Relatório Anual – Brasil 2017

Fusões e aquisições movimentam R$195 bilhões em 2017

 

  • País soma 1096 transações em 2017, alta de 5,69% em relação a 2016
  • 483operações revelaram valores que chegaram a R$ 194,93 bilhões, alta de 4,4%
  • Investimento de Private Equity e Venture Capital em alta no país

Os anúncios de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras movimentaram, ao longo de 2017 R$194,93 bilhões, o maior valor acumulado desde 2013. De acordo com o Relatório Anual da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, foram registradas 1096 transações, de janeiro a dezembro, alta de 5,69% em comparação ao reportado no ano passado. Destas, 483 tiveram seus valores revelados, totalizando um crescimento de 4,4% ante o total de transações de 2016.

Apesar de ter registrado queda de 13%, o segmento de Tecnologia foi o mais ativo do ano, seguindo tendência que se mantêm desde 2014, contabilizando 186 transações no período. Em seguida, aparecem os setores Financeiro e Seguros, 112, e Distribuição e Retail, 103, que apresentaram declínio de 16% e 6%, respectivamente, enquanto o setor Imobiliário foi o de maior crescimento no ano, 48% devido às suas 98 operações.

 

Private Equity

O volume financeiro das operações de private equity registradas no Brasil em 2017 foi de R$ 20 bilhões, alta de 44% no valor aportado em relação a 2016, apesar de queda de 8% no número de operações registradas, 90.

No subsetor Distribuição e Retail, que lidera os investimentos da modalidade desde 2015, houve redução de 24% no número de transações no ano.

A tendência de investimentos nos subsetores Saúde, Higiene e Estética e Imobiliário permanece – foram os favoritos dos fundos e registraram respectivo crescimento de 71% e 80%.  O setor Elétrico também passou a receber mais aportes dos fundos de Private Equity, e cresceu 300% no ano.

 

Venture Capital

No cenário de venture capital, 2017 foi um período de forte crescimento. Das 181 transações registradas no TTR, 94 revelaram valores que somam 3,07 bilhões de reais, alta de 54% em comparação ao ano precedente. Os investimentos em venture capital em 2017 ultrapassaram os valores investidos no Brasil nos quatro anos antecedentes.

Os subsetores mais atrativo foi Tecnologia, 97 operações registradas e crescimento de 8%. Em seguida,  Internet, com 44 deals, mas que fechou o ano com queda de 46%, em um movimento contrário aos subsetores Financeiro e Seguros (25), alta de 108%, e Distribuição e Retail, 69%.

 

Mercado de Capitais

O mercado de capitais brasileiro voltou a ter um ano expressivo e registrou 11 IPOs em 2017, quase o dobro dos três últimos anos somados, movimentando mais de R$ 20 bilhões. Destaque para a estreia na bolsa da BR Distribuidora, que superou o valor de R$ 5 bilhões, e do Grupo Carrefour Brasil, que chegou a R$ 4,9 bilhões.

As emissões de ações também tiveram um ano positivo, apesar da queda no número de operações em relação a 2016, de 25 para 22, mas que movimentaram R$ 26 bilhões em 2017,  mais do que o dobro do ano anterior, R$ 12 bilhões.

 

Operações cross-border

Os Estados Unidos seguem como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, com 87 operações que alcançaram R$ 19 bilhões em investimentos, uma retomada de 3,57% no crescimento em relação ao ano anterior. A segunda posição, em volume total de investimentos, fica com a China, que acumulou R$ 12,2 bilhões em 2017, com destaque para o apetite chinês no setor de energia elétrica.

Em número de operações, França aparece atrás dos EUA, com 21 operações que somaram R$5 bilhões, seguida pelo Reino Unido, 13 transações, em sua maioria de pequeno porte que movimentaram R$ 230 milhões.

Desde 2010, as empresas brasileiras que mais atraem investimentos estrangeiros são as empresas do segmento de Tecnologia e Internet. Em 2017, foram registradas 47 transações, porém com queda de 16,07% em relação ao ano anterior.

O setor de Tecnologia foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras ao longo do ano. Destaque também para os setores Elétrico e de Consultoria, Auditoria e Engenharia.

