reais.

A última etapa da operação foi realizada neste mês, após a Suzano efetuar o pagamento de 27,8 bilhões de reais aos acionistas da Fibria, que se tornam acionistas da Suzano, nova marca da empresa. Segundo a Suzano, a nova companhia nasce com capacidade de produção de 11 milhões de toneladas de celulose de mercado e de 1,4 milhão de toneladas de papel por ano.

A Suzano foi assessorada na operação pelos escritórios Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados e BMA – Barbosa Müssnich Aragão, e também recebeu assessoria do Banco Itaú BBA, Riza Capital, Banco Bradesco BBI e Bank of America. Por seu lado, a Fibria contou com a atuação de Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados e Ulhôa Canto, Rezende e Guerra – Advogados. TozziniFreire Advogados e Morgan Stanley assessoraram os vendedores.

Rankings

Pinheiro Neto Advogados entra 2019 na liderança do Ranking TTR dos Assessores Jurídicos, com a marca de 2 bilhões de reais transacionados. Na sequência aparecem BMA – Barbosa Müssnich Aragão, com 125 milhões de reais, e Demarest Advogados, 43 milhões de reais.

Já o ranking dos Assessores Financeiros é inaugurado com um empate entre BNP Paribas e Rothschild, ambos com 2,9 bilhões contabilizados cada, seguidos por Banco Itaú BBA, com 130,9 milhões de reais contabilizados.

Os Rankings completos estão disponíveis aqui.

Relatório Trimestral Brasil – 4T 2018

Fusões e aquisições movimentaram 192,4 bilhões de reais no Brasil em 2018

País soma 1153 transações no ano, queda de 2,95% em relação à 2017

497 operações revelaram valores que chegaram a 192,4 bilhões de reais

Investimento de Private Equity e Venture Capital fecham o ano em alta

De acordo com os dados publicados no Relatório Mensal da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, as 497 transações registradas no mercado de fusões e aquisições brasileiro em 2018 movimentaram, em volume financeiro, 192,4 bilhões de reais. O total aportado no ano ficou 1,76% abaixo do montante investido em 2017, 195,9 bilhões de reais.

Nesse período, foram anunciadas 1153 operações de compra e venda de participações de empresas no país, o que equivale a uma queda de 2,95% em relação ao mesmo intervalo de 2017, quando foram anotados 1188 negócios.
No último trimestre do ano, foram realizadas 266 transações envolvendo empresas nacionais, número 19,1% inferior às 329 registradas no mesmo intervalo de 2017. Das transações do quarto trimestre de 2018, 113 tiveram seus valores revelados, somando 42,2 bilhões de reais, mais de 25,6% de redução em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Seguindo tendência que se repete desde 2014, o segmento Tecnologia foi o que mais atraiu aportes no ano. Foram 54 transações no quarto trimestre, que somadas às registradas no decorrer de 2018, acumularam o total de 231 operações. Em 2018, um salto de 24% nos movimentos no setor em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.
No apanhado do ano, Financeiro e Seguros aparece na segunda colocação, com 157 deals, alta de 28% no período, semelhante ao crescimento obtido pelo setor de Saúde, Higiene e Estética, que chegou a 122 transações no ano.

Operações Cross Border


No âmbito inbound, em que empresas estrangeiras investiram em companhias baseadas no Brasil, foram contabilizadas 288 operações de aquisição de negócios brasileiros de janeiro a dezembro de 2018. Apesar de uma redução de mais de 21,3% no número de companhias norte-americanas investindo no país, os Estados Unidos mantiveram o título de principal investidor estrangeiro no mercado nacional. As empresas norte-americanas realizaram 108 aquisições, com um total aportado acumulado de 30,7 bilhões de reais em investimentos no país. Em termos de valores, o Reino Unido aparece na sequência, totalizando mais de 5,9 bilhões de reais investidos, seguido por Japão, com 5,2 bilhões de reais em aportes. Espanha e Canadá investiram, respectivamente, 4,4 e 4,3 bilhões de reais.
As aquisições estrangeiras nos subsetores de Tecnologia e Internet permanecem como as mais atrativas para os investidores internacionais, com crescimento de 25%, para um total de 70 operações.
Já as empresas brasileiras realizaram 44 aquisições no mercado externo, tendo como alvo prioritário a América Latina, onde foram realizadas 23 acordos, que juntos somaram aproximadamente 6 bilhões de reais aportados, e os EUA, onde foi investido mais de 3,7 bilhões de reais em 10 transações.

Private Equity e Venture Capital

Em 2018, a TTR contabilizou 50 operações envolvendo fundos de investimentos de Private Equity e Venture Capital estrangeiros investindo em empresas brasileiras. Esses aportes tiveram forte influência no volume financeiro das operações de capital de risco registradas pelo TTR de janeiro a dezembro do ano que acabou.
Nessa modalidade de investimentos, foram registradas 204 operações no ano, 7% acima do reportado período homólogo do ano anterior. As 128 transações que tiveram seus valores revelados somaram 6,3 bilhões de reais, mais que o dobro do valor transacionado em 2017.
Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos Tecnologia, 109 operações no ano, Financeiro e Seguros, 44, Internet, 36, e Saúde, Higiene e Estética, com 21.
No panorama dos investimentos de Private Equity, 2018 também terminou em alta, apesar de menos expressiva, de 6%, encerrando o ano com total aportado de 22,3 bilhões de reais, em 102 operações.
A tendência de investimentos nos subsetores Saúde, Higiene e Estética e Distribuição e Varejo permaneceu no ano – foram os favoritos dos fundos e registraram respectivo crescimento de 13% e 7%. O setor Financeiro e Seguros também passou a receber mais aportes dos fundos de Private Equity, e cresceu 33% no ano.

Mercado de Capitais

O mercado de capitais brasileiro voltou a ter um ano expressivo em termos de volume financeiro, apesar de ter ficado abaixo das expectativas no número de empresas que abriram seu capital. Durante o ano, foram registrados seis IPOs, quase a metade do registrado em 2017. Essas transações movimentaram 19,5 bilhões de reais no ano.
As operações de emissões de ações também ficaram abaixo dos números de 2017, com queda no número de emissões de 22 para 16 transações, que movimentaram 17,6 bilhões de reais.

Transação do trimestre

A transação escolhida pelo TTR como a de destaque do último trimestre de 2018 foi a conclusão da aquisição pelo grupo norte-americano Mohawk Industries de 100% do capital social da brasileira Eliane, que atua no setor de revestimentos cerâmicos, por 937 milhões de reais.
O Grupo Mohawk é uma das maiores empresas do setor cerâmico mundial, com um faturamento bruto de 3,4 bilhões de dólares neste segmento. Com operações na Austrália, Europa, Malásia, México, Nova Zelândia, Rússia e EUA, o grupo marca sua entrada no Brasil com a aquisição da Eliane.
A Eliane Revestimentos Cerâmicos contou com a assessoria jurídica do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, enquanto o Grupo Mohawk foi assessorado pelo Demarest Advogados. Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados e Mundie e Advogados foram assessores das partes vendedoras. A assessoria financeira para a Eliane Revestimentos ficou a cargo do Olimpia partners.

Ranking Assessores Financeiros e Jurídicos

O Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados encerrou 2018 como o líder do em transações de fusões e aquisições do ranking TTR de assessores jurídicos por valores. O Cescon atuou em 65 operações que movimentaram 59,9 bilhões de reais. Na sequência, aparecem Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com 58,2 bilhões de reais, e TozziniFreire Advogados, com 43,3 bilhões de reais.

Já o ranking do TTR de assessores financeiros por valores das transações chega ao fim de 2018 liderado pelo Banco Bradesco BBI, que atuou em 21 negócios com valor transacionado de 58,2 bilhões de reais. Em segundo lugar, Banco Itaú BBA, com 55,5 bilhões de reais, e, na sequência Bank of America, 48,6 bilhões de reais.

Os Rankings completos estão disponíveis aqui.

Relatório Mensal Brasil – Novembro 2018

Fusões e aquisições caem 11% no Brasil em novembro

 

Novembro tem o menor número de transações em 2 anos, 55

26 operações revelaram valores que chegaram a 8 bilhões de reais, baixa de 11%.

 

De acordo com o Relatório Mensal da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, o mercado brasileiro fechou o mês de novembro com 55 transações, uma queda de 39,5% em relação ao mesmo período de 2017, quando foram anunciadas 91 operações. Os 26 negócios que tiveram seus valores revelados movimentaram um volume financeiro de mais de 8 bilhões de reais, 11% abaixo dos 9 bilhões somados no mês do ano anterior.

Os anúncios de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras movimentaram, ao longo do ano, 173 bilhões de reais, um leve crescimento de 3% em comparação ao reportado em igual período do ano passado. Em número de operações, foram registrados 1016 negócios de janeiro a novembro, queda de 1,2% ante o total de transações nos mesmos meses de 2017.

O segmento Tecnologia segue como o mais movimentado do ano, em tendência que se mantém desde 2014. No mês, foram oito transações, que somadas às registradas no decorrer de 2018, acumulam o total de 206 operações, um crescimento de 21% sobre os resultados do ano anterior. O crescimento dos investimentos no setor acompanha a alta de 19% das aquisições estrangeiras nos segmentos de Tecnologia e Internet.