No âmbito outbound, destaque para os investimentos de empresas brasileiras realizados nos EUA, 12 operações que juntas somaram R$ 542,29 milhões. A vizinha Argentina também foi alvo dos investidores brasileiros, que aportaram R$ 433,55 milhões em 9 operações.

 

América Latina

Os resultados de 2017 também consolidam a liderança brasileira no cenário latino-americano de fusões e aquisições. De janeiro a dezembro, foram contabilizadas 752 transações domésticas no mercado nacional, enquanto o México, país que apresentou o segundo melhor resultado no quesito, registrou 116.

Também se destacam os números de aquisições cross-border inbound no país, 236, mais do que o dobro das transações dessa modalidade registradas pelo México (95). Entretanto, o mercado mexicano fechou o período com 61 aquisições cross-border outbound, enquanto o mercado brasileiro encerrou o período com 43.

 

Ranking Assessores Financeiros e Jurídicos

O ranking do TTR de assessores financeiros por valores das transações chega ao fim de 2017 liderado pelo Banco Itaú BBA, tanto em número de transações, 36, quanto em valor transacionado, R$ 22,5 bilhões. Em segundo lugar aparece o Banco BTG Pactual, R$ 21 bilhões, e, na sequência, Banco Bradesco BBI, R$ 19,7 bilhões.

Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados está no topo do ranking da TTR de operações de fusões e aquisições assessoradas por escritórios de advocacia, por valor total de transações, tendo totalizado R$ 43,1 bilhões. O escritório é líder também por número de operações, 62. Na segunda colocação está o escritório Pinheiro Neto Advogados, R$ 24,4 bilhões, seguido por Barbosa Müssnich, Aragão, 21,3 bilhões.

Relatório do Brasil- Novembro 2017

Fusões e aquisições caem 20% no Brasil em novembro

  • País soma 76 transações no mês, queda de 20% em relação ao mesmo período de 2016.
  • 32 operações revelaram valores que chegaram a R$ 4,09 bilhões, em baixa de 66,94%.
  • Fusões e aquisições no setor Imobiliário cresceram 61% no país em 2017.

O mercado brasileiro fechou o mês de novembro com 76 transações, uma queda de 20% em relação ao mesmo período de 2016. Destas, 32 tiveram seus valores revelados, totalizando R$ 4,09 bilhões, uma queda acentuada de 66,94% quando comparada ao mesmo intervalo do ano anterior.

Os anúncios de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras movimentaram, ao longo do ano, R$ 169,19 bilhões, um crescimento de 3,39% em comparação ao reportado em igual período do ano passado. Em número de operações foram registrados 975 negócios de janeiro a novembro, alta de 5,63% ante o total de transações nos mesmos meses de 2016.

O segmento Imobiliário liderou o crescimento no ano, contabilizando 87 transações no período, um salto de 61% nos movimentos em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Já o setor de Tecnologia (171) – com mais transações no mês de novembro, 21 – apresentou declínio de 14%, enquanto Distribuição e Retail e Financeiro e Seguros, ambos com 94 deals no ano, obtiveram quedas de 24% e 7%, respectivamente.

PRIVATE EQUITY E VENTURE CAPITAL

O balanço das operações registradas no setor de private equity no Brasil em novembro de 2017 foi de R$ 90 milhões, queda de 65% no valor aportado ante mesma etapa de 2016. Apesar da queda, a tendência de investimentos nos subsetores Imobiliário e Saúde, Higiene e Estética permanece – foram os favoritos dos fundos e registraram respectivo crescimento de 100% e 83%.

No cenário de venture capital, novembro foi um mês de crescimento. Das 21 transações registradas no TTR, dez revelaram valores que somam R$ 172,51 milhões, alta de 133% em comparação ao período homólogo de 2016. Os investimentos em venture capital em 2017 – R$ 2,6 bilhões – já ultrapassaram em 35% o total investido na mesma época do ano anterior. O setor de maior crescimento no acumulado do ano foi Distribuição e Retail (75%), enquanto Tecnologia foi o que apresentou mais transações (91).

OPERAÇÕES CROSS-BORDER

Os Estados Unidos seguem como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, com 77 operações que alcançaram R$ 16,2 bilhões em investimentos. A segunda posição fica com a China, que acumulou R$ 11,6 bilhões em 2017, com destaque para operações no setor de energia elétrica. O setor de Tecnologia foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras ao longo do ano. Destaque também para os setores de Consultoria, Auditoria e Engenharia e Distribuição & Retail.

No âmbito outbound, destaque para os investimentos realizados nos EUA, 12 operações que juntas somaram R$ 542,29 milhões, e na Argentina, que recebeu R$ 433,11 milhões em 9 operações. Tecnologia foi também o foco dos investimentos do Brasil no mercado estrangeiro. Outros setores que também se destacaram em número foram Financeiro e Seguros, com seis transações, e Internet, com cinco operações em que todas tiveram como alvo empresas sediadas nos Estados Unidos.

AMÉRICA LATINA

No panorama latino-americano, o Brasil se destaca tanto pelo número de transações domésticas, um total de 669, como pelo número de aquisições inbound (206), mais do que o dobro das transações dessa modalidade realizadas no México (81). Entretanto, o mercado mexicano mostrou mais poder aquisitivo externo e fechou o período com 58 aquisições cross-border outbound, enquanto o mercado brasileiro encerrou com 41.

TRANSAÇÃO TTR DO MÊS

A transação escolhida pelo TTR como a de destaque do mês foi a aquisição das operações de varejo do Citibank Brasil pelo Banco Itaú Unibanco por R$ 710 milhões. O negócio de varejo do Citibank Brasil inclui a operação de empréstimos, depósitos, cartões de crédito, agências, gestão de recursos e corretagem de seguros, e conta com cerca de 315.000 clientes correntistas com R$ 35 bilhões em depósitos e ativos sob gestão. A transação também inclui a compra de 5,64% da Tecban e de 3,60% do capital social da Cibrasec, e já recebeu aprovação do Banco Central.

O Banco Itaú Unibanco contou com a assessoria jurídica dos escritórios Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados e Wachtell, Lipton, Rosen & Katz, e financeira do Banco Itau BBA. Por sua vez, o Citibank Brasil recebeu assessoria jurídica do Pinheiro Guimarães Advogados e Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom US. Enquanto o Citigroup foi assessorado por Pinheiro Guimarães Advogados, Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom US (Global) e Citigroup Global Markets Brasil.

RANKING ASSESSORES FINANCEIROS E JURÍDICOS

O ranking do TTR de assessores financeiros por valores das transações é liderado pelo Banco BTG Pactual, tanto em número de transações, 27, quanto em valor transacionado, R$ 19,9 bilhões. Em segundo lugar aparece o Banco Bradesco BBI (R$ 17,8 bilhões), e, na sequência, Banco Santander (R$ 17,7 bilhões).

Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados está no topo do ranking da TTR de operações de fusões e aquisições assessoradas por escritórios de advocacia, por valor total de transações, tendo totalizado R$ 36,8 bilhões. O escritório é líder também por número de operações, 52. Na segunda colocação está o escritório Pinheiro Neto Advogados (R$ 24,3 bilhões), seguido por Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados (17,1 bilhões).

ENTREVISTA COM CARLOS ALEXANDER LOBO

Carlos Lobo é sócio do Veirano Advogados e atua principalmente nas áreas de fusões e aquisições, private equity e mercado de capitais. Lobo fala com a TTR sobre a economia brasileira em relação ao mercado de fusões e aquisições

Leia a entrevista completa aqui.

 

 

 

 

Relatório mensal: Brasil- Outubro, 2017

Investimentos de Venture Capital crescem 470% em outubro no Brasil

  • Investimentos de Venture Capital somam R$ 139 milhões no mês
  • País soma 64 transações em outubro, retração de 27,27% em relação ao mesmo mês de 2016
  • Mercado brasileiro contabiliza 587 transações domésticas em 2017

Venture Capital e Private Equity

O balanço do mês de outubro foi positivo para os investimentos de venture capital no Brasil, que registrou 13 operações dessa modalidade de investimento no mês, um crescimento de 18% sobre o que foi registrado no mesmo período de 2016.

Destas operações, cinco tiveram seus valores revelados, somando um total de R$ 139 milhões investidos, um salto de 470% em relação ao período homólogo do ano passado. No decorrer de 2017, o setor que registrou o maior interesse dos investidores foi o de Distribuição e Retail, que recebeu um aporte 50% superior ao do ano anterior.

Já no cenário de private equity, no ano, foram contabilizadas 69 operações, das quais 31 tiveram valores revelados que somam R$17,2 bilhões, alta de 27% sobre o volume do mesmo período de 2016.  Os segmentos Saúde, Higiene e Estética e Imobiliário lideraram os movimentos dos investidores, registrando crescimento de 50% cada.

Fusões e aquisições no Brasil em outubro

Foram registradas 64 transações em outubro no mercado de M&A brasileiro, número que representa uma retração de 27,27% em relação ao mesmo mês de 2016. Destas, 29 operações revelaram valores que ultrapassam a casa dos R$ 10,1 bilhões, queda acentuada de 46,74% no período. Outubro foi o mês com menor número de transações no ano.

O setor mais movimentado durante os dez primeiros meses de 2017 foi Tecnologia, com o registro de 142 transações, que não foram suficientes para acompanhar os números do ano anterior, ficando 22% abaixo dos resultados obtidos em 2016, apesar de ter sido o setor com mais transações no mês de outubro, 12.  Em seguida, destaque para Petróleo e Gás, com 9 transações no mês. Apenas o segmento Imobiliário obteve crescimento no ano, 61%, devido às 79 operações contabilizadas no período.

Panorama Latino Americano

O mercado brasileiro de M&A registrou o maior número de fusões e aquisições nos dez meses corridos no ano na América Latina. Foram 593 transações domésticas no país – enquanto Chile, segundo colocado, registrou 89, seguido por Argentina, com 83.

O país contabilizou ainda 187 aquisições cross-border inbound, mais que o dobro do México, que fechou o período com 70 operações. Porém, é do México a liderança no volume de aquisições outbound, com 55 transações – incluindo a aquisição da brasileira Vigor pela mexicana Lala Alimentos – enquanto o mercado brasileiro contabilizou 35.

Operações cross-border

Os investimentos das empresas norte-americanas voltaram a ter saldo positivo. Desde o início de 2017, foram 69 operações, um aumento de 6,15% em relação ao período homólogo do último ano, somando investimento superior a R$ 15,8 bilhões de reais nas aquisições de empresas brasileiras. Investimentos provenientes da China aparecem na sequência, totalizando R$ 11,5 bilhões, seguido por Austrália, com a aplicação de R$ 7,2 bilhões no mercado brasileiro.

Empresas que atuam no segmento de Tecnologia e Internet foram as que mais atraíram investimento estrangeiro – 37 transações. No âmbito outbound, o Brasil fez 11 aquisições nos Estados Unidos que somam R$ 511 milhões, e 7 na Argentina, totalizando R$ 341,7 milhões.

Transação TTR do mês

A conclusão da aquisição da Vigor Alimentos, empresa brasileira fabricante de produtos lácteos e alimentos processados, pela Lala Derivados Lácteos, empresa mexicana do mesmo setor detida pelo Grupo Lala, pelo valor aproximado de R$ 5 bilhões de reais, foi eleita como a transação de destaque do mês.

Os recursos obtidos pela JBS com a venda da Vigor seriam destinados para amortização dívidas da companhia.

Entrevista com Thiago Sandim

“…Isso tudo criou um aperto de crédito em alguns grupos, que deixa como única saída a venda de ativos. O que para uns é crise, para outros é oportunidade.”

Leia a entrevista completa aqui!

 

Ranking TTR

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações é liderado pelo Banco Bradesco BBI, que acumulou em 2017 o valor de R$ 17,7 bilhões. Em segundo lugar aparece o Banco BTG Pactual, com R$ 16,4 bilhões, e, na sequência, o Banco Itau BBA– que lidera por número de operações (22) – com R$ 15,7 bilhões.

O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, R$ 36,7 bilhões, que também lidera por número de operações (50). Na segunda colocação está o escritório Pinheiro Neto Advogados, R$ 24,1 bilhões, e Barbosa, Müssnich, Aragão, na terceira posição com R$ 16,7 bilhões.

Fusões e aquisições movimentam R$ 56,2 bilhões no terceiro trimestre no Brasil

Destaques dos movimentos transacionais no Brasil

  • O trimestre fecha com 267 transações, em queda, comparado ao mesmo intervalo de 2016
  • Subsetores Saúde, Higiene e Estética e Imobiliário são os que mais atraíram investimento de Private Equity
  • Conclusão da venda da Alpargatas pela J&F é a transação do trimestre

O Mercado Brasileiro

O volume de fusões e aquisições no mercado brasileiro somou R$ 56,2 bilhões no terceiro trimestre de 2017, crescimento de 1,43% no valor total investido em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. Segundo o Relatório Mensal do Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, foram registrados 267 negócios, com uma queda de 5,32% no período.

As 21 transações de grande porte – maiores ou igual a R$500 milhões – registradas de julho a setembro somam R$47 bilhões. O volume financeiro foi fortemente influenciado pelas operações do plano de desinvestimento da JBS, que envolveram a venda da Vigor, da Alpargatas e da Moy Park, e pelo leilão de hidrelétricas promovido pelo Governo Federal, que movimentou aproximadamente R$12,13 bilhões.

O subsetor mais ativo, mantendo tendência iniciada em 2014, foi o de Tecnologia, porém, registrou em 2017 uma retração de 18% nas operações comparado ao mesmo período do ano anterior. Já o setor Imobiliário registrou crescimento de 53% no número de transações no ano, incluindo a aquisição da REC PDC Holding Participações, sociedade de propósito específico que detém o empreendimento Torre Sucupira, edifício corporativo localizado no Complexo do Parque da Cidade, em São Paulo, por R$421,50 milhões.

Private Equity e Venture Capital

O terceiro trimestre foi um período de destaque para as transações de private equity no Brasil, tendo registrado, em comparação ao período homólogo do ano passado, aumento de 269% no valor investido em operações que movimentaram R$ 7,8 bilhões.

No acumulado do ano foram contabilizadas 62 operações, das quais 27 tiveram valores revelados que somam R$16,7 bilhões, alta de 24% sobre o volume do mesmo período de 2016.  Os segmentos Saúde, Higiene e Estética e Imobiliário lideraram os movimentos dos investidores, registrando crescimento de 33% e 50%, respectivamente.

No cenário de venture capital, o terceiro trimestre registrou leve aumento de 3% no valor investido, apesar da queda de 37% no total de transações registradas, 39. Das 131 transações registradas no TTR no ano, 68 revelaram valores que somam R$ 2,3 bilhões, alta de 44% em comparação ao período homólogo de 2016.  O setor de maior crescimento no acumulado do ano foi Distribuição e Retail (48%), enquanto Tecnologia foi o que apresentou o maior número de transações (69).

Transação TTR do Trimestre

A transação de destaque do trimestre foi a conclusão da aquisição do controle da Alpargatas, que era detido pela JBS, pelo consórcio composto por Itaúsa, Cambuhy Investimentos e Brasil Warrant, por R$3,48 bilhões.

Rankings Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações é liderado pelo Banco Bradesco BBI, que acumulou em 2017 o valor de R$ 18,3 bilhões. Em segundo lugar aparece o Banco BTG Pactual,  alcançando R$ 17,1 bilhões, e, na sequência, o Banco Itau BBA, com R$ 15,3                                                                       bilhões. O ranking de assessores jurídicos por valor é liderado por Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados (R$ 35,4 bilhões), que também lidera por número de operações (42). Na segunda colocação está o escritório Pinheiro Neto Advogados (R$23,8 bilhões), e Barbosa, Müssnich, Aragão (R$ 16,7 bilhões), na terceira posição.

 Entrevista

Reinaldo Grasson de Oliveira, sócio-líder da área de Corporate Finance Advisory da Deloitte no Brasil, sobre o mercado de M&A no Brasil.

“…em grande parte das economias desenvolvidas ou maduras o potencial de crescimento ou desenvolvimento de novos negócios é pequeno, o que favorece países emergentes como o Brasil, ainda mais considerando o momento atual de alta liquidez na economia global. “

 

 

Panorama transacional do Brasil no mês de Agosto

Investimentos de Private Equity crescem 40% no Brasil em agosto

  • Subsetores Saúde, Higiene e Estética e Imobiliário são os que mais atraíram investimento de private Equity em Agosto
  • Agosto fecha com 79 transações e crescimento de 22,87% em comparação ao mesmo período de 2016
  • Investimento em empresas de Tecnologia seguem em destaque

Private Equity e Venture Capital

Agosto foi um mês de crescimento nos investimentos de private equity no Brasil. Segundo com o Relatório Mensal do Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, foi registrado um aumento de 40% no número de transações em comparação ao período homólogo do ano, em operações que movimentaram R$ 546,1 milhões. Os subsetores favoritos dos fundos registraram crescimento de:

  • Saúde, Higiene e Estética: 60%
  • Imobiliário: 67%

No cenário de venture capital, 2017 segue com aumento nos valores aportados nessa modalidade de investimento. Das 117 transações registradas no TTR no ano, 59 revelaram valores que somam R$ 2,2 bilhões, alta de 43% em comparação ao período homólogo de 2016.

  • Distribuição e Retail foi o setor de maior crescimento no acumulado do ano (40%)
  • Tecnologia foi o que apresentou mais transações (59)

Na totalidade das transações de M&A, o mercado brasileiro fechou o mês de agosto com 79 operações, das quais 33 tiveram seus valores revelados, totalizando R$ 14,2 bilhões. Números que representam um crescimento de 22,87% face ao mesmo período de 2016.

O subsetor mais ativo, acompanhando a tendência dos últimos três anos, continua a ser o de Tecnologia, mas que em 2017 registrou retração de 14% nas operações face ao ao ano anterior. O setor Financeiro e Seguros foi o destaque positivo, com crescimento de 12% nos números de transações no ano.

América Latina

No cenário da América Latina, o Brasil se destaca tanto pelas transações domésticas, 429, como pelo números de aquisições cross-border inbound, 138, mais do que o dobro das transações dessa modalidade realizadas no México (60). Entretanto, o mercado mexicano fechou o período com 45 aquisições cross-border outbound, enquanto o mercado brasileiro encerrou com 31.

Brasil e México também protagonizaram uma das maiores operações anunciadas no mês de agosto no continente: a venda da Vigor Alimentos pela JBS para a Lala Derivados Lácteos pelo valor de R$ 5,7 bilhões.

Operações cross-border
  • Tecnologia foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras, contabilizando 17 operações ao longo de 2017.
  • Consultoria, Auditoria e Engenharia com 12 transações
  • Internet 10 transações
  • Tecnologia ainda foi o foco dos investimentos do Brasil no mercado estrangeiro, totalizando, ao longo do ano, 8 operações.
Transação TTR do mês

A transação de destaque do mês de agosto foi a conclusão da incorporação da Elektro Holding pela Neoenergia, ambas empresas brasileiras do setor de energia detidas pela espanhola Iberdrola. O valor da transação foi de R$ 4,26 bilhões.

Conheça os detalhes da transação

Ranking Assessores Financeiros e Jurídicos

O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações:

  1. Banco Bradesco BBI, que acumulou em 2017 o valor de R$ 18,3 bilhões,
  2. Banco Itaú BBA – que lidera por número de operações (16) – e alcançou R$ 14,9 bilhões,
  3. Banco BTG Pactual, com R$ 12,3 bilhões.

O ranking de assessores jurídicos por valor:

  1.  Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados (R$ 30,5 bilhões), que também lidera por número de operações (36),
  2. Escritório Pinheiro Neto Advogados (R$ 16,3 bilhões),
  3. Vieira Rezende Advogados (R$ 16 bilhões).

Confira o ranking TTR de assessores Financeiros e Jurídicos (year to date)

Entrevista com Elysangela Rabelo

“Contudo, os tempos mudaram e as grandes industrias estão se vendo pressionadas a mudar seus modelos de negócios e estratégias de crescimento para investir em áreas, produtos e serviços que sejam mais focados no paciente, na prevenção, diagnóstico precoce de doencas e cura”.

Veja a entrevista completa

Acesse o relatório transacional do Brasil no mês de agosto de 2017 completo