No apanhado do ano, Financeiro e Seguros aparece na segunda colocação, com 139 operações, alta de 38%,  seguido por Saúde, Higiene e Estética, com crescimento de 24% para 107 transações. O segmento Distribuição e Varejo segue o caminho oposto, e as 98 operações de 2018 representam uma queda de 8%.

 

Private Equity e Venture Capital

Se 2018 têm trazido resultados abaixo do esperado em operações de M&A no país, o mesmo não pode ser dito sobre os investimentos de Venture Capital.

Investimentos de Venture Capital e Private Equity em alta no mês

Foram registradas 188 operações desde janeiro, crescimento de 7%  sobre o reportado no mesmo intervalo do ano anterior. As 123 transações que tiveram seus valores revelados totalizam 6,3 bilhões de reais em investimentos, crescimento de 140% sobre o período homólogo de 2017. Os fundos tiveram como alvos preferidos os segmentos Tecnologia, 99 operações no ano, Financeiro e Seguros, 41, Internet, 33, e Distribuição e Varejo, com 17.

Esses números refletem também o crescimento de 11% dos aportes de fundos de Venture Capital e Private Equity estrangeiros investindo em empresas brasileiras.

No panorama dos investimentos de Private Equity também há boas notícias. De janeiro a novembro, crescimento de 12% no total investido, alcançando 18,7 bilhões de reais, apesar da queda de 11% no número de negócios realizados, 81.

Em novembro, o balanço também foi positivo. As quatro operações registradas no mês revelaram valores que somados ultrapassaram a marca de 1,6 bilhão de reais.

 

Operações cross-border

Apesar da queda de 24% no interesse das empresas dos Estados Unidos por investimentos no Brasil, os norte-americanos seguem como os principais nvestidores estrangeiros no mercado nacional. Desde o início de 2018, as empresas norte-americanas já realizaram 98 aquisições, acumulando o total de 28 bilhões de reais investidos no país.  Destas, 21 foram no setor de Tecnologia e 17 no segmento Financeiro e Seguros.

Em termos de valores aportados, detaque para os investimentos realizados por Reino Unido, 19, Canadá, 17, e Japão, 10, que no total por país ultrapassaram a casa dos cinco bilhões cada.

O setor de Tecnologia foi aquele que mais recebeu aportes de empresas estrangeiras em 2018. Destaque também para os segmentos Financeiro e Seguros, Distribuição e Varejo e Saúde, Higiene e Estética.

No caminho inverso, as empresas brasileiras realizaram 38 aquisições no mercado externo, tendo como alvo prioritário os Estados Unidos, onde foram realizadas 10 dessas operações, que somadas chegaram aos 3,7 bilhões de reais investidos. Entretanto, o valor aportado nas operações com empresas norte-americanas não foi suficiente para ultrapassar o investimento realizado na vizinha Argentina, onde foram transacionados mais de 4,7 bilhões de reais em oito operações ao longo do ano.

 

Mercado de capitais

O mercado de capitais brasileiro chega a novembro com números ainda inferiores ao ano passado. Porém, se em 2017 os 11 IPOs registrados somaram 20,7 bilhões de reais, 2018 ganhou um fôlego em termos de valores. No ano, as seis ofertas iniciais de ações lançadas no país levantaram 19,4 bilhões de reais.

 

Transação TTR do mês

A transação escolhida pelo TTR como a de destaque do mês foi a aquisição pelo grupo grupo chinês Fosun de uma participação de 69,14% da Guide Investimentos, numa operação avaliada em 287,9 milhões de reais. A Guide é uma empresa brasileira dedicada a oferecer serviços de corretagem de títulos e valores mobiliários. O Banco Indusval manterá uma participação minoritária representativa de 20% do capital social da Guide.

A Fosun foi assessorada na operação pelo escritório brasileiro Costa e Tavares Paes Advogados, e também pela firma norte-americana Paul Hastings. Por sua vez, o Banco Indusval foi assessorado pelo escritório Pinheiro Neto.

 

Ranking Assessores Financeiros e Jurídicos

O Ranking TTR de assessores financeiros por valores de transações é liderado pelo Banco Bradesco BBI, com acumulado de 60,5 bilhões de reais, resultantes da participação em 20 operações, seguido por Banco Itaú BBA, com 54,7 bilhões de reais, e Bank of America, com 48,1 bilhões de reais.

Já o Ranking de assessores jurídicos por valores é liderado pelo escritório Cescon, Barrieu Flesch & Barreto Advogados, com 56,9 bilhões de reais, seguido por Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com 53,8 bilhões de reais, fechando com TozziniFreire Advogados na terceira colocação, que acumulou 41,2 bilhões de reais.

Os Rankings completos estão disponíveis para download aqui